Imunodeficiências Primárias Flashcards

1
Q

10 sinais de alerta para IDP na criança

A
  1. 2+ PNM no último ano
  2. 4+ otites no último ano
  3. Estomatite de repetição ou monilíase por mais de 2 meses
  4. Abscessos de repetição ou ectima
  5. 1x infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia)
  6. Infecções intestinais de repetição / diarreia crônica
  7. Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune
  8. Evento adverso a BCG e/ou infecção por micobactéria
  9. Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada a imunodeficiência
  10. História familiar de imunodeficiência
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2
Q

12 sinais de alerta para IDP em < 1 ano

A
  1. Infecções fungicas, virais e/ou bacterianas graves ou persistentes
  2. Reações adversas da vacina de germe vivo, em especial BCG
  3. Diabetes mellitus persistente ou outra doença autoimune e/ou inflamatória
  4. Quadro sepse símile, febril, sem identificação de a gente infeccioso
  5. Lesões cutâneas extensas
  6. Diarreia persistente
  7. Cardiopatia congênita (em especial, anomalias dos vasos da base)
  8. Atraso na queda do Coto umbilical (>30 dias)
  9. História familiar de imunodeficiência ou de óbitos precoces por infecção
  10. Linfocitopenia (<2.500céls/mm3) ou outra citopenia ou leucocitose sem infecção, persistente
  11. Hipocalcemia com ou sem convulsão
  12. Ausência de imagem tímica no Rx tórax
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3
Q

Valor para considerar infecção respiratória de repetição

A

Tratado da SBP:
<3 anos: 8+
>3 anos: 6+

*não é consenso

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4
Q

Divisão das crianças com infecções de repetição com a incidência

A

50% não tem desordem associada
30% tem quadros atópicos
10% tem doenças crônicas (ex. Fibrose cística, cardiopatias congênitas, defeitos anatômicos..)
10% realmente tem Imunodeficiências - podendo ser primárias ou secundárias (mais comuns)

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5
Q

Componentes da Imunidade Inata

A
Barreiras físicas e químicas 
Fagócitos
Sistema Complemento
Células NK
Proteínas de fase aguda
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6
Q

Componentes do Sistema Fagocitário

A

Granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos)

Células Mononucleares (monócitos e macrófagos teciduais)

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7
Q

Órgão de síntese do Sistema Complemento

A

Fígado

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8
Q

Função Sistema Complemento

A

Opsonização de micro-organismos
Recrutamento de neutrófilos no local da infecção
Destruição microbiana direta

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9
Q

Vias de ativação do Sistema Complemento

A
  1. Clássica
  2. Alternativa
  3. Da Lecitina
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10
Q

Componentes da Imunidade Adaptativa

A

Linfócitos B e T

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11
Q

Quais são as células polimorfonucleares

A

Esse nome as vezes é usado como sinônimo de neutrófilos, porém também tem os eosinófilos e basófilos

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12
Q

Características importantes da Imunidade adaptativa

A

Especificidade
Produção de memória
Resposta variável

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13
Q

Como Linfócitos B e T reconhecem antígenos

A

B através das imunoglobulinas (diretamente)

T através de receptores que reconhecem antígenos encontrados nas células apresentadoras de antígenos

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14
Q

Onde são encontradas as imunoglobulinas

A

Livres no sangue

Na membrana de Linfócitos B

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15
Q

Classificação das Imunodeficiências Primárias (União Internacional das Sociedades de Imunologia Clínica)

A
  1. Imunodeficiências que afetam a imunidade celular e o humoral
  2. Imunodeficiências combinadas associadas com achados sindrômicos
  3. Deficiências predominantemente de anticorpos
  4. Doenças de desregulação imune
  5. Defeitos congênitos de fagócitos (número e/ou função)
  6. Defeitos da imunidade intrínseca e inata
  7. Síndromes autoinflamatórias
  8. Deficiências do sistema complemento
  9. Falência da medula óssea
  10. Fenocópias de IDP (se apresentam como IDP, mas não são causadas por mutações em linhagens germinativas e sim adquiridas)
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16
Q

Quais são as Imunodeficiências primárias mais comuns

A

Deficiências predominantemente em anticorpos

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17
Q

O que causa Imunodeficiência humoral

A

Defeito intrínseco nas células
Ou
Defeito na interação entre células B e T

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18
Q

Principais características das imunodeficiências humorais

A
  • Infecções respiratórias recorrentes por bactérias encapsuladas - otites médias, sinusites, pneumonia
  • Infecções do trato gastrointestinal
  • Déficit de crescimento, diarréia crônica, febre recorrente, hiperplasia nodular intestinal, hepatoesplenomegalia
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19
Q

