Hemangioma Infantil Flashcards

1
Q

Qual a epidemiologia e genética dos hemangiomas infantis?

A

Mais comuns em meninas da raça branca, sendo os tumores mais comuns da infância. O FR mais significativo parece ser o BPN.

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2
Q

Qual a evolução geral do HI?

A

Apresentam 2 fases, a de proliferação (rápida proliferação dos vasos sanguíneos no PRIMEIRO ANO DE VIDA) e a de involução, em que há redução gradual do componente vascular, sendo substituído por tecido fibrogorduroso.

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3
Q

Qual a patogenia do HI em cada uma de suas fases?

A

Proliferativa: proliferação clonal de células endoteliais por VASCULOGÊNESE (formação de vasos sanguíneos a partie de angioblastos) ao invés de ser por angiogênese (novos vasos a partir de vasos pré-existentes).

Involutiva: fibrose do lúmen capilar dos vasos e aumento da apoptose dessas células.

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4
Q

Como o HI pode aparecer ao nascimento?

A

A maioria não é evidente ao nascimento, surgindo ao longo de dias ou meses. Pode haver uma marca cutânea premonitória (como telangiectasia com palidez circundante) no local do hemangioma.

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5
Q

Quais as possíveis características dos hemangiomas? Quais as mais comuns?

A

Podem ser solitárias ou múltiplas, superficiais ou profundas, em qualquer região da pele, mucosa ou vísceras.

A apresentação mais comum é uma lesão única, localizada principalmente em face e pescoço e superficiais.

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6
Q

Qual o aspecto macroscópico do hemangioma?

A

Superficial (mais comum): pápula, nódulo ou placa vermelha brilhante sobre a pele normal.

Profundo: nódulo elevado da cor da pele, contendo, na maioria das vezes, uma coloração azulada com ou sem telangiectasia central.

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7
Q

Qual a história natural do HI?

A

Fase de crescimento rápido nos primeiros meses de vida, desacelerando, porém continuando a crescer até o 1° ano de vida (raramente o crescimento continua após o 1° ano de vida - apenas 3% continuam a crescer após 9m de idade). Segue-se, então, uma fase de involução espontânea com duração variável de anos. Até 90% regrediram completamente aos 4 anos de vida e a maioria não melhora significativamente após os 3-4 anos de idade.

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8
Q

Quais os sinais de involução do HI?

A

Mudança da cor vermelho brilhante para vermelho escuro (ou roxo para cinza). Uma descoloração branca precoce (primeiros meses de vida) pode anunciar uma ulceração, não involução.

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9
Q

Qual localização do HI deve me chamar a atenção e por quê?

A

Em região lombossacra sobre a coluna vertebral, pois podem estar associados a mielopatias, anomalias ósseas e/ou genitourinárias ou anorretais. Investigar com RNM.

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10
Q

Quais as possíveis complicações do HI?

A

Ulceração (p), sangramento (raramente é abundante e pode ser contido com pressão direta), infecção, cicatrizes.

A ulceração é mais comum em locais propensos a trauma ou pressão

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11
Q

Como é o diagnóstico dos HI, no geral?

A

Clínico, sendo a biópsia reservada para quadros atípicos e com dúvida diagnóstica entre MAVs ou outros tumores.

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12
Q

Como deve ser abordada a história de um paciente com suspeita de HI?

A

A idade em que a lesão foi notada e seu comportamento subsequente, complicações (ulceração, infecção, sangramento), se já foi feito exames de imagem e/ou biópsia, se já foi feito tratamento prévio e preocupações dos pais.

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13
Q

Como deve ser o EF do HI?

A

Exame cuidadoso da lesão com avaliação se há ulcerações, sinais de infecção e gravidade da ulceração. Deve-se, ainda, palpar abdome para avaliar se há ou não hepatomegalia e auscultar para ver se há sopro abdominal.

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14
Q

Quais os indicativos de malignidade da suspeita de HI? O que isso faz necessário?

A

Lesão presente ao nascimento, textura firme à palpação e aumento rápido.

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15
Q

Quando suspeitar de hemangiomas hepáticos?

A

No paciente com múltiplos hemangiomas cutâneos (o fígado é o principal extracutâneo mais frequentemente envolvido nesses casos).

