Fratura de membros superiores Flashcards
Clavícula:
- Ossificação intramembranosa
- Pouca proteção: quebra fácil
- Bom prognóstico
- Em casos de fratura ou luxação, há um cavalgamento da clavícula para cima devido a tração exercida pelo esternocleidomastoide.
Diagnóstico - fratura de clavícula:
- Fraturas com desvio: deformidade, hematoma, mau funcionamento, edema, crepitação, dor
- Fraturas sem desvio: sem evidencias
- RX em 3 incidências:
- AP em neutro/verdadeiro: avalia deslocamento
- Axial lateral: avaliar grau de desvio no plano antero-posterior
- TC pode ser útil em fraturas complexas das extremidades
Lesões associadas a fratura de clavícula:
- Pneumotórax
- Lesões do plexo braquial
- Lesões vasculares: subclávia (mais a veia)
Diagnóstico diferencial de fratura de clavícula:
Luxação acromioclavicular e esternoclavicular
Tratamento - fratura de clavícula:
- Fraturas pouco desviadas consolidam sem sequelas
- Fraturas desviadas -> redução incruenta e imobilização
- Imobilização por tipoia ou tio 8
- Cirurgia: expostas, associadas a fratura de escápula ou lesões neurovasculares, perfuração, irredutível, patológica, politraumatizados, parkinson
- Fixação percutânea com fios de Steinmann e Kirschner até 12 anos
- Fixação interna com placa DCP, LC-DCP e de reconstrução
Complicações - fraturas de clavícula
Infecções
Retardo de consolidação ( > 4 a 8 semanas)
Consolidação viciosa/torta
Pseudoartrose nas não operadas (> 6 meses sem consolidar)
Lesões neurovasculares: brocas perfuram
Artrose pós traumática
Fraturas de escápula
- Trauma de alta energia
- Mais atingido: corpo da escápula
Diagnóstico - fratura de escápula
- Dor no ombro e abdução do braço
- Inspiração dolorosa
- Impotencia funcional do membro
- Edema pós 24h
- Rx em 3 incidencias
- AP verdadeiro: tem q inclinar
- Perfil/axial: em Y
- Axilar
Lesões associadas a fratura de escápula:
Pneumotórax
Contusão pulmonar
Fratura de crânio e de costela
Lesão do plexo braquial
Medula espinhal com paralisia
Tratamento - fratura de escápula
- Grupo I: tipoia de Velpeau 10 dias + tipoia simples 3/4 semanas
- Grupo II: conservador
- Grupo III (colo da escápula): conservador quando não tem comprometimento articular com imobilização de 3 a 7 semanas
- Grupo IV: fratura articular da glenoide - cirurgia?
- Sem luxação escapuloumeral e fratura da apófise coracóide p/ avulsão: conservador
Casos de tratamento cirúrgico - fratura de escápula
- Fraturas de acrômio
- Fraturas desviadas da espinha da escápula
- Fratura com luxação escapuloumeral (comprometimento articular -> cirugia pra não deixar degrau)
Quais músculos se inserem no processo coracoide?