O que é a Hipogamaglobulinemia fisiológica da infância

A

É a queda progressiva de IgG materno até o 4º a 6º mês de vida

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20
Q

Presença de IgG nos primeiros anos de vida

A

Aumento progressivo até os 3 anos de vida, quando atinge 60% dos níveis de IgG do adulto

*por isso é difícil estabelecer diagnóstico de imunodeficiência humoral nos primeiros 3-4 anos de vida

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21
Q

Hipogamaglobulinemia transitória da infância - o que é

A

É uma acentuação e prolongamento da hipogamaglobulinemia fisiológica da infância

Na fisiológica, os níveis mais baixos são encontrados entre 3-6 meses de vida

Na transitória, há persistência nos níveis baixos de IgG, associado à infecções de repetição, com resolução espontânea aos 4 anos

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22
Q

Hipogamaglobulinemia transitória da infância - tratamento

A

Manejo das infecções

Pode receber imunoglobulina e profilaxia com ATB

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23
Q

Hipogamaglobulinemia transitória da infância - diagnóstico

A

Só pode ser estabelecido de forma retrospectiva, após normalização das imunoglobulinas

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24
Q

Principais bactérias encapsuladas

A

Haemophilus influenza do tipo B
Pneumococo
Meningococo’12

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25
Agamaglobulinemia ligada ao X - outro nome
Agamaglobulinemia de Bruton
26
Agamaglobulinemia ligada ao X - história familiar
Pode estar ausente | 1/3 dos casos é causada por mutações de novo
27
Agamaglobulinemia ligada ao X - causa
Mutação da Tirosina-quinase de Bruton *essa proteína é responsável pela expansão e maturação dos linfócitos B
28
Agamaglobulinemia ligada ao X - fisiopatologia
- Diminuição de linfócitos B circulantes - Falha na diferenciação de plasmócitos - Diminuição intensa na produção de todas as Igs
29
Agamaglobulinemia ligada ao X - quadro clínico
Assintomático até 6-18 meses - Infecções bacterianas respiratórias recorrentes (principalmente bactérias encapsuladas) - Hipoplasia linfoide - Infecções virais não costumam ser graves, exceto por enterovírus (pode causar meningoencefalite) - Risco aumentado de poliomielite pelo vírus vacinal
30
Agamaglobulinemia ligada ao X - avaliação complementar
- Diminuição sérica de todas as Igs (IgA, IgG, IgM, IgE) - Anticorpos contra antígenos vacinais estão diminuídos - Citometria de fluxo mostra ausência de linfócitos B circulantes - Análise molecular permite ver mutação no gene que codifica a proteína de bruton **número e função dos linfócitos T estão preservados
31
Agamaglobulinemia ligada ao X - características exame físico
*não tem centro germinativo Não palpa linfonodo, não tem tonsilas
32
Agamaglobulinemia ligada ao X - tratamento
- Uso regular de imunoglobulina (IM, EV, SC) - Intervalo costuma ser de 21 dias - Dose varia: 200-800mg/kg - Tratamento agressivo das infecções
33
Agamaglobulinemia ligada ao X - mesmo com tto, os pacientes podem desenvolver infecções crônicas ou infecção por enterovírus persistentes, pq?
Não tem como repor de forma eficaz a IgA secretória presente em superfícies mucosas *pode ser recomendado uso crônico de ATB
34
Agamaglobulinemia autossômica recessiva - o que é?
Semelhante à ligada ao X, porém acomete meninas
35
Qual a primeira imunodeficiência humoral mais comum?
Deficiência de IgA
36
Qual a segunda imunodeficiência humoral mais comum?
Imunodeficiência Comum Variável
37
Imunodeficiência Comum Variável - o que é?
Níveis baixos de IgG + níveis baixos de IgM e/ou IgA, com linfócitos B presentes
38
Imunodeficiência Comum Variável - padrão de herança
Autossômico dominante *acomete ambos os sexos de forma igual
39
Imunodeficiência Comum Variável - quadro clínico
- Infecções respiratórias crônicas - Tecidos linfoides tem tamanho normal ou aumentados - 25% tem esplenomegalia - Maior frequência de manifestações autoimunes e neoplásicas - Linfomas são mais frequentes entre 5ª e 6ª década de vida
