Hipersensibilidade Flashcards
Define Hipersensibilidade
Conjunto de sinais e sintomas, objetivamente reprodutíveis (típicos e que se repetem com o mesmo estímulo), pela exposição a um estímulo.
ESTÍMULO -> QUADRO CLÍNICO TÍPICO REPRODUTÍVEL
NOTA: Um mesmo estímulo não causará qualquer manifestação num indivíduo “saudável”
Quais são os tipos de Hipersensibilidade?
Hipersensibilidade:
* ALÉRGICA:
> .IgE medidada:
Atópicas
Não atópicas
> .Não IgE mediada
* NÃO ALÉRGICA
Caracteriza as Reações de Hipersensibilidade Alérgicas
Há envolvimento do Sistema Imune!
* Os mecanismos celulares e/ou humorais condicionam a reação.
Pode ser dividida em:
* RH Alérgicas Mediadas por IgE (Atópicas ou Não Atópicas)
* RH Alérgicas Não mediadas por IgE
Caracterize as RH Alérgicas Não mediadas por IgE
Há sempre envolvimento do sistema imune nas RH alérgicas. Neste caso, serão mediadas por:
* Outras classes de anticorpos: IgG, IgM e IgA
ou
* Outras células: Linfócitos T, Eosinófilos
Caracterize as RH Não Alérgicas
Não há envolvimento do Sistema Imune!
Contudo, continua a existir um ESTÍMULO que produz um QUADRO CLÍNICO REPRODUTÍVEL. O mesmo estímulo não irá causar quaisquer manifestações num indivíduo “saudável”.
Logo é uma Reação de HS.
Exemplo - Intolerância à Lactose: esta intolerância não é mais do que a ocorrência reprodutível de um conjunto de sinais ou sintomas (flatulência, dor abdominal, diarreia, mal-estar) sempre que o individuo é exposto a produtos que contenham lactose, algo que não acontece
com um individuo dito saudável. Assim, podemos dizer que estamos perante uma hipersensibilidade.
Surge-nos então a questão: “será que esta reação de hipersensibilidade tem alguma relação com mecanismos imunológicos?”.
A resposta é não, pois esta intolerância surge uma vez que não existe a enzima lactase (que degrada a lactose a nível intestinal), ou esta existe
em níveis deficitários. Esta deficiência enzimática irá então condicionar o quadro clínico.
Distingue de forma sucinta e eficaz as RH Alérgicas, de acordo com a Classificação Clássica (1968)
Segundo Gell e Coombs (1968 – classificação clássica), as reações de hipersensibilidade podem ser divididas em 4 tipos diferentes, todas elas envolvendo mecanismos imunes, isto é, envolvendo a imunidade celular e/ou a imunidade humoral.
Tipo I - Mediada por IgE
Tipo II, III, IV - Não Mediada por IgE (outros anticorpos e/ou células)
Nas RH Alérgicas não mediadas por IgE, quais os seus mediadores?
Outras classes de Anticorpos (IgM, IgG e IgA) & Células imunes (eosinófilos, linfócitos T)
Qual é a divisão das RH Alérgicas Mediadas por IgE?
- Atópica
- Não atopica
Como é feita a divisão das RH Alérgicas de acordo com Gell e Coombs?
- Tipo I: imediata (mediada por IgE)
- Tipo II: citotóxica (mediada por IgG/IgM)
- Tipo III: por imunocomplexos (IgG)
- Tipo IV: retardada ➞ sintomatologia pode demorar até 72hr (Cell-Mediated)
Todas elas envolvem mecanismos imunes (celular ou humoral)!
Tipo I, II, III - Antibody-Mediated
Tipo IV - Cell-Mediated (daí durar mais)
Caracteriza as RH do Tipo I
As 2 características essenciais (+importantes) e como ocorrem
- São imediatas (primeiras horas após a exposição a um determinado alergénio)
- São IgE mediadas
Ocorrem por exposição a um determinado alergénio que contacta com moléculas de IgE na superfície de mastócitos e basófilos.
