HANSENÍASE Flashcards

1
Q

Qual o agente etiológico da Hanseníase?

A

Mycobacterium leprae

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2
Q

Quais estruturas são infectadas pelo M. leprae?

A

O Mycobacteium leprae é um Parasita Intracelular Obrigatório!

Ele infecta macrófagos e células de Schwann preferencialmente na pele e em nervos periféricos (terminações, ramos e troncos)

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3
Q

Como ocorre a transmissão?

A

Contato íntimo e prolongado com indivíduo bacilífero não tratato. Não adianta apenas 1 contato, como na TB

O M. leprae possue alta infectividade e baixa patogenicidade (demora entre 2-7 anos para lesões graves surgirem)

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4
Q

Existe resistência do hospedeiro ao M. leprae?

A

Sim! Cerca de 80 a 90% dos indivíduos infectados evoluirão para cura natural. Nesses, a imunidade celular (funcionamento dos macrófagos e dos linfócitos T helper) está muito funcionante!

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5
Q

Como respondem ao contato com o M. leprae indivíduos com predomínio de resposta TH1?

A

Nesses indivíduos, a resposta TH1 predomina (perfeita ou mais ou menos) e por isso os macrófagos podem matar parcial ou totalmente as micobactérias!

Pode evoluir para CURA ou para a forma TUBERCULÓIDE (PAUCIBACILAR)!

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6
Q

Como respondem ao contato com o M. leprae indivíduos com predomínio de resposta TH2?

A

Nesses indivíduos, a resposta TH1 está inibida e predomina apenas resposta humoral, que é inefeciente na eliminação dos macrófagos! Por isso, ocorre proliferação descontroladas dos bacilos.

Leva à forma Wichorviana (multibacilar)​

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7
Q

Como é a classificação de Madrid da Hanseníase?

A

Considera o teste de Mitsuda e a Baciloscopia

Separa a Hanseníase em 4 fenótipos:

  • Indeterminado: Mitsuda + ou - e Baciloscopia -
  • Tuberculoide: Mitsuda + e Baciloscopia -.
  • Borderline: Mitsuda - ou + fraca Baciloscopia + a raros
  • Vichorwiana: Mitsuda - e Baciloscopia +
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8
Q

Como é a classificação de Ridley e Jopling?

A
  • Tuberculoide-Tuberculoide
  • Dimorfo-Tuberculoide
  • Dimorfo-Dimorfo
  • Dimorfo-Virchowiana
  • Virchowiana-Virchowiana
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9
Q

Qual a classificação da OMS para a Hanseníase (que é a utilizada na prática)

A
  • Paucibacilar

<5 lesões e/ou até 1 nervo acometido

  • Multibacilar

>5 lesões e/ou mais de 1 nervo acometido

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10
Q

Como são as lesões da Hanseníase Indeterminada?

A

Manchas hipocrômicas ou eritemato-hipocrômicas com hipo/anestesia. Pode ou não ter rarefação dos pelos e da sudorese.

É um estágio inicial, que pode evolui para as outras formas de Hanseníase ou para a cura!

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11
Q

Como são as lesões de característica tuberculóide?

A

Placa eritematosa ou eritemato-hipocrômica bem definida com áreas de hipo/anestesia

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12
Q

Como são as lesões de característica borderline ou dimorfa?

A

Múltiplas lesões anulares eritematosas com borda interna nitida e borda externa apagada. Pode haver infiltração de 1 lobo da orelha. (Lesão foveolar ou em queijo suíço)

No geral, esses indivíduos tem instabilidade imunológica e frequentemente ocorrem os Estados Reacionais

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13
Q

Como são as lesões de característica Virchowiana?

A

Lesões eritematoinfiltradas com bordas pouco nitidas. Podem ocorrer nódulos, tubérculos.

As lesões são difusas em todo corpo.

Pode infiltrar a face e causar Facies Leonina, madarose bilateral, infiltrado do lobo da orelha e infiltrado de mucosas (ocular, nasal e orofaringea)

Pode ocorrer polineuropatia e deformidade de membros!

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14
Q

Como se caracteriza o acometimento neural na Hanseníase?

A

Ocorre neurite (inflamação dos nervos) periférica!

Acometimento de fibras sensitivas: perda (em ordem) da Sensibilidade Termica, Sensibilidade Dolorosa e Sensibilidade Tátil

Acometimento motor: paresias, atrofias, deformidade e incapacidade.

  • Neurite aguda: neuralgia (dor a palpação do nervo), edema e espessamento do nervo.
  • Neurite crônica: pode ou não ter neuralgia. Cursa com espessamento por fibrose do nervo. Mais relacionados a alterações degenerativas musculares.
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15
Q

Como é feito o Diagnóstico da Hanseníase no Brasil?

