Flashcards IPSA - HSFX
Definição:
Neonatologia
Ramo da pediatria que se dedica ao estudo e acompanhamento do recém-nascido
Definição:
Período Neonatal
Período que se inicia na data de nascimento e termina após 28 dias completos de idade pós-natal.
É subdividido em:
* precoce (primeiros7dias completos/168 horas)
* tardio (até 28 dias completos/672 horas)
Definição:
Recém Nascido
Do nascimento até os 28 dias
Definição:
Recém Nascido Termo
Nascido entre as 37 semanas e 41 semanas+6 dias
Definição:
Recém Nascido Pré Termo
Nascido antes das 37 semanas
Definição:
Recém Nascido Pós Termo
Nascido a partir das 42 semanas
Definição:
Leve para Idade Gestacional (LIG)
RN cujo peso se encontra abaixo do percentil 10para a respetiva idade gestacional, numa curva representativa da população
Definição:
Adequado para Idade Gestacional (AIG)
RN cujo peso se encontra entre o percentil 10 e 90para a respetiva idade gestacional, numa curva representativa da população
Definição:
Grande para Idade Gestacional (GIG)
RN cujo peso se encontra acima do percentil90para a respetiva idade gestacional, numa curva representativa da população
Definição:
Baixo peso ao nascer
RN cujo peso ao nascer se encontra < 2500g
Definição:
Muito baixo peso ao nascer
RN cujo peso ao nascer se encontra < 1500g
Definição:
Extremo baixo peso ao nascer
RN cujo peso ao nascer se encontra < 1000g
Definição:
Macrossómico ao nascer
RN cujo peso ao nascer se encontra ≥ 4000g
Definição:
Idade Gestacional
Período de tempo entre o primeiro dia da última menstruação e o dia do parto.
Pode classificar-se em:
* pré-termo
* termo
* pós-termo
Expressa em semanas completas – exemplo: 26 semanas e 4 dias são 26 semanas de idade gestacional
Definição:
Idade pós-menstrual
Idade gestacional somada à idade pós-natal (ou idade cronológica)
Expressa em semanas e dias
Termo preferencial para descrever bebés prematuros no período perinatal, sendo utilizada até o bebé ter idade de termo
Definição:
Idade Real
Idade real, cronológica ou pós-natal
Tempo decorrido desde o nascimento
Expressa em dias, semanas, meses ou anos
Definição:
Idade Corrigida
Idade do bebé corrigida pelo grau de prematuridade
Calcula-se subtraindo a idade cronológica ao número de semanas nascidas antes das 40 semanas de gestação
É a idade que o bebé teria se tivesse nascido no termo (40 semanas)
Definição:
Índice de Apgar
Como se aplica e dimensões avaliadas
Este sistema foi originalmente descrito pela anestesista Virginia Apgar em 1952, e publicado pela primeira vez em 1953
É uma expressão numérica da condição do recém-nascido numa escala de 0 a 10
As pontuações são geralmente registadas 1, 5 e 10 minutos após o parto
Este índice é um método rápido para avaliar o recém-nascido após o parto e a resposta a manobras de reanimação, quando aplicadas
Uma pontuação de:
* 7-10 é normal
* 4-7 geralmente requer algumas medidas de ressuscitação
* < 3 requer reanimação imediata
Doença das Membranas Hialinas
Definição + Epidemiologia + Fisiolpatologia
A DMH é a doença mais frequente no período neonatal, sendo a maior causa de morbilidade (10%)
Afeta cerca de 1% de todos os nados vivos, em especial, os prematuros, com idade gestacional < 28 semanas e com peso inferior a 1500g (muito baixo peso)
A síndroma de dificuldade respiratória (SDR) do RN pré-termo ou SDR do tipo I (anteriormente designada doença da membrana hialina/DMH), constitui um problema respiratório típico da imaturidade pulmonar resultante da deficiência em surfactante pulmonar (SP) endógeno.
O termo “surfactante” corresponde à designação funcional de um material heterogéneo e complexo de natureza lipoproteica, relativamente insolúvel, com grande plasticidade (distendendo-se em grau variável) cuja propriedade principal consiste em diminuir a tensão superficial na interface ar-líquido da porção respiratória do pulmão.
Constituindo a causa mais frequente de dificuldade respiratória no RN pré-termo, a sua gravidade (com repercussão na mortalidade) é inversamente proporcional à idade de gestação.
Globalmente, a DMH ocorre em cerca de 0,5 a 1% dos nados-vivos: em cerca de 60-80% dos RN pré-termo com < 28 semanas, em cerca de 15-30% dos pré-termo com idades gestacionais compreendidas entre 32 e 36 semanas, raramente em RN de termo.
O Quadro 1 integra os factores clássicos que aumentam ou diminuem o risco de DMH
Doença das Membranas Hialinas
Classificação
Caracteriza a Dificuldade Respiratóriano RN
Definição + Manifestações
A dificuldade respiratória após o nascimento é comum e tipicamente causada por uma função respiratória anormal durante a transição da vida fetal para a vida neonatal, podendo também estar associada a imaturidade pulmonar
Manifesta-se por:
* Taquipneia
* Adejo nasal
* Tiragem
* Gemido
* Cianose central
Caracteriza a Dificuldade Respiratóriano RN
Diferentes tipos e etiologias
Quais são os Sinais de Dificuldade Respiratóriano RN
Caracteriza a Displasia Broncopulmonar
DEFINIÇÃO
A displasia broncopulmonar (DBP) é um termo utilizado para definir a doença pulmonar crónica que ocorre em bebés pré-termo
Diagnostica-se pela necessidade de suplementação com oxigénio aos28 dias de vida
Nos recém-nascidos prematuros de muito baixo peso, a DBP continua a ser a causa mais comum de morbilidade e mortalidade
Apresenta uma elevada morbilidade multissistémica e repercussões que se podem estender até à idade adulta
A mortalidade é atribuída a insuficiência respiratória, hipertensão arterial pulmonar ou infeção hospitalar
Caracteriza o Pneumotórax no recém-nascido
Características e manifestações + diagnóstico
Presença de ar ectópico, na cavidade pleural, entre o pulmão e a parede torácica
Maior incidência no RN prematuro, com patologia respiratória de base (síndrome de dificuldade respiratória [SDR], aspiração meconial [SAM] ou enfisema lobar congénito), podendo resultar de pressões inspiratórias elevadas durante a ventilação manual ou mecânica.
EO: assintomático → SDR de intensidade variável; assimetria torácica com diminuição dos sons cardíacos e murmúrio vesicular no lado afetado. Se pneumotórax hipertensivo, pode apresentar hipotensão, bradicardia, hipoxemia, agravamento súbito.
Sinal de transiluminação - propagação da luz no lado do pneumotórax. [figura A]
Gasometria Arterial: Normal ou ↓ PaO2 | Acidose respiratória ou mista
Radiografia de tórax: Essencial para o diagnóstico [B]
* Hipertransparência delineando a pleura
* Mediastino deslocado para lado contralateral
* Atelectasia pulmonar ipsilateral
* Cúpula diafragmática aplanada
* Sinais mais evidentes e diminuição da silhueta cardíaca, se pneumotórax hipertensivo.
Caracteriza o Pneumotórax no recém-nascido
Monitorização e vigilância
O2 suplementar a 100% ⮕ evitar nos RN prematuros;
Se pneumotórax hipertensivo (com ↓SpO2 e bradicardia) → tratamento emergente!
Toracocentese [figura A]
* Punção no 2º espaço intercostal, na linha médio-clavicular
* Posicionar RN em decúbito dorsal
* Confirmar com Rx e colocar dreno torácico se necessário
Drenagem Torácica [figura B]
* Colocação 4º/5º espaço intercostal, entre a linha axilar anterior e a linha médio-axilar
* Posicionar RN com o membro superior e hemitórax afetado elevados
* Confirmar com Rx posição do dreno
Definição:
Risco Infecioso Neonatal
Riscoinfeciosobacteriano perinatal é a probabilidade de ocorrênciadeinfeçãobacteriana no recém nascido, ou seja, o risco dedesenvolversepsisneonatal, adquirida no períodoperipartoedependente de condição materna
Quais são os Fatores de Risco Infecioso Neonatal?
11
- Prematuridade espontânea
- Colonização materna com Streptococcus do grupo B
- Febre materna periparto
- Rotura prematura de membranas (antes do início do trabalho de parto)
- Rotura pré-termo de membranas (< 37 semanas)
- Rotura prolongada de membranas (> 18 horas)
- Corioamnionite
- Mãe com bacteriemia
- Mãe com infeção urinária periparto
- História de outro irmão com sepsis precoce
- Irmão gémeo com sepsis precoce
Sépsis Neonatal - Definição
Sepsis neonatal: Síndrome de resposta inflamatória sistémica na presença de infeção suspeita ou confirmada com ou sem bacteriemia, que ocorre até aos 28 dias de vida. Divide-se em:
Sepsis precoce: sepsis com manifestações clínicas até às 72h de vida, com transmissão perinatal, na maioria dos casos vertical ⮕ Microrganismos da flora genito-urinária e gastrointestinal materna
Sepsis tardia: sepsis com manifestações clínicas após as 72h de vida, adquirida no período perinatal ou pós-natal; geralmente infeção hospitalar/nosocomial ⮕ Infeção hospitalar
// Infeção adquirida na comunidade // Transmissão vertical
Quais são os Agentes etiológicos da sépsis neonatal precoce
Quais são os Agentes etiológicos da sépsis neonatal tardia
Quais são as Manifestações de Sepsis no Recém Nascido
TORCH stands for:
SCORTCH stands for:
SCORTCH
Quando devemos suspeitar de Transmissão Vertical de Sífilis?
10
- Sepsis
- Desenvolvimento cerebral anormal
- Exantema tipo blueberry muffin ou exantema bolhoso
- Doença ocular
- Perda auditiva
- Alterações hepáticas
- Alterações cardíacas
- Alterações dos membros
- Restrição de crescimento fetal
- Alterações imagiológicas pré-natais
Tem tudo
SCORTCH
Quando devemos suspeitar de Transmissão Vertical de CMV?
9
- Sepsis
- Desenvolvimento cerebral anormal
- Exantema tipo blueberry muffin ou exantema bolhoso
- Doença ocular
- Perda auditiva
- Alterações hepáticas
- Alterações dos membros
- Restrição de crescimento fetal
- Alterações imagiológicas pré-natais
Sem alterações cardíacas em relação ao S e O
SCORTCH
Quando devemos suspeitar de Transmissão Vertical de O - Outros: Parvovírus B19, Enterovírus, Zika, Chagas, Malária?
9
- Sepsis
- Desenvolvimento cerebral anormal
- Exantema tipo blueberry muffin
- Doença ocular
- Perda auditiva
- Alterações hepáticas
- Alterações cardíacas
- Alterações dos membros
- Restrição de crescimento fetal
- Alterações imagiológicas pré-natais
Sem exantema bolhoso em relação ao S
SCORTCH
Quando devemos suspeitar de Transmissão Vertical de Rubéola?
- Desenvolvimento cerebral anormal
- Exantema tipo blueberry muffin ou exantema bolhoso
- Doença ocular
- Perda auditiva
- Alterações hepáticas
- Alterações cardíacas
- Alterações dos membros
- Restrição de crescimento
- Alterações imagiológicas pré-natais
SEM SEPSIS EM RELAÇÃO AO S, C e O
SCORTCH
Quando devemos suspeitar de Transmissão Vertical de Toxoplasmose?
- Sepsis
- Desenvolvimento cerebral anormal
- Exantema tipo blueberry muffin
- Doença ocular
- Perda auditiva
- Alterações hepáticas
- Restrição de crescimento fetal
- Alterações imagiológicas pré-natais
Sem exantema bolhoso em relação ao S, C e R
Sem alterações cardíacas em relação ao S e O
Sem alterações dos membros ao S, C, O e R
SCORTCH
Quando devemos suspeitar de Transmissão Vertical de Varicella Zoster Virus?
“C = Chicken Pox”
- Sepsis
- Desenvolvimento cerebral anormal
- Exantema tipo blueberry muffin
- Bolhas
- Doença ocular
- Perda auditiva
- Alterações dos membros
- Restrição de crescimento fetal
- Alterações imagiológicas pré-natais
Sem exantema bolhoso em relação ao S, C e R
Sem alterações cardíacas em relação ao S e O
Sem alterações hepáticas em relação ao S, C, O, R e T
+ BOLHAS
SCORTCH
Quando devemos suspeitar de Transmissão Vertical de HSV, HIV, HBV, HCV, HTLV-1+?
- Sepsis
- Exantema tipo blueberry muffin
- Lesões vesiculares
- Doença ocular
- Perda auditiva
- Alterações hepáticas
- Restrição de crescimento fetal
- Alterações imagiológicas pré-natais
Sem desenvolvimento cerebral anormal em relação aos outros todos
Sem exantema bolhoso em relação ao S, C e R
Sem alterações cardíacas em relação ao S e O
Sem alterações dos membros ao S, C, O, R e C
+ LESÕES VESICULARES
O Programa Nacional de Vacinação inclui que vacinas?
- BCG
- HEPATITE B
- HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO b
- Difteria, Tétano e Tosse Convulsa
- VACINA ANTI-PNEUMOCÓCCICA PN13
- MENINGOCOCO GRUPO B
- MENINGOCOCO GRUPO C
- POLIOMIELITE
- Sarampo, Parotidite epidémica e Rubéola (VASPR)
- HPV
PNV - BCG
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing: _______
Administração: _______
Características (particularidades):
* _______
* _______
→ _______ (obrigatória?)
Indicada em _______:
* _______
* _______
* _______
Contraindicada:
* _______
* _______
Reações adversas:
* _______
* _______
Agente: Mycobacterium tuberculosis
Tipo de vacina: viva atenuada (Mycobacterium bovis)
Timing: Nascimento
Administração: intradérmica
Características (particularidades):
* não administrar nenhuma vacina no mesmo braço nos 3 meses seguintes (risco linfadenite)
* se > 1 ano é necessário IGRA ou teste cutâneo (prova tuberculínica de Mantoux) negativos para se administrar a vacina
→ Não é obrigatória
Indicada em grupos de risco:
* crianças (ou filhas de pais) provenientes de países com alta incidência de TB
* pais dependentes de álcool e drogas
* comunidades com elevada prevalência de TB.
Contraindicada:
* TB ativa
* se toma de outras vacinas vivas
Reações adversas:
* linfadenite
* infeção disseminada
PNV - Hepatite B
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing: _______
Administração: _______
Características (particularidades):
* _______
Contraindicada:
* _______
Reações adversas:
* _______
* _______
* _______
Agente: Vírus da Hepatite B
Tipo de vacina: subunidades (Ag de superfície recombinante)
Timing: Nascimento, 2M e 6M
Administração: intramuscular
Características (particularidades):
* Deve-se revacinar os grupos de risco se o nível de imunidade for baixo
Contraindicada:
* RN < 2000g e < 1 mês (exceto se filhos de mães AgHBs+; em RN pretermo é administrada se >= 2000g ou >1mês, o que ocorrer primeiro)
Reações adversas:
* febre
* astenia
* mal-estar
PNV - Haemophilus influenzae b
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing: _______
Administração: _______
Características (particularidades):
* _______
* _______
Reações adversas:
* _______
Agente: Haemophilus influenzae tipo b (epiglotite e meningite)
Tipo de vacina: conjugada (polissacáridos + adjuvante)
Timing: 2M, 4M, 6M e 18M
Administração: intramuscular
Características (particularidades):
* < 2 anos e DI Hib → vacinação;
* ≥ 2 anos e DI Hib → não é necessário vacinar (imunidade duradoura).