Para isto ocorrer é necessário o necanismo de cross-linkage ➞ dá-se sensibilização prévia
2 fases do cross-linkage:
* Fase de Sensibilização
1º há uma presença de um novo alergénio, é reconhecido (PAMPs) e apresentado a células apresentadoras de antigénio. Posteriormente, estas ligam-se às células Tnaive e convertem-nas em Th2 ➞ libertação de citocinas inflamatórias - nomeadamente IL-4 ➞ indução da produção de plasmócitos de IgE, sendo estas IgEs específicas para o alergénio.
* Fase Efetora
Ligação de 1 ALERGÉNIO ↔ 2 IgEs sensibilizados na membrana do mastócito (e de outros granulócitos, mas em menor quantidade dada a menor expressão dos recetores das IgEs - FcεRI). Esta ligação irá promover uma cascata de sinalização dentro da célula promovendo a DESGRANULAÇÃO ➞ libertação de todos os mediadores inflamatórios, condicionando a sintomatologia alérgica.
Explica o processo de cross-linkage que ocorre nas RH Tipo I
É o mecanismo necessário para a ocorrência das RH Tipo I, no qual há a ligação de 1 ALERGÉNIO ↔ 2 IgEs na membrana do mastócito, promovendo a libertação de mediadores inflamatórios causando o quadro clínico alérgico.
Para isto ocorrer temos 2 fases:
* Fase de Sensibilização
1º há uma presença de um novo alergénio, é reconhecido (PAMPs) e apresentado a células apresentadoras de antigénio. Posteriormente, estas ligam-se às células Tnaive e convertem-nas em Th2 ➞ libertação de citocinas inflamatórias - nomeadamente IL-4 ➞ indução da produção de plasmócitos de IgE, sendo estas IgEs específicas para o alergénio.
* Fase Efetora
Ligação de 1 ALERGÉNIO ↔ 2 IgEs sensibilizados na membrana do mastócito (e de outros granulócitos, mas em menor quantidade dada a menor expressão dos recetores das IgEs - FcεRI). Esta ligação irá promover uma cascata de sinalização dentro da célula promovendo a DESGRANULAÇÃO ➞ libertação de todos os mediadores inflamatórios, condicionando a sintomatologia alérgica.
Quais são os exemplos clínicos das RH Tipo I?
6
- Rinite
- Urticária
- Alergias alimentares
- Eczema
- Asma
- Anafilaxia
INFORMAÇÃO EXTRA
Caracterização dos FcεR
Não está na teórica
Caracteriza as RH do Tipo II
- São citotóxicas
- São IgG e IgM mediadas
- Envolvem mecanismos de ADCC (antibody-dependent cell-mediated cytotoxicity) e mecanismos de CDC (complement-dependent cytotoxicity)
Permitindo a destruição da célula alvo!
- No mecanismo de ADCC temos um determinado antigénio na superfície de uma célula que é reconhecido pela parte variável de uma IgG, sendo que esta se liga, na sua parte constante, ao recetor Fc de uma célula NK.
Quando se forma a cadeia Antigénio ↔ IgG ↔ NKcell vamos ter uma cascata de sinalização no interior da NK cell, promovendo a sua DESGRANULAÇÃO e, consequente, libertação de citosinas promovendo a destruição da célula alvo; - No mecanismo de CDC dá-se a ligação do anticorpo em circulação (IgM) ao antigénio que está na superfície da célula alvo. Quando ocorre a formação do complexo imune Ac ↔ Ag irá induzir a ativação da cascata do complemento, formando o MAC (membrane attack complex) que vai culminar na lise da célula alvo;
Distingue os mecanismos ADCC e CDC envolvidos nas RH Tipo II
ADCC (antibody-dependent cell-mediated cytotoxicity)
CDC (complement-dependent cytotoxicity)
- No mecanismo de ADCC temos um determinado antigénio na superfície de uma célula que é reconhecido pela parte variável de uma IgG, sendo que esta se liga, na sua parte constante, ao recetor Fc de uma célula NK.
