Icterícia neonatal Flashcards
Metabolismo da bilirrubina no adulto:
Degradação do heme da hemoglobina, que gera BI
BI é potencialmente tóxico, neurotóxico
É hipossolúvel e então para ser eliminada, tem que ser transformada, no fígado (carreada até lá pela albumina)
No hepatócito, é conjugada com o ácido glicurônico por meio da glicuroniltransferase
Bilirrubina conjugada: BD
Metabolismo de bilirrubina no feto:
A eliminação de BI é pela placenta, logo, não há captação pelo fígado, ou pouca captação e conjugação hepáticas
Metabolismo de bilirrubina no feto e no RN:
A eliminação de BI é pela placenta, logo, não há captação pelo fígado, ou pouca captação e conjugação hepáticas
No recém nascido: Produção exagerada de BI (HTC alto e meia-vida curta da hemácia)
Fígado imaturo: captação e conjugação limitadas
Aumento da circulação êntero-hepática da bilirrubina ( existe aqui glicuronidase que faz a BD virar BI) ( esse aumento pode ser porque o trânsito está mais lento, dando mais tempo para glicuronidase, não há bactérias que iriam reduzir a ação da glicuronidase
Todos os recém nascidos tem aumento de bilirrubina indireta, se der icterícia como se chama:
Nesse caso, icterícia fisiológica
Icterícia fisiológica no RN a termo:
Torna-se evidente em 2 a 3 dias de vida (pois com a taxa fisiológica de aumento, não bate os 5mg/dL no 1 dia). Não é fisiológica se começa nas primeiras 24h
A fisiológica tem que aumentar <5mg/dL/dia
Nível máximo de bilirrubina: 12 mg/dL
Dura poucos dias: uns 5 dias no recém nascido a termo ( no pré termo pode ir até umas 2 semanas
Apenas aumento de Bilirrubina Indireta
OBS: Para identificar icterícia precisa de ter nível de bilirrubina de pelo menos 5 mg/dL
Níveis de bilirrubina a partir das regiões acometidas:
O acometimento da icterícia é craniocaudal
Cabeça: Zona I
Tórax até cicatriz umbilical: Zona II
Abaixo da cicatriz umbilical até joelho: Zona III
Joelho até tornozelo ou abaixo do deltoide até punho: Zona IV
Mãos: Zona V
Se abaixo da cicatriz umbilical, ou seja, se na zona III, provavelmente não é mais fisiológico, ou seja, deve está acima de 12mg/dL
Recém nascido ictérico, exantema, penfigo, rinite:
DD, pode ser sífilis congênita
Causas não fisiológicas:
Anemias hemolíticas: com aumento apenas de BI; podem surgir ainda no primeiro dia (então, se icterícia nas primeiras 24h, suspeitar de anemia hemolítica)
Icterícia do aleitamento materno: primeira semana de vida ( primeira semana de vida na criança em aleitamento materno exclusivo. Causado por baixa ingestão láctea, com perda ponderal excessiva; Circulação êntero-hepática aumentada devido trânsito intestinal mais lento, começa entre 2 a 3 dias também mas em níveis acima de 12; TT obviamente é corrigir amamentação e dependendo pode precisar de fototerapia)
Icterícia do leite materno: Icterícia persistente( se prolonga além da 1 semana), tardi. Existe alguma substância no leite, a custas de BI; a criança não tem nenhuma outra alteração
Colestase neonatal: aumento de BD ( a depender da referência, BD>2mg/dL
Anemias hemolíticas, causas:
Incompatibilidade materno-fetal: anticorpos maternos passam pela placenta e podem destruir hemácias do feto, ainda na gestação.
EX: Incompatibilidade Rh:
Mãe: Rh negativo: o commbs Indireto positivo ( indica que tem anticorpo) indica sensibilização: geralmente a multípara, mas pode evitar dando imunoglobulina anti-Rh
RN: Rh pos: Comm Direto (Indica se tem anticorpo ligado na hemácia)
OBS: só produz anticorpos quem já entrou em contato antes
Incompatibilidade ABO
Mãe: O
RN: A ou B: faz commbs Direto (nem sempre vai dar + pois hemácia do RN tem menos antígeno AB)
Causas de anemia Hemolítica:
Incompatibilidades materno-fetal
Esferocitose: CD negativo
Deficiência de G6PD: CD negativo
Quais exames pedir se icterícia:
BT e frações + Hto + reticulócitos
TS, fator Rh e CD no RN
Hematoscopia>esferócitos ( pode pensar em esferocitose mas também pode haver na incompatibilidade ABO, só que aí o CD é +)
Causas de colestase neonatal:
Atresia de vias biliares: nasce com vias pérvias mas vai evoluindo para obliteração progressiva da árvore biliar, principalmente extra-hepática.
Acumula bile no fígado e gera lesão potencialmente irreversível
Moimento inicial: Icterícia persistente + sinais de colestase
Aumento de Bilirrubina Direta( aumento maior que 2mg/dL
Tratamento: cirurgia de KASAI (portoenterostomia)
TT:
Quandp BI:
Fototerapia e pode precisar de exosanguineotransfusão