Doenças Infectoparasitárias Flashcards

1
Q

Qual o agente etiológico da hanseníase?

A

Mycobacterium leprae (BAAR).

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2
Q

Qual o curso da hanseníase?

A

Arrastada e indolente. A incubação é de 2-7 anos. No entanto, a evolução da doença é a incapacidade funcional, podendo lesar olho, cavidade nasal, sensibilidade (predisposição à lesões periféricas), incapacidade funcional motora.

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3
Q

Como é a transmissão da hanseníase? Qual a infectividade e adoecimento dela?

A

Transmissão aérea. É uma doença de alta INFECTIVIDADE porém baixa patogenicidade.

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4
Q

Qual a patogenia da hanseníase?

A

Apresenta duplo comportamento, acometendo a PELE e o SNP, produzindo lesão nessas estruturas.

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5
Q

Qual a lesão típica da hanseníase?

A

Mácula sem sensibilidade nela.

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6
Q

Qual o QC da hanseníase?

A

1) Forma indeterminada: mácula hipocrômica, com rarefação de pelos e baciloscopia NEGATIVA. É uma forma inicial da doença (a maioria melhora espontaneamente). Pode caminhar para 2 polos (a depender da virulência e imunidade do indivíduo contra o bacilo - a forma de defesa predominante).
2) Forma tuberculoide: são indivíduos com POUCAS lesões em placas, bordo definido, eritematosa. A imunidade predominante é celular. Baciloscopia negativa. Reação de Mitsuda POSITIVA.
3) Forma Virchowiana: há o desenvolvimento de imunidade humoral contra o bacilo (pouco efetiva), havendo grande infiltração e proliferação do bacilo, levando a uma lesão infiltrativa difusa, madarose, fácies leonina. Baciloscopia POSITIVA e teste de Mitsuda NEGATIVA.
4) Dimorfo/Borderline: lesões polimórficas que lembram cada um dos polos. A baciloscopia PODE ser positiva.
* É a classificação de Madri.

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7
Q

O que é a reação de Mitsuda?

A

Ajuda a entender melhor qual a FORMA CLÍNICA da doença.

*NÃO É TESTE DX DE HANSENÍASE!!!

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8
Q

Como dx a hanseníase?

A

ESSECIALMENTE CLÍNICO!!! Basta apenas 1 dos seguindes para me autorizar a tratar:

  • Lesão de pele com alteração de sensibilidade (instrumento de monofilamento - estiva a perda sensitiva).
  • Acometimento de nervo periférico (espessamento ou neuropatia).
  • Baciloscopia positiva.
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9
Q

Como é a perda da sensibilidade da hanseníase?

A

Térmica - dolorosa - tátil.

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10
Q

Como é a coleta para baciloscopia?

A

Raspado da lesão, lóbulos da orelha e cotovelos.

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11
Q

Qual o tto da hanseníase?

A

Depende da classificação operacional da OMS (apresenta correlação com a forma clínica de Madri):

1) Paucibacilar (até 5 lesões): forma indeterminada e tuberculoide. Rifampicina 600 mg 1x/mês, dapsona 100 mg 1x/mês e 100 mg/dia e clofazimina 300 mg 1x/mês e 50 mg/dia. Por 6 meses (até 9m).
2) Multibacilar (> 5 lesões): virchowiana e dimorfa. Por 12 meses (até 18m).
* As drogas são as mesmas, o que muda é o tempo.
* *Mulheres, gestantes e HIV não alteram o tto.

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12
Q

Qual a importância do resultado de baciloscopia positiva na classificação da hanseníase?

A

É MULTIBACILAR.

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13
Q

O que são e quais os tipos de reações hansênicas? Qual a CD?

A

1) Tipo 1 (reação reversa): é uma reação celular que faz com que a lesão cutânea se agudize, fique mais demarcada, podendo até piorar a neuropatia. A CD é prednisona 1-2 mg/kg/dia.
2) Tipo 2 (eritema nodoso): imunocomplexos se depositam. São nóculos SC eritematosos e dolorosos. Pode fazer glomerulite, orquite. A CD é a talidomida (outras opções - GC ou pentoxifilina).
* Reações hansênicas são situações em que o paciente está em tratamento com melhora das lesões e, em um determinado momento, apresenta piora do padrão da lesão. Ocorrem por reações imunológicas.
* *NÃO PRECISAM REINICIAR O TTO DA HANSENÍASE!!!

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14
Q

Qual a conduta para a cadeia de transmissão da hanseníase?

A

Devo avaliar os contactantes - controle da doença. Devo fazer a avaliação dermatológica e neurológica. Se positivos, tratar. Se é assintomático, devo evitar que adoeça, fazendo a BCG (exceto se já 2 cicatrizes da BCG).

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15
Q

Qual outra doença pode causar eritema nodoso?

A

Um grande exemplo são as doenças estreptocócicas.

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16
Q

Quais os tipos de micoses? Qual a localização de cada tipo?

A

1) Superficiais (ceratofitoses): camada córnea e HASTE livre dos pelos (não inflama). Ex: pitiríase versicolor (pitiríase = descamação; versicolor = de várias cores).
2) Dermatofitoses: alcançam a derme - INFLAMAÇÃO SUPERFICIAL (fica vermelho e coça). O protótipo é a tínea.
3) Subcutâneas: transepidérmicos. Pode se disseminar por CONTIGUIDADE e LINFÁTICA. A principal é a esporotricose.
4) Profundas: adquiridas por via inalatória. São sistêmicas/pulmonares.

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17
Q

Qual o agente etiológico da pitiríase versicolor?

A

Malassezia furfur.

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18
Q

Qual a preferência da pitiríase versicolor?

A

As áreas sebáceas (região frontal junto à sobrancelha, perinasal, atrás da orelha e tronco superior).

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19
Q

Como é a lesão da pitiríase versicolor?

A

Máculas confluentes (surgem pequenas e longe e vão confluindo), podendo ser hipo/hipercrômicas/eritematosas. Pode haver descamação furfurácea. Há o sinal de Zireli (esticando a pele) e Besnier (com a unha) desencadeando a descamação furfurácea.

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20
Q

Como dx a pitiríase versicolor?

A

Luz de Wood (coloração mais esverdeada/fluorescente) e exame micológico direto.

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21
Q

Qual o tto da pitiríase versicolor?

A

TÓPICO: sulfeto de selênio ou imidazólicos (tioconazol, isoconazol, cetoconazol).

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22
Q

Quais os principais agentes das tíneas?

A

Microsporum (p), Tricophyton e Epidermophyton.

23
Q

Quais os locais que podem ser acometidos pelas tíneas? Qual a manifestação de cada?

A

1) Capitis: lesão arredondada, pelo quebradiço, alopecia focal e descamativa (tonsura). Se houver uma RI muito grande, o QC é o quérion (lesão mais eritematosas e elevadas).
2) Corporis e cruris (inguinal): eritema circinado e descamativa, bem delimitada.
3) Pedis (intertrigo - pé de atleta).
4) Ungueal (onicomicose).
* Há intenso prurido.

24
Q

Qual o tto da tínea capitis?

A

Apesar de ser localizado apenas nessa região, é uma doença incomum e esse paciente apresenta uma imunidade mais prejudicada para desenvolver a tínea capitis. Portanto, o tratamento é SISTÊMICO e não tópico = griseofulvina VO.

25
Q

Qual o tto da tínea corporis/cruris?

A

TÓPICO: imidazólico, terbinafina ou ciclopirox.

26
Q

Qual o tto da tínea pedis?

A

TÓPICO ou SISTÊMICO (se acometimento da unha).

27
Q

Qual o tto da tínea ungueal (onicomicose)?

A

Se inicial, até pode tratar de forma tópica (amorolfina), porém, caso já hajam distrofias ungueais, só resta o tto SISTÊMICO (itraconazol).

28
Q

Qual o agente e a epidemiologia da esporotricose?

A

Sporothrix schenckii. A exposição ocupacional (jardineiro, agrícola) e através da inoculação por gatos. Há alguma fonte de inoculação cutânea.

29
Q

Qual o QC da esporotricose?

A

1) Forma cutaneolinfática (70%): lesões que podem se iniciar como pápula, virar nódulo e ulcerar + linfangite em rosário (nódulos no trajeto do cordão linfático).
2) Disseminada e extracutânea: IMSP.

30
Q

Como dx a esporotricose cutaneolinfática?

A

Exame direto (geralmente é negativo). Outras opções: cultura, aglutinação e esporotriquina.

31
Q

Qual o tto da esporotricose cutaneolinfática?

A

Iodeto de potássio ou itraconazol.

32
Q

Qual o tto da esporotricose disseminada ou extracutânea?

A

Itraconazol ou anfo B (casos mais graves).