Quando se forma a cadeia Antigénio ↔ IgG ↔ NKcell vamos ter uma cascata de sinalização no interior da NK cell, promovendo a sua DESGRANULAÇÃO e, consequente, libertação de citosinas promovendo a destruição da célula alvo; - No mecanismo de CDC dá-se a ligação do anticorpo em circulação (IgM) ao antigénio que está na superfície da célula alvo. Quando ocorre a formação do complexo imune Ac ↔ Ag irá induzir a ativação da cascata do complemento, formando o MAC (membrane attack complex) que vai culminar na lise da célula alvo;
Quais são os exemplos clínicos das RH Tipo II?
Na aula teórica - 4
- Reações de transfusão sanguínea (eritrócitos)
- Eritroblastose fetal (eritrócitos)
- Anemia hemolítica autoimune (eritrócitos)
- Doenças autoimunes especificas de órgão
Pode ajudar: Tipo 2➞eritrócitos (sem ser as específicas de órgãos)
Type II reactions are typically drug-induced reactions which are considered a cause of allergic cytopenia. However, type II reactions are an essential pathogenetic event in several autoimmune diseases, such as immune thrombocytopenia, autoimmune haemolytic anaemia (AIHA), autoimmune neutropenia, Biermer’s disease, Goodpasture syndrome, haemolytic disease of the foetus and the newborn (erythroblastosis fetalis), myasthenia gravis, pemphigus and transfusion reactions involving mismatched blood types
- Biermer’s disease (formerly known as pernicious anemia) is an autoimmune atrophic gastritis, predominantly fundic, responsible for a malabsorption of vitamin B12. It is characterized immunologically by the presence of anti-intrinsic factor antibodies and/or anti-parietal cells antibodies.
- Goodpasture syndrome also referred to as anti-glomerular basement membrane (anti-GBM) disease, is an autoimmune disease that affects both the kidneys and lungs by the formation of autoantibodies that attack their basement membranes.
- Myasthenia gravis (MG) is a chronic autoimmune disorder in which antibodies destroy the communication between nerves and muscle, resulting in weakness of the skeletal muscles
- Pemphigus is a disease that causes blistering of the skin and the inside of the mouth, nose, throat, eyes, and genitals. The disease is rare in the United States. Pemphigus is an autoimmune disease in which the immune system mistakenly attacks cells in the top layer of the skin (epidermis) and the mucous membranes. People with the disease produce antibodies against desmogleins, proteins that bind skin cells to one another. When these bonds are disrupted, skin becomes fragile, and fluid can collect between its layers, forming blisters. Em pt - Pênfigo
Caracteriza as RH do Tipo III
- São mediadas por imunicomplexos
1. Ligação Anticorpo↔Antigénio ➞ Formação do imunocomplexo
2. O imunocomplexo, com um peso molecular elevado, deposita-se na superfície das células endoteliais
3. Desencadeia-se a Cascata do Complemento e com amplificação de sinal levando ao recrutamento de mais células inflamatórias.
4. Deposição destas nas paredes dos vasos condicionando a sintomatologia
Dado o seu peso molecular estes imunocomplexos vão se depositar nas paredes do endotélio, e consequentemente (processo inflamatório), estes vão atravessar os vasos, depositando-se nos tecidos, causando um grande recrutamento das células imunes ➞ Inflamação extravascular ➞ Sintomas.
Quais são os tecidos em que tipicamente ocorrem as RH Tipo III?
4
Os tecidos em que se depositam os imunocomplexos, promovendo a Inflamação Extravascular são:
* Articulações (sinovial)
* Cérebro
* Rim (glomérulo)
* Pulmão (alvéolo)
A deposição dá-se devido ao elevado peso molecular dos imunocomplexos
Quais são os exemplos clínicos das RH Tipo III?