40
Imunodeficiência Comum Variável - avaliação complementar
- Número de linfócitos B é normal!! - IgG diminuído, em geral <500mg/dL - Diminuição de IgA e/ou IgM - Investigar produção de anticorpos específicos a doenças prévias ou vacinais Para fechar Dx, precisa ser excluído outras causas de hipogamaglobulinemia
41
Imunodeficiência Comum Variável - tratamento
Reposição de imunoglobulinas | Tratamento das infecções
42
Deficiência Seletiva de IgA - quadros associados
Pode estar associada a: - Imunodeficiência Comum Variável - Deficiência de IgG2 - Sd de Ataxia-Telangiectasia - Sd DiGeorge
43
Deficiência Seletiva de IgA - motivo de ser assintomática em alguns casos
Redundância de mecanismos de proteção do sistema imune *pode ser visto aumento de IgM em várias secreções
44
Deficiência Seletiva de IgA - quadro clínico
- Infecções sinopulmonares de repetição (bactérias encapsuladas) - Doenças autoimunes (AIJ, LES, Hipotireoidismo, Anemias hemolíticas, PTI) - TGI: infecções por giardia frequentes, doença celíaca, doença inflamatória, hiperplasia nodular linfoide - Alergias: asma, alergias alimentares - Reações transfusionais anafiláticas
45
Deficiência Seletiva de IgA - avaliação complementar
- Diminuição de IgA (<7mg/dL ou até <5mg/dL) - idealmente confirmado em mais de uma ocasião - Níveis de IgM e IgG são normais **diagnóstico só é estabelecido em maiores de 4 anos, em que já foi excluído outras causas de hipogamaglobulinemia
46
Deficiência Parcial de IgA - o que é?
IgA >7mg/dL, mas 2 desvios padrões abaixo do limite da normalidade
47
Deficiência Seletiva de IgA - medicações que diminuem IgA
- Anticonvulsivantes (fenitoína, ácido valproico, lamotrigina e carbamazepina) - D-penicilamina - Sulfassalazina - Captopril - Tiroxina - Ciclosporina (pode induzir deficiência permanente)
48
Deficiência Seletiva de IgA - tratamento
Não inclui reposição de imunoglobulina (a principal Ig fornecida nas reposições é a IgG) *Manejar as infecções Monitorizar processos neoplásicos e autoimunes
49
Deficiências de Subclasses de IgG - O que é
Redução de uma ou mais subclasses de IgG, com nível total de IgG normal
50
Deficiências de Subclasses de IgG - clínica
Maioria dos casos é assintomática
51
Deficiência de IgG2 - principal clínica
Infecções respiratórias
52
Deficiências de Subclasses de IgG - tratamento
Varia de acordo com a gravidade | Pode ser apenas acompanhamento ou até reposição de imunoglobulinas
53
Síndrome de Hiper-IgM - o que é
Níveis normais ou altos de IgM, associado a ausência ou níveis baixos de IgG, IgA e IgE *pode ser considerada deficiência combinada
54
Síndrome de Hiper-IgM - fisiopatologia
Diferentes mecanismos envolvidos Forma mais comum: mutação gênica ligada ao X *gene que codifica o ligante do Linfócito T que permite interação com Linfócito B para troca das classes de imunoglobulinas Ligante: CD40L ou CD154
55
Síndrome de Hiper-IgM - clínica
Semelhante à Agamaglobulinemia ligada ao X * infecções recorrentes * Hiperplasia linfoide * número normal de linfócitos B
56
Síndrome de Hiper-IgM - tratamento
Reposição de imunoglobulinas Antibioticoterapia *transplante de células-tronco deve ser considerado
57
Deficiência de anticorpos antipolissacarídicos - o que é
Deficiência na produção de anticorpos antipolissacarídicos, porém: IgG e suas subclasses, IgM, IgA são normais
58
Deficiência de anticorpos antipolissacarídicos - observação
Só pode ser visto à partir dos 2 anos < 2 anos não responde bem aos antígenos polissacarídicos
59
Imunodeficiência Combinada Grave - sigla
SCID | Síndromes de Imunodeficiências Combinadas Graves
60
Imunodeficiência Combinada Grave - tem triagem neonatal?
Sim!! Mas não no que é realizado pelo SUS
61
Imunodeficiência Combinada Grave - o que é
Mutações que comprometem o funcionamento dos linfócitos T, linfócitos B e/ou células NK
62
Imunodeficiência Combinada Grave - classificação antiga
