HIPERGLICEMIAS Flashcards

1
Q

Quais são as duas principais complicações agudas associadas à hiperglicemia em pacientes diabéticos?

A

Cetoacidose diabética (CAD) e estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH).

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2
Q

Quais são as características diagnósticas da cetoacidose diabética (CAD)?

A
  • Hiperglicemia: glicemia > 200 mg/dL.
  • Hipercetonemia/cetonúria: positiva.
  • Acidose metabólica: pH ≤ 7,3.
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3
Q

Em qual tipo de diabetes a cetoacidose diabética é mais comum?

A

Diabetes mellitus tipo 1 (DM-1).

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4
Q

O que caracteriza a insulinopenia na cetoacidose diabética?

A

Insulinopenia quase absoluta, ou seja, o paciente não possui insulina suficiente.

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5
Q

Qual é o mecanismo fisiopatológico principal que leva à acidose na CAD?

A

A ausência de insulina promove lipólise, levando à produção de cetoácidos que causam acidose metabólica.

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6
Q

Quais são os dois fatores precipitantes mais comuns da cetoacidose diabética?

A

Interrupção do uso de insulina (por má adesão).
Infecções.

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7
Q

Quais eventos podem atuar como fatores desencadeantes de CAD?

A

Gestação, cirurgia, trauma, infarto agudo do miocárdio, colecistite, apendicite, diarreias, vômitos e isquemia mesentérica.

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8
Q

Por que a hiperglicemia na CAD leva à desidratação?

A

A hiperglicemia causa diurese osmótica, que resulta em perda de líquidos e desidratação.

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9
Q

Quais são os sinais de desidratação comuns na cetoacidose diabética?

A

Boca seca, pele seca, olhos encovados, diminuição da turgência da pele, e hipotensão.

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10
Q

Qual tipo de respiração é típico na cetoacidose diabética?

A

Respiração de Kussmaul (taquipneia profunda e ritmada).

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11
Q

Como é o hálito característico de pacientes com CAD?

A

Hálito cetônico, com odor frutado ou adocicado.

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12
Q

Qual sintoma abdominal pode estar presente na CAD?

A

Dor abdominal.

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13
Q

Quais alterações neurológicas podem ocorrer na cetoacidose diabética?

A

Rebaixamento do nível de consciência, podendo variar de confusão leve a coma.

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14
Q

Como é o início do quadro clínico na CAD?

A

Início abrupto.

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15
Q

Por que não ocorre acidose no estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH)?

A

Porque há uma produção residual de insulina que inibe a lipólise e a formação de cetoácidos.

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16
Q

Quais são os “3 P’s” que podem estar presentes na CAD?

A

Polifagia (aumento do apetite), polidipsia (aumento da sede) e poliúria (aumento da urina).

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17
Q

Qual tipo de diabetes está mais associado ao EHH?

A

Diabetes mellitus tipo 2 (DM-2).

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18
Q

Qual é o perfil típico do paciente com EHH?

A

Paciente idoso, diabético tipo 2, geralmente com mais de 50 anos, e com dificuldade de acesso à água.

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19
Q

Quais são os principais fatores desencadeantes do EHH?

A

Infecções (mais comum).
Cirurgia.
Trauma.
Infarto agudo do miocárdio.
Colecistite, apendicite.
Diarreias, vômitos e isquemia mesentérica.

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20
Q

Quais são os critérios diagnósticos laboratoriais do EHH?

A

pH maior 7,3 (sem acidose).
Glicemia > 600 mg/dL.
Osmolaridade sérica > 320 mOsm/kg.

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21
Q

Quais os principais sinais clínicos do EHH?

A

Profunda desidratação, rebaixamento do nível de consciência e hiperglicemia.

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22
Q

Por que não é comum a respiração de Kussmaul no EHH?

A

Porque não há acidose metabólica associada.

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23
Q

Qual é a principal diferença fisiopatológica entre CAD e EHH?

