Hernia inguinal, Alterações descida testicular Flashcards

SBP

1
Q

Hérnia inguinal: definição

A

Entrada de alguma parte de conteúdo abdominal em um processo vaginal persistente

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Q

Hérnia inguinal: incidência

A
  • 1 a 3% das crianças
  • 3 a 5% dos prematuros
  • 80% ocorre com < 6 meses
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3
Q

Hérnia inguinal: sexo

A

9 meninos : 1 menina

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4
Q

Hérnia inguinal: lateralidade

A
  • 60% lado direito
  • 25% lado esquerdo
  • 15% bilateral
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5
Q

Hérnia inguinal: Diagnóstico

A

1) Abaulamento intermitente em região inguinal, escroto ou grandes lábios, notado com aumento da pressão intrabdominal

2) Palpação do cordão espermático contra o pubis: espessamento do cordão em virtude do processo vaginal persistente

3) Raro comprometimento vascular

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6
Q

Hérnia inguinal: diagnóstico diferencial (6)

A

1) Hidrocele: transluminaçao e irredutibilidade

2) Hidrocele comunicante: transluminação e variações lentas de volume

3) Orquite: sinais e sintomas infecciosos

4) Testículo retrátil: bolsa vazia intermitente

5) Anomalias da posição testicular: ausência permanente de testículo no escroto

6) Hérnia estrangulada: irredutível, sem transluminação, dor, vômitos, parada de trânsito intestinal

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7
Q

Hérnia inguinal: tratamento

A

1) Indicado após diagnóstico

2) Pré-op: simples (auscultas, hemograma, coagulograma)

3) Cirurgia: herniorrafia inguinal (ligadura alta do processo vaginal)

4) Pós-op: alta quando bem acordado

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8
Q

Hérnia inguinal: precaução intraoperatória

A
  • Examinar lado contralateral
  • Se suspeita de persistência do processo vaginal contralateral -> realizar ligadura neste lado também
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9
Q

Hérnia inguinal: por que operar lado contralateral?

A

Pela história natural da doença:

  • Persistência do canal cai com a idade
  • Taxa de permeabilidade: 63% aos 2 meses e 41% com 2 anos, adultos (cadáveres estudados) 15%
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10
Q

Hérnia inguinal encarcerada

A

-Hérnia inguinal com redução espontânea em alguns minutos ou horas –> não reduz –> ENCARCERADA

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11
Q

Hérnia inguinal encarcerada: faixa etária

A

Mais da metade com <1 ano, maioria com <6meses

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12
Q

Hérnia inguinal encarcerada: complicação

A
  • Encarcerada muitas horas -> vômito, cólicas, distensão, parada de evacuação
  • Encarcerada –> Se não for reduzida: comprometimento vascular –> ESTRANGULADA
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13
Q

Hérnia inguinal encarcerada: diagnósticos diferenciais

A

Hidrocele, orquite, TU testicular

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14
Q

Hérnia inguinal encarcerada: tratamento

A
  • Até 12h: tentar redução manual
  • Reduziu? Operar após 24 horas
  • Não reduziu? Cirurgia imediata
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15
Q

Hérnia inguinal encarcerada: como reduzir

A

1) Sedaçao

2) Tremdelemburg

3) Bolsa de gelo local

4) 30 minutos de espera

5) Tentativa de redução

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16
Q

Hérnia inguinal encarcerada: pós-operatório

A
  • Com ressecção: dieta zero, SNG, hidratação, reintrodução de dieta de peristaltismo franco (RHA+ e flatos +)
  • Sem ressecção: dieta se peristaltismo franco
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17
Q

Hidrocele: tipos

A

1) Hidrocele vaginal

2) Hidrocele comunicante

3) Hidrocele de cordão

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18
Q

Hidrocele comunicante

A
  • Mais comum
  • Coleção circunscrita à túnica vaginal com obliteração proximal do processo vaginal
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19
Q

Hidrocele de Cordão

A
  • Rara
  • Coleção no processo vaginal com obliteração proximal e distal
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20
Q

Hidrocele comunicante

A
  • Parcial
  • Passagem lenta de líquido para o peritônio
21
Q

Hidrocele: incidência

A
  • Meninos pequenos
  • Mais à direita
  • Pode ser bilateral
22
Q

Hidrocele: diagnóstico

A
  • Transluminescência positiva
  • Consistência cística
  • Variações de volume (se comunicante)
23
Q

Hidrocele: diagnóstico diferencial

A

-Hérnia inguinal: contéudo não transluminescente

-Hérnia estrangulada: clínica de dor, vômitos -TU testicular: firme, não transluminescente, volume aumentado (40% com hidrocele associada)

