FRATURAS DE ÚMERO PROXIMAL Flashcards
FRATURAS DO ÚMERO PROXIMAL
EPIDEMIOLOGIA:
- 4-5 % de todas as fraturas e a mais comum do úmero (45%);
- maior incidência na população idosa está relacionada com a osteoporose - 70% das fraturas ocorrem em idosos;
- Duplo pico de incidência:
- Jovens alta energia
- Idosos baixa energia
- Quadril e radio distal são mais comuns;
- Estimativa é aumento de 300% nos casos até 2030.
São FATORES DE RISCO PARA FRATURA DE ÚMERO PROXIMAL:
- DM
- Osteoporose
- Hx familiar de fraturas decorrentes de fragilidade óssea
- Perda ponderal
SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS DE ÚMERO PROXIMAL:
Uma parte é definida como desviada na presença de desvio > 1 cm da fratura ou angulação >45º:
- FRATURAS 1 PARTE:
- FRATURAS 2 PARTES:
- FRATURAS 3 PARTES:
- FRATURAS 4 PARTES:
- FRATURAS 1 PARTE: sem desvio de fragmentos , apesar do número de linhas de fratura.
- FRATURAS 2 PARTES: qualquer uma das partes a seguir:
o Colo anatômico.
o Colo cirúrgico.
o Tuberosidade maior.
o Tuberosidade menor - FRATURAS 3 PARTES:
* Colo cirúrgico com a tuberosidade maior.
* Colo cirúrgico com a tuberosidade menor. - FRATURAS 4 PARTES:
o Fratura-luxação
o Fratura da superfície articular
ANATOMIA DO OMBRO
Quais as articulações responsáveis pelo ARCO DE MOVIMENTO?
– 2/3 = articulação glenoumeral
– 1/3 = articulação escapulotorácica
Critérios de Hertel são utilizados na avaliação prognóstica de fraturas do úmero proximal, ajudando a prever o risco de necrose avascular da cabeça umeral.
- Calcar (Fragmentação do tubérculo maior) < 8mm
- Perda de integridade da dobradiça medial;
- Desvio > 10mm
- Angulação > 45º
- Complexidade da fratura.
ANATOMIA DO OMBRO
O ombro possui a maior amplitude de movimento entre todas as articulações do corpo. O úmero proximal apresenta uma retroversão de 35- 40º em relação ao eixo epicondilar.
Os 4 segmentos ósseos (Neer) são:
- A cabeça umeral.
- A tuberosidade menor.
- A tuberosidade maior.
- A diáfise umeral.
ANATOMIA DO ÚMERO
Forças musculares deformantes sobre segmentos ósseos:
- A tuberosidade maior é desviada superior e posteriormente pelo supraespinhal e pelos rotadores externos.
- A tuberosidade menor é desviada medialmente pela tração do subescapular.
- A diáfise umeral é desviada medialmente pelo peitoral maior.
- A inserção do deltoide causa abdução do fragmento proximal.
ÚMERO PROXIMAL: Inervação
– Plexo braquial e 3º e 4º nervos cervicais
– Distância do nervo axilar – acrômio → 2-7cm
- Homens = 6,2cm; Mulheres = 5,4cm
– Musculocutâneo:
- 3-4cm (2-8cm) abaixo do processo coracóide
- Perfura o m. coracobraquial 5,6cm inferior processo coracóide
- Perfura o m. bíceps 10 cm inferior processo coracóide
- Termina como n. cutâneo lateral do antebraço
ANATOMIA DO OMBRO/ÚMERO
SUPRIMENTO NEUROVASCULAR:
- O principal suprimento sanguíneo é oriundo das artérias circunflexas umerais anterior e posterior.
- A artéria arqueada é a continuação do ramo ascendente da artéria circunflexa umeral anterior. Ela entra no sulco bicipital e supre grande parte da cabeça umeral.
- O nervo axilar cursa anteriormente à articulação glenoumeral, atravessando o espaço quadrangular. Ele está em risco particular de lesão por tração devido a sua fixação relativamente rígida no fascículo posterior e no deltoide.
