Gastro 3 Flashcards
Diagnóstico sindrômico?
Parada de eliminação de gases e fezes + dor abdominal em cólica + distensão abdominal + ↑peristalse.
Síndrome de obstrução intestinal.
As obstruções intestinais podem ser…
Funcionais (comprometimento da função motora)
OU
Mecânicas (obstrução física).
Obstrução funcional
Causas? (2)
Íleo paralitico (adinâmico) e síndrome de Ogilvie (colônica aguda).
Íleo paralítico
Causas? (5)
- Pós-operatório;
- Medicamentos;
- Distúrbios hidroeletrolíticos (hipoK+);
- Hemorragias intra-abdominais;
- Doença de Parkinson.
Na suspeita de íleo paralítico, devemos excluir causas…
mecânicas.
Íleo paralítico
A radiografia mostra…
Alças intestinais dilatadas.

apesar do nome “íleo”, acomete todo o intestino
Íleo paralítico
Achado clínico sugestivo?
⬇Peristalse.
Íleo paralítico
Conduta? (4)
- Jejum;
- Drenagem (sonda nasogástrica);
- Correção hidroeletrolítica;
- Suspender fármacos desencadeantes.
Íleo paralítico
Tempo de normalização do trânsito intestinal no pós-op? (delgado x estômago x cólon)
- Delgado: 24h;
- Estômago: 48h;
- Cólon: 72h.
(DEC 24 +24 +24)
Síndrome de Ogilvie
Dilatação aguda do cólon na ausência de qualquer obstrução intestinal mecânica em pacientes gravemente doentes (sepse, IAM, trauma).

Síndrome de Ogilvie
Sinônimo?
Pseudo-obstrução colônica aguda.
Síndrome de Ogilvie
Complicação mais temida?
Ruptura de intestino!
(distensão intensa → perda da integridade da parede intestinal)
Síndrome de Ogilvie
Tratamento? (4)
- Suporte:sonda nasogástrica, hidratação venosa, suspensão da droga, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos;
- Neostigmina (anticolinesterásico);
- Se grave: descompressão por colonoscopia;
- Refratários ou > 12 cm → cirurgia (cecostomia).
Obstrução mecânica
Classificação? (4)
- Incompleta x completa;
- Simples x estrangulada;
- Alça aberta x fechada;
- Alta (delgado) x baixa (cólon, íleo).
Obstrução intestinal mecânica
Fisiopatologia?
Acúmulo e estase de líquido e gás → hiperproliferação bacteriana → ↑produção de gás com piora da distensão → translocação bacteriana.
Obstrução mecânica
Local mais comum?
Intestino delgado.
Causa mais comum de obstrução do delgado?
Aderências.
Delgado: “Delrências”
Causa mais comum de obstrução do cólon?
Câncer = Cólon.
Principais causas de obstrução mecânica na infância? (4)
Infância = Intussuscepção.
- Intussuscepção;
- Hérnias;
- Áscaris;
- Bezoar (corpo estranho).
Principais causas de obstrução mecânica no adulto? (3)
Adulto = Aderências
- Aderências;
- Neoplasias;
- Hérnias.
Obstrução mecânica
Clínica? (5)
- Dor em cólica;
- Distensão abdominal;
- Vômitos;
- Parada/diminuição da eliminação de gases e fezes;
- ↑Peristalse.
V ou F?
O principal sintoma, e também o mais precoce, de obstrução intestinal mecânica são os vômitos.
Falso
O principal sintoma, e também o mais precoce, de obstrução intestinal mecânica é a dor abdominal em cólica.
V ou F?
Quanto mais alta a obstrução intestinal, mais precoces serão os vômitos.
Verdadeiro.
Obstrução alta x baixa
Diferencie o vômito.
Alta: mais precoces, biliosos e mucóides
x
Baixa: mais tardio, fecaloides.
Na fase inicial da obstrução intestinal mecânica, ocorre ________ (acidose/alcalose) metabólica; já na fase avançada, ocorre ________ (acidose/alcalose) metabólica.
Alcalose; acidose.
A “diarreia paradoxal” pode estar presente na obstrução intestinal _____ (completa/parcial).
Parcial (suboclusões).
Sinais que indicam obstrução intestinal estrangulada? (6)
- Dor intensa, que não cessa;
- Sinais de irritação peritoneal;
- Taquicardia/pneia;
- Febre;
- Leucocitose;
- Alteração do nível de consciência.
Obstrução em alça fechada
Oclusão em 2 pontos simultaneamente, formando um circuito fechado.

