Fratura Transtrocanteriana Flashcards

1
Q

Características gerais das fraturas transtrocanterianas:

Epidemiologia:

Fraturas associadas:

Sinais e sintomas:

A
  • Fraturas do fêmur proximal são a causa mais comum de internação ortopédica em pacientes idosos.
  • Fraturas trans são fraturas extracapsulares (pacientes idosos e mais frágeis do que as intracapsulares = fraturas do colo)
    • Extracapsular: Linha intertrocantérica até 5cm abaixo do trocânter menor.
    • Subtrocantérica: abaixo do trocânter menor até 5cm.
  • Chamadas também de intertrocantéricas, peritrocantéricas

Epidemiologia:

  • Idosos (mulheres - baixa energia) - queda sobre o quadril.
  • 3 fatores nos idosos:
    • Risco de queda
    • Fatores de proteção (ex proteção com o membro é menor)
    • Força do osso (osteoporose - principal causa)
  • Jovens (homens <40a baixa energia)

Fraturas associadas:

  • Geralmente são fraturas isoladas.
  • Se houver fraturas associadas pensar em fraturas relacionadas a osteoporose: rádio distal, umero proximal.

Sinais e sintomas:

  • Dor ao redor do quadril
  • Incapacidade de deambular
  • Membro encurtado e rodado externo
    • Trocânter maior: abduzido, rodado externo pelo glúteo médio e rotadores externos curtos.
    • Diáfise: posterior e medializada (adutores e isquiotibiais).
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2
Q

Quais exames de imagem solicitar nas fraturas trans?

A

AP e Perfil do quadril

Tração com rotação interna (delimita melhor lesão)

RNM (fraturas ocultas - se indisponível, solicitar TC)

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3
Q

Cite a região mais forte do fêmur?

Classificações:

  • Boyd Griffin
  • AO
  • Nova classificação AO
  • Tronzo
A
  • Região mais forte do fêmur é a postero medial - importânte nas classificações.

Boyd Griffin

  • I: estável (2 partes)
  • II: instável cominuta
  • III: Instável obliquidade reversa
  • IV: Transtrocantérica com extensão subtrocantérica

Classificação AO 31

  • A1: Fratura entre os trocânteres desviada ou não desviada
  • A2: Cominutas (3 ou 4 pedaços incluindo trocânter maior ou menor)
  • A3: Fraturas instáveis (traço reverso)

Nova classificação AO: vide imagens

Classificação de Tronzo:

  • I: Traço simples, sem desvio
  • II: Traço simples, com desvio, com ou sem fratura do trocânter menor. Parede posterior intacta.
  • III: A ponta do fragmento proximal está dentro do canal medular, indicando que o fragmento distal está medializado. Parede posterior cominuida.
  • III variante: Igual ao III + fratura do trocânter maior
  • IV: Afastamento dos 2 principais fragmentos. Fragmento distal lateralizado. Fratura do trocânter menor.
  • V: Traço reverso
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4
Q

Visão geral classificação de Boyd Griffin

A
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5
Q

Visão geral da classificação AO:

A
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6
Q

Visão geral da nova classificação AO como é calculada:

A
  • Peritrocantérica: através dos trocânteres (A1 e A2)
  • Como diferenciar A1 e A2:
    • Rx AP (tração + rotação neutra)
    • Calcular altura/espessura da parede lateral
      • Medir 3cm abaixo do tubérculo inominado do trocânter maior
      • Com angulação de 135°
      • Espessura < 20,5mm para ser considerada A2.
  • Intertrocantérica: entre os trocânteres (A3)
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7
Q

Visão geral nova classificação AO

A
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8
Q

Visão geral da classificação de Tronzo:

A
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9
Q

Cite as características gerais das fraturas transtrocanterianas:

A
  • Raramento indicado
  • Lembrar: dor a movimentação do paciente
  • Pode demorar de 6-8 semanas para consolidar
  • Facilita o cuidado mesmo em pacientes acamados
  • Trocanter maior ou menor isolado
    • Maior: sempre descartar fraturas trans
    • Menor: muito raro - associado a neoplasias
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10
Q

Cite as características gerais do tratamento cirúrgico:

A
  • Tratamento de escolha
  • Compensar alterações metabólicas, hematológicas
  • No RW 8ª tratamento em 24-48h. No RW 9ª já se discuti a realização mais precoce (até 6h).
  • Reposição volêmica pré operatória. Volume estimado de perda pela fratura de 500 - 1000ml

Opções de tratamento:

  • Implantes intramedulares (ex HCM)
  • Implantes extramedulares (ex DHS)
  • Fixador externo
  • Artroplastia - casos reservados

Escolha do implante:

  • Evitar medialização femoral: perda do contato ósseo, retardo da consolidação, perda da função.
  • Cada grau de medialização, aumenta a chance de risco de falha da fixação

Estudo AAOS:

  • Fraturas A1: HCF = DHS
  • Fraturas A2: HCM > DHS (moderada evidência)
  • Fraturas A3: HCM >>> DHS (forte evidência)

Lembrar de utilizar mesa de tração

Membro não fraturado fletido a abduzido

Redução de Garden:

  • Rx AP: ângulos entre as trabéculas da cabeça femoral e o eixo do fêmur: pelo menos 160°
  • Perfil: relação da cabeça com a diáfise deve ser de 180°

TAD:

  • Somar a medida da distância da ponta do parafuso até o ápice da cabeça do femur no AP e no P.
  • Valor deve ser <25mm
  • Conceitos modernos: no AP deve estar um pouco inferior do centro da cabeça e no P deve estar no centro.

*Lembrar de nunca deixar em varo: risco de Cut Out.

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11
Q

Principais complicações:

A
  • Infecção
  • Cut Out (complicação mais comum da fixação)
  • Não união
  • Necrose avascular (raro)
  • Encurtamento do membro
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