FRATURAS DE ÚMERO DISTAL Flashcards
As fraturas do úmero distal no adulto são relativamente RARAS , compreendendo aproximadamente 2% de todas as fraturas e 1/3 de todas as do úmero.
As mais comuns são:
Fraturas Intercondilares
O úmero distal pode ser conceitualizado como “colunas” medial e lateral, cada uma aproximadamente triangular, e composto de um epicôndilo ou o término não articulante da crista supracondilar e um côndilo , que é a unidade articulante do úmero distal.
A parte mais distal da coluna lateral é (1) o e a parte mais distal da coluna medial é o (2)
(1) capitélio
(2) epicôndilo medial não articulante.
MECANISMO DA LESÃO
- A maioria das fraturas do úmero distal por mecanismo de baixa energia resulta de uma queda simples em uma mulher de meia idade ou idosa, na qual o cotovelo atinge diretamente o chão ou é carregado axialmente em uma queda sobre a mão hiperestendida.
- Acidentes automobilísticos e desportivos são causas comuns de lesão em indivíduos mais jovens.
Uma avaliação neurovascular cuidadosa é essencial, porque a extremidade fraturada pontiaguda do fragmento proximal pode empalar ou contundir:
a artéria braquial,
o nervo mediano ou
o nervo radial.
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA
* Incidências anteroposterior (AP) e lateral do cotovelo devem ser obtidas. Radiografias oblíquas podem ser úteis para uma melhor definição da fratura.
* As radiografias sob tração delineiam melhor o padrão da fratura e podem ser úteis para o planejamento pré-operatório.
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA
- Nas fraturas sem desvio, um “sinal do coxim adiposo” anterior ou posterior pode estar presente na radiografia lateral, representando o deslocamento da camada adiposa sobre a cápsula articular na presença de derrame ou hemartrose.
- Fraturas com desvio mínimo podem resultar em uma diminuição no ângulo da diáfise condi lar de 40°, vista na radiografia lateral.
- A tomografia computadorizada pode ser utilizada para delinear ainda melhor os fragmentos da fratura
CLASSIFICAÇÃO
Descritiva
* Fraturas supracondilares:
o Tipo extensão .
o Tipo flexão.
* Fraturas transcondilares.
* Fraturas intercondil ares.
* Fraturas condilares.
* Fraturas do capitélio.
* Fraturas da tróclea.
* Fraturas do ep icôndilo latera l.
* Fraturas do ep icôndilo medial.
* Fraturas do processo supracondilar.
PRINCÍPIOS GERAIS DO TRATAMENTO - AO
- Redução articular anatômica.
- Fixação interna estável da superfície articular.
- Restauração do alinhamento axial da articulação.
- Fixação estável do segmento articular à metáfise e à diáfise.
- Movimentação precoce do cotovelo.
TIPOS ESPECÍFICOS DE FRATURAS:
- Resulta de uma queda sobre a mão hiperestendida, com ou sem uma força de adução ou abdução.
- A maioria é por padrões de extensão, com uma minoria sendo por flexão.
Fratura supracondilar extra-articular
INDICAÇÃO DE TRATAMENTO CONSERVADOR NA Fratura supracondilar extra-articular:
- É indicado para as fraturas sem desvio ou com pouco desvio, bem como para aquelas com cominução grave em pacientes idosos com capacidade funcional limitada.
- Uma tala gessada tipo axilopalmar é colocada em pelo menos 90° de flexão do cotovelo se o edema e o estado neurovascular permitirem, com o antebraço em posição neutra.
- A imobilização com uma tala posterior é mantida por 1-2 semanas , período depois do qual são iniciados exercícios para o arco de movimentos em um brace articulado . A imobilização ou o brace são removidos após aproximadamente 6 semanas, se houver evidência radiológica de consolidação.
- Avaliação radiológica frequente é necessária para se detectar perda da redução da fratura.
INDICAÇÃO DE TRATAMENTO CIRÚRGICO NA Fratura supracondilar extra-articular:
o Fraturas com desvio significativo .
o Lesão vascular.
o Fratura aberta.
o Incapacidade de manter uma redução aceitável.
TRATAMENTO CIRÚRGICO NA Fratura supracondilar extra-articular:
- Redução aberta e fixação interna: a fixação com placa é utilizada em cada coluna, seja em paralelo, posicionada em 90 ou 180º entre s i. A fixação com placas é o procedimento de escolha, porque permite uma movimentação precoce do cotovelo. Fraturas extra-articulares podem ser abordadas posteriormente pela elevação de ambos os lados do tríceps ou através de uma abordagem que divide o tríceps.
- A artroplastia total do cotovelo pode ser considerada, mas rarar,1ente está indicada em pacientes idosos ativos com boa função articular pré-lesão e uma fratura gravemente cominutiva do úmero distal cuja reconstrução é considerada impossível. Deve-se recorrer à abordagem medial , que preserva o tríceps , em vez de utilizar uma osteotornia do olécrano para exposição da articulação do cotovelo.
- Exercícios para o arco de movimentos devem ser iniciados assim que o paciente seja capaz de tolerar a terapia.