Obstrução em alça fechada
Causas? (2)
Obstrução colônica com valva ileocecal competente (mais comum) e volvo.
Volvo (vôlvulos)
Torção do intestino em torno do seu próprio eixo.

Volvo
Fisiopatologia?
Aumento rápido da pressão → maior sofrimento isquêmico → perfuração precoce.
Nos cólons, o local mais comum de ocorrer volvo é no ________ (sigmóide/ceco).
Sigmóide.

Volvo de sigmóide
Sinais típicos ao exame de imagem?
- “Bico de pássaro” ou “chama de vela” (enema opaco);
- “Grão de café” ou “U” invertido (radiografia).

Volvo de sigmoide
Conduta na ausência de estrangulamento?
Descompressão colonoscópica.
(para evitar recidiva: sigmoidectomia eletiva)
Volvo de sigmoide
Conduta se refratário à descompressão colonoscópica ou se estrangulamento presente?
Cirurgia imediata: Sigmoidectomia de Hartmann.

O cólon sigmóide é retirado, o reto é fechado e uma colostomia é realizada. A colostomia é então fechada tardiamente (geralmente cerca de 3 meses após), com restauração da continuidade do cólon.
Obstrução mecânica
Diagnóstico? (3)
- Raio-x de tórax AP + abdome (ortostase e decúbito);
- Toque retal (pesquisar fezes, massa e fecaloma);
- Se dúvida: USG, radiografia contrastada ou TC.
Fezes presentes ao toque retal indica obstrução ________ (funcional/mecânica).
Funcional.
Sinal de Hochemberg
Ampola retal livre de fezes (indica obstrução mecânica).
Na obstrução mecânica do intestino delgado, a radiografia pode mostrar…
pregas coniventes + distensão centralizada e sinal do “empilhamento de moedas”.

Na obstrução mecânica do intestino grosso, a radiografia pode mostrar…
distensão periférica e grosseira das alças + haustrações.

Provável diagnóstico?
Pneumobilia (aerobilia) + distensão de intestino delgado + cálculo ectópico.
Íleo biliar.

(tríade de Rigler: pneumobilia + distensão de intestino delgado + cálculo ectópico)
Íleo biliar
Obstrução intestinal mecânica causada pela impactação de cálculos biliares no íleo distal, sendo este evento secundário à formação de uma fístula biliodigestiva.
Íleo biliar
Fisiopatologia?
Colecistite aguda → fístula entre vesícula e duodeno → passagem do cálculo pela fístula → obstrução do íleo terminal (menor diâmetro).
Íleo biliar
Tratamento?
Enterolitotomia (se jovem: associar colecistectomia).
Síndrome de Bouveret
= íleo biliar, mas a impactação é mais alta (duodeno/piloro).
Obstrução intestinal mecânica causada pela impactação de cálculos biliares no duodeno ou piloro, sendo este evento secundário à formação de uma fístula biliodigestiva.
Conduta na obstrução mecânica parcial?
- Suporte: SNG + repor eletrólito + antibiótico;
- Observar (resolução espontânea em 24-48h).
Conduta na obstrução mecânica total?
- Suporte: SNG + repor eletrólito + antibiótico;
- Cirurgia imediata!
V ou F?
A obstrução intestinal neoplásica, pode ser causada por carcinomatose ou neoplasias extraintestinais (comprimem).
Verdadeiro.
Intussuscepção intestinal
Uma parte do intestino se dobra para a seção imediatamente à frente (lembrar do telescópio).
Intussuscepção intestinal
Local mais comum?
Válvula íleo-cecal.
A intussuscepção intestinal em _______ (adultos/crianças) normalmente é secundária (divertículos, neoplasia…); já em _______ (adultos/crianças), ela é primária (idiopática).
Adultos; crianças.
Intussuscepção intestinal
Pico de incidência?
Nos primeiros dois anos de vida!
“inTWOssuscepção”
Intussuscepção intestinal
Fisiopatologia da forma primária?
Intestino imaturo (peristalse não se propaga de forma homogênea) → onda peristáltica encontra um seguimento com menor motilidade → uma alça “entra” na outra (invaginação). → obstrução intestinal.
Intussuscepção intestinal
Aspecto das fezes?
Fezes em “geleia de framboesa”: descamação da mucosa + eliminação mucossanguinolenta.

