Hipotireoidismo, tireoidite e CA de tireoide Flashcards

1
Q

Qual a causa mais comum de hipotireoidismo no Brasil e no mundo ?

A

1) Principal causa no Brasil: Tireoidite de Hashimoto

2) No mundo: carência de iodo

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2
Q

O que é hipotireoidismo primário, secundário e terciário ? E como estão os valores de T3, T4 é TSH no hipotireoidismo primário e secundário ? Qual a ordem de mais prevalente ?

A

1) Hipotireoidismo primário: ocorre falência da tireoide. O T4 está baixo, T3 está baixo ou normal e TSH elevado. O primário representa 90% dos casos de hipotireoidismo.
2) Hipotireoidismo secundário: ocorre falência da hipófise. O T4 está baixo e o TSH baixo ou normal.
3) Hipotireoidismo terciário: ocorre falência do hipotálamo.

Obs: O hipotireoidismo secundário e terciário são chamados de hipotireoidismo central.

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3
Q

Qual a principal causa de hipotireoidismo primário e secundário ?

A

1) Primário: Tireoidite de Hashimoto

2) Secundário: hipopituitarismo (tumor hipofisário, síndrome de Sheehan, trauma)

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4
Q

Qual tipo de hipotireoidismo (primário ou secundário) ocorre hiperprolactinemia e bócio ?

A

Primário. Isso se deve ao excesso de TSH, gerando quadro de hiperprolactinemia (galactorreia, amenorreia) e bócio.

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5
Q

Temos 3 tipos tireoidite: aguda, subagudo e crônica. Explique a causa de cada uma.

A

1) Tireoidite aguda: é um quadro infecciosa (S. aureus e S. pyogenes).
2) Tireoidite subagudo: pode ser linfocítica indolor e a granulomatosa (tireoidite de Quervain ou tireoide subaguda dolorosa).
3) Tireoide crônica: é a tireoide de Hashimoto, fibrosante de Riedel.

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6
Q

Clínica e tto da tireoidite aguda

A

1) Clinica: Dor, febre, flogose e supuração.

2) Tto: drenagem + ATB

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7
Q

Existem 3 fases da tireoide subaguda: explique cada uma.

A

1) Fase 1: quando inflama a tireoide, ocorre liberação dos hormônios tireoidianos, levando a tireotoxicose.
2) Fase 2: o estoque diminui gerando um hipotireoidismo.
3) Fase 3: a inflamação vai passando voltando a produção normal de hormônio tireoidiano.

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8
Q

Como é a clínica e tto da tireoidite subaguda e na tireoidite de Quervain?

A

1)Linfocitica:

  • não há dor
  • ocorre um hipertiroidismo transitório.
  • Tratar os sintomas do hipertiroidismo

2)Quervain:

  • Dor na região cervical (na tireoide)
  • Ocorre após uma infecção viral (após 1-3 semanas).
  • Leva a tireotoxicose
  • VHS elevado
  • Tratar com AINE
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9
Q

Explique a fisiopato da tireoidite de Hashimoto. Qual o nome do principal autoanticorpo no Hashimoto? Quais são os outros autoanticorpos presentes no Hashimoto ?

A

1) Fisiopato: É uma doença autoimune. Os autoanticorpos da tireoide são os anti-TPO. Esse anti-TPO não deixa a TPO funcionar, impendido a formação dos hormônios tireoidianos. Há também resposta celular, pelos linfócitos CD8, levando a fibrose crônica.
2) Autoanticorpos:

  • Principal: anti-TPO
  • Outros: anti-Tg, TRAb
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10
Q

Qual o nome das células encontradas na PAAF de tireoide que é patognomônico de Hashimoto?

A

Células de Askanazy

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11
Q

Qual a clínica da tireoide de Hashimoto ?

A

1)Hipotireoidismo:

  • Menifestações gerais: lentificação do metabolismo, fadiga, intolerância ao frio.
  • Cutânea: pele fria e pálida, cabelos e unhas secas e quebradiças, madarose, edema de face, mãos e pés, mixedema (edema generalizado, duro sem cacifo).
  • Cardiovascular: bradicardia, HAS (PAD elevada), hipercolesterolemia.
  • TGI: constipação
  • Neurológico: síndrome demencial, depressão.
  • Reprodutivo: Hiperprolactinemia: galactorreia, amenorreia

2)Bócio

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12
Q

Diagnóstico da tireoidite de Hashimoto

A

Clínico + laboratório com TSH alto, T4 baixo e Anti-TPO positivo.

OBS: na prática não pedimos anti-TPO, só clínica e TSH alto com T4 baixo já fechamos o diagnóstico.

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13
Q

Tratamento de tireoide de Hashimoto

A

1)Levotiroxina T4: 1-2 ug/Kg/dia

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14
Q

Qual câncer é mais prevalente no paciente com tireoide de Hashimoto ?

A

Linfoma

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15
Q

Quando suspeitar clinicamente que pode ser linfoma no paciente com Hashimoto ?

A

Aumento súbito da tireoide

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16
Q

Como é feito o diagnóstico do hipotireoidismo subclinico?

A

1) Presença de TSH elevado com T4 normal.

2) Normalmente o é assintomático mas pode ter sintomas inespecíficos.

17
Q

Quando tratamos o hipotireoidismo subclínico?

A

1) TSH > ou igual a 10 uU/ml
2) Anti-TPO +
3) USG com tireoidite
4) Gestação
5) Sintomas inespecíficos: teste terapêutico
6) Dislipidemia ou doença cardiovascular

18
Q

Depois de encontrarmos um nódulo de tireoide no exame físico, quais são os próximos passos? Como fica o TSH no CA de tireoide ? O que significa na cintilografia de tireoide vier quente/hipercaptante ? Se cintilografia tireoide fria ? Se no USG vier com nódulo < 1 cm, > ou igual 1 cm, ou nódulo suspeito, qual a conduta ? O que é um nódulo suspeito ?