A

Ter pelo menos 1 dos 3 critérios:

  • Lesão característica com perda da sensibilidade
  • Espessamento neural
  • Baciloscopia positiva
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16
Q

Quais os nervos mais acometidos na Hanseníase?

A

Cabeça e pescoço: facial, trigemeo, auricular, cervical

MMSS: radial, ulnar e mediano

MMII: fibular comum e tibial posterior

17
Q

Quais as deformidades mais comuns causadas pela neurite?

A
  • Mão em garra (n. ulnar)
  • Mão caída (n.radial)
  • Mão em benção (n. mediano)
  • Pé caído tbm
18
Q

Quais principais diagnósticos diferenciais?

A
  • Pitiríase Versicolor
  • Eczema Seborreico
  • Tinea Corporis
  • Vitiligo
  • Sífilis
  • Psoríase
  • LES
  1. Sd do tunel do carpo
  2. LER
  3. Neuropatia diabética e outras
19
Q

Como é o tratamento da Hanseníase paucibacilar?

A

Dura entre 6 e 9 meses.

Dapsona: 100 mg/dia no dominício e supervisionada no posto (1x/mes)

Rifampicina: 600 mg (apenas supervisionada no posto 1x/mes)

20
Q

Como é o tratamento da Hanseníase Multibacilar?

A

Dura entre 12-18 meses

Dapsona e Clofazimina: Doses domiciliares e supervisionadas

Rifampicina: Dose supervisionada

21
Q

Até quando o Bacilo é transmissível?

A

Até a primeira dose de Rifampicina, que é bacteriolitica

22
Q

O que são os estados reacionais no tto da Hanseníase?

A
  • São reações inflamatórias agudas em resposta do indivíduo ao M.leprae.
  • Pode ocorrer durante ou após o tratamento com a poliquimioterapia
23
Q

Quais situações podem desencadear uma reação hansêmica?

A
  • Infecção
  • Vacinação
  • ACO
  • Gestação/puerpério
  • estresse.
24
Q

Quais os tipos de reações hansemicas?

A
  1. Tipo 1 ou Reação Reversa
  2. Tipo 2 ou Eritema Nodoso Hansemico
25
Q

Como é a reação tipo 1 ou reação reversa?

A
  • Hipersensiblidade mediada por células
  • Ocorrem em indivíduos “Tuberculoide”
  • Surgem após o inicio da Poliquimioterapia.

Reagudização das lesões preexistentes (ficam eritematosas, edemaciadas infiltradas) com agravamento da parestesia ou hiperestesia nas lesões. Pode haver susrgimento de novas lesões!

Pode ocorrer neurite aguda, causando neuralgia, entumecimento neural e disfunções agudas.

26
Q

Como tratar a Reação Reversa?

A
  • Prednisona
  • Ciclosporina ou AINEs
27
Q

Como é a reação tipo 2 ou Eritema Nodoso Hansemico?

A
  • ocorre em individuos multibacilares e é mediada por spodição maciça de anticorpos
  • Pode ocorrer durante ou depois do tto
  • Nódulos eritematosos dolorosos difusos que podem evoluir para necrose, ulcera, bolha, pústula.
  • Ocorre polineurite aguda
  • Sinais sistemicos: febre, fadiga, astenia, mialgia, artralgia
  • Acometimento de orgãos: orquite, iridociclite, epistaxe, edema de MMII, nefrite
28
Q

Quais acometimentos extracutaneos da reação tipo 2?

A
  • ocorrer febre, mal-estar, hiporexia, perda de peso, neuropatia, orquiepididimite, glomerulonefrite por imunocomplexos, miosite, artralgia, artrite de grandes articulações, sinovite, dactilite, dores ósseas, iridociclite e uveíte, comprometimento da faringe, laringe e traqueia. Hepatoesplenomegalia, infartamento ganglionar generalizado, edema acrofacial ou generalizado, rinite e epistaxe podem ser observados.
29
Q

Como tratar o Eritema Nodoso Hansemico?

A
  • Talidomida (exceto se grávidas ou mulher em idade fértil)
  • Adicionar prednisona em caso de neurite, nefrite, iridociclite etc
30
Q

Como fazer a prevenção e vigilancia epidemiológica?

A
  • Após diagnóstico de paciente, deve ser feita avaliação dermatológica em todos os contactantes familiares nos ultimos 5 anos e uso de BCG.
  • ESQUEMA DA BCG

0 cicatrizes - 1 dose

1 cicatriz -1 dose

2 cicatrizes - não precisa tomar

31
Q

Qual a relação entre Hanseníase e Gravidez/puerpério?

A

Como há alterações na imunidade, nesse período pode ocorrer surgimento das primeiras lesões (em já infectadas), reações hansemicas ou recidivas.

A poliquimioterapia é segura!

32
Q

Qual a relação entre hanseníase e HIV?

A

Nenhuma!

Ser HIV+ não aumenta risco de hanseníase.

33
Q
A