IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES Flashcards
Antígenos HLA…
• São conhecidos como antígenos de
histocompatibilidade.
• São glicoproteínas de superfície celular que se expressam em todas as células nucleadas (moléculas de Classe I) ou em células imunocompetentes (moléculas de Classe II).
• Sua função biológica é apresentar peptídeos às células T CD8+ ou CD4+.
Tipos de Transplante…
- Autólogo: no mesmo indivíduo (autoenxerto)
- Isólogo: entre indivíduos geneticamente idênticos (isoenxertos)
- Homólogo: entre indivíduos da mesma espécie (aloenxertos)
- Heterólogo: entre indivíduos de espécies diferentes (xenoenxertos)
TIPOS DE TRANSPLANTES…
Podem ser doados em vida:
Rins
Parte do Fígado
Medula óssea
Tipos de Transplante…
A córnea raramente é rejeitada porque não necessita de irrigação sanguínea própria (recebe oxigénio e outros
nutrientes de tecidos e fluidos adjacentes).
Dado que os anticorpos (proteínas fabricadas em resposta a antígenos, que neste caso são tecido estranho) e as células do sistema imunitário, que circulam no sangue, não chegam à córnea transplantada, a rejeição é menos provável que a de um tecido com uma irrigação sanguínea rica.
Rejeição ao Enxerto…
Transplantes autólogos: ausência de rejeição
Transplantes isólogos: ausência de rejeição
Transplantes homólogos: presença de rejeição
- Rejeição Hiperaguda
- Rejeição Aguda
- Rejeição Crônica
Rejeição Hiperaguda ao Enxerto…
REJEIÇÃO HIPERAGUDA:
Caracterizada pela formação de trombos no enxerto imediatamente após o transplante. Mediada por Ac preexistentes na circulação do hospedeiro que se ligam aos Ag endoteliais do hospedeiro.
O padrão histológico de rejeição hiperaguda – oclusão trombótica sem necrose
Minutos, horas ou dias após o transplante.
Ocorre devido a reação entre os anticorpos IgG (receptor) contra os antígenos
HLA I do órgão transplantados (doador).
Perda da função do órgão: Ação direta dos IgG, complemento e destruição
vascular.
Transplantes renais são mais pré-dispostos a rejeição hiperaguda.
Rejeição Aguda ao Enxerto…
REJEIÇÃO AGUDA:
Caracterizada pela lesão vascular e parenquimatosa mediada por LT e Ac que
geralmente se inicia após a primeira semana de transplante.
Tanto Cél. T CD4 e CD8 podem contribuir para a rejeição aguda.
Mais comum. Ocorrendo até 6 meses após o transplante.
Mediada por Linfócitos T que infiltram no órgão transplantado e atacam suas
células causando destruição tecidual (perda do enxerto).
Neste caso, a utilização das terapias imunossupressores é eficiente.
Rejeição Crônica ao Enxerto…
REJEIÇÃO CRÔNICA:
Os enxertos vascularizados que sobrevivem durante mais de 6 meses desenvolvem lentamente oclusão arterial como resultado da proliferação das células musculares lisasda íntima, e eventualmente entram em insuficiência devida à lesão isquêmica.
Ocorre lentamente, geralmente 6 a 12 meses após o transplante.
A etiologia não é muito clara e não há um tratamento padrão.
Pode levar a:
Fibrose/Hipertrofia
Coração: Doença da artéria coronária
Rins: Fibrose intersticial
Fígado: Destruição do Epitélio biliar
Características de cada tipo de Rejeição…
A REJEIÇÃO HIPERAGUDA é caracterizada por oclusão trombótica da vasculatura do
enxerto.
Mecanismo: Anticorpos do Hospedeiro + Antígenos Endoteliais do Doador → Ativação do Complemento → Lesão Endotelial → Adesão e Agregação de Plaquetas → Trombose→ Oclusão Vascular→ Lesão Isquêmica Irreversível.
A REJEIÇÃO AGUDA é caracterizada por lesão no parênquima do enxerto.
Pode ser classificada em celular, quando mediada por células T → morte mediada por Linfócito T Citotóxico, levando a necrose do parênquima do enxerto, ou humoral, quando mediada por anticorpos, que se ligam ao HLA levando a uma trombose intravascular.
A REJEIÇÃO CRÔNICA é caracterizada por vasculopatia, principalmente uma
arteriosclerose acelerada, que leva a oclusão arterial, causando dano isquêmico.
Mecanismo: Secreção de citocinas → Proliferação de células vasculares endoteliais e células da musculatura lisa → Comprometimento do fluxo sanguíneo do parênquima do órgão (isquemia) → Dano Tecidual → Fibrose.
Doença do Enxerto Contra Hospedeiro (DECH ) GVHD (graft-versus-host disease)
Células do doador (enxerto) reagem contra o organismo do paciente recebedor.
Pode se manifestar de forma aguda ou crônica.
A forma aguda costuma acorrer nos primeiros sessenta dias e pode
comprometer a pele, fígado ou trato gastrointestinal.
A forma crônica pode surgir até um ano após o transplante e comprometer vários órgãos, como olhos ou pulmão.
Tratamento: Forma crônica e aguda: Cortisona, imunossupressores como a ciclosporina e γ-globulina.
Epidemiologia da Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro…
Incidência Mediana: 60% Quadro Clínico • Febre • Rash Cutâneo • Náusea • Diarréia • Alteração da Função Hepática • Endotelite e Microangiopatia Trombótica • Trombocitopenia e Aplasia da Medula Mortalidade 35%
Solicitação de Exames para Transplantes…
• Compatibilidade ABO • Avaliação imunogenética pré transplante: Tipificação HLA Provas cruzadas (cross match) Reatividade contra painel
TIPAGEM HLA…
- Identificação dos Antígenos HLA presentes na membrana celular.
- BiologiaMolecular associado a Citometria de Fluxo.
Reatividade Contra Painel - PRA…
Utilizado para a detecção de anticorpos pré-formados.
O soro de um potencial receptor é testado contra um painel de antígenos HLA representativos (pré-estabelecido).
O percentual de reatividade determina o PRA e define o grau de sensibilização do paciente.
Vários estudos mostraram uma forte correlação entre os níveis de PRA e a frequência de rejeição humoral e a perda do enxerto.
Reatividade Contra Painel - valore…
– reatividade normal <10%
– reatividade baixa <20%
– reatividade média <50%
– reatividade alta <80%
– Reatividade muito alta >80%
• Causas de sensibilização : transplante, gestações e transfusões sanguíneas.
• O PRA que deve ser repetido em 15 dias após a transfusão de papa hemácias.