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16
Q

Como se comportam os hemangiomas hepáticos?

A

São, em sua maioria, múltiplos e se comportam se forma semelhante ao cutâneo (fase de proliferação e involução subsequente).

17
Q

Quais manifestações podem estar presentes nos hemangiomas hepáticos?

A

Pelo grande shunt arteriovenoso que pode ocorrer, pode haver IC de alto débito e hipotireoidismo de consumo (aumento da expresão de desiodase tipo 3, inativando o T4 em T3R).

18
Q

Quando e como avaliar a criança para hemangiomas hepáticos?

A

Naqueles com hemangiomas cutâneos múltiplos (< 6m com ≥ 5 lesões), sendo feita a USG doppler como escolha para avaliação inicial.

Outra indicação é < 5 lesões porém com hepatomegalia e/ou IC de alto débito.

19
Q

Quais os ddx do HI e como diferenciar?

A
  • Malformação capilar: o HI presente ao nascimento como uma mácula telangiectásica apresenta, diferentemente da MAV, arredores com palidez (vasoconstrição) e, com o passar do tempo, desenvolvem pequenas bolhas vasculares e se elevam.
  • Hemangiomas congênitos: grandes lesões vasculares presentes DESDE o nascimento (TOTALMENTE desenvolvidas já ao nascer). O HI se prolifera APÓS o nascimento.
20
Q

O que deve ser considerado ao avaliar a terapêutica do HI?

A

O tamanho, morfologia, potencial de desfiguração, presença ou possibilidade de complicações, idade da criança e taxa de crescimento/involução da lesão.

21
Q

Quando o HI deve ser encaminhado ao especialista?

A

Quando o HI for considerado de alto risco: complicações com risco de vida (lesão nas VAs, fígado ou TGI), ulceração, comprometimento funcional, risco de desfiguração permanente (QUALQUER lesão em face), alterações estruturais associadas, muito grandes (≥ 5 cm) e de crescimento rápido.

Encaminhar o quanto antes, idealmente antes de 1 mês de vida.

22
Q

Após a involução total do HI, a pele fica normal no local da lesão?

A

Em mais da metade dos casos há alguma alteração residual, como cicatriz, telangiectasia, atrofia, descoloração, pele redundante.

23
Q

Quais as possíveis modalidades terapêuticas para os HI não complicados?

A

Acompanhamento, BB tópicos (uma fota de timolol tópico 0,5% 2-3x/dia por 6-12 meses), GC tópico (úlcerações superficiais recorrentes).

24
Q

Quais as opções terapêuticas para o HI complicado e de alto risco?

A

Primeira linha: propranolol sistêmico.

Segunda linha: GC sistêmico, cirurgia.

25
Q

Quais os efeitos do propranolol no HI?

A

Inibe o crescimento e induz a regressão dos HIs.

26
Q

Como deve ser administrado o propranolol sistêmico no tratamento do HI?

A

Iniciar com 1 mg/kg/dia em 2 tomadas imediatamente após a alimentação (reduzir o risco de hipoglicemia) e, após 1 semana, aumentar para 2 mg/kg/dia.

27
Q

Quais sinais devem ser orientados aos pais após o início do propranolol?

A

Efeitos adversos graves, como hipotensão, bradicardia, sibilos e hipoglicemia (sudorese é IMPORTANTE, pois as outras manifestações de hipoglicemia são mascaradas pelo BB).

28
Q

Qual a duração do tratamento com propranolol?

A

Geralmente é 6-12 meses, porém pode ser prolongado a depender do caso.

29
Q

O que pode acontecer após suspensão do propranolol?

A

O crescimento rebote, ocorrendo em até 25% dos casos.

30
Q

Qual a CD para os HI ulcerados?

A

O cuidado local é a base da terapia: ATB tópico (metronidazol com mupirocina), cremes de barreira e curativos antiaderentes. Se houver crosta, ela deve ser desbridada suavemente ao longo dos dias com imersão em solução salina 2-3x/dia, pois ela evita a reepitelização e predispõe à infecção. Pode-se aplicar, ainda, o timolol 0,5% 1 gota 2x/dia.

Caso a úlcera apresente risco de desfiguração permanente: propranolol VO.