FARMACOLOGIA (PROVA 3 BBPM) Flashcards

1
Q

O que é droga?

A

“É UMA SUBSTÂNCIA QUÍMICA DE ESTRUTURA CONHECIDA, QUE NÃO SEJA UM NUTRIENTE OU UM INGREDIENTE ESSENCIAL DA DIETA, QUE,
QUANDO ADMINISTRADA A UM ORGANISMO VIVO, PRODUZ UM EFEITO BIOLÓGICO.”

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2
Q

Quem “criou” a farmacologia e quando?

A

Em 1847, Rudolf Buchheim criou o primeiro instituto de farmacologia (na sua casa) na Estônia.

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3
Q

O que era e quem propôs a teoria celular?

A
  • Em 1858, Virchow propôs a teoria celular;

‘‘ Onde uma célula surge, houve um célula antes, exatamente como um
animal não procede de nada que não seja outro animal e a planta de outra planta … nem pode um tecido desenvolvido ter sua origem a não
ser de uma célula.”

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4
Q

Os primeiros farmacologistas concentravam sua
atenção em fármacos derivados de plantas. Diga quais compostos, de onde foram extraídos e suas funções. (são 5)

A

➢Quinina: Extraída da casca do quino, era utilizada para o tratamento da malária.

➢Digital: Obtida da dedaleira, é um cardiotônico utilizado para o tratamento da insuficiência cardíaca.

➢Atropina: Derivada da beladona, é um anticolinérgico com diversas aplicações
médicas, como dilatação pupilar e redução de secreções.

➢Efedrina: Extraída da efedra, é um estimulante do sistema nervoso central e brônquios.

➢Estricnina: Obtida da semente de nux-vómica, é um potente estimulante do
sistema nervoso central.

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5
Q

Paul Erlich (1909) iniciou a era da quimioterapia antimicrobiana com a síntese de compostos arsenicais para o
tratamento da sífilis. Qual é o composto?

A

Asfernamina

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6
Q

Gerhard Domagk (1935) desenvolveu as primeiras
sulfonamidas. Diga o que elas combatem e cite 2 exemplos.

A

Combatem bactérias gram-positivas e gram-negativas.
Ex.: sulfisoxazol, sulfametizol, sulfasalazina.

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7
Q

Complete o espaço: “Chain e Florey desenvolveram a ….. durante a Segunda Guerra Mundial (baseado nos trabalhos de Fleming, 1928).”

A

Penicilina

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8
Q

A biotecnologia surgiu nos anos de 1980 como uma fonte
importante de novos agentes terapêuticos. Cite 5.

A

– Anticorpos
– Enzimas
– Proteínas reguladoras
– Fatores de crescimento
– Citocinas

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9
Q

Defina os campos da farmacologia:

  • Biotecnologia
  • Farmacogenética
  • Farmacogenômica
  • Farmacoepidemiologia
  • Farmacoeconomia
A
  1. Biotecnologia
    Definição : É uma aplicação de sistemas biológicos, organismos vivos ou seus objetivos para desenvolver ou modificar produtos ou processos para usos específicos.

Na farmacologia : Inclui o desenvolvimento de medicamentos biológicos, como anticorpos monoclonais, vacinas, hormônios recombinantes (insulina), e terapias gênicas.

  1. Farmacogenética
    Definição : Estudo das variações genéticas individuais que influenciam as respostas aos medicamentos.

Foco : Exame de genes específicos (como o metabolismo de drogas) afeta a eficácia ou toxicidade de um medicamento em uma pessoa.

  1. Farmacogenômica
    Definição : Um campo mais amplo que abrange o estudo de como o genoma completo da influência de um indivíduo na resposta a medicamentos.

Diferença da farmacogenética : Enquanto a farmacogenética se concentra em genes individuais, a farmacogenômica analisa interações genômicas amplas e seu impacto nas terapias medicamentosas.

Objetivo : Desenvolver tratamentos personalizados com base no perfil genético do paciente.

  1. Farmacoepidemiologia
    Definição : Estudo da utilização e dos efeitos dos medicamentos em grandes populações.

Foco : Avalia padrões de uso, eficácia, segurança e impactos de medicamentos no contexto da saúde pública.