Intussuscepção intestinal
Ao exame abdominal, podemos encontrar…
Massa em “salsicha”.
Intussuscepção intestinal
Tratamento?
- Enema (apenas crianças respondem);
- Se refratário/adultos: cirurgia!

O contraste retal exerce pressão contrária à peristalse, pondendo realizar uma redução hidrostática da intussuscepção. Caso não resolva, está indicada a cirurgia.
A artéria mesentérica inferior é diretamente responsável pelo suprimento de quais estruturas?
- Cólon transverso;
- Descendente;
- Sigmóide;
- Reto superior.

As artérias marginais e o arco de Riolan derivam de qual artéria?
Mesentérica superior.

Principal doença intestinal MACROvascular?
Isquemia mesentérica aguda e crônica.
Principal doença intestinal microvascular?
Isquemia colônica (colite isquêmica).

Isquemia Mesentérica Crônica
Principal etiologia?
Aterosclerose.
Isquemia Mesentérica Crônica
Manifestação clínica típica?
Angina mesentérica.
“Comeu doeu”
Isquemia Mesentérica Crônica
Terapêutica?
Revascularização:
- Cirurgia (jovens);
- Stent (idosos ou comorbidades).
Isquemia Mesentérica Aguda
Etiologias? (4)
- Embolia (FA): 50%;
- Vasoespasmo (sepse, drogas): 20%;
- Trombose arterial (aterosclerose): 15%;
- Trombose venosa (↑coagulabilidade): 5%;
Isquemia Mesentérica Aguda
Clínica? (4)
- Dor abdominal intensa + exame normal (desproporção);
- TºC reto < TºC axilar;
- Acidose metabólica;
- Irritação peritoneal tardia.
Isquemia Mesentérica Aguda
Exames diagnósticos? (2)
- TC/AngioTC (+ usado): dilatação, espessamento e falha no enchimento;
- Angiografia mesentérica seletiva (padrão-ouro).
Isquemia Mesentérica Aguda
Achado mais frequente à angiografia mesentérica?
Embolia (50%): oclusão arterial sem colaterais.

Isquemia Mesentérica Aguda
Segundo achado mais frequente à angiografia mesentérica?
Isquemia não oclusiva (20%): “tudo estreitado”.
Isquemia Mesentérica Aguda
Terceiro achado mais frequente à angiografia mesentérica?
Trombose arterial (15%): oclusão arterial com colaterais.
(isquemia não-oclusiva)
Isquemia Mesentérica Aguda
Achado menos frequente à angiografia mesentérica?
Trombose Venosa (5%): “tudo congesto”.
Isquemia Mesentérica Aguda
Achado tomográfico tardio, relacionado à necrose tecidual e perfusão tecidual?
Pneumatose intestinal.
Isquemia Mesentérica Aguda por embolia/trombose
Tratamento?
Heparinização + laparotomia
Embolectomia/trombectomia + ressecção (se necessário) + papaverina (no pós-op, para evitar vasoespasmo).
Isquemia Mesentérica Aguda por vasoespasmo
Tratamento?
- Papaverina intra-arterial;
- Laparotomia se:
- Irritação peritoneal;
- Infarto intestinal;
- Dúvida diagnóstica;
- Refratários.
Principais áreas de fragilidade vascular no cólon? (2)
Flexura esplênica (de Griffiths) e junção retossigmoide (de Sudeck).
Isquemia Colônica
Clínica? (4)
Idoso com:
- Cólica;
- Diarreia mucossanguinolenta;
- Febre;
- ↓PA.
Isquemia Colônica
Exames diagnósticos?
- Clister opaco;
- Colonoscopia.