T-B+NK+ T-B-NK+ T-B+NK- T-B-NK- mostra quais defeitos estão presentes
63
Imunodeficiência Combinada Grave - classificação atual
Leva em conta o defeito molecular específico Ex: deficiência da cadeia comum do receptor de IL-2 ou deficiência de JAK3
64
Imunodeficiência Combinada Grave - padrão de herança
As principais são ligadas ao X ou autossômicas recessivas *Sexo masculino é mais afetado
65
Imunodeficiência Combinada Grave - clínica
Quadros infecciosos graves ainda no 1º ano de vida e causados por micro-organismos oportunistas (Ex: candida, pneumocystis jiroveci, micobactérias, CMV) - Candidíase mucocutânea crônica, associado à diarreia crônica e retardo do crescimento - Reações graves ao receberem hemoderivados (doadores devem ser CMV negativos) - Eventos adversos graves à BCG (inclusive óbito)
66
Imunodeficiência Combinada Grave - avaliação complementar
- Rx tórax: ausência de timo - Linfopenia (pode ser vista até no sangue de cordão) - Hipogamaglobulinemia - Anergia cutânea (sem reposta a antígenos)
67
Diferença dos germes nas imunodeficiências humorais para as combinadas
Humorais: germes encapsulados Combinadas: germes oportunistas
68
Imunodeficiência Combinada Grave - tratamento
É uma emergência!! - Transplante de medula - Algumas mutações específicas podem fazer reposição de enzimas deficientes - Recomendado profilaxia com antibióticos, antifúngicos e antivirais *reposição de imunoglobulinas não consegue controlar as infecçoes
69
Imunodeficiência Combinada Grave - triagem neonatal
É feita uma quantificação de TRECs e KRECs *os testes tem demonstrado uma alta sensibilidade (até 100% em alguns estudos) TRECs: marcadores produzidos no desenvolvimento dos linfócitos T no timo - reflete diretamente a atividade tímica KRECs: marcadores produzidos no desenvolvimento dos linfócitos B (podem estar ausentes nas agamaglobulinemias e outras deficiência de linfócitos B)
70
Defeitos na fagocitose - doenças
- Neutropenia congênita grave - Neutropenia cíclica - Doença granulomatosa crônica - Defeitos na adesão leucocitária
71
Defeitos na fagocitose - | característica clínica
Manifestações potencialmente graves já no período neonatal | **fagócitos são fundamentais nos processos de cicatrização! Atraso na queda do coto umbilical
72
Defeitos na fagocitose - sítios acometidos
Tipicamente são locais que estão em contato com o meio externo: pele, trato respiratório e trato gastrointestinal
73
Defeitos na fagocitose - principais germes envolvidos
Germes que dependem de fagócitos para serem destruídos Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Streptococcus viridans Bacilos gram negativos
74
Defeitos na fagocitose - classificação de acordo com a deficiência de número
Problema no número de neutrófilos - neutropenias - Leve: 1.000-1.500céls/mm³ - Moderada: 500-1.000céls/mm³ - Grave: < 500céls/mm³
75
Fatores extrínsecos que também levam à neutropenias
``` Infecções Drogas Deficiências nutricionais Fatores metabólicos Neutropenia autoimune ```
76
Neutopenia Congênita Grave - o que é
Interrupção na maturação da linhagem mieloide no estágio de promielócito/mielócito Neutrófilos totais < 200céls/mm³
77
Neutopenia Congênita Grave - herança
Pode ser recessiva, dominante ou esporádico
78
Síndrome de Kostmann
Neutropenia Congênita Grave de herança autossômica recessiva Associada a quadros neurológicos e congnitivos
79
Neutopenia Congênita Grave - clínica
Infecções bacterianas graves e de início precoce Comum quadro de acometimento de partes moles: onfalites, gengivites e abscessos (hepáticos, perianais e genitais)
80
Neutopenia Congênita Grave - germes envolvidos
Os principais são: - S. Aureus - E. Coli - Pseudomonas sp
81
Neutopenia Congênita Grave - tratamento
- Administração de Fator de Crescimento de Colônias de Granulócitos (G-CSF) * Filgrastim; Granulokine * dose: 5mcg/kg/dia, pode chegar a 100mcg/kg/dia Objetivo: manter neutrófilos totais > 1.000céls/mm³ - Transplante de medula pode ser considerado nos que não respondem
82
Neutropenia Cíclica - o que é
