Fisiologia respiratória Flashcards
Movimento dos intercostais externos
Pressão do espaço pleural em descanso
de -3 a -5 mmhg, tendendo a ser sempre negativo devido à ação de forças de mesma direção mas sentidos opostos. Isso faz com que o pulmão tenha sempre um pouquinho de ar, facilitando mecanicamente sua insuflação.
Explique o processo de inspiração e expiração com base na pressão do espaço intra-pleural e da retração elástica do pulmão
Ao ativar o diafragma e o resto da musculatura inspiratória, aumenta-se o espaço intrapleural e diminui-se a pressão. Essa pressão é transmitida aos alveolos e o ar começa a entrar. Enquanto esse ar entra, a caixa toráxica continua expandindo, mantendo a pressão negativa. Quando essa expansão chega ao seu limite, o pulmão, devido à tendência de retração elástica e da energia acumulada, começa a retrair e aumentar a pressão alveolar, fazendo com que o ar seja expulso.
Explicar cada um dos gráficos
A partir da expansão da caixa torácica, cuja força supera a retração elástica do pulmão, há diminuição da pressão intrapleural. Essa pressão é então transmitida aos alvéolos, que ao atingirem a pressão negativo, permitem o fluxo de ar para dentro do pulmão. No entanto , essa pressão diminui até certo ponto, a partir do qual ela passa a aumentar de novo, de forma com que o fluxo inicial de ar pra dentro do pulmão seja maior do que o fluxo no final da inspiração. Quando os músculos da inspiração atingem o seu limite e param, a energia acumulada no movimento elástico promove uma força que supera a de expansão, promovendo o início da expiração e , consequentemente, a saída de ar. Essa expiração, da mesma forma que a inspiração, promove um fluxo inicial grande, que diminui ao longo do tempo, haja visto que a pressão alveolar aumenta inicialmente, mas tende a retornar ao normal durante o movimento.
Pneumotórax
Quando se iguala a pressão intrapleural à atmosférica
Pneumotórax
Quando se iguala a pressão intrapleural à atmosférica
Explique a drenagem torácica para a solução do pneumotórax
Comunica-se a cavidade intrapleural com um dispositivo através de um tubo, o qual termina em um líquido. Esse dispositivo fecha a comunicação da via respiratória com a atmosfera, permitindo que durante a inspiração, a pressão volte a ficar negativa e , dessa forma, o ar entre no pulmão de novo. Ao expirar, por conta do espaço intrapleural aumentado, a pressão fica positiva além do limite normal, fazendo com que o ar aprisionado saia em direção ao líquido.
Pressão transpulmonar. O que é
Pressão alveolar - Pressão pleural
Pressão que tende a manter o pulmão aberto, não colapsado.
Varia ao longo da expiração e inspiração.
Definição de complacência. Particularidade da complacência
Capacidade de deformação de um corpo. A complacência varia de acordo com o quanto o corpo já está deformado, por exemplo: pra iniciar a insuflação de um balão, gasta-se muita energia(aumento grande na pressão, mas pouco volume). Quando ele já está um pouco cheio, faz-se menos esforço para continuar a insuflação(um pequeno aumento de pressão irá significar um aumento maior de volume). No final, quando ele já estpa cheio, é necessário grande força para que ele se encha ainda mais.
COMPLACÊNCIA: Delta V/Delta P
Explique essa figura
Determinadas doenças, como a fibrose cística, tornam o pulmão mais rígido. A partir dessa rigidez, torna-se mais difícil insuflar o pulmão aos níveis normais de volume com aumentos padronizados de pressão transpulmonar. Portanto, a COMPLACÊNCIA de pacientes com essa condição é MENOR.
Defina elastância e a compare com a complacência
Elastância: capacidade do material de retornar a poisção de repouso. É o INVERSO DA ELASTÂNCIA.
E=1/C
Associe o enfisema pulmonar a curva PxV
Como o pulmão de pacientes com essa condição é muito complacente e pouco elástico, é comum que eles iniciem uma inspiração quando a expiração ainda não foi completa, ou seja, com o pulmão já insuflado. Dessa forma, eles iniciarão a próxima inspiração a partir de um ponto de menos complacência, na curva descendente da figura.
Relação entre complacência e tamanho.
Defina complacência específica
Quanto maior o tamanho(maior o volume), maior será a complacência.
No entanto, quando se trata do mesmo material, a complacência específica será IGUAL
Complacência específica = Complacência/volume de repouso
O que é tensão superficial.
Explicar a lei de Laplace e sua relação com o pulmão.
Tensão superficial: de fechamento(bolinha de sabão se fechando enquanto é soprada)
A pressão é diretamente proporcional à tensão superficial e inversamente proporcional ao raio em compartimentos circulares. Quanto menor o raio, maior a pressão . Nesse caso, dois compartimentos esféricos conectados por uma tubulação enfrentariam o seguinte problema: os compartimentos menores teriam maior pressão que os maiores e , portanto se esvaziariam. No entanto, devido a ação do surfactante, que reduz a tensão superficial, isso não acontece.
Explicar a relevância dessa curva com a lei de laplace
Quanto menor a área relativa, menor a tensão superficial no pulmão. O que justifica o não esvaziamento das bolinhas menores nas maiores
Explique essa figura
No ápice, a pressão sobre os alvéolos é menor, devido à altura da coluna de ar que incide sobre ela ser menor(p=dgh). Já na base, essa pressão é maior. Isso gera duas implicações: devido à curva PxV, os alvéolos da base possuem maior complacência e os alvéolos do ápice serão mais insuflados, terão maior pO2
Explique essa figura
A partir de uma inspiração forçada, os alvéolos do ápice são mais complacentes que o da base
Relação entre o gráfico do fluxo pela pressão propulsora nos fluxos turbilhonado e laminar
Como saber se um fluxo é laminar ou turbilhonado
Diferença entre densidade e viscosidade
Densidade=M/V
Viscosidade: velocidade de deslocamento de um fluido
Re=2rvd/n (raio,velocidade linear, densidade, viscosidade)
Como a relação entre o fluxo turbilhonado e o fluxo laminar se associa com a clínica?
Como uma mistura de oxigênio e Hélio pode ser relevante para um paciente com alta resistência pulmonar
Dependendo das condições patológicas do paciente, um fluxo que deveria ser laminar, passa a ser turbulento, dificultando sua chegada aos alvéolos. Dessa forma, é necessário empregar estratégias que retornem esse fluxo ao estado laminar.
No caso da asma grave, uma mistura de hélio pode ser adicionada ao oxigênio para diminuir a densidade e , dessa forma, gerar um fluxo laminar. Gerando um fluxo laminar, necessita-se de uma pressão propulsora menor para gerar a mesma quantidade de fluxo.
Onde o fluxo é turbilhonar
Traqueia, brônquios, bronquíolos, ductos alveolares
Velocidade linear que se usa na forma de reynolds
Fluxo/área transversal
Relação entre fluxo de ar e Resistência pulmonar(Lei de Poiseuille)
Explique essa figura
Até o início dos brônquios secundários, o raio reduz, o que aumenta a resistência. No entanto, ao longo do resto da via aérea, ocorrem inúmeras dicotomizações, o que gera várias resistências em paralelo
1/RT=1/R1 + 1/R2……
Isso é importante para gerar o fluxo laminar no fim da via aérea.
De que forma o aumento de volume pulmonar auxilia na redução da resistência em pacientes com DPOC
Em pacientes com DPOC(Doenças pulmonares obstrutivas crônicas), nas quais a resistência pulmonar se torna maior, uma estratégia é insuflar os alvéolos e , a partir de uma inspiração mais lenta(aprisionamento de ar), iniciar uma nova inspiração. Apesar disso aumentar o volume dos brônquios a partir da ação da retração elástica dos alvéolos, há desconforto por parte do paciente ao fazer nova inspiração, devido ao fato de inicia-la em um período de menor complacência
Determinantes da resistência das vias aéreas
Volume pulmonar (quanto maior o volume, menor a resistência, devido à ação da retração elástica sobre a parede dos brônquios).
Constrição da musculatura lisa bronquial (utilização de anti-colinérgicos e ativação dos receptores beta2 agonistas diminui sua ativação). Bloqueadores de beta 2 realizam a ação oposta.
Fórmula da pressão alveolar
Palveolar= Pretraçãoelástica + Pintrapleural
Explique esse gráfico
Não importa o esforço expiratório, a pressão dentro das vias respiratórias sempre se iguala a pressão intrapleural no mesmo ponto, de forma que , a partir desse ponto, não importando o esforço, o fluxo de ar será sempre o mesmo.
A única forma de estender o ponto de igual pressão é mudando a força de retração elástica do alvéolo, que poderia ser feito a partir de uma maior inspiração
Forças a serem vencidas nos movimentos respiratórios
Resistiva as vias aéreas e viscosa) e elástica
O que dificulta a expansão pulmonar
Retração elástica pulmonar
Resistência das vias condutoras ao fluxo aéreo
Tensão superficial
Resistência tecidual
Relação entre fluxo,resistência e pressão
Quanto maior a resistência, menor o aumento de volume por aumento de pressão
Quanto menor a resistência, maior o aumento de volume por aumento de pressão
Eplique a figura
Em A há um pulmão normal.
Em B, há um pulmão com redução da complacência na parede alveolar, ou seja, aumento da elastância. Há dificuldade em se inspirar , atingindo um determinado limite, a partir do qual a expiração ocorre mais rápida devido à elastância aumentada
Em C há aumento da resistência nas vias aéreas. O paciente não consegue inspirar tudo ou, pode ser que haja ar aprisionado. De qualquer forma, o resultado é o mesmo, a expiração ocorre de maneira abrupta e , consequentemente, a próxima inspiração ocorrerá num momento no qual a expiração corrente não terá terminado
Indicações clínicas da espirometria
Situações patológicas: acometimento bronco-pulmonar
Detecção de doenças precoces
Quantificação da doença e acompanhamento da resposta terapêutica.
Avaliação pré-operatória
Volume de reserva inspiratório
Volume corrente
Volume de reserva expiratório
Volume residual
Capacidade vital
Capacidade inspiratória
Capacidade pulmonar total
Capacidade funcional residual
Causas de doenças restritivas
Reduzem a CVF(diferença entre o volume máximo na insp e na exp).
-Preenchimento do tecido intersticial por líquido.
-Deformidades da caixa torácica que impeça a expansão correta (escoliose severa)
-Obesidade(diafragma empurrado pra cima e excesso de tecido adiposo reduzem a complacência da caixa torácica) - gasta mais energia pra variar o volume.
- Doenças fibróticas(acúmulo de colágeno nas fibras intersticiais, as quais reduzem a complacência e , portanto, reduzem o volume inspirado normalmente pelo paciente.