Na teórica - 3
- Reação local (reação de Arthus)
- Reações sistémicas (doença do soro)
- Doenças autoimunes sistémicas (glomerulonefrite, lúpus eritematoso sistémico, artrite reumatoide)
Type III allergic reactions include the acute phase of hypersensitivity
pneumonitis (also referred to as extrinsic allergic alveolitis) - a fase crónica é Tipo IVa, druginduced vasculitis, serum sickness and Arthus reaction.
Type III reactions are associated with several autoimmune diseases, including systemic lupus erythematosus (SLE), rheumatoid arthritis (RA) and post-streptococcal glomerulonephritis. - Bibliografia extra Aula 8
Reação de Arthus: reação local devido a vacinas do tétano + difteria
Caracteriza as RH do Tipo IV
- NÃO SÃO mediadas por anticorpos
- São mediadas por células T
- São reações tardias ➞ pelo menos 72h (3dias) para o aparecimento de sintomatologia
Temos envolvimento tanto das CD4+ ➞ na forma de Th1 (nas IVa) e Th2 (nas IVb) e das CD8+ ➞ citotóxicas
A ativação das CD4+ (já sensibilizadas - respondem a antigénio específico) vai condicionar a resposta imune com recrutamento das células imunes ➞ condiciona a sintomatologia
Na aula está apenas isto
Quais são os exemplos clínicos das RH Tipo IV?
Na aula teórica - 5
- Dermatite de contacto
- Reações de corpo estranho
- Doenças granulomatosas
- Lesões trabeculares
- Reações tardias a fármacos e drogas (síndrome de Lyell ou síndrome de Stevens-Johnson).
Extra importante: Doença Celíaca
-
Type IVa – T1 immune response
Typical clinical manifestations of type IVa reaction are allergic contact dermatitis, the chronic phase of hypersensitivity pneumonitis(also referred to as extrinsic allergic alveolitis) and celiac disease.
Type IVa reactions can also be essential for non-T2 endotypes of
asthma, allergic rhinitis (AR), chronic rhinosinusitis (CRS) or atopic dermatitis (AD). These mechanisms also explain non-immediate allergic reactions to drugs, which occur after the haptenization of the drug with a carrier protein -
Type IVb – T2 immune response
The most characteristic expression of a type IVb hypersensitivity reaction can be observed in the classical allergic reaction with chronic
airway inflammation in allergic rhinitis (AR), chronic rhinosinusitis (CRS), asthma and atopic dermatitis (AD - T2 endotype), food allergy, eosinophilic oesophagitis (EoE) or protein-contact dermatitis. -
Type IVc – T3 immune response
Th17, Tc17, ILC3 and other IL-17A- and IL-17F-producing cells have been implicated in neutrophilic inflammation and the pathogenesis of AD and neutrophilic asthma
INFORMAÇÃO EXTRA
Explica o processo de Haptenização, e como este influencia as RH do Tipo IV
INFORMAÇÃO EXTRA
Distingue as diferentes RH do Tipo IV
IVa, IVb e IVc
Define Atopia
Tendência pessoal e/ou familiar para produzir anticorpos IgE dirigidos contra aeroalergénios comuns.
Traduz-se clinicamente por asma, rinite e eczema
Assim, um indivíduo é considerado atópico se desenvolver anticorpos da classe IgE contra alergénios ambientais/aeroalergénios comuns (ácaros do pó doméstico, pelo do cão, pelo do gato, pólenes de oliveira, pólenes de gramíneas, etc) e, consequentemente, apresentar asma, rinite ou eczema
Dá os 3 exemplos clínicos de Atopia
- Asma
- Rinite
- Eczema
Distingue os alergénos comuns dos “não comuns”
Alergénos comuns:
* Ácaros do pó doméstico
* Pelo do cão/gato
* Pólenes de oliveira/gramíneas
Em indivíduos atópicos vão ser o ESTÍMULO causador do Quadro Clínico típico e reprodutível! (asma, rinite e eczema)
Alergénos não comuns - NÃO ATÓPICOS
* Alergia Alimentar
* Alergia Medicamentosa
* Alergia a veneno de himenópteros (abelhas e vespas)
Carateriza a Génese de uma Doença IgE Mediada
2 grandes fatores
-
PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA
posteriormente - EXPOSIÇÃO AMBIENTAL
- Génese de uma doença IgE mediada
Quais são os 2 tipos de lesão que podemos ter nas RH do Tipo II?