- coraco-braquial
- cabeça do bíceps menor/porção curta
- peitoral menor
Reabilitação - fratura de escápula
- Iniciar com movimentos pendulares
- 2ª sem: exercícios passivos
- 4ª sem: exercícios ativos
- Treino de força: isométricos -> concêntricos -> excêntricos
Complicações - fratura de escápula
- Pseudoartrose
- Lesões vasculonervosas: nervo musculocutâneo e supraescapular
- Consolidação viciosa
- Infecção (cirúrgico)
- Artrose pós traumática
- Crepitação escapulotorácica dolorosa
Fraturas proximais do úmero/cabeça - diagnóstico:
- Mais em mulheres com > de 50 anos
- Perda funcional, redução de força, edema, dor, equimose, crepitação
Sinais
- Sinal do sulco: afastamento das articulações, é provocado, não natural
- Sinal da tecla: quando aperta a clavícula (por ex.) ela desce
- Sinal da dragona: luxação glenoumeral
Radiografia - fratura umero proximal:
AP verdadeira/frente
Perfil da escápula (y): visualiza a cavidade glenóide
Axilar
* Fratura intra-articular: traço da fratura invade a articulação
Mecanismo - fratura proximal de úmero
- Queda com braço estendido: indireto
- Queda sobre o ombro com o braço junto ao corpo: direto
- Choque elétrico: contrações
Lesões associadas - fratura de úmero proximal
- Sub luxação da cabeça umeral -> reduz sensibilidade do deltoide
- Lesão neurovascular: axilar (mais o nervo que artéria), musculocutâneo e supraescapular
- Lesão do plexo braquial
Tratamento - fratura de úmero proximal
- Estáveis com desvio mínimo: conservador e precoce
- Impactadas com desvio mínimo: conservador
- Instáveis com desvio > 0,5-1cm: cirúrgico com inabsorvíveis, placas, parafusos, substituição protética
- Cuidado com parafuso longo: afeta cartilagem -> artrose
Complicações - fratura de úmero proximal
- Miosite ossificante: mm e tendão ossificados -> movimentação limitada
- Necrose avascular: circulação retrógrada
- Retardo de consolidação: 10/12 - 24 semanas
- Pseudoartrose: > 6 meses
Reabilitação - fratura proximal de úmero
Conservador: exercícios passivos após 10-15 dias
Redução incruenta: imobilização por 3 semanas, pós isso reabilitação
Fratura diafisária do úmero
Mulheres 60-80 anos: traumas de menos energia (osteoporose)
* risco de acomedimento do nervo radial -> mão caída radial
Mecanismo - fratura diafisária de úmero
- Ação de forças diretas sobre o membro
- Quedas com a mão espalmada -> indireta
- Abertas ou fechadas
- Forças de flexão = fraturas transversas ou obliquas
- Forças em torção = fratura helicoidal
- Desvios dependem da intensidade do trauma
- Fratura espiral: mais fácil de consolidar
Diagnóstico - fratura diafisária de úmero
- mobilidade anormal, encurtamento do membro, dor, edema, avaliar função nervosa e vascular
- RX: AP e perfil (úmero + ombro + cotovelo)
Tratamento - fratura diafisaria de úmero
Conservador: 6-8 sem, gesso axilo-palmar, tipoia, órtese
* pinça de confeiteiro em fraturas + deslocamento
* Velpeau: fraturas sem desvio
* Órtese funcional (sarmiente): mobilidade precoce
- Inclinação aceitável até 20º
Cirurgia - fratura diafisária
Politrauma, redução inadequada, patológica, lesão vascular, segmentar, intra-articular, bilateral, exposta, paralisia do nervo, pseudoartrose, consolidação viciosa
* Placa DCP+ parafuso (1)
* Hastes intramedulares -> patológicas
* Fixador externo -> pseudoartrose, grande exposta
Complicações - fratura de úmero distal
- infecção
- lesão vasculonervosa: nervo radial e artéria braquial (raro mas mais comum)
- pseudoartrose
Fraturas de cotolevo
- Umero distal (mais medular/esponjoso)
- Cabeça do rádio
- Olécrano
- Epicondilos
- Por forças indiretas de compressão, flexão e distração
Diagnóstico - fratura de cotovelo
Edema, hematoma, dor difusa ou local, crepotação, deformidade
RX: AP, perfil, oblíqua
Fraturas de úmero distal
- Complexo -> osso mais esponjoso e possível osteoporótico
- Difícil redução -> mm da região
- supra/inter/transcondiliana
- diretas ou indireta
- nervo ulnar é o mais lesado
Tratamento - Fraturas de úmero distal
redução, fixação estável da articulação, restauração do alinhamento do eixo, mobilização ativa precoce
- maior parte é cirúrgico
A1: s/ desvio -> conservador
c/ desvio e fratura articular -> cirúrgico
A2 e A3: cirurgia e placas
B1: depende
B2: cirurgia e placa
B3: cirurgia e parafuso
C: cirurgia
Complicações
Infecção
Falha da síntese