Reações adversas:
* febre (30%)
PNV - DTPa
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing:
* _______
* _______
* _______
Administração: _______
Indicada:
* _______
Contraindicada:
* _______
* _______
Reações adversas:
* _______
Agente: Corynebacterium diphteriae, Clostridium tetani, Bordetella pertussis
Tipo de vacina: toxóide diftérico (D), toxóide tetânico (T), toxóide Bordetella pertussis (Pa)
Nota: toxóides = componentes tóxicos inativados
Timing:
* DTPa - 2M, 4M, 6M, 18M, 5A
* Td - 10A, 25A, 45A, 65A e depois de 10A em 10A
* Tdpa - uma dose em cada gravidez
Administração: intramuscular
Indicada:
* Grávida (às 32 semanas) e RN (depois dos 2 meses)
Contraindicada:
* Encefalopatia de origem desconhecida 7 dias após administração da vacina
* Se componente Pa contraindicado, dá-se TD
Reações adversas:
* convulsões febris(reação ao componente Pa → prescrever paracetamol no momento da vacinação)
PNV - Vacina antipneumocócica PN13
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing:
* _______
Administração: _______
Agente: Streptococcus pneumoniae, 13 serotipos
Tipo de vacina: conjugada
Timing:
* 2M, 4M, 12M (idade máxima para completar esquema vacinal de < 5 anos)
Administração: intramuscular
PNV - Meningococo grupo b
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing:
* _______
Particularidades do timing:
* _______
* _______
Vacinação de recurso:
* _______
* _______
* _______
* _______
Administração: _______
Reações adversas:
* _______
Agente: Neisseria meningitidis grupo B
Tipo de vacina: vacinologia reversa (sequenciação de proteínas que induzem imunidade):
* proteína NHBA
* proteína fHbp
* proteína NadA
* vesículas da membrana externa
Timing: 2M, 4M,12M
Particularidades do timing:
* Crianças que iniciaram a vacinação por prescrição médica podem completar o esquema no âmbito do PNV, até ao dia antes de fazerem 5 anos de idade
* Crianças que tiveram doença invasiva antes dos 2 anos de idade podem e devem iniciar/completar o esquema vacinal da MenB ≥1 mês após o início da doença, até ao dia antes de fazer 5 anos de idade, de acordo com o esquema vacinal recomendado para a sua idade
Vacinação de recurso:
* Se início de 2M a 11M: 2 doses + reforço após pelo menos 12M
* Se início de 12M a 23M: 2 doses + reforço antes dos 5A.
* Se início de 24M e 4A: 2 doses
* o intervalo entre as doses é 8M
Administração: intramuscular
Reações adversas:
* febre (⚠️ única vacina com indicação para administração de paracetamol prévio à inoculação)
PNV - Meningococo tipo c
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing:
* _______
Administração: _______
Reações adversas:
* _______
* _______
* _______
Agente: Neisseria meningitidis grupo C
Tipo de vacina: polissacarídeos
Timing: 1 dose aos 12 meses
Administração: intramuscular
Reações adversas:
* febre
* irritabilidade
* reações locais
PNV - Poliomielite
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing:
* _______
Administração: _______
Particularidade: _______
Reações adversas:
* _______
Agente: Vírus da Poliomielite
Tipo de vacina: Inativada VIP
Timing: 2M, 4M, 6M, 18M, 5A
Administração: intramuscular
Nota: nos países em desenvolvimento pode fazer-se administração oral (vacina viva atenuada VAP) pois o vírus é excretado nas fezes favorecendo a imunidade de grupo
Reações adversas:
* reações locais
PNV - VASPR
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing:
* _______
Administração: _______
Contraindicada: _______
Reações adversas:
* _______
Agente: Sarampo, Parotidite epidémica e Rubéola
Tipo de vacina: viva atenuada
Timing: 12M, 5A
Administração: intramuscular
Contraindicada: grávidas
Reações adversas:
* febre
PNV - HPV
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing:
* _______
Administração: _______
Reações adversas:
* _______
* _______
* _______
* _______
Agente: HPV
Tipo de vacina: DNA, nonavalente
Timing: 10A - com 6 meses de intervalo entre cada dose
Administração: intramuscular
Reações adversas:
* febre
* cefaleias
* tonturas
* reação local
(recomenda-se vigilância, em posição sentada ou deitada, durante 15 a 30 minutos, para prevenir o risco de queda)
Quais são as principais vacinas extra PNV?
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- Vacina anti-pneumocócica
- Vacina anti-gripe
- Vacina da N. meningitidis grupos ACWY
- Vacina da Hepatite A
- Vacina do Rotavírus
- Vacina anti-varicela
Extra PNV - anti-pneumocócica
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Timing:
* _______
Recomendações: _______
* _______
* _______
Agente: Streptococcus pneumoniae, contra 20/23 serotipos
Tipo de vacina: polissacárida(23-valente); conjugada (20-valente)
Timing: ≥ 6 semanas, 3 doses (Pn20); 24M (Pn23)
Recomendações: vacinas recomendadasa grupos com risco de doença invasiva pneumocóccica
Imunocompetentes:
* doença cardíaca, respiratória ou hepática crónicas
* pré-transplante de órgão
* dador de medula óssea
* fístulas de LCR
* DM
* implantes cocleares
Imunocomprometidos:
* imunodeficiência primária
* asplenia ou disfunção esplénica
* Síndrome de Down
* doença neoplásica ativa
* imunossupressão iatrogénica
* infeção por VIH
* síndrome nefrótico
Extra PNV - Vacina anti-gripe
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Nota: _______
Administração: _______
Timing:
* _______
* _______
Recomendações:
* _______
* _______
Agente: Vírus Influenza tipo A (subtipos classificados de acordo com os antigénios de superfície [H1N1, H3N2]) e tipo B
Tipo de vacina: inativada tetravalente (A(H1N1), A(H3N2), B/Victoria e B/Yagamata)
Nota: A composição da vacina a ser comercializada em cada época baseia-se na identificação das estirpes circulantes no ano prévio
Administração: intramuscular
Timing:
* ≥ 6 meses - 1 dose anual no período sazonal (outono-inverno)
* ≤ 8 anos vacinadas pela 1ªvez - 2 doses, com intervalo de, pelo menos, 4 semanas
Recomendações
Gratuita:
* ≥ 6 meses e residentes/internados por períodos prolongados em lares/instituições prestadoras de cuidados de saúde e com determinadas condições/doenças crónicas (cardiopatia congénita hemodinamicamente significativa, displasia bronco-pulmonar moderada-grave, trissomia 21 ,…)
* grávidas
Independentemente da gratuitidade:
* coabitantes e prestadores de cuidados a crianças com < 6 meses e que tenham risco elevado de desenvolver complicações
Extra PNV - VACINA CONTRA N. MENINGITIDIS DOS GRUPOS ACWY
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Administração: _______
Timing:
* _______
* _______
Recomendações:
* _______
* _______
* _______
Agente: Neiserria meningitidis, grupos A, C, W e Y
Tipo de vacina: polissacáridos conjugados com toxóide tetânico ou proteína CRM197
Administração: intramuscular
Timing:
* A partir das 6 semanas (MenACWY-TT) - 1 a 2 doses primárias + 1 dose de reforço
* A partir dos 2 anos (MenACWY-CRM197) - 1 única dose
Recomendações
* Viajantes com estadias prolongadas ou residentes em países com doença hiperendémica ou epidémica e sempre que exigido pela autoridade local
* Crianças e adolescentes com fatores de risco para doença invasiva meningocóccica
* Vacinação pode ser feita a qualquer idade a partir das idades definidas, mas recomendado o mais precoce possível
Extra PNV - VACINA DA HEPATITE A
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Administração: _______
Timing:
* _______
* _______
Recomendações:
* _______
* _______
* _______
Agente: Vírus da Hepatite A (VHA)
Tipo de vacina: inativada
Administração: intramuscular
Timing:
* ≥ 12m - 2 doses com intervalo de 6 a 12 meses (preferível 12 meses)
Recomendações
* Pós-exposição: contactos de casos confirmados de hepatite A (devem ser vacinados até 2 semanas após a última exposição)
* Pré-exposição: em grupos de risco (Adolescentes com comportamentos sexuais de risco para transmissão de VHA, em particular no contexto de surtos; viajantes para países endémicos; pessoas que vivem com VIH)
* Incluída no PNV: candidatos a transplante hepático e crianças sob terapêutica com fatores de coagulação derivados do plasma
Extra PNV - Vacina do Rotavírus
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Administração: _______
Timing:
* _______
Contraindicações:
* _______
* _______
* _______
Recomendações:
* _______
* _______
Agente: Rotavirus, vírus RNA da família Reoviridae
Tipo de vacina: viva atenuada
Administração: oral; contra 1 ou 5 genótipos
Timing:
* a partir das 6s e terminar até aos 6M; 2 ou 3 doses (dependendo da vacina)
Contraindicações:
* Suspeita ou diagnóstico de imunodeficiência
* História de invaginação intestinal ou malformação congénita GI não corrigida que predispõe para maior risco de invaginação intestinal
* Adiar se doença febril grave, vómitos ou diarreia aguda
Recomendações:
* Recomendada a todas as crianças!