Microvascular = só mucosa
Isquemia Colônica
Achado radiográfico?
“Sinal das impressões digitais”

Isquemia Colônica
Processos agudos que indicam colectomia?
- Peritonite;
- Hemorragia;
- Colite fulminante refratária.
Isquemia Colônica
Processos crônicos que indicam colectomia?
Estenose e obstrução.
Causa mais comum de abdome agudo não traumático?
Apendicite aguda.
Apendicite Aguda
Fisiopatologia?
Obstrução → distensão/proliferação bacteriana → isquemia com risco de perfurar.
Principais causas de obstrução do apêndice? (5)
- Fecalito;
- Hiperplasia linfoide;
- Neoplasias;
- Corpo estranho;
- Parasitos.
Apendicite Aguda
Clínica? (5)
- Dor meso/epigástrica que migra para FID;
- Febre baixa;
- Náuseas/vômitos;
- Diarreia/constipação;
- Anorexia.

V ou F?
O risco de perfuração da apendicite aguda é CIA: Criança > Idoso > Adulto.
Falso
O risco de perfuração da apendicite aguda é ICA: Idoso > Criança > Adulto.
Apendicite Aguda
Pontuação no escore de Alvarado que fala contra a doença?
0 a 3.
Apendicite Aguda
Pontuação no escore de Alvarado que indica exame de imagem?
Entre 4 e 6.
Apendicite Aguda
Pontuação no escore de Alvarado que indica cirurgia?
≥ 7.
Apendicite Aguda
Critérios de Alvarado? (7)
ALVARADo
- Anorexia;
- L2eucocitose;
- Vômitos e nauseas;
- Abdome com dor migratória para hipogastro;
- R2eclama à palpação de quadrante inferior direito (hiperssensibilidade);
- Alta temperatura;
- Dor à descompressão (Blumberg).
(total: 9 pontos)
Apendicite Aguda
Sinais ao exame físico? (8)
- Blumberg;
- Rovsing;
- Dunphy;
- Obturador;
- Lenander;
- Psoas;
- Lapinsky;
- Aaron.
Sinal de Blumberg
Dor à descompressão brusca no ponto de McBurney.

*Atualmente é descrito como descompressão ampla dolorosa (não só no ponto de McBurney).
Sinal de Rovsing
Dor na FID ao comprimir a FIE.

Sinal de Dunphy
Dor em FID que piora com a tosse.
Sinal do Obturador
Dor hipogástrica desencadeada por flexão da coxa + rotação interna do quadril, em decúbito dorsal.

Sinal de Lenander
Tretal > Taxilar em pelo menos 1º C.
Sinal do Psoas
Em decúbito lateral esquerdo, o examinador realiza a hiperextensão passiva de membro inferior direito (ou flexão ativa contra resistência).

Mais específico
Sinal de Lapinsky
Dor à compressão da FID enquanto eleva o membro inferior esticado.
“LApinsky: eleva o membro LÁ pra cima”
Sinal de Aaron
Dor em epigástrio após comprimir o ponto de McBurney.
“Aaron: dor Alta (epigástrio)”
Apendicite Aguda
Para quais grupos de pacientes os exames de imagem estão indicados? (4)
- Criança;
- Idoso;
- Mulheres;
- Gestantes.
Apendicite Aguda
Exames de imagem? O que mostram?
- USG e TC.
- Espessamento da parede e lesão em alvo.