- Lesão das células
- Lesão dos tecidos
Como é a Hipótese Higiénica da génese de uma doença IgE mediada?
Erika von Mutius - investigadora alemã
Esta hipótese diz que, se um indivíduo for exposto -exposição ambiental, desde o início da sua vida, a endotoxinas bacterianas, não desenvolve alergias ao longo da vida, já que as células Th0 são estimuladas, formando um perfil Th1.
É de salientar a necessidade de um priming e de uma estimulação do aparelho gastrointestinal, particularmente do sistema GALT, por estas endotoxinas bacterianas.
Assim, compreendemos a importância da colonização precoce por bactérias comensais.
Por outro lado, se uma criança com predisposição genética para a alergia, habitar desde sempre um ambiente muito esterilizado, não for amamentada, tiver uma grande cobertura em termos de esterilização de biberões e de chupetas, for muito vacinada, tiver contacto com antibióticos (leva à esterilização da flora) e se for exposta, por exemplo, ao fumo do tabaco, desenvolverá alergias devido ao comprometimento do priming/estimulação das células T naive.
Ou seja, neste caso, as células Th0 não são estimuladas por bactérias, e caminham para um perfil Th2, o que justifica o surgimento de alergias a ácaros, leite, ovos, pelo de animais, entre outros
Erika von Mutius, investigadora internacional alemã, reparou que as crianças alemãs que viviam em grandes cidades (como Munique) tinham tipicamente doenças alérgicas, como a asma e as alergias alimentares, enquanto que, as crianças que viviam na Alemanha rural (na imagem
superior vemos um exemplo de uma casa típica, em que animais vivem no rés do chão e a família nos andares superiores) não tinham doenças alérgicas. Deste modo, postulou uma teoria que designou por Hipótese Higiénica.
Como é a Hipótese Higiénica Modificada da génese de uma doença IgE mediada?
Paolo Matricardi
Esta teoria postula que TODOS temos células T reguladoras cuja principal função é manter o equilíbrio entre as células Th1 e Th2 e garantir a não ocorrência de resposta contra antigénios ambientais. Se não tivermos células T reg em número e/ou função (pode haver uma desregulação das mesmas) suficiente, perante a predisposição genética e um estímulo ambiental, podemos desenvolver uma doença alérgica.
Segundo Paolo, seria correto evidenciar que, no Mundo Ocidental, tinha ocorrido um aumento exponencial das doenças alérgicas, que são o paradigma do perfil Th2, mas que também tinha existido, ao longo dos anos, um aumento das doenças Th1, que são doenças com um perfil
claramente autoimune, nomeadamente LES (lúpus) e artrite reumatoide.
Segundo a afirmação deste investigador, fez-se um estudo em África e verificou-se que as crianças, embora fossem expostas a helmintes desde tenra idade, não desenvolviam alergias.
Além disso, Paolo descobriu uma população de células em circulação que designou por células T reguladoras, e assim surgiu uma nova hipótese designada Hipótese Higiénica Modificada, sendo esta, atualmente, a teoria mais aceite.
Qual o efeito da exposição do fumo do tabaco/poluição in útero/primeiros anos de vida?
Induz diferenciação células Th0 em Th2 que potencia doenças alérgicas
Quais os microbiomas importantes na potenciação de alergias?
- Pele
- Nasofaringe
- Pulmonar
- Intestinal logo evitar utilização de antibióticos na vida precoce/fetal e tentar ter dieta com fibra.