Retardo de consolidação
Pseudoartrose
Lesões neurovasculares (nervo ulnar)
Ossificação heterotópica
Osteoartrite pós-traumática
Reabilitação
Mobilização precoce
Restauração da força muscular e ADM
Treino funciona
Fratura na cabeça de rádio
20-40 anos
Mais comum: queda com punho estendido e cotovelo pronado -> indireto
Diagnóstico - fratura de cabeça de rádio
dor latera, edema, avaliar vasos e nervos (interósseo)
RX: AP e perfil
Tratamento - fratura de cabeça de rádio
- 1 e 2 sem desvio: conservador -. tipoia, tala, órtese palmoplantar por 7-10 dias
- desvios > 2-3 cm: cirurgia
- 2 com desvio: cirurgia + fixação
- 3: cirurgia + ressecção de cabeça de rádio (s/ instabilidade)
Fraturas instáveis com lesões associadas: cirúrgia +
manutenção da cabeça do rádio + osteossíntese
Reabilitação:
- Tratamento conservador: mobilização ativa e passiva assim que retirada a imobilização
- Tratamento cirúrgico: mobilização passiva e ativa assim que conseguido o controle da dor
Fratura de olécrano:
Trauma direto de alta energia
- Dor, edema, crepitação, comprometimento da extensão ativa do cotovelo
- nervo ulnar
RX: AP e perfil
Tratamento - fratura de olécrano
- S/ desvio ou 2mm de separação: conservador com imobilização por 3 semanas e mobilização precoce
- Desvios maiores: redução aberta e osteossíntese
- plaxas, banda de tensão, fio, parafusos ou nao para fixaçãp
Complicações - fratura de olécrano
Rigidez do cotovelo
Pseudoartrose
Infecção
Consolidação viciosa
Artrose pós traumática
Rejeição ao material de síntese
Neuropatia do nervo ulnar
Fratura de monteggia
Fratura da ulna associada a luxação anterior da cabeça do rádio
- Tratamento: cirurgia e osteossíntese interna
- Complicações: retardo de consolidação, pseudoartrose, lesão do nervo interósseo posterior
Fratura do processo coronóide
- Costuma estar associada a luxação e/ou fratura da cabeça do rádio -> instabilidade
- Ocorre por forças de tração ou trauma direto na tróclea
- Tratamento:
- S/ instabilidade: conservador com omobilização 3 sem
- C/ instabilidade: cirurgia e fixação
- Imobilização -> retirada -> sem dor -> mobilização precoce
Fratura dos ossos do antebraço
- Trauma direto principalmente
da ulna - Fraturas rotacionais associadas a luxação acontecem por trauma
indireto - Radio faz pronossupinação quando há queda, mas a ulna se mantem estável sendo mais comum de quebrar
Fraturas especiais do antebraço
- Fratura de Galeazzi: diafisária do rádio com luxação (ou sub)
da articulação radioulnar distal - Fratura-luxação de Essex-Lopresti: dissociação radioulnar longitudinal aguda com lesão da membrana interóssea, com ou sem fratura da
cabeça do rádio - sinal da ampulheta
- Tratamento
- S/ desvio: imobilização axilo-palmar 3/4 sem -> imobilização antebraquiopalmar por 2-6 sem
- Fratura isolada com < 10º e desvio < 50% -> conservador
- Desviadas: fixação e mobilização precoce
- Expostas: fixação
- Cirurgia é o melhor
Fraturas especiais de antebraço - complicações
Síndrome do compartimento: entra sangue arterial e não sai sangue venoso. Aumenta a pressão intratecidual -> se não aberto por uma
fasciotomia perde o membro
Lesões vasculares e nervosas: nervo ulnar
Infecção
Consolidação viciosa
Retardo de consolidação
Pseudoartrose
Refratura
Fraturas do terço distal do radio
- mais comum
- lesão de nervos ulnar e mediano e artérias radial e ulnar
- trauma com o punho em flexão e antebraço pronado
- Diagnóstico: deformidade em dorso de garfo
- Em crianças: fratura de colis
- RX póstero anterior e perfil
Fraturas em terço distal do rádio - tratamento e complicações
- Redução incruenta e gesso
- Fixação percutânea com fios de Kirschner
- Fixação com placas
- Fixador externo transarticular
- Fixador externo metafisário
- Impotência funcional
- Rigidez articular
- Parestesias
- Consolidação viciosa
- Infecção
- Pseudoartrose
Fraturas dos ossos do carpo
- Escafóide é o mais comum
- RX: AP, perfil e oblíquas
- Prognóstico relacionado a suprimento sanguíneo do osso
- Tratamento: conservador a cirúrgico com fixação interna
por fios e parafusos, dependendo da gravidade da lesão - Complicações: falha da fixação, pseudoartrose, retardo de consolidação, necrose avascular, consolidação viciosa
Fraturas metacarpais e falanges
- Maioria é tratamento conservador
- Cuidado com rigidez articular pós tratamento inadequado