* No PNV para grupos de risco: doença cardiovascular grave, doença renal, doença hereditária do metabolismo, doença hepática, doença neurológica, …
Extra PNV - Vacina anti-varicela
Agente: _______
Tipo de vacina: _______
Administração: _______
Timing:
* _______
Não Recomendado:
* _______
* _______
* _______
* _______
* _______
Recomendado:
* _______
* _______
Nota: _______
Agente: Vírus Varicela zoster (DNA)
Tipo de vacina: viva atenuada (estirpe Oka)
Administração: subcutânea
Timing: ≥ 12m - 2 doses
* Varivax® - 2m a 12 anos com intervalos ≥ 4 semanas; ≥13 anos com intervalos de 4-8 semanas
* Varilrix®- pelo menos, 6 semanas após a 1ªdose
Não recomendado:
* geralmente não recomendado por rotina em crianças saudáveis fora de um PNV
* imunodeprimidos (ex. criança com infecção VIH com contagem de CD4 < 15%)
* grávidas
* < 1 ano
* indivíduos submetidos a terapêutica com salicilatos
Recomendado:
* adolescentes sem história prévia de varicela
* crianças que contactam habitualmente com imunodeprimidos
Nota: Se história negativa/incerta de infeção prévia, poderão ser determinados os IgG, previamente à vacinação
Caracteriza os pontos importantes a ter em conta na Vacinação de um Recém-Nascido Pré-Termo
RN pré-termo
1. → ACs maternos presentes em menores níveis e durante menos tempo do que os RNT
2. → ↑ morbilidade e/ou gravidade das doenças evitáveis por vacinação
3. → a vacinação no RN pré termo, clinicamente estável, não deve ser adiada
O esquema recomendado no PNV deve ser feito nas mesmas doses e mesma idade cronológica que os RNT, independentemente do peso ao nascer
→ Exceções: BCG e VHB
Como devemos decidir o local de vacinação de um bebé de 2 meses?
Administração das vacinas recomendadas para os 2 meses de idade:
* Lactentes com Idade Gestacional < 28 semanas → hospital
* IG ≥ 28 e < 37 semanas → Cuidados de Saúde Primários
(exceto se houver necessidade de internamento)
Quais são as vacinas que não devem ser administradas ‘as usual’ num Recém-Nascido Pré-Termo? Porquê?
BCG
* Vacinar quando atingir 2000g, se pertence a grupo de risco
* Se ≥12 m, indicação para prova tuberculínica ou IGRA antes da vacinação
Contraindicações:
* RN de mãe VIH+
* suspeita ou confirmação de imunodeficiência
* tuberculose ativa
* doença cutânea generalizada
Vacina VHB
1-Se Mãe AgHBs negativo
* Vacinar quando atingir 2000g ou 1 mês de idade
* Doses seguintes aos 2 e 6 meses, conforme PNV (intervalo min. de 4 sem. entre a 1ª e 2ª dose) → total 3 doses
2-Se Mãe AgHBs positivo + RN com peso ao nascer < 2000g
* Administrar nas primeiras 12h de vida 1 dose vacina VHB e imunoglobulina específica anti-hepatite B
* Doses seguintes aos 1, 2 e 6 meses de idade → 4 no total
3-Se Mãe AgHBs positivo + RN com peso ao nascer >2000g
* Administrar nas primeiras 12h de vida 1 dose vacina VHB e imunoglobulina específica anti-hepatite B
* Doses seguintes aos 1 e 6 meses de idade → 3 no total
4-Se Mãe AgHBs desconhecido
* investigar imediatamente serologia materna!
* → Negativo “1-“ // Positivo “2-“ ou “3-“
* Se não for possível obter resultados até às 12h de vida, proceder como se mãe AgHBs positivos → “2-“ ou “3-“
Caracteriza os pontos a saber na administração da vacina do VHB no Recém-Nascido Pré-Termo
Vacina VHB
1-Se Mãe AgHBs negativo
* Vacinar quando atingir 2000g ou 1 mês de idade
* Doses seguintes aos 2 e 6 meses, conforme PNV (intervalo min. de 4 sem. entre a 1ª e 2ª dose) → total 3 doses
2-Se Mãe AgHBs positivo + RN com peso ao nascer < 2000g
* Administrar nas primeiras 12h de vida 1 dose vacina VHB e imunoglobulina específica anti-hepatite B
* Doses seguintes aos 1, 2 e 6 meses de idade → 4 no total
3-Se Mãe AgHBs positivo + RN com peso ao nascer >2000g
* Administrar nas primeiras 12h de vida 1 dose vacina VHB e imunoglobulina específica anti-hepatite B
* Doses seguintes aos 1 e 6 meses de idade → 3 no total
4-Se Mãe AgHBs desconhecido
* investigar imediatamente serologia materna!
* → Negativo “1-“ // Positivo “2-“ ou “3-“
* Se não for possível obter resultados até às 12h de vida, proceder como se mãe AgHBs positivos → “2-“ ou “3-“
Caracteriza o VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR)
É uma causa muito comum de infeção em idade pediátrica, originando epidemias anuais sazonais essencialmente no outono-inverno, geralmente entre outubro e março, sobrecarregando significativamente os serviços de saúde
Assim, recomenda-se a imunização com um anticorpo monoclonal de ação longa - nirsevimab (Beyfortus®) → imunização passiva específica para o VSR
* para prevenção de doença das vias aéreas inferiores causada por este vírus em recém-nascidos e lactentes, durante a sua primeira época de VSR
* incluída na campanha de vacinação sazonal
Caracteriza a Vacinação para o VSR, de acordo com a sua população-alvo
Caracteriza a Vacinação para o VSR, de acordo com a sua Posologia e Via de administração
Vacina do VSR - a ter em conta
Administração concomitante com outras vacinas:
* _________
Local de administração:
* < 12M → _________
* > 12M → _________
Duração de proteção → _________
Vigilância pós-imunização:
* _________
* _________
Como prevenir e infeção por VSR?
→ Medidas gerais de _________:
* _________
* _________
* _________
Medidas de imunização:
* _________
* _________
→ _________
→ _________
Administração concomitante com outras vacinas:
* Quando administrado concomitantemente com outras vacinas injetáveis, deve ser com seringas separadas e em locais de injeção diferentes
* distância ≥ 2,5 cm, se no mesmo membro
Local de administração:
* < 12M → inoculação deve ocorrer na coxa
* > 12M → inoculação deve ocorrer na parte superior do braço ou na coxa, caso não exista desenvolvimento muscular suficiente
Duração de proteção → pelo menos, 5M
Vigilância pós-imunização:
* Pelo menos 30 minutos
* O cuidador deve estar informado e atento a possíveis reações adversas (0,7% erupção cutânea; 0,5% febre);
Como prevenir e infeção por VSR?
→ Medidas gerais de higiene:
* lavagem frequente das mãos
* medidas de etiqueta respiratória
* evitar exposição da criança ao tabaco
Medidas de imunização:
* administração do anticorpo monoclonal Nirsevimab ao recém-nascido ou lactente
* ou vacinação contra o VSR à grávida
→ Caso a criança nasça menos de 14 dias após a vacinação materna, recomenda-se a administração do anticorpo monoclonal
→ Em circunstâncias em que exista um benefício adicional, é recomendada a administração do anticorpo
Caracteriza o CMV:
* Aspetos gerais
* Epidemiologia
O CMV é um vírus da família herpes que se transmite pelo contacto íntimo com fluidos corporais
No RN pode causar doença sistémica grave e sequelas permanentes
A transmissão vertical pode ocorrer por:
* via transplacentar → infeção congénita
* intraparto
* Ou pós-natal → através do leite materno
Agente mais comum de infeções congénitas (0,5-2%) e principal causa infeciosa de atraso de desenvolvimento motor e surdez neurossensorial na criança
Dos RN infetados:
* 10 a 15% são sintomáticos → dos quais 50% terão um quadro de infeção sistémica grave
Caracteriza o CMV:
* Clínica
Principal causa infeciosa de atraso de desenvolvimento motor e surdez neurossensorial na criança
Dos RN infetados:
* 10 a 15% são sintomáticos → dos quais 50% terão um quadro de infeção sistémica grave
No RN pode haver:
1. alterações do SNC
2. surdez neurossensorial (pode manifestar-se até aos 5 anos de idade)
3. prematuridade
4. restrição do crescimento fetal
5. hepatoesplenomegalia
6. icterícia
7. exantema petequial ou purpúrico
8. sepsis
9. colite
10. alterações oftalmológicas (coriorretinite, atrofia ótica)
Caracteriza o Diagnóstico Pré-Natal do CMV
O rastreio serológico universal e sistemático durante a gravidez não está recomendado actualmente em Portugal
A DGS recomenda serologia para CMV no período pré-concecional
SEROLOGIA MATERNA - Imagem
DIAGNÓSTICO DE INFEÇÃO FETAL
PCR do CMV no LA
Ecografia/RM cerebral
Caracteriza o Diagnóstico Pós-Natal do CMV
DIAGNÓSTICO DE INFEÇÃO NO PERÍODO NEONATAL:
1ª linha:
Deteção do vírus por PCR na urina durante os primeiros 14-21 dias de vida
* elevada sensibilidade
* um resultado (-) exclui infeção congénita a CMV
* após os 21 dias de vida → um resultado (+) pode dever-se a uma infeção pós-natal
2ª linha:
Deteção do vírus por PCR na saliva - antes da alimentação
* pode ser (+) por contaminação de vírus presente no leite materno
* necessidade de confirmação na urina
DIAGNÓSTICO DE INFEÇÃO CONGÉNITA APÓS O PERÍODO NEONATAL → diagnóstico retrospetivo:
Identificação do vírus por PCR no cartão de rastreio metabólico neonatal → cartão de Guthrie
* resultado (-) → não permite excluir infeção congénita
* resultado (+) → confirma infeção congénita
Tratamento e Seguimento da Infeção por CMV
Valganciclovir ou Ganciclovir
* casos selecionados → doença grave, atingimento do SNC e/ou défice auditivo
Seguimento multidisciplinar
* Pediatria
* Neurodesenvolvimento
* Audiologia
* Oftalmologia
Quais são os fatores de risco para sepsis e meningite no período neonatal
7
- prematuridade e baixo peso ao nascer
- colonização materna→streptococcus do grupo B
- febre materna periparto
- rotura de membranas(prematura, pré-termo e/ou prolongada (>18 horas)
- corioamnionite
- mãe com bacteriemia
- mãe com infeção urinária periparto
Quais são os agentes mais frequentes na Transmissão perinatal da meningite no período neonatal?
Agentes etiológicos mais frequentes
- cerca de 70% dos casos:
Streptococcus do grupo B e E. coli; - outras bactérias de Gramnegativo (Klebsiella, Enterobacter e Serratia)
- Staphylococcus coagulase negativo
- Listeria monocytogenes
- outros Streptococcus
- anaeróbios
Quais são os agentes mais frequentes na Transmissão pós-natal da meningite no período neonatal?
Agentes etiológicos mais frequentes:
Meio hospitalar
* Staphylococcus coagulase-negativo
* S. aureus
* Enterococcus
* Outras bactérias de Gramnegativo
* Fungos
Comunidade
* Neisseria meningitidis
* Streptococcus pneumoniae
* Streptococcus do grupo A
* vírus (enterovírus, parechovirus, herpes)
Quais são as Manifestações clínicas e diagnóstico da Meningite no período neonatal?
Sinais inespecíficos!
* Prostração, choro pouco vigoroso,
* hiper ou hipotermia, palidez, má perfusão periférica,
* taquicardia ou bradicardia, taquipneia/bradipneia/apneia,
* gemido, intolerância/recusa alimentar, irritabilidade,
* convulsões, abaulamento da fontanela anterior, hipotonia,
* diminuição do débito urinário
Avaliação laboratorial
* hemograma, PCR e procalcitonina
* hemocultura
* exame citoquímico e bacteriológico do LCR
* painel PCR de agentes de meningite/meningoencefalite no LCR)
* Exames de imagem (ecografia cerebral, RM cranio-encefálica)
Caracteriza a Terapêutica da Meningite no período neonatal
Infeção precoce → Ampicilina + Gentamicina
* Adicionar Cefotaxima → se suspeita de Gram negativo resistente à ampicilina
* Adicionar Vancomicina → se história recente de instrumentação (ex: amniocentese)
Infeção tardia:
Ambulatório → Ampicilina + Cefotaxima
Internamento → Vancomicina + Cefotaxima + Aminoglicosídeo
* Ceftazidima se suspeita de Pseudomonas
Infeção fúngica → Anfotericina B ou Fluconazol
Caracteriza a Monitorização da Meningite no período neonatal
- medição diária do perímetro cefálico
- avaliação de tensão da fontanela anterior
- exame neurológico
Presença de sinais focais ou de hipertensão intracraniana
Parâmetros inflamatórios e de repercussão sistémica
Caracteriza as complicações da Meningite no período neonatal
Agudas
* Edema cerebral
* ↑ Pressão intracraniana
* SIHAD -
* Ventriculite
* Disfunção dos pares cranianos
* Hidrocefalia
* Abcesso cerebral
* Enfarte isquémico
* Empiema
Crónicas
* Hidrocefalia
* Leucomalácia multiquística
* Porencefalia
* Atrofia cerebral
* Atraso desenvolvimento
* Epilepsia
* Paralisia cerebral
* Surdez
* Défice visual e/ou auditivo
Caracteriza a Policitemia e Hiperviscosidade:
* Definição e aspetos gerais
* Etiologia
* Manifestações
Policitemia no recém-nascido (RN):
* verificação de hematócrito ou concentração de hemoglobina (Hb) → superior a 2 desvio-padrão para a idade gestacional e idade pós-natal
No RN de termo considera-se policitemia:
* hematócrito venoso >65% ou Hb >22 g/dL
A policitemia acompanha-se frequentemente de hiperviscosidade sanguínea:
* verifica-se uma correlação linear entre tais parâmetros para valores entre 42 e 65%, e exponencial para valores superiores a 65%. Contudo, os dois termos não são sinónimos
Hiperviscosidade^ é definida como:
* viscosidade sanguínea superior a12 cP (centipoise), medida a uma velocidade de corte de 11,5/seg
Etiologia:
Primária:
* ↑ nº eritrócitos → devido ao ↑ eritropoietina fetal
Secundária:
* transfusão eritrocitária (in utero)
* ou ↓ volémia
Manifestações Clínicas:
1. Assintomática
2. Manifestações agudas e/ou tardias:
* SNC (Letargia, irritabilidade, tremores, etc.)
* Renais (↓TFG, ↓ débito urinário, proteinúria etc.)
* Gastrintestinais (Intolerância alimentar, etc.)
* Cardiorrespiratórias (Taquipneia, taquicardia, cardiomegalia, derrame pleural, apneia, etc.)
* Metabólicas (Hipoglicemia, hipocalcemia, etc.)
* Hematológicas (Trombocitopenia e ↓ fatores antagonistas da coagulação)
^Na prática clínica utiliza-se o valor do hematócrito como representativo da viscosidade sanguínea, uma vez que o aparelho para determinar a viscosidade sanguínea (viscosímetro) não existe na maioria das unidades de recém-nascidos
Caracteriza a Policitemia e Hiperviscosidade:
* Diagnóstico
Icterícia Neonatal - Definição
Coloração amarela das escleróticas e pele por acumulação de bilirrubina nos tecidos, visível com bilirrubina > 5mg/dL.
Muito comum:
25-50% em RN de termo
80% em RN pré-termo
Icterícia Neonatal - Causas
Hiperbilirrubinemia indireta / não conjugada:
→ Icterícia fisiológica → mais frequente
* Pico aos 3-4 dias; resolve-se em 1-2 semanas de vida
* Causada por:
Imaturidade enzimática do RN
Aumento da circulação entero-hepática
→ Icterícia do aleitamento materno (fisiológica)
* Pico mais tardio; mantém-se por 2-3 meses
→ Policitemia do RN
→ Hematoma (partos traumáticos)
→ Hemorragias (e.g. HIPV, hemorragia pulmonar)
→ Doença hemolítica
→ Isoimunização - ABO, Rh, outros grupos (Kell)
→ Doença de Gilbert
→ Síndrome de Criggler-Najjar
→ Doença de Lucey-Driscoll
Hiperbilirrubinemia direta/conjugada
* Nutrição parentérica durante >2 semanas
* Atrésia das vias biliares
* Compressão extrínseca por quisto do colédoco
* Manifestação de sépsis (Listeria, E. coli…)
* Infeção urinária
* Infeções TORCH, hepatite B/C, enterovírus
* Défice de ⍺1-antitripsina
* Síndrome da bílis espessa
* Litíase biliar
* Galactosemia; Intolerância hereditária à frutose; Tirosinemia; S. Zellweger
* Hepatite neonatal idiopática
* Hipotiroidismo
Icterícia Neonatal – Exame Objetivo
Na Icterícia Neonatal quais são os Sinais de alarme?
- muito precoce (< 24h)
- muito prolongada (>3-4s)
- direta/conjugada
Como devemos orientar a terapêutica da iceterícia neonatal?