Condição rara! Oscilações periódicas e regulares na contagem absoluta de neutrófilos Pode variar de valores normais até inferiores a 200céls/mm³
83
Neutopenia Cíclica - herança
Autossômica dominante
84
Neutopenia Cíclica - clínica
Surge no nadir da neutropenia (geralmente acontece a cada 21 dias e dura de 3-10 dias) Febre, úlceras orais e genitais, gengivite, periodontite, faringite e aumento dos linfonodos *pode haver infecções mais graves
85
Neutopenia Cíclica - diagnóstico
Realizar contagem de neutrófilos 3x/semana por 6-8 semanas
86
Neutopenia Cíclica - tratamento
Casos mais graves podem ser tratados com G-CSF
87
Doença Granulomatosa Crônica - herança
Mais comum ser ligada ao X - afeta mais sexo masculino | Pode ser também autossômica recessiva
88
Doença Granulomatosa Crônica - fisiopatologia
Fagócitos não conseguem destruir os micro-organismos já fagocitados *Alteração na enzima NADPH-oxidase não produz espécies reativas de O2 e incapacita a destruição de germes catalase positivos (S. Aureus)
89
Doença Granulomatosa Crônica - principais germes
``` S. Aureus Aspergillus Serratia Nocardia Burkholderia cepacia ```
90
Doença Granulomatosa Crônica - clínica
Infecções graves e de início precoce Pneumonias recorrentes Osteomielites Adenites Abscessos hepáticos,, cutâneos, pulmonares e perirretais Formação de granulomas - não se sabe ao certo como
91
Doença Granulomatosa Crônica - diagnóstico
Testes que avaliam a função oxidativa dos neutrófilos - Teste de redução do corante NBT (nitroblue tetrazolium) - Teste de redução da Di-Hidrorodamina * **pergunta de prova!
92
Doença Granulomatosa Crônica - tratamento
- Profilaxia com ATB e antifúngico (batrim e itraconazol) - Interferon-gama pode ser benéfico - Corticoide para processos obstrutivos, devido aos granulomas *Transplante de medula pode ser considerado
93
Defeitos na Adesão Leucocitária - herança
Autossômica recessiva | Doença rara!!
94
Defeitos na Adesão Leucocitária - o que é
Contagem de neutrófilos aumentada Prejuízo na adesão, motilidade e capacidade de fagocitar
95
Defeitos na Adesão Leucocitária - clínica
Infecções de repetição desde muito novo Atraso na queda do coto Infecções cutâneas graves, sem formação de pus
96
Quais são os defeitos do Sistema Complemento?
- Deficiências nos componentes iniciais da via clássica - Deficiência de C1 esterase - Deficiências na via alternativa - Deficiências nos componentes terminais
97
Principal agente infeccioso envolvido na deficiência de componentes terminais do Sistema Complemento (C5-C9)?
Neisseria meningitidis | Neisseria gonorrhoeae
98
Principal herança envolvida nas deficiências de complemento?
Autossômica recessiva **exceção: Angioedema Hereditário - autossômica dominante
99
Quadro característico nas deficiências dos componentes iniciais da via clássica do complemento (C1-C4)
Doenças autoimunes (Ex: LES) | Maior propensão à infecções
100
Quadro característico da deficiência de C1 esterase
Angioedema hereditário
101
Quadro característico nas deficiências da via alternativa do complemento
Infecções graves por Neisseria | Alta mortalidade
102
O que é o Angioedema Hereditário
Quadro de angioedema não relacionado com urticária ou prurido Há acometimento do trato respiratório e TGI Pode ser desencadeado por estrógeno, trauma ou estresse psicológico
103
Principais deficiências da via alternativa
Properdina Fator D C3
104
Quadro característico na deficiência dos fatores da via da lectina
Infecções piogênicas graves
105
Quadro característico na deficiência de C3
Infecções por germes encapsulados
106
Como é feito o rastreio inicial das deficiências do complemento?
Dosagem do Complemento Hemolítico Total (CH50) *o teste indica a diluição necessária para que 50% das hemácias de carneiro cobertas por anticorpos sejam lisadas
107
Síndrome de Wiskott-Aldrich - o que é
Imunodeficiência Primária Combinada
108
Síndrome de Wiskott-Aldrich - herança
Ligada ao X
109
Síndrome de Wiskott-Aldrich - causa
Defeito molecular no gene que codifica a proteína de Wiskott-Aldrich *ela está envolvida no rearranjo do citoesqueleto celular e na formação das plaquetas
110
Síndrome de Wiskott-Aldrich - tríade clássica
- Eczema (semelhante a dermatite atópica, porém acompanhada de petéquias e púrpuras) - Trombocitopenia < 70.000/mm³ e tamanho pequeno - Infecções recorrentes (diminuição dos linfócitos T, IgM e IgG baixos, IgA e IgE altos * risco aumentado de doenças autoimunes e neoplasias
111
Síndrome de Wiskott-Aldrich - tratamento
Tratamento deifinitivo: Transplante de medula óssea Reposição de imunoglobulina para deficiência importante de hipogamaglobulinemia Controle de infecções e sangramentos
112
Síndrome de Ataxia-Telangiectasia - o que é
Doença que entra nas imunodeficiências primárias, porém é mais complexa Tem acometimento: imunológico, neurológico, endócrino, hepático e cutâneo
113
Síndrome de Ataxia-Telangiectasia - herança
Autossômica recessiva
114
Síndrome de Ataxia-Telangiectasia - causa
Mutação no gene ATM do cromossomo 11 *participa do controle de dano ao DNA
115
Síndrome de Ataxia-Telangiectasia - clínica
- Ataxia cerebelar - Telangiectasias oculocutâneas - Infecções sinopulmonares crônicas - Alta incidência de neoplasias ***Diminuição de IgA - achado característico Alfafetoproteína elevado
116
Síndrome de Ataxia-Telangiectasia - tratamento
Manejo de infecções Reposição de imunoglobulinas *não há tratamento específico Prognóstico bastante reservado
117
Síndrome de DiGeorge - o que é
- Alteração no desenvolvimento da 3ª e 4ª bolsas faríngeas | - Microdeleções da região 22q11.2
118
Síndrome de DiGeorge - clínica
- Hipoplasia ou aplasia do timo e das paratireoides - Hipocalcemia com convulsões no período neonatal - Defeitos cardíacos - Dismorfismos faciais (hipoplasia mandibular, hipertelorismo, filtro curto, orelhas malformadas, implantação baixa) *a gravidade se relaciona com o grau de hipoplasia do timo
119
Síndrome de DiGeorge - tratamento
Manejo das infecções | Transplante de timo
120
Síndrome de Hiper-IgE - quadro característico
- Formação de abscessos cutâneos e pulmonares de origem estafilocócica - Níveis altos de IgE (>2.000UI/m ou 10x o valor da normalidade) tem também eczema e alterações faciais típicas
121
Síndrome de Chediak-Higashi - o que é
Doença de desregulação imunológica *defeito na morfogênese de grânulos da células do sistema imunológico, hemácias e melanócitos
122
Síndrome de Chediak-Higashi - herança
Autossômica recessiva
123
Síndrome de Chediak-Higashi - ccaracterísticas
- Alteração na degranulação de neutrófilos - Albinismo oculocutâneo parcial - Discreta diátese hemorrágica (contagem de plaquetas é normal, mas há alteração na agregação) - Neuropatia periférica progressiva * tendência a fazer linfo-histiocitose hemofagocítica
124
O que é a Linfo-Histiocitose Hemofagocítica?
Um quadro de hemofagocitose descontrolada e ativação de uma série de citocinas inflamatórias *quadro: pancitopenia (hemofagocitose), febre alta, hepatoesplenomegalia, hipertrigliceridemia, hipofibrinogenemia, aumento de enzimas hepáticas, aumento de ferritina
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Síndrome de Chediak-Higashi - avaliação complementar
Identificados grandes grânulos peroxidase-positivos em polimorfonucleares, hemácias e plaquetas
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Síndrome de Chediak-Higashi - tratamento
Transplante de medula óssea
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Screening que o pediatra geral pode fazer na suspeita de imunodeficiências
- HMG (ver penias, tamanho e forma das plaquetas) - Dosagem de Imunoglobulinas (IgA, IgE, IgG, IgM) - Testes de alergia cutânea - ex PPD (avalia resposta dos linfócitos T) - Rx tórax: avaliar timo (cavum para ver adenoide) - Sorologia para HIV
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Sindrome de Swachman-Diamond
Insuficiência pancreática (2 causa mais comum depois de Fibrose Cística) Disfunção de medula óssea Anormalidades esqueléticas