Slide da aula
Os vários fatores que podem influenciar o desenvolvimento ou não de alergias na criança
7 grupos - 16 fatores
Fatores Protetores e Fatores Predisponentes - doença IgE mediada
Qual o benefício da amamentação?
Se houver, desde o início, amamentação, há a passagem de anticorpos da classe IgA (defesas da mãe) para o filho através do leite materno, e isso é potenciador do desenvolvimento de um microbioma favorável para a proteção às alergias.
A existência de uma amamentação artificial é um fator que não protege da alergia.
Fatores Protetores e Fatores Predisponentes - doença IgE mediada
Qual o benefício do modo do parto?
O modo do parto pode também condicionar uma menor propensão para as alergias.
As cesarianas estão associadas a um maior risco de doença alérgica, em oposição ao parto eutócico.
Pensa-se que a exposição às bactérias da flora do trato vaginal podem condicionar uma estimulação com um perfil Th1. (não alérgico)
Fatores Protetores e Fatores Predisponentes - doença IgE mediada
Qual o problema com a exposição a Antibióticos nos primeiros anos de vida/vida intrauterina?
A utilização de antibióticos precocemente, particularmente no primeiro ano de vida, e a toma de antibióticos pela mãe durante a gravidez ➞ aumentam a propensão para a alergia, pois condicionam uma alteração do microbioma da criança.
Fatores Protetores e Fatores Predisponentes - doença IgE mediada
Qual a diferença entre exposição a bactérias e vírus na propensão de potenciar alergias nos primeiros anos de vida da criança?
Sabemos que as crianças que têm exposição viral precoce, particularmente ao vírus sincicial respiratório, têm uma maior propensão para o priming Th2.
Logo, a exposição a vírus é deletéria, enquanto a exposição a antigénios bacterianos é benéfica.
Vírus ➞ Mau (Priming Th2) / Bactérias ➞ Bom (Priming Th1)
Fatores Protetores e Fatores Predisponentes - doença IgE mediada
O que é a Janela de Oportunidade - Time Window?
É o timing perfeito para o desenvolvimento do sistema imune e dos seus órgãos, estando esta janela situada nos primeiros anos de vida.
Fatores Protetores e Fatores Predisponentes - doença IgE mediada
A exposição a fumo de tabaco/poluição é benéfica nos primeiros anos de vida/vida intrauterina?
A exposição ao fumo do tabaco in útero, ou mesmo nos primeiros anos de vida, bem como a exposição à poluição (sobretudo relevante nos países industrializados), são fatores que induzem a diferenciação de células Th0 em células Th2, potenciando a ocorrência de doenças alérgicas
Fatores Protetores e Fatores Predisponentes - doença IgE mediada
A exposição a animais de companhia/quinta é benéfica nos primeiros anos de vida/vida intrauterina?
Particularmente os de companhia ou de quinta, logo nos primeiros tempos de vida, é benéfico.
No entanto, no caso de uma criança em idade escolar que apresente uma alergia declarada à exposição aos animais, já não é benéfico. Pelo contrário, irá provocar o desenvolvimento de sintomatologia.
Fatores Protetores e Fatores Predisponentes - doença IgE mediada
A dieta com baixo teor de fibras é benéfica nos primeiros anos de vida/vida intrauterina?
Uma dieta pobre em fibras influencia negativamente o microbioma intestinal. Perfil Th2
Como é que podemos relacionar e prever o desenvolvimento de atopia, usando a suscetibilidade genética e a envolvente ambiental?
Que doenças estão associadas a um menor risco de desenvolvimento de alergias?
3
- Tuberculose
- Sarampo
- Hepatite A
Estão manifestamente associadas a um menor risco de desenvolver doenças alérgicas. Especificamente sobre
esta última, há um recetor (TIM1) para o vírus da hepatite A que está também envolvido nas alergias.
Embora saibamos que estas doenças podem condicionar um menor risco de desenvolvimento de doenças alérgicas, a sua indução com vista à redução da probabilidade de
ocorrência não é aceitável do ponto de vista ético.