Consulta de ferramentas online que efetuam o cálculo (Bilitool.org), tendo em conta:
* quanto menor a idade gestacional, o risco de hiperbilirrubinémia é maior, contudo o limiar da fototerapia é mais baixo → devido aos fatores de neurotoxicidade
Algoritmo:
1. Medição de TcB ou TSB em RN ≥ 12 horas de vida
* determinar o limiar de fototerapia específico com base na IG e na presença de fator de risco de neurotoxicidade
-
medir TSB
→se TcB exceder 3,0 mg/dL abaixo do limiar para fototerapia
→se TcB ≥15 mg/dL
Se TSB ≥ limiar de fototerapia → INICIAR FOTOTERAPIA!
Se TSB < limiar de fototerapia → tabela
TcB – Bilirrubina Transcutânea e TSB – Bilirrubina Sérica Total
Fatores de Risco de Neurotoxicidade:
* IG < 38 semanas
* Albumina < 3,0 g/dL
* Deficiência de G6DP
* Doença Hemolítica do RN ou outras condições hemolíticas
* Sepsis
* Instabilidade clínica significativa nas últimas 24h
RN < 24h → avaliação de possíveis doenças hemolíticas antes de iniciar fototerapia
Tremor fisiológico:
* Definição
* Fisiopatologia
* Classificação
* Características ao EO
Definição:
* Fenómeno motor não epiléptico, caracterizado por movimentos involuntários, rítmicos, oscilatórios e de igual amplitude em torno de um eixo fixo, envolvendo as extremidades e o mento
Fisiopatologia → não é totalmente conhecida, propondo-se as seguintes hipóteses:
1. imaturidade dos interneurónios inibitórios espinhais → causando reflexos de estiramento muscular exagerados
o tremor resolve-se com o progressivo desenvolvimento do sistema nervoso central
2. Níveis ↑↑de catecolaminas na circulação, nos primeiros dias de vida.
Classificação:
Geralmente, é um tremor fino
* tem alta frequência (>6 ciclos/segundo)
* baixa amplitude (< 3cm)
Características ao exame objetivo:
* muito frequente nos recém-nascidos saudáveis, desaparecendo, normalmente, ao 3ºdia de vida
* pode ser espontâneo, mas, na maioria das vezes, ocorre após estimulação externa (manipulação, stress)
* tremor cessa com a contenção e flexão passiva do membro ou durante a sucção (teste de estimulação da sucção positivo)
* ausência de alterações do sistema nervoso autónomo (nomeadamente fenómenos oculares, obstrução nasal, taquicárdia, sodurese), importante para diagnóstico diferencial com convulsões
Tremor patológico:
* Classificação
* Etiologia
* Características ao exame objetivo
Classificação:
* Tremor grosseiro
baixa frequência (< 6 cps)
alta amplitude (> 3 cm)
Etiologia:
1. Hipoglicémia
2. Alterações eletrolíticas (hipocalcemia, hipomagnesémia, hiponatremia e hipernatremia)
3. Policitémia
4. Défice de vitamina D
5. Sépsis/meningite/infeção TORCH
6. Hipotermia
7. Hipertiroidismo
8. Síndrome de abstinência
9. Encefalopatia hipóxico-isquémica
10. Hemorragia intra-craniana
Características ao exame objetivo:
* Presente para além do 3º dia de vida
* Tremor não cessa com a contenção e flexão passiva do membro ou durante a sucção (teste de estimulação da sucção negativo)
* Acompanhado de outros sinais clínicos, indicativos de patologia subajacente (ex: hipotonia, irritabilidade, cianose, taquipneia, alteração do tónus muscular, febre, entre outros).
Craniotabes → Definição
amolecimento do crânio por diminuição da espessura dos ossos
Craniotabes → Etiologia e Fatores de risco
Etiologia: raquitismo (placas de crescimento ainda não se fundiram) é a principal causa associada às crianças.
Pode, ainda assim, ser apenas um achado incidental ao exame objetivo do recém-nascido, sendo um fenómeno fisiológico nestes casos
Fatores de Risco:
1. Sífilis
1. Hiperparatiroidismo
1. Hidrocefalia
1. Défice de vit. D na gravidez
1. Osteogénese imperfeita
1. Hipofosfatasia
Craniotabes → EO e Terapêutica
Exame objetivo:
* À palpação da cabeça, quando é exercida pressão sobre a mesma, a consistência é descrita como “bola de ping-pong” → criando uma deformidade que desaparece quando a pressão é aliviada
Tratamento:
* Não é necessário terapêutica, apresentando resolução espontânea por volta dos 2/3 meses de idade!
Raquitismo:
Condição _______ caracterizada por _______ _______ e _______ _______
Causas:
1. _______
2. _______
3. _______
4. _______
Deformidades ósseas:
* Encurvamento ______** (mais comum nos **______ _______)
* Distensão das _______ _______
* Craniotabes
* Deformidades no _______ (ex: _______)
Consequências:
* ↑ do risco de _______
* alterações no _______
* atraso no _______ _______
Incidência:
* Entre ____ a ____% RN _______
* Mais frequente em RN _______
* Maior durante o período _______, diminuindo em novembro, (relação com o período de exposição solar e níveis de vitamina D)
Raquitismo:
Condição pediátrica caracterizada por deficiente mineralização e disrupção da microarquitetura na placa de crescimento
Causas:
1. Défice de vitamina D
2. Acidose tubular proximal
3. Hipofosfatemia
4. Baixa ingestão oral de cálcio
Deformidades ósseas:
* Encurvamento dos osso (mais comum nos ossos longos)
* Distensão das junções cartilagem-osso (ex: “rosary rachitic”)
* Craniotabes
* Deformidades no joelho (ex: “genu varum”)
Consequências:
* ↑ do risco de fratura
* alterações no crescimento
* atraso no encerramento das fontanelas
Incidência:
* Entre 20-30% RN saudáveis
* Mais frequente em RN pré-termo
* Maior durante o período abril- maio, diminuindo em novembro, (relação com o período de exposição solar e níveis de vitamina D)
Cita as vantagens do Aleitamento materno
6+7
Mãe
1. Económico e conveniente
1. Não necessita de preparação
1. Diminui risco de osteoporose e DM2
1. Diminuição do risco de cancro da mama, útero e ovários
1. Recuperação mais rápida do peso
1. Involução uterina mais rápida
Recém nascido
1. Previne infeções e alergias
1. Alimento equilibrado em nutrientes
1. Confere imunidade passiva
1. Contém endorfinas (minimiza a dor)
1. Fácil digestão e absorção
1. Promove vínculo afetivo
1. Bebés mais calmos
Contraindicações do Aleitamento Materno
4 + 5
Definitivas:
1. Infeção materna por vírus VIH, HTLV I or II ou Ébola
1. Consumo materno de drogas ilícitas
1. Medicação imprescindível que seja contraindicada na amamentação
1. Erros inatos no metabolismo: galactosemia e fenilcetonúria
Temporárias:
Permitida extração de leite materno ao RN
* Tuberculose não tratada/ativa
* Infeções com lesões cutâneas ativas:escabiose, varicela (contraída nos 5 dias antes ou 2 dias depois do parto).
Não permitida extração de leite materno
* Mãe tem brucelose não tratada
* Medicamentos feitos pela mãe (LactMed database);
* Infeção por HSV (Herpes simplex) com lesões mamárias
Caracteriza o Rastreio de Cardiopatias Congénitas
Teste realizado com recurso a um oxímetro de pulso, que vai medir a saturação sanguínea de O2
Esta medição vai permitir detetar valores mais baixos, mesmo sem haver manifestações clínicas de hipoxemia; situação muitas vezes associada a casos de cardiopatia congénita, que comprovadamente beneficia de intervenção precoce na evicção de complicações e mortalidade
Deve ser realizado:
* Em todos os recém-nascidos
* Idealmente após as primeiras 24h de vida
neste período ocorre frequentemente hipoxemia fisiológica por transição para o ambiente extrauterino
* antes da alta
Procedimento:
1. Coloca-se um sensor na mão direita do RN e outro num dos pés, que vão traduzir valores de saturação pré e pós-ductal, respetivamente
2. Faz-se a medição simultânea ou sequencial das saturações em cada local e calcula-se o diferencial entre as duas.
Quais são os alvos primário de rastreio por oximetria de pulso?
7
- Atrésia da artéria pulmonar
- Atrésia da válvula tricúspide
- Retorno venoso pulmonar anómalo total
- Síndrome do coração esquerdo hipoplásico
- Tetralogia de Fallot
- Transposição das grandes artérias
- Truncus arteriosus
Caracteriza o algoritmo do rastreio das Cardiopatias Congénitas
Caracteriza o Rastreio do Reflexo Vermelho do Olho
Reflexo do fundo ocular que permite verificar a integridade dos meios transparentes do olho
* película lacrimal
* córnea
* humor aquoso
* cristalino
* humor vítreo
Deve ser realizado:
* Após nascimento e antes da alta - idealmente, nas primeiras 72h
* No primeiro contacto de cuidados de saúde pós-natal, em ambulatório, caso o bebé tenha nascido em casa
Procedimento:
1. o exame necessita de um oftalmoscópio e deve ser realizado numa sala escura
2. o oftalmoscópio deve ser posicionado a 50 cm do olho aberto do bebé
3. deve iluminar-se cada olho com a luz e procurar um reflexo vermelho normal na parte central do olho (pupila)
4. Se o reflexo for fraco, a luz deve ser movida de um lado para o outro.
Resultados do teste:
Normal:
* Reflexo vermelho/laranja homogéneo em ambos os olhos
* Simetria na cor, intensidade e brilho
* Ausência de opacidades ou manchas brancas
Alterado:
Ausência de reflexo vermelho ou presença de reflexo branco (leucocória), assimetria ou cor anormal, que pode indicar:
* Opacidades do humor vitreo ou cataratas congénitas
* Retinoblastoma, retinopatia de prematuridade/infância, coriorretinite ou descolamento da retina
* Glaucoma
* Erros refrativos significativos
Caracteriza a Perda Ponderal no RN
A que situações devemos relacionar a Perda Ponderal no RN?
Doença Displásica da Anca (DDA) → Definição
Situação onde o encaixe da cabeça do fémur com o acetábulo do osso pélvico está comprometida, parcial ou completamente
Pode afetar uma ou ambas as ancas do bebé, sendo mais comum no lado esquerdo
Afeta cerca de 2 crianças em cada 1000 nascimentos
Habitualmente é suspeitada pela presença de alguns sinais clínicos (Barlow, Ortolani, etc) e confirmada por exames
complementares, nomeadamente a ecografia da anca entre as 6 semanas e os 6 meses.
Doença Displásica da Anca (DDA) → Fatores de risco
10
- História familiar
- Posição pélvica in utero
- Sexo feminino
- Peso ao nascimento superior a 4kg
- Primeira gravidez
- Gravidez gemelar
- Laxidão ligamentar (as hormonas maternas durante o parto afetam também o bebé)
- Posicionamento post natal (extensão dos membros e uso de ligaduras contrariando a posição normal do RN em flexão - muito associado a práticas culturais)
- Doenças congénitas (paralisia cerebral, espinha bífida)
- Deformações dos pés (talipes equinovarus)
Doença Displásica da Anca (DDA) → Tratamento
Arnês de Pavlik
* correias que seguram as ancas do bebé numa posição estável, durante 6 a 12 semanas
Cirurgia
* decisão individualizada
Doença Displásica da Anca (DDA) → Complicações
4
(caso não tratada)
- Claudicação da marcha
- Dor na anca
- Osteoartrite
- Assimetria dos membros inferiores
Quais são os Sinais Clínicos da DDA no RN?
- Sinal de Barlow
- Sinal de Ortolani
- Diferença na Amplitude e Assimetria do Movimento
- Sinal de Galeazzi
- Sinal de Telescopagem (Pistoning)
- Assimetria das pregas
Caracteriza o Sinal de Barlow
- segurar os joelhos do bebé
- forçar a adução e a deslocação posterior da coxa, para tentar provocar a saída da cabeça do fémur do acetábulo
No caso de se sentir um ressalto, estamos perante uma anca instável e luxável
Barlow e Ortolani
* Pesquisados delicadamente em separado e para cada um dos membros isoladamente, e nunca em DDA em tratamento
* Estes sinais desaparecem habitualmente a partir da 2ª ou 3ª semana de vida
Caracteriza o Sinal de Ortolani
Inverso do de Barlow - objetivo de reduzir a anca luxada
1. segurar os joelhos do bebé
2. forçar a aBdução e a elevação da articulação coxo-femoral, permite levantar o grande trocânter e palpar a entrada da cabeça do fémur dentro do acetábulo
No caso de se sentir um ressalto, estamos perante uma luxação da anca, em princípio redutível
Barlow e Ortolani
* Pesquisados delicadamente em separado e para cada um dos membros isoladamente, e nunca em DDA em tratamento
* Estes sinais desaparecem habitualmente a partir da 2ª ou 3ª semana de vida
Caracteriza a Diferença na Amplitude e Assimetria do Movimento na DDA
Testes de movimento passivo podem mostrar que:
* um quadril tem uma amplitude de movimento diferente em comparação ao outro
* especialmente na flexão e abdução
A limitação de abdução é um dos sinais mais confiáveis nos RN
Essa limitação é mais perceptível a partir dos 3 meses
Caracteriza o Sinal de Galeazzi
- colocar a anca do bebé em flexão
- pés assentes numa superfície
- avaliar a assimetria dos membros inferiores
Caracteriza o Sinal de Telescopagem (Pistoning)
- bebé em decúbito dorsal
- colocar uma mão na bacia
- com a outra devem-se fazer movimentos repetitivos de compressão e descompressão (movimento de vaivém)
Considera-se normal quando a anca está reduzida e o impulso transmitido se sente na mão
* caso o impulso seja transmitido noutra direção e não se sinta na mão, considera-se que a anca está luxada
Caracteriza a Assimetria das pregas no RN
as pregas cutâneas glúteas, femorais ou inguinais podem ser assimétricas, especialmente em RN com displasia unilateral
Quais são as lesões extracranianas que podem ocorrer no parto?
- Cefalohematoma
- Caput succedaneum
- Hemorragia subgaleal
Caracteriza o Cefalohematoma
Acumulação de sangue subperiósteo por rutura de vasos durante o parto
* mais comum na região parietal
* respeita as suturas → margens distintas.
* inicialmente firme, mais flutuante após 48h.
* surge após o parto, aumenta nas 1ªs 12-24h.
