HEMATOMA SUBDURAL CRONICO Flashcards
Epidemiologia
Idosos > 65 anos
Localizado
Espaço subdural:
Entre a aracnoide e a duramater
Delimitado por uma neomebrana vascularizada
Fatores para sua formação
Sangue no espaco subdural + reacao inflamatoria + formação de capsula fibrosa neovascularizada
Padrão clinico em idosos
Nao aparecimento de sintomas mesmo com desvio de linha media e volume maior do HSDC
Neomembranas
O processo inflamatório associado a um desequilíbrio entre fibrinólise e a formação do coágulo é que terá um papel fundamental nessa evolução. A liberação de citocinas decorrente da hemólise estimula a invasão de fibroblastos para o coágulo, com formação de neomembranas nas superfícies interna (cortical) e exter- na (dural).
Interleucinas envolvidas na patogenese
Envolvimento da interleucina 6 (IL-6) e 8 (IL-8) e do fator de crescimento vascular endotelial
tem sido implicado na patogênese do HSDC,
Crescimento do Hematoma
A injúria causada aos vasos sinusoidais pela pulsação da cavidade do hematoma perpetua o sangramento venosa
Local mais comum do hematoma
Regiao frontoparietal bi ou unilateral
Evolução do Higroma para HSDC
Após um trauma ou uma derivação ventricular uma fenda se abre na aracnoide e um mecanismo valvular ao fluido cerebrospinal para o espaço subdural é criado, produzindo um higroma subdural. As localizações mais frequentes dessas lacerações são a fissura sylviana e a cisterna optoquiasmática.
Clinica:
sinais e sintomas
Cefaleia, confusão mental, disfasia, sintomas similares a isquemias transitórias, graus variáveis de coma, hemiplegia ou crises epilépticas focais e menos frequentemente generalizadas.
Paciente jovens: relacionar
sintomas de hipertensão intracraniana ocorrem precocemente, em decorrência de
ausência de atrofia cortical, presente nos idosos.
consider a hipótese de sangramento no interior de um cisto aracnóideo ou até mesmo fístula dural
Apresentação TC
Tipicamente como uma coleção fluida extra-axial em for- ma de lente côncavo-convexa, com densidade variável de acordo com seu estágio evolutivo. Há dificuldade diagnóstica nas lesões isodensas, sendo difícil delinear a interface do hematoma com o córtex cerebral.
Tempo de consideração para hematoma cronico
Após três semanas, 75% dos hematomas são iso-
densos e considerados crônicos.
Kostanian et al.13 classificaram cinco subtipos de
HSDC com base no aspecto tomográfico:
Alta densidade (Figura 1), densidade mista (Figuras 2 e 3), em cama- d.as, isodenso (Figura 4) e baixa densidade (Figura 5).
Qual classificação tem menor risco de sangramento?
Hematoma de baixa densidade apresenta maior estabilidade com menor risco de ressangramento do que o tipo em camadas ou densida- de mista, visto que os dois últimos apresentam altas con- centrações de fibrinogênio e de atividade fibrinolítica, predispondo a novos sangramentos.
Para que serve RNM Cranio?
demonstrar o tempo de evolução do HSDC e identificar a presença de septos.
RM HSDC
No estágio crônico, o hematoma é hipointenso em Tl e T2. A cápsula do hematoma é rica em capilares e, portanto, apresenta realce pós-contraste com gadolíneo
Drenagem cirúrgica
Indicada em lesões sintomáticas associadas a déficit neurológico focal ou alterações do estado mental, ou hematomas com espessura maior que 1 cm.
Tratamento cirurgico
c dois orifícios de trépano, um frontal e o outro parietal. incisão de pele no sentido transversal (anteroposterior), de modo a permitir a extensão para uma incisão tipo Becker, caso seja necessário converter o procedimento em craniotomia. abertura dural e coagulação das suas bordas promove-se irrigação cuidadosa da cavidade com solução fisiológica a temperatura ambiente. Toma-se o cuidado para não infundir ar durante esse processo, minimizando a presença de pneumoencéfalo no pós-operatório. Satisfeito com a drenagem do hematoma, realiza-se a dissecção do pericrânio circunferencial- mente aos orifícios de trépano. Essa cavidade funciona- rá como um dreno interno, pois possui a capacidade de absorção continuada dos fluidos remanescentes por um período de 20 a 30 dias.
Opções de abordagem cirurgica
- Realização de dois orifícios de trepanação e irriga- ção repetida com solução salina morna até a clarifi- cação do fluido de saída.
22 Hematoma subdural crônico 195 - Orifício de trepanação único com irrigação e aspi- -
raçao. - Drenagem por um único orifício de trepanação com
colocação de dreno subdural sem vácuo, mantido durante 24 a 48 horas (o dreno deverá ser removido
quando a drenagem se tornar insignificante). - Craniostomia com broca.
- Craniotomia formal com excisão da membrana sub-
dural (pode ser necessária nos casos de recorrência persistente após os procedimentos mencionados).10