As FRATURAS DO COLO UMERAL ANATÔMICO são incomuns, mas elas tendem a apresentar um prognóstico ruim, devido:
Ao suprimento vascular precário para a cabeça umeral
MECANISMO DE LESÃO MAIS COMUM DO ÚMERO PROXIMAL:
Queda da própria altura sobre a extremidade superior hiperestendida
QUAL O NERVO MAIS LESADO NAS FRATURAS DE ÚMERO PROXIMAL?
NERVO AXILAR
Como Avaliar plexo nas FRATURAS DE ÚMERO PROXIMAL?
* C5 –
* C6 –
* C7 –
- C5 – bíceps
- C6 – Flexores do punho
- C7 – tríceps
DIAGNÓSTICO FRATURAS DE ÚMERO PROXIMAL
INCIDÊNCIAS RX:
AP (verdadeiro);
Perfil;
Axilar
TRATAMENTO:
CONSERVADOR:
Tipoia:
- Até 85% das fraturas
- Impacção em valgo
- Desvio mínimo
TIPOIA:
* ADM passiva 7 dias
* Isométrico 3 semanas
* Isotônico 6-12 semanas
Técnica cirúrgica RAFI
- Acesso deltopeitoral
- Reparo dos fragmentos
- Redução da cabeça
- Fixação provisória com fio K
- Cuiado para não ficar no local da placa
- Redução e fixação dos tubérculos
- Fixação da placa
- Também pode ser feito acesso lateral, mas ter maior risco de lesão do N axilar
- Parafuso no calcar é o mais importante
Técnica cirúrgica HIM
- Mellhor indicada em fraturas de 2-3 partes com extensão
metadiafisária - Decúbito dorsal
- Acesso estilo reparo de manguito
- Redução pode ser auxiliada por joystick
- Schanz na cabeça
- Ponto de entrada no centro da cabeça
- O resto é igual toda haste
Técnica cirúrgica MIPO
- Acesso lateral, mas sem abrir tudo
- Banda de tensão
- OTT valgizante + paraquedas
TRATAMENTO DE Fraturas do colo anatômico:
são raras e difíceis de tratar por redução fechada. Elas necessitam de redução aberta e fixação interna (RAFI) (pacientes mais jovens) ou prótese (p. ex., hemiartroplastia), e historicamente estão associadas a alta incidência de osteonecrose.
Técnica cirúrgica Artroplastia
- Indicações
- Idade fisiológica > 70
- Fratura do colo anatômico
- Head split > 40%
- Luxação posterior bloqueada com comprometimento da cabeça > 40%
- Fratura em 4 partes sem possibilidade de redução
Técnica cirúrgica Acesso deltopeitoral
- Indicações
- Cirurgias na face anterior do ombro
- Vantagens
- Possibilidade de ampliação distal e proximal
- Desvantagens
- Estruturas em risco
- Artéria toracoacromial
- N. musculocutaneo
- Veia cefálica
TRATAMENTO DE Fraturas do colo cirúrgico:
- Se a fratura for redutível e o paciente tiver osso de boa qualidade, pode-se considerar:
- Fraturas irredutíveis (geralmente com interposição de tecidos moles) e aquelas em osso osteopênico requerem:
- A fixação com pinos rosqueados inseridos por via percutânea ou parafusos canulados. Problemas associados à fixação utilizando múltiplos fios incluem lesão nervosa (axilar), afrouxamento do pino, migração do pino e incapacidade de mover o braço.
- RAFI utilizando qualquer material de implante.
TRATAMENTO CIRÚRGICO Fraturas da tuberosidade maior:
Na presença de um desvio > 5 ou 10 mm (5 mm de translação superior) , há necessidade de RAFI com ou sem reparo do manguito rotador; caso contrário, elas podem desenvolver pseudoartrose ou impacto subacromial. Uma fratura da tuberosidade maior associada a luxação anterior pode ser reduzida com o reposicionamento da articulação glenoumeral e ser tratada de modo conservador. Fraturas isoladas da tuberosidade maior podem ser abordadas através de uma divisão do deltoide superior.
TRATAMENTO CIRÚRGICO Fraturas da tuberosidade menor:
podem ser tratadas por meios fechados, a menos que os fragmentos desviados bloqueiem a rotação interna; deve ser afastada a possibilidade de luxação posterior associada