Gametogénese e Fertilização Flashcards

1
Q

Fertilização

A

Formação de um zigoto diplóide a partir de dois gâmetas haplódes

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Q

Eventos essenciais para a Fertilização

A
  1. Gametogénese — estrutura e conteúdo funcional
  2. Direcionamento do espermatozoide
  3. Contacto e reconhecimento entre espermatozoide e oócito
    > assegurar que são da mesma espécie
  4. Regulação da entrada do espermatozoide
    > limitar a entrada a apenas um espermatozoide
  5. Fusão do material genético do espermatozoide e oócito
    > transmissão do material genético dos progenitores
  6. Ativação do metabolismo do zigoto
    > iniciar o desenvolvimento
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3
Q

Gametogénese Feminina — Oogenese

A

Produção dos gametas femininos, os óvulos.
Este processo ocorre nos ovários e formam-se desde a vida intrauterina. Nesse período ocorre uma proliferação mitótica de um grupo de células chamadas oogónias (2n), que são óvulos primordiais. Desenvolvem depois para oócitos primários (2n), onde começam o processo da meiose, parando na profase I.
Após o nascimento da mulher, a maioria dos folículos primordiais vai sofrer degeneração e ou resto continua em meiose até à puberdade.
Geralmente apenas um folículo primário vai amadurecer a cada mês depois da puberdade.
A fase da meiose ocorre apenas quando o oócito secundário entra em contacto com o espermatozoide.

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4
Q

Formação do oócito secundário

A

1, Ovócito em Profase I — envelope nuclear intacto
2. Metafase I — dissoloção do envelope nuclear
3. Anafase I + Citocinese assimétrica — formação do 1º corpo polar
4. Metafase II — divisão do 1º corpo polar (pode ou não ocorrer)

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5
Q

Óvulo

A

O oócito está rodeado de camadas com função protetora e nutritiva:
- Cumulus — rico em ácido hialorónico
- Corona radiata (região mais interna do cumulus
- Zona pelúcida — glicoproteínas ZP

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6
Q

Gametogénese feminina

A
  • Proliferação celular exclusivamente em estadios pré-natais
  • Meiose apenas é completa mediante fertilização por espermatozoide
  • Divisões mitóticas assimétricas asseguram que apenas 1 gâmeta maduro é obtido a partir de cada célula precursora
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7
Q

Conteúdo funcional do oócito

A

Para além do material genético contido no núcleo, o conteúdo citoplasmático do oócito é essencial para assegurar a ativação do ovo após a fecundação, nomeadamente para a produção de energia e de biomoléculas. Só mais tarde é que o material genético do zigoto assume essa função.

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8
Q

Conteúdo funcional do oócito — RNAs maternais

A

Os RNAs maternais asseguram a produção de proteínas de novo no início da fertilização, antes do material genético do zigoto ser transcrito

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9
Q

Descoberta de mRNAs maternais

A

Especificação do eixo antero-posterior de Drosofila por bicoid e nanos.
As nurse cells produzem e depositam mRNAs maternais no oócito.

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10
Q

Gametogénese Masculina — Espermiogénese

A

Células com propriedades estaminais → Proliferação por divisão mitótica → Redução do material genético por meiose (início da puberdade) → Maturação por espermiogénese

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11
Q

Espermiogénese

A

Do espermátide ao espermatozoide.
- Formação do acrossoma a partir das vesículas do aparelho de Golgi
- Formação do flagelo e deslocação das mitocôndrias para o segmento intermédio
- Extrusão da maioria do conteúdo citoplasmático

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12
Q

Espermatozoide

A

Estrutura funcional apropriada para:
- Deslocar-se até ao oócito
- Penetrar o oócito
- Depositar material genético no oócito

Estrutura:
1) Cabeça
2) Segmento intermédio
3) Cauda

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13
Q

Espermatozoide — Cabeça

A

Núcleo (23 cromossomas; 1 cromatídeo) + Acrossoma (vesícula contendo enzimas digestivas para dissolver as barreiras protetoras do oócito)

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14
Q

Espermatozoide — Segmento intermédio

A

Mitocôndrias (para produção de energia) e um par de centríolos (estes permanecem no ovo)

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15
Q

Espermatozoide — Cauda

A

Função motora mediada pelo Axonema (microtúbulos e proteínas motoras do flagelo)

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16
Q

Dineína

A

Proteína motriz do axonema

17
Q

Gametogénese Masculina

A
  • Proliferação celular contínua ao longo da vida
  • Divisões mitóticas simétricas asseguram que são obtidos 4 gâmetas maduros a partir de cada célula precursora
  • O tamanho e forma dos gâmetas difere muito da célula estaminal que lhe deu origem
18
Q

Diferenças importantes entre Gametogénese Feminina e Masculina

A
  • Produção contínua (macho) vs pré-natal (fêmea)
  • Estrutura funcional final
  • Tamanho e conteúdo funcional
  • 1 célula estaminal origina 1 gâmeta na fêmea e 4 gâmetas no macho
19
Q

Percurso do espermatozoide até ao óvulo

A
  • Contrações uterinas
  • Motilidade do flagelo do espermatozoide
  • Sinalização direcional: gradiente de temperatura (termotaxia) e gradientes químicos (quimiotaxia), fluxo direcional.