A

1)Seguir o fluxograma: Após palpar o nódulo na tireoide, iremos dosar TSH. Se o TSH estiver:

  • Suprimido: realizar cintilografia de tireoide.
  • Normal: USG de tireoide

2) O TSH no CA de tireoide está normal.
3) Cintilografia de tireoide quente/hipercaptante: adenoma tóxico.
4) Cintilografia de tireoide frio: pode ser CA de tireoide.
5) USG com nódulo de tireoide com < 1 cm: seguimento USG.
6) USG com nódulo de tireoide com > ou igual 1 cm OU nódulo suspeito: PAAF
7) Nódulo suspeito: irradiação, crescimento, rouquidão, microcalcificações, sólidos hipoecoico e irregular, classificação de Chammas IV e V (vascularização central).

19
Q

O resultado da PAAF (citológico) de tireoide avaliamos pela classificação de Bethesda. O que significa o resultado de Bethesda de 1 a 6 e qual a conduta em cada um?

A

1) Bethesda 1 (insatisfatória): PAAF
2) Bethesda 2 (benigno): seguimento
3) Bethesda 3 (atipia indeterminada): PAAF se vier com alteração na análise genética.
4) Bethesda 4 (folicular): cirurgia se vier com alteração na análise genética.
5) Bethesda 5 (suspeito): cirurgia
6) Bethesda 6 (maligno): cirurgia

20
Q

No CA de tireoide dividimos em: bem diferenciado e pouco diferenciado. Quais são os tipos histológicos que se encaixa nessa divisão ?

A

1) Bem diferenciado: papilífero e folicular.

2) Pouco diferenciado: anaplásico e medular

21
Q

Entre os bem diferenciados dos poucos diferenciados: qual o mais comum, epidemio e que tem melhor prognóstico ?

A

1) Bem diferenciado: mais comum (o papilifero é o mais comum), mulheres jovens e bom prognóstico.
2) Pouco diferenciado: pior prognóstico. O mais agressivo e fatal é o anaplásico.

22
Q

Características do papilifero e folicular: qual é o mais comum, acomete qual sexo, idade, prognóstico, via de disseminação, fatores de risco e suas alterações histológicas?

A

1) Papilifero: mais comum, acomete mulher, 20-40 anos, excelente prognóstico, disseminação linfática, fator de risco: irradiação, histologia: corpos psamomatosos e alterações nucleares.
2) Folicular: segundo mais comum, mulher, 40-60 anos, bom prognóstico, disseminação hematológica, fator de risco: carência de iodo, histologia: aumento de células foliculares.

23
Q

Como se da o diagnóstico do CA papilifero e do folicular ?

A

1) Papilifero: PAAF

2) Folicular: histopatologico

24
Q

Tratamento do CA folicular e papilifero?

A

1)Papilifero:

  • < 1 cm: tireoidectomia parcial
  • > ou igual 1 cm: tireoidectomia total

OBS: Tireoidectomia total sempre fazer em < 15 anos e história de radiação.

2)Folicular:

  • < ou igual a 2 cm: tireoidectomia parcial: fazer análise histopatologico: se vier CA fazer tireoidectomia total; se vier adenina não fazer nada mais.
  • > 2 cm: tireoidectomia total
25
Q

O que fazer após a tireoidectomia ?

A

1) Supressão do TSH usando levotiroxina.
2) USG de 6/6 meses.
3) Tireoglobulina > 1-2 ng/dL ou cintilografia + = deve ser câncer, devendo fazer ablação com iodo radioativo.

26
Q

Sobre o CA medular de tireoide: quais celular são acometidas, qual marcador, diagnóstico, apresentação, proto oncogene RET, tratamento e seguimento pós cirurgia ?

A

1) Células C da tireoide
2) Marcador: calcitonina elevada
3) Diagnóstico: PAAF
4) Apresentação: esporádica (80% dos casos): não há história na família. Familiar (20%): há casos na família e está associada com NEM 2a: carcinoma medular tireoide + feocromocitoma + hiperparatireoidismo e NEM 2b: carcinoma medular tireoide + feocromocitoma + neuromas .
5) Toda vez que tiver um carcinoma medular na família devemos procurar o proto oncogene RET e vier + = tireoidectomia profilática.
6) Tratamento: tireoidectomia + linfadenectomia
6) Seguimento: avaliar sempre calcitonina

27
Q

Sobre o anaplásico de tireoide: prognóstico, prevalência, idade mais comum, fator de risco, diagnóstico, tto

A

1) Pior prognóstico de todos (muito agressivo)
2) Raro
3) Idosos
4) Fator de risco: deficiência de iodo
5) Diagnóstico: PAAF
6) Tto: traqueostomia e QT/RT

28
Q

Sobre carcinoma de células de Hurthle: é um variante mais agressivo de qual CA de tiroide ? Qual Tto?

A

1) Variante do folicular

2) Tto: tireoidectomia total + linfadenectomia

29
Q

Fale das Complicações da tireoidectomia

A

1) Lesão no laríngeo superior: causa rouquidão.

2)Lesão no laringeo recorrente: unilateral causa rouquidão. O perigo está quando a lesão é bilateral, gerando oclusão da via aérea, necessitando de IOT e traqueostomia.

3)Hipoparatireoidismo: é a complicação mais comum pós operatório da tireoidectomia. Ocorre retirada também da paratireóide, gerando hipocalcemia aguda (sinal de Chvostek e trousseau, alargamento do QT, arritmia ventricular, hipotensao).