A

Na CAD, há insulinopenia absoluta com lipólise e formação de cetoácidos. No EHH, há produção residual de insulina que impede a formação de cetoácidos.

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24
Q

Qual é o primeiro passo no tratamento das hiperglicemias (CAD e EHH)?

A

Hidratação

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25
Q

Qual é a solução de escolha para a fase de expansão na hidratação das hiperglicemias?

A

Soro fisiológico (NaCl 0,9%) a 1500 ml/h.

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26
Q

Na fase de manutenção da hidratação, qual solução deve ser usada se o sódio sérico for > 135 mEq/L?

A

NaCl 0,45% (250-500 ml/h).

27
Q

Na fase de manutenção da hidratação, qual solução deve ser usada se o sódio sérico for < 135 mEq/L?

A

NaCl 0,9%.

28
Q

Quando a glicemia atinge 250-300 mg/dL, o que deve ser feito para evitar hipoglicemia?

A

Trocar para NaCl 0,45% + SG 5%.

29
Q

Em quais condições deve-se administrar bicarbonato de sódio no tratamento da cetoacidose diabética?

A

Apenas se o pH for < 7,0.

30
Q

Qual é a dose de bicarbonato recomendada para pacientes com pH < 7,0 na CAD?

A

Bicarbonato de sódio 8,4% (100 ml = 100 mEq).
Diluir em 400 ml de água destilada.
Infundir venosamente em duas horas.

31
Q

Por que não é necessário administrar bicarbonato de sódio no estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH)?

A

Porque no EHH não há acidose metabólica.

32
Q

O que deve ser observado durante o tratamento para evitar hipoglicemia antes da acidose ser corrigida?

A

Quando a glicemia atingir 250-300 mg/dL, iniciar solução com glicose (SG 5%).

33
Q

Antes de iniciar a insulinização no tratamento da CAD, qual exame deve ser obrigatoriamente avaliado?

A

O valor do potássio (K).

34
Q

Qual é a conduta para pacientes com potássio < 3,3 mEq/L antes da insulinização?

A

Administrar 20-30 mEq de potássio diluído em 1000 ml de SF 0,9% em uma hora e só iniciar insulinização após corrigir o potássio.

35
Q

O que deve ser feito para pacientes com potássio entre 3,3 e 5,2 mEq/L?

A

Iniciar insulinização junto com reposição de 20-30 mEq de potássio por litro da solução de manutenção.

36
Q
A
37
Q

O que deve ser feito para pacientes com potássio > 5,2 mEq/L?

A

Iniciar insulinização sem reposição de potássio.

38
Q

Qual é a dose de ataque recomendada para insulinização na CAD?

A

0,1-0,15 U/kg de insulina regular (R) por via intravenosa.

39
Q

Qual é a taxa de infusão contínua recomendada para insulinização na CAD?

A

0,1 U/kg/h de insulina regular (R).

40
Q

Qual é a queda ideal de glicemia por hora durante o tratamento da CAD?

A

50-70 mg/dL por hora.

41
Q

Quais são os critérios para resolução da CAD?

A

Controle do fator precipitante.
pH > 7,3.
Bicarbonato > 18 mEq/L.
Glicemia < 250 mg/dL.

42
Q

É necessário aguardar a reversão da cetonemia/cetonúria para definir resolução da CAD?

A

Não, pois a cetonemia/cetonúria pode persistir por horas após a resolução.

43
Q

O que deve ser feito após a resolução da CAD?

A

Administrar 10 U de insulina regular (R) por via subcutânea e suspender a bomba de infusão de insulina após uma hora.

44
Q

Quais são os critérios para a resolução do estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH)?

A

Controle do fator precipitante.
Glicemia < 250 mg/dL.
Osmolaridade sérica < 315 mOsm/kg.
Normalização do nível de consciência e hemodinâmica.

45
Q

É necessário esperar a reversão da cetonemia/cetonúria para definir a resolução do EHH?