33
Q

Qual o agente etiológico da paracoccidioidomicose (PCM)?

A

Fungo P. brasiliensis, dimórfico (levedura no humano e micélio no ambiente).

34
Q

Quais as formas clínicas da PCM?

A

1) Aguda: linfonodomegalia que pode fistulizar.

2) Crônica: idade > 40 anos, acometimento pulmonar + lesões CUTANEOMUCOSAS.

35
Q

Como são as lesões cutaneomucosas da PCM?

A

Tende a evoluir por etadas: lesão que começa a se ulcerar e virar até vegetante. Uma lesão mucosa MUITO típica da PCM é a estomatite moriforme (inflamação, elevação e pontos hemorrágicos na mucosa oral).

36
Q

Qual o tto da PCM?

A

Itraconazol ou bactrim. Quadros mais graves: anfo B.

37
Q

Qual o agente da leishmaniose tegumentar?

A

Leishmania braziliensis (mais comum), guyanensi (Norte) e amazonensis (forma mais difusa da doença).

38
Q

Qual a transmissão da leishmaniose tegumentar?

A

Vetorial pelo flebotomíneo (Lutzomya). Lembrar que os reservatórios são os animais (macaco, CACHORRO). Incubação de 1-3m.

39
Q

Quais as formas parasitárias da leishmaniose tegumentar?

A

Promastigota (inoculada), alojamento em macrófagos (amastigota - forma tecidual).

40
Q

Qual o QC da leishmaniose tegumentar?

A
  • Lesão inicial: pápula no local de inoculação que não melhora e é pruriginosa.
  • Lesão típica: úlcera INDOLOR, borda elevada, com tecido de granulação no fundo - lesão em MOLDURA.
  • Forma cutânea difusa: lesão muito mais infiltrativa, mais relacionada com a amazonensis e que lembra a hanseníase virchowiana.
41
Q

Quais os ddx das lesões ulceradas e vegetantes?

A

Acrônimo PLECT: Paracoco, Leishmania, Esporotricose, Cromomicose/Carcinoma espinocelular e Tuberculose.

42
Q

Como dx a leishmaniose tegumentar?

A
Exame direto (pref), cultura (meio NNN), sorologia, reação de Montenegro (exceto na difusa).
*Reação de Montenegro: se eu tenho imunidade, é positiva. Diferenetemente do calazar que geralmente é negativa.
43
Q

Qual o tto da leishmaniose tegumentar?

A

Antimoniais pentavalentes (glucantine - devo fazer monitorização ECG por prolongar intervalo QT - torsades de pointes). Outras opções: anfo B, pentamidina.

44
Q

Qual o agente da escabiose?

A

Fêmeas do Sarcoptes scabiei.

45
Q

Qual a patogenia da escabiose?

A

A fêmea atinge a pele e vai perfurando ela profundamente para fazer a oviposição na epiderme.

46
Q

Qual o QC da escabiose?

A

Há um túnel escabiótico, pápula vesiculosa/crostosa + prurido (p NOTURNO). As principais áreas são abdome inferior, axilas, inframamária, interdigital, nádegas.

47
Q

Qual a peculiaridade do QC da escabiose no lactente?

A

A lesão é principalmente na cabeça, palma e plantas (tipicamente POUPA FRALDAS).

48
Q

O que é a sarna norueguesa e qual o QC?

A

É também chamada de escabiose crostosa, sendo típico de IMPS. O QC é de uma lesão mais difusa, com POUCO prurido.

49
Q

Qual o tto da escabiose?

A

TÓPICO: permetrina (aplicar à noite e repetir em 1 semana). Outra opção: enxofre (criança < 2 meses e gestantes).
*O tto sistêmico pode ser feito (ivermectina), mas é mais indicado na sarna norueguesa. Evitar se < 15 kg.

50
Q

Qual o agente etiológico do molusco contagioso? Como é a transmissão?

A

Poxvírus - contato próximo interpessoal (crianças) e sexual (adultos).

51
Q

Como é a lesão do molusco contagioso?

A

Pápulas (0,5 cm) AGRUPADAS e com UMBILICAÇÃO central. As principais áreas são a face, tronco, MMII, genital (adultos).
*Grande associação com a dermatite atópica (perda da proteção da pele).

52
Q

Quais os principais ddx do molusco contagioso?

A

Histoplasmose e criptococose. Geralmente aparecem nos doentes IMSP e com doenças mais graves.

53
Q

Qual o tto do molusco contagioso?

A

Curetagem.