(diâmetro AP ≥ 7 mm em ambos)
Apendicite precoce/simples (< 48h e sem complicação)
Conduta?
Dieta zero + antibiótico profilático + apendicectomia (aberta ou por vídeo)*.
*Aberta ou por vídeo. Se mulher, obeso, idoso ou perfuração → por vídeo.
Apendicite complicada/tardia (> 48h)
Conduta inicial?
Última edição do Sabiston → avaliar se há peritonite difusa:
- Sim? Repor volemia + ATB + apendicectomia de urgência.
- Não? Pedir TC.
Apendicite Aguda
Conduta, se exame de imagem mostrar fleimão (< 4 cm)?
ATB + colono em 4-6 semanas + apendicectomia em 6-8 semanas.
Apendicite Aguda
Conduta, se exame de imagem mostrar abscesso (> 4 cm)?
DRENAR + ATB + colono em 4-6 semanas + apendicectomia em 6-8 semanas.
(a única diferença do fleimão pro abscesso é que nesse último, a gente drena)
A doença diverticular dos cólons é caracterizada pela presença de divertículos nos cólons, ___ (com/sem) inflamação.
Sem.

(se inflamação → diverticulite)
Doença Diverticular dos Cólons
Fatores de risco? (4)
- População ocidental;
- Dieta pobre em fibras;
- Idosos;
- ↑Pressão nos cólons.
Quais exames fazer na suspeita de Doença Diverticular?
Colono/Enema
V ou F?
Na doença diverticular dos cólons (diverticulose), os pacientes geralmente são assintomáticos (diagnóstico feito de maneira incidental pela colonoscopia/clister opaco).
Verdadeiro.
Doença Diverticular dos Cólons
Sítios mais comuns? (2)
Cólon esquerdo e Sigmóide.
Doença Diverticular dos Cólons
Complicação + encontrada em cólon direito?
Hemorragia (15%).
Macete: assim como no CA de cólon direito.
Doença Diverticular dos Cólons
Complicação + encontrada em cólon esquerdo / sigmóide?
Diverticulite (inflamação).
(Esquerdo “Enflama”)
Diverticulite Aguda
Inflamação ou infecção em uma ou mais das pequenas bolsas do trato digestivo.
A diverticulite aguda também é lembrada, no idoso, como…
“apendicite à esquerda”.
Diverticulite Aguda
Clínica? (4)
- Dor abdominal (QIE - sigmóide);
- Febre c/ calafrio;
- Urgência urinária;
- Mudança do hábito intestinal.
Diverticulite Aguda
Complicações? (4)
- Abscesso +comum;
- Perfuração (peritonite);
- Fístula;
- Obstrução.
Diverticulite Aguda
Fístula mais comum?
Colovesical.

Diverticulite Aguda
Exame diagnóstico?
TC (padrão-ouro) → lesão hipodensa/bem delimitada.

Diverticulite Aguda
Quais exames evitar na fase inicial? Por quê? (2)
- Colonoscopia e clister opaco.
- Pelo risco de perfuração.
Colonoscopia só após 4-6 sem (excluir neo)
Diverticulite Aguda
Hinchey Ia?
Fleimão.
(divisão em Ia e Ib somente na escala de Hinchey modificada)
Diverticulite Aguda
Hinchey Ib?
Abscesso pericólico ou mesentérico.
(divisão em Ia e Ib somente na escala de Hinchey modificada)
Diverticulite Aguda
Hinchey II?
Abscesso pélvico ou à distância.
Diverticulite Aguda
Hinchey III?
Peritonite purulenta generalizada.
Diverticulite Aguda
Hinchey IV?
Peritonite fecal generalizada.