Os movimentos ciliares no tubo uterino geram um fluxo que transporta os óvulo/ovo em direção ao útero e gera um movimento contra-corrente do espermatozoide em direção ao óvulo — Reotaxia
Durante o percurso, o espermatozoide passa pelo processo (essencial) de capacitação

20
Q

Quimiotaxia

A

Acumulação de Ca^2+ dentro da célula — ativação da motilidade do espermatozoide em direção À maior concentração de ligando
- Ativa a produção de ATP mitocondrial
- Ativa a dineína nos flagelos

Nos mamíferos, o direcionamento e ativação do espermatozoide envolvem múltiplos compostos químicos.

21
Q

Capacitação do Espermatozoide

A

Espermatozoide em contacto com as células epiteliais do oviducto feminino, meio rico em albumina, cálcio e bicarbonato.
- Deslocaliza proteínas de membrana para a parte anterior do espermatozoide (ex.: hialoronidade para digestão da matrix do cumulus)
- Expõe proteínas à superfície para reconhecimento do óculo, via fosforilação (ex.: Izumo1)
- A membrana externa do acrossoma entra em contacto com a membrana celular (preparando-se para a fusão membranar e libertação do conteúdo)
- Aumento da atividade da dineína → espermatozoides hiperativos

22
Q

Reação de Capacitação

A

Breakthrough para o sucesso da técnica de fertilização in vitro

23
Q

Reação do Acrossoma

A

A Reação do Acrossoma é necessária para a penetração do espermatozoide através das camadas protetoras do oócito.
A membrana externa do acrossoma funde-se com a membrana citoplasmática, que é digerida, expondo o conteúdo acromossomal.
É necessária para haver fetilização:
- reação do acrossoma → fertilização bem sucedida
- ligação à zona pelúcida com acrossoma intacto → não há fertilização

24
Q

Reconhecimento e Fusão Membranar dos Gâmetas

A

As glicoproteínas da Zona Pelúcida reconhecem seletivamente espermatozoides da mesma espécie.
A ZP2 é a proteína capaz de mediar a ligação do espermatozoide à zona pelúcida no ser Humano.

25
Q

Fusão membranar dos Gâmetas

A
  • A reação acrossomal expõe ligandos específicos (Izumo) à superfície, e na parte anterior, do espermatozoide
  • A membrana celular do oócito possui recetores que reconhecem Izumo — as proteínas Juno.
  • Mediante ligação dos ligandos aos recetores, dá-se a internalização do espermatozoide
26
Q

Fusão Membranar dos Gâmetas — Processo

A

O contacto entre as proteínas transmembranares Izumo e Juno do espermatozoide e oócito, respetivamente, é essencial para a fertilização.
Após a entrada de um espermatozoide no oócito, os recetores Juno são excluídos da membrana celular de forma a prevenir a ocorrência de poliespermia.
Há perda de Juno membranar quando há contacto e fertilização com o espermatozoide — bloqueio à poliespermia.
A proteína Juno é excluídaa da membrana celular do oócito em vesículas. Aqui, liga-se aos recetores Izumo dos espermatozoides não fertilizados, contribuindo assim para o bloqueio à polispermia.

27
Q

Geração de ondas de cálcio

A

Gera-se uma onda de libertação de iões Ca^2+ do retículo endoplasmático por ação enzimática da phospholipase C zeta oriunda do espermatozoide

28
Q

Oscilações de cálcio em mamíferos

A
  • IP3 ativa localmente a libertação da Ca^2+ do teítuclo endoplasmático
  • Baixas concentrações de Ca^2+, libertado pelo RE, induzem a abertura dos canais seguintes, progressivamente, ao longo da membrana do RE
  • Quando se atingem concentrações altas de Ca^2+ libertado, o canal é inibido — completa-se um pulso
  • Os níveis de Ca^2+ perto do canal inibido baixam, até que se atinge uma concentração baixa, capaz de voltar a induzir a abertura do canal — inicia-se um novo pulso no mecanismo de oscilações
29
Q

Conteúdo dos grânulos

A
  • Cortical granule serine protease (CGSP) — liberta o envelope vitelínico da membrana celular.
  • Polissacáridos — ao serem hidratados, causam o afastamento da zona pelúcida
  • Peroxidades (OVOP e Udx1) e transglutamizases (TG) — endurecem o envelope vitelínico, dando origem ao envelope de fertilização
    (em mamíferos)
  • Ovastacin — protease que cliva o recetor ZP2 e já não se pode ligar a espermatozoides
30
Q

Reação dos Grânulos Corticais

A

No ouriço do mar, a formação do envelope vitelínico após a fertilização, remove os espermatozoides excedentários (bloqueio da poliespermia).
Nos mamíferos, a clivagem da proteína ZP2 pela Ovastacin presente nos grânulos corticais contribui para o bloqueio da polispermia

31
Q

Bloqueio à Polispermia

A
  • Clivagem de ZP2
  • Extrusão de Juno da membrana do oócito
32
Q

Ativação do Ovo

A
  • Tradução dos RNAs maternais (ex.: ciclina B — ciclo celular)
  • Degradação dos RNAs maternais
  • Início da transcrição zigótica
  • Divisões mitóticas
33
Q

Fusão dos Pronúcleos

A

O ASTER, formado a partir do centríolo paternal, aproxima os dois pronúcleos.