24
Q

Hidrocele: indicação cirúrgica

A

1) Hidrocele vaginal/cordão: após os 6 meses de idade se não houver regressão espontânea

2) Hidrocele comunicante: ao diagnóstico

25
Q

Hidrocele: procedimento

A
  • Ressecção parcial da túnica vaginal e ligadura alta do processo vaginal (nas comunicantes)
  • Alta quando bem acordado
26
Q

Varicocele: definição

A

Aumento do volume testicular à custa do plexo venoso testicular (dificuldade drenagem venosa lado esquerdo)

27
Q

Varicocele: quadro clínico

A
  • Jovens: assintomático, pode ser visto com consulta de rotina
  • Adultos: investigação de infertilidade, espermograma alterado, desconforto
28
Q

Varicocele: diagnóstico

A

1) Geralmente assintomático

2) Volume predomina na parte superior do escroto

3) Volume varia com a posição

4) Amolecido, irregular, irredutível

29
Q

Varicocele: diagnóstico diferencial

A
  • Hidrocele: transluminescente, cístico, volume não varia
  • Torção: dor, hiperemia, sinais flogísticos
  • TU testículo: consistência endurecida
30
Q

Varicocele: incidência

A
  • Infertilidade primária 40%
  • Infertilidade secundária 80%
  • Jovens 15%
31
Q

Varicocele: como altera a fertilidade

A

Altura da coluna líquida –> pressão venosa interna maior que nas arteríolas –> hipóxia (prejudica produção espermatozoides)

32
Q

Varicocele: classificação

A

Classificação de Dubin-Amelar

-Paciente em pé

1) Grau I: palpável à Valsalva

2) Grau II: palpável sem Valsalva

3) Grau III: visível sem manobras

33
Q

Varicocele: investigação em adolescentes

A

1) Quando suspeitar? Assimetria testicular

2) Se Tanner V: espermograma anormal

3) Se Tanner I-IV: assimetria testicular

4) Como verificar assimetria?

-Pelo menos 3 medidas em 18 meses, se persistir com assimetria >20% –> operar

34
Q

Varicocele: investigação em Tanner I-IV

A

-Pelo menos 3 medidas em 18 meses, se persistir com assimetria >20% –> operar

-Assimetria pode ser por resposta diferente aos hormônios

35
Q

Varicocele: complicações pós-operatórias

A
  • Recidiva
  • Hidrocele
36
Q

Varicocele: se do lado direito

A

Excluir varicocele secundária por TU renal ou afecções em retroperitônio

37
Q

Criptorquidia: definição

A

Testículo fora da bolsa mas no seu trajeto de descida embriológico

38
Q

Criptorquidia: localização do testículo

A

1) Intrabdominal: 25%

2) Canal inguinal: 75%

-Intracanalicular, emergente ou na raiz da bolsa

39
Q

Ectopia testicular

A

Testículo fora do trajeto de descida

40
Q

Ectopia testicular: localização

A

1) Bolsa de Denis-Browne: região superficial à aponeurose do oblíquo externo do abdome

2) Períneo

3) Base do pênis

4) Bolsa testicular contralateral

41
Q

Ectopia testicular: causas

A
  • Orientação anormal do gubernáculo
  • Bloqueio do canal inguinal
  • Posição anormal do N. genitofemoral
42
Q

Testículo retrátil: definição

A

Testículo já descido mas que por hipercontração do cremaster retrai intermitentemente (bolsa e testículos normais)

43
Q

Reflexo cremastérico

A

1) Ausente até os 3 meses
2) Máximo no escolar
3) Diminui com o crescimento testicular

44
Q

Testiculo ascendente: quadro típico

A

-Impalpável em crianças maiores que eram previamente normais

45
Q

Testiculo ascendente: como ocorre

A

Remanescente fibroso do processo vaginal obliterado se fixa à túnica vaginal do testículo (dificulta alongamento do cordão)

46
Q

Monorquia e Anorquia

A

1) Monorquia (4% crianças): Malformação ou torção intrautero ou perinatal

2) Anorquia (0,6% crianças) -No pré-op de criptorquidia bilateral há ausência de resposta ao teste com HCG (não aumenta testosterona)

47
Q

Anorquia: complicações associadas

A

1) Persistência conduto peritoneovaginal (50%)

2) Hipospádia ou válvula de uretra posterior: 10%

3) Defeitos de parede (20%): gastrosquise/onfalocele

4) Sd. com deficiência de gonadotrofinas: Kallman, Prader-Willis, Laurence Monn-Biedl

48
Q

Criptorquidia: incidência

A
  • 3% dos RNT
  • 70% RN com peso <1500g
  • 1% adultos