A

Não, pois a cetonemia/cetonúria não é relevante na definição da resolução do EHH.

46
Q

O que deve ser feito após a resolução do EHH em relação à insulina?

A

Prescrever 10 U de insulina regular (R) subcutânea.
Suspender a bomba de infusão de insulina EV uma hora após a administração da insulina subcutânea.

47
Q

Qual é a complicação mais comum no tratamento das hiperglicemias?

A

Hipoglicemia.

48
Q

Como prevenir hipoglicemia durante o tratamento da CAD ou EHH?

A

Adicionar solução glicosada (SG 5%) quando a glicemia atingir 250-300 mg/dL.

49
Q

O que causa edema cerebral durante o tratamento da hiperglicemia?

A

Correção muito rápida da glicemia, com redução maior que 50-70 mg/dL/h, levando a migração de água para o sistema nervoso central por gradiente osmótico.

50
Q

Por que a insulina pode causar hipocalemia durante o tratamento das hiperglicemias?

A

A insulina ativa a bomba Na-K-ATPase, promovendo a entrada de potássio nas células e agravando a hipocalemia.

51
Q

Como prevenir hipocalemia no tratamento das hiperglicemias?

A

Avaliar o potássio sérico antes da insulinização e repor potássio de acordo com os valores séricos.

52
Q

Quais pacientes estão mais suscetíveis a congestão ou edema durante o tratamento das hiperglicemias?

A

Pacientes com insuficiência cardíaca ou renal, devido à reposição volêmica excessiva.

53
Q

O que é mucormicose e qual sua relação com hiperglicemias?

A

Mucormicose é uma infecção fúngica grave e rara que pode acometer pacientes com hiperglicemias agudas.

54
Q

Quais são os critérios para a resolução do estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH)?

A

Controle do fator precipitante.
Glicemia < 250 mg/dL.
Osmolaridade sérica < 315 mOsm/kg.
Normalização do nível de consciência e hemodinâmica.

55
Q

Qual mecanismo causa a cetoacidose diabética?

A

Deficiência de insulina leva ao aumento de glucagon, mobilização de triglicerídeos e proteólise, resultando em hiperglicemia e acúmulo de corpos cetônicos, causando acidose metabólica.

56
Q

Quais exames confirmam a cetoacidose diabética?

A

Glicemia > 200 mg/dL, pH < 7,30 e bicarbonato ≤ 15 mEq/L, cetonemia elevada (beta-hidroxibutirato).

57
Q

Como cetonas podem ser detectadas em serviços simples?

A

Através de cetonúria com fitas contendo nitroprussiato de sódio.

58
Q

Cite fatores que podem desencadear cetoacidose diabética.

A

Uso inadequado de insulina, condições críticas (IAM, AVC, pancreatite), uso de antipsicóticos, inibidores de SGLT2, lítio ou cocaína.

59
Q

Quais são as três condutas iniciais no manejo da cetoacidose diabética?

A

Reidratação venosa com soro fisiológico 0,9%.
Monitoramento e reposição de potássio conforme níveis séricos.
Insulinização para corrigir hiperglicemia e acidose.

60
Q

Quando iniciar reposição de potássio na cetoacidose?

A

Potássio < 3,3 mEq/L: Repor antes da insulina.
Potássio 3,3–5,2 mEq/L: Repor junto da insulina.
Potássio > 5,2 mEq/L: Não repor antes de iniciar insulina.

61
Q

Qual é o objetivo da reposição de potássio?

A

Manter níveis séricos entre 4 e 5 mEq/L.

62
Q

Qual é a formula da osmolaridade?

A

Osm: 2xNa + Glicose/18 + Uréia/6

63
Q

Como é o regime de insulinoterapia num paciente con DM1?

A

Insulina basal + insulina de ação rápida o ultra rápida
Esquema basal ( Insulina NPH) 2-3 vezes por dia + Insulina regular (1-3 vezes por dia)