Raramente grave
Caracteriza o Caput succedaneum
Compressão exercida durante o parto → edema difuso dos tecidos moles do couro cabeludo
* estende-se pela linha média
* atravessa as linhas de sutura
* presente ao nascimento
* não aumenta de tamanho
* resolução em < 48h
Complicações são raras
Caracteriza a Hemorragia subgaleal
Tumefação flutuante com crescimento insidioso no courocabeludo, especialmente na zona occipital, com hematomas superficiais, devido:
* Trauma (uso de fórceps ou ventosa)
* alterações nacoagulação ou hemostase primária
* malformações vasculares ou tumorais
Características:
* atravessa as linhas desutura
* surge nas 1ªs horas pós-parto (12-72h)
* pode causar choque hemorrágico
* mortalidade entre 5-14%
Fratura de clavícula no parto
* Fratura óssea ______** associada ao parto
* Normalmente é **______
Fatores de risco:
1. _______
2. _______
3. _______
Clínica:
* diminuição/ausência do ______** do membro afetado
* sinais **______ (nomeadamente edema e rubor)
* deformação ______ da ______**
* **______ e ______** à palpação
* **______**
* **______ / ______** do reflexo de **______
Por vezes assintomática, sendo o diagnóstico feito devido:
* à _______ do ______** após **___ a ____ dias
Pode estar associada à lesão do _______
Diagnóstico:
* para além da clínica, esta poderá ser confirmada por _______
Tratamento e Prognóstico:
A fratura de clavícula tem um ______** prognóstico, não necessitando de um tratamento específico
Para diminuir a dor e o desconforto no bebé, podem ser adoptados alguns cuidados, nomeadamente:
* **______ o _______ _______
* Vestir o bebé pelo lado afetado em _______ lugar e despir o lado afetado em _______ lugar
* Evitar mover o braço do bebé acima do nível _______
* Evitar _______ lado afetado
* Evitar _______ lado afetado
* Se a dor for _______, poderá recorrer-se ao uso de _______
Fratura de clavícula no parto
* Fratura óssea mais comum associada ao parto
* Normalmente é unilateral
Fatores de risco:
1. macrossomia fetal
2. distocia de ombros
3. uso de instrumentos durante o parto (fórceps, ventosa)
Clínica:
* diminuição/ausência do movimento do membro afetado
* sinais inflamatórios (nomeadamente edema e rubor)
* deformação grosseira da clavícula
* dor e crepitação à palpação
* petéquias
* assimetria/ausência do reflexo de Moro
Por vezes assintomática, sendo o diagnóstico feito devido:
* à formação do calo ósseo após 7 a 10 dias
Pode estar associada à lesão do plexo braquial
Diagnóstico:
* para além da clínica, esta poderá ser confirmada por radiografia
Tratamento e Prognóstico:
A fratura de clavícula tem um bom prognóstico, não necessitando de um tratamento específico
Para diminuir a dor e o desconforto no bebé, podem ser adoptados alguns cuidados, nomeadamente:
* Imobilizar o lado afetado (por exemplo envolver o bebé de forma a ter o cotovelo dobrado sobre o tórax)
* Vestir o bebé pelo lado afetado em primeiro lugar e despir o lado afetado em último lugar
* Evitar mover o braço do bebé acima do nível dos ombros
* Evitar pegar no bebé pelo lado afetado
* Evitar deitar o bebé no lado afetado
* Se a dor for persistente, poderá recorrer-se ao uso de analgésico
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Eritema tóxico
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Melanose pustular neonatal transitória
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Hiperplasia das glândulas sebáceas
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Milia
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Miliária Cristalina
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Miliária Rubra
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Miliária Profunda
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Acropustulose da infância
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Dermatite seborreica
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Acne Neonatal
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Sucking Blisters
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Necrose gorda do tecido subcutâneo
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Mancha de salmão
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Mancha mongólica
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Sinal do Arlequim
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Hemangioma infantil
Lesões benignas da pele do Recém-Nascido
Petéquias benignas
Eritema tóxico
Definição:
* lesão ______** da pele, caracterizada pela presença de **______ ______**, com **___ a ___cm** de diâmetro, **______ no RN
Epidemiologia:
* ocorre em ______** dos casos, sem relação com o sexo ou etnia
* raro em **______ e _______ com _______
Etiologia:
* _______
Clínica:
* ______ ou ______**
* rodeadas de **áreas _______ _______** de contornos **______** (semelhantes a picadas de inseto)
* surgem normalmente entre as **___ e ____ horas de vida, podendo ter também um surgimento _______, entre o ____ - ____ dias de vida
Evolução das lesões:
* início na ______**, **expandindo-se depois para o ______** e **______**
* poupando as **______ e as _______
Diagnóstico:
* características ______ das lesões**
* **______ ______ do RN**
* em **___% dos casos, também se verifica _______ _______
Prognóstico:
* _______ ______** em aproximadamente **______
Eritema tóxico
Definição:
* lesão benigna da pele, caracterizada pela presença de manchas avermelhadas, com 1-2cm de diâmetro, dispersas pelo corpo do RN
Epidemiologia:
* ocorre em ½ dos casos, sem relação com o sexo ou etnia
* raro em prematuros e neonatos com peso < 2500g
Etiologia:
* reação enxerto-versus-hospedeiro contra linfócitos maternos
Clínica:
* pápulas ou papulopústulas
* rodeadas de áreas inflamatórias eritemato-edematosas de contornos irregulares (semelhantes a picadas de inseto)
* surgem normalmente entre as 24 e 48 horas de vida, podendo ter também um surgimento tardio, entre o 7º-10º dias de vida
Evolução das lesões:
* início na face, expandindo-se depois para o tronco e extremidades
* poupando as palmas das mãos e as plantas dos pés
Diagnóstico:
* características clínicas das lesões
* bom estado geral do RN
* em 15% dos casos, também se verifica eosinofilia periférica
Prognóstico:
* resolução espontânea em aproximadamente 7 dias
Acrocianose neonatal
Definição:
* _______ _______ no recém-nascido
Prevalência:
* ______** → **______ em recém nascidos, quando se encontra _______ às ______** = **______ de _______
Causa:
* ______ ______** predominantemente para regiões **______** (coração, pulmão, cérebro) nas **______ horas de vida do recém nascido
* _______ da _______ corporal
Localização:
* às ______**, sobretudo **______ das ______** e **______ dos _______
Diagnóstico:
* ______**
* **______ de _______
Prognóstico e tratamento:
* _______ ______** ou com **______ do recém-nascido
Acrocianose neonatal
Definição:
* cianose periférica no recém-nascido
Prevalência:
* comum → fisiológica em recém nascidos, quando se encontra restrita às extremidades = ausência de cianose central
Causa:
* circulação sanguínea predominantemente para regiões centrais (coração, pulmão, cérebro) nas primeiras horas de vida do recém nascido
* diminuição da temperatura corporal
Localização:
* às extremidades, sobretudo face palmar das mãos e face plantar dos pés
Diagnóstico:
* clínico
* exclusão de cianose central
Prognóstico e tratamento:
* resolução espontânea ou com aquecimento do recém-nascido
Mancha mongólica
Definição:
* lesão ______** da pele → **______ _______
Prevalência:
* muito ______** em bebés com ascendência **______, ______** e **______
* pode também estar presente em bebés _______
Causa:
* ______** na migração de alguns **______ da ______ para a ______** até às **__** semanas, acumulando-se anormalmente na **______
Coloração:
* ______**
* **______
* menos frequentemente → _______ ou _______
Localização:
* ______**
* **______
* ______**
* ou **______
Diâmetro:
* tipicamente ______**
* pode ser **______
Diagnóstico:
* ______**
* importante identificação por fazer diagnóstico diferencial com **______
Prognóstico e tratamento:
* geralmente desaparece no ______** de vida
* podendo desaparecer até aos **______ de idade
Mancha mongólica
Definição:
* lesão benigna da pele → mácula congénita
Prevalência:
* muito comum em bebés com ascendência asiática, africana e hispânica
* pode também estar presente em bebés leucodérmicos
Causa:
* défice na migração de alguns melanócitos da derme para a epiderme até às 20 semanas, acumulando-se anormalmente na derme
Coloração:
* azul violácea
* acinzentada
* menos frequentemente → esverdeada ou castanha
Localização:
* dorso
* região glútea
* flancos
* ou ombros
Diâmetro:
* tipicamente < 5cm
* pode ser >10cm
Diagnóstico:
* clínico
* importante identificação por fazer diagnóstico diferencial com hematomas
Prognóstico e tratamento:
* geralmente desaparece no 1º ano de vida
* podendo desaparecer até aos 10 anos de idade
Melanose pustulosa transitória neonatal
Definição:
* condição dermatológica ______**, **______, que ocorre nos ______** de vida
* caracterizada pelo aparecimento de lesões **______
Prevalência:
* cerca de __%** dos recém-nascidos
* mais prevalente na raça **______
* afeta ambos os sexos com a _______ frequência
Causa: a sua etiologia é _______
Apresentação:
1. inicialmente, lesões ______** **______, sob base ______**
2. posteriormente, as **______ ______**, dando lugar a **______ ______**, rodeadas por um fino **______ _______
Localização:
* mais frequente na _______, _______ e ______**
* também comum nas **______ e _______
Diâmetro:
* até cerca de _______
Diagnóstico:
* essencialmente ______**
* é típica a **______ de sintomas sistémicos e de alterações laboratoriais
Exames que podem auxiliar na confirmação da suspeita clínica:
* ______ ______ ou _______** do conteúdo das lesões, revelando **______** e, eventualmente, **______
Prognóstico e tratamento:
* resolve _______, sem sequelas a longo prazo
Melanose pustulosa transitória neonatal
Definição:
* condição dermatológica benigna, autolimitada, que ocorre nos primeiros dias de vida
* caracterizada pelo aparecimento de lesões vesico-pustulosas
Prevalência:
* cerca de 3% dos recém-nascidos
* mais prevalente na raça negra
* afeta ambos os sexos com a mesma frequência
Causa: a sua etiologia é desconhecida
Apresentação:
1. inicialmente, lesões vesico-pustulosas superficiais, sob base não eritematosa
2. posteriormente, as pústulas rompem, dando lugar a manchas hiperpigmentadas, rodeadas por um fino colarete descamativo
Localização:
* mais frequente na face, pescoço e dorso
* também comum nas regiões palmar e plantar
Diâmetro:
* até cerca de 3 milímetros
Diagnóstico:
* essencialmente clínico
* é típica a ausência de sintomas sistémicos e de alterações laboratoriais
Exames que podem auxiliar na confirmação da suspeita clínica:
* coloração Giemsa ou Wright do conteúdo das lesões, revelando neutrófilos e, eventualmente, eosinófilos
Prognóstico e tratamento:
* resolve espontaneamente, sem sequelas a longo prazo