Diverticulite Aguda não complicada
Conduta? (3)
- Dieta líquida;
- ATB oral (cipro + metro 7-10 dias);
- Colonoscopia em 4-6 semanas;
- Se falha: cirurgia eletiva.
(se quadro intenso/imunosuprimido: interna + dieta zero + HV + ATB IV)
V ou F?
A antibioticoterapia sempre fará parte do tratamento da diverticulite aguda.
Verdadeiro.
Quais surtos da diverticulite tendem a ser mais graves?
Os primeiros.
(↓”proteção” fibrótica peridiverticular)
Diverticulite Aguda complicada
Conduta? (4)
- Se peritonite (Hinchey III*/IV): ATB + hidratação venosa + Hartmann (*considerar lavagem laparoscópica);
- Se abscesso ≥ 4 cm: ATB + drenar + cirurgia eletiva;
- Se fístula: ATB + cirurgia eletiva;
- Se obstrução: ATB + drenar (se total → cirurgia de urgência).
Diverticulite Aguda
Indicações da cirurgia eletiva? (5)
- Falha do tto clínico na diverticulite não complicada;
- Após 3º episódio de diverticulite não complicada;
- Impossibilidade de excluir CA de cólon;
- Após 1º episódio de diverticulite em imunodeprimidos;
- Após 1º episódio de diverticulite complicada com:
- Abscesso;
- Fístula colovesical;
- Obstrução parcial.
Diverticulite Aguda
Indicações da cirurgia de urgência?
- Peritonite generalizada (devido à ruptura de divertículo/abscesso);
- Obstrução intestinal total refratária.
Diverticulite Aguda
Cirurgia eletiva proposta?
Sigmoidectomia + anastomose primária termino-terminal.
Diverticulite Aguda
Cirurgia de urgência proposta?
Cirurgia de Hartmann
Ressecar cólon + colostomia terminal + fechamento do coto retal + anastomose secundária.
Quais outras doenças podem levar ao quadro de abdome agudo? (3)
- Saturnismo (bloco “Intoxicações”);
- Porfiria (bloco “Hematologia”);
- Febre Tifóide (bloco “Infecto”).
Volvo Gástrico
Tríade clássica?
Tríade de Borchardt:
- Epigastralgia importante, súbita e intensa;
- Regurgitações sem vômito;
- Não-progressão da sonda nasogástrica.
Pólipos intestinais
Fatores de risco para malignidade? (3)
- Vilosos (“Vilão”);
- Displasia grave;
- >2cm.
Pólipos intestinais
Classificação?
- Não neoplásicos:
- Hiperplásico;
- Hamartomatosos;
- Inflamatórios.
- Neoplásicos:
- Adenomas;
- Adenocarcinoma.
V ou F?
Pólipo = Polectomia
Verdadeiro.
Como realizar o seguimento após exérese de pólipo colorretal?
Após 3 anos da ressecção → repetir a cada 5 anos.
(se exames normais)
Polipose adenomatosa familiar
Apresentação clássica?
Pólipos difusos em TGI + retinite pigmentosa.

Polipose adenomatosa familiar
Causa?
Mutação no gene APC.
Polipose adenomatosa familiar
Conduta?
Colectomia profilática.
Polipose adenomatosa familiar
Variantes? (2)
- Gardner;
- Turcot.
Síndrome de Gardner
Sinais? (3)
- Dentes extra-numéricos;
- Osteomas;
- Lipomas.

Síndrome de Turcot
PAF (polipose adenomatosa familiar) + tumor de SNC (meduloblastoma).

Síndrome de Peutz-Jeghers
Quando considerar?
Pólipos hamartomatosos + manchas melanocíticas.

Síndrome de Cowden
Quando considerar?
Pólipos hamartomatosos + Ceratose palmoplantar + nódulos verrucosos (triquilemomas).

CA colorretal
Doença infecciosa associada?
Endocardite infecciosa por S. bovis.
CA colorretal
Lesão inicial?
Adenoma.
(malignização em aproximadamente 10 anos)
CA colorretal
Apresentação clínica em cólon direito? (3)
- Anemia ferropriva;
- Massa palpável;
- Melena.
CA colorretal
Apresentação clinica em cólon esquerdo?
Alteração do hábito intestinal.
(diarreia e/ou constipação)
CA colorretal
Apresentação clinica em reto? (3)
- Hematoquezia;
- Fezes em fita;
- Tenesmo.
CA colorretal
Fator de risco mais comum?
Esporádico
- Idade;
- Histo1ria familiar;
- Doença inflamatória intestinal;
- Dieta;
- Hábito de vida.
V ou F?
Diagnóstico do CA colorretal pode ser realizado por retossigmoidoscopia.
Falso.
A retossigmoidoscopia não detecta tumores sincrônicos altos.
CA colorretal
Diagnóstico?
Colonoscopia com biópsia.
CA colorretal
Acompanhamento após o diagnóstico?
Antígeno carcinoembrionário (CEA).
CA colorretal
Acompanhamento após o tratamento? (4)
- Colonoscopia anual: se pólipos encontrados ou removidos, até a ausência de pólipos;
- Colonoscopia 5/5 anos: se ausência de pólipos em exames anterior (exceto se hist. familiar);
- CEA 3/3 meses: nos 2 primeiros anos;
- TC / RNM / Rx abdome: se CEA crescente, para investigação de metástases.
V ou F?
O estadiamento TMN do CA colorretal possui os itens T e M idênticos ao CA de esôfago e estômago.
Verdadeiro.
CA colorretal
Rastreamento?
Colonoscopia 10/10 anos a partir dos 50 anos
(40 anos se história familiar)
CA cólon
Tratamento? (3)
- Ressecção com margem de segurança (5 cm);
- Linfadenectomia;
- QT adjuvante (se N positivo).
CA reto
Indicação do tratamento precoce (TNM)? Conduta?
- Estádio T1.
- Conduta:
- Se alto: excisão endoscópica;
- Se baixo: excisão local.
CA reto
Indicação do tratamento padrão (TNM)? Conduta? (3)
- ≥ T2.
- Conduta:
- QT + RT neoadjuvante (1ª medida);
- > 5 cm da margem anal: Ressecção abdominal baixa + excisão total do mesorreto, com anastomose +/- ostomia de proteção;
- ≤ 5 cm da margem anal: Miles (Ressecção abdominoperineal) + excisão total do mesorreto, com colostomia definitiva.
CA colorretal metastático no fígado é ressecado se…
boa função hepática residual.
(não caracteriza irressecabilidade)
CA colorretal
Quando ressecar se metastático nos pulmões ou peritônio?
Apenas se houver metástase única.
V ou F?
CA colorretal demora cerca de 2 meses para dobrar de tamanho.
Falso
CA colorretal demora cerca de 2 anos para dobrar de tamanho.
V ou F?
No CA de cólon, a elevação de alfafetoproteína evidencia presença de metástase hepática.
Falso
Alfafetoproteína não é marcador para metástases hepáticas, servindo apenas como marcador para o CHC (carcinoma hepatocelular) ou para CA de testículo não-seminoma.
V ou F?
No CA de cólon, a elevação do CEA (antígeno carcinoembrionário) no pós tratamento, quando antes não estava alterado, indica investigação de doença recidivante.
Verdadeiro.
V ou F?
No CA de cólon, a colonoscopia deve ser realizada após o tratamento para inspecionar anastomose e detectar lesões polipoides.
Verdadeiro.
V ou F?
No CA de cólon as recidivas ocorrem, geralmente, após o 4º ano após a ressecção.
Falso
No CA de cólon as recidivas ocorrem, geralmente, antes do 2º ano após a ressecção.
V ou F?
No CA de cólon, o objetivo do seguimento pós-operatório é detectar recidiva precoce, que é tratável e deve ser realizado com colonoscopia e CEA.
Verdadeiro.
Síndrome de Lynch
Câncer colorretal hereditário não-polipoide. Não segue a clássica sequência adenoma-carcinoma.
Síndrome de Lynch
Diagnóstico? (3)
Critérios de Amsterdam:
- CA colorretal antes dos 50 anos;
- ≥ 3 familiares acometidos (pelo menos um de 1° grau);
- Acomete duas gerações consecutivas.
Síndrome de Lynch
Tipo 1? Tipo 2?
Tipo 1: CA colorretal isolado. (“apenas 1”)
Tipo 2: CA colorretal + Outros*. (“pelo menos 2”)
(*pâncreas, endométrio, ovário etc.)