Importância : Ajuda a monitorar as reações adversas e a tomar decisões regulatórias e de política de saúde.

  1. Farmacoeconomia
    Definição : Estudo dos custos e benefícios econômicos relacionados ao uso de medicamentos e terapias.

Foco : Analisar a relação custo-benefício, custo-utilidade e custo-efetividade dos tratamentos, auxiliando na alocação eficiente de recursos em saúde.

Aplicação : É essencial para decisões de políticas públicas e no desenvolvimento de estratégias de reembolso.

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10
Q

Descreva o passo a passo dos estudos pré clínicos e clínicos do desenvolvimento de fármacos.

A

ESTUDOS PRÉ - CLÍNICOS:
1- Síntese de uma nova substância química.
2- Substância é testada in vitro em animais para identificação de possível atividade farmacológica.
3- Produção da substância em escala maior, desenvolvimento da formulação e realização de novos testes em animais.
4- Solicitação de autorização à agência reguladora sanitária e ao comitê de ética em pesquisa para a realização de ensaios clínicos.

ESTUDOS CLÍNICOS
FASE I - Na fase I, o produto é avaliado em 20 a 100 voluntários, geralmente saudável, para verificar segurança, tolerabilidade, farmacocinética e, quando possível, farmacodinâmica. Cerca de 70% avançam para a fase II.

FASE II - Os estudos de fase II avaliaram a segurança, dose-resposta e eficácia de medicamentos em pacientes com determinadas doenças, envolvendo de 70 a 200 pessoas. Apenas 33% dos produtos testados avançaram para a fase III.

FASE III - Na fase III, comparou-se o novo tratamento com os padrões existentes, envolvendo 300 a 3.000 pacientes. Avaliam-se risco/benefício, valor terapêutico e reações adversas. Estudos randomizados são comuns, e 25% a 30% dos produtos são aprovados.

FASE IV - Os estudos de fase IV analisam a aplicação dos resultados em larga escala e monitoram efeitos a longo prazo e novas reações adversas de medicamentos já aprovados. Após avaliação da ANVISA, o registro permite a restrição por profissionais específicos.

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11
Q

Defina:
* Droga
* Fármaco
* Medicamento
* Remédio

A
  • Droga: SUBSTÂNCIA QUÍMICA DE ESTRUTURA CONHECIDA, QUE NÃO SEJA UM NUTRIENTE OU UM INGREDIENTE ESSENCIAL DA DIETA, QUE,
    QUANDO ADMINISTRADA A UM ORGANISMO VIVO, PRODUZ UM EFEITO BIOLÓGICO
  • Fármaco: é uma substância
    química com comprovado efeito farmacológico que pode fazer parte de um medicamento (princípio ativo);
  • Medicamento: é uma formulação química, que contém o princípio ativo, devidamente preparada para ser administrado ao paciente;
  • Remédio: é tudo aquilo que cura ou evita uma enfermidade.
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12
Q

Defina:

  • Efeito adverso
    – Efeito colateral
    – Efeito tóxico
    – Meta-reações
    – Dependência
    – Tolerância
A
  • Efeito adverso: todo e qualquer efeito indesejável de um fármaco;

– Efeito colateral: efeito adverso associado ao mecanismo de ação do fármaco, bem como a suas doses terapêuticas;

– Efeito tóxico: efeito adverso previsível (pesquisa) associado à superdosagem do fármaco;

– Meta-reações: efeito adverso de ocorrência variável (alergia, urticária …);

– Dependência: efeito adverso caracterizado pela necessidade do uso constante do fármaco;

– Tolerância: efeito adverso associado à dependência caracterizado pela
redução progressiva do efeito terapêutico do fármaco;

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13
Q

Defina:

  • Dose Efetiva Média (DE50)
  • Dose Letal Média (DL50)
  • Índice Terapêutico (IT)

Obs.: o IT fornece apenas uma ideia da margem de segurança no uso de um fármaco. Quanto maior, mais seguro o medicamento.

A
  • Dose Efetiva Média (DE50): é a dose capaz de promover o
    efeito terapêutico em 50% dos indivíduos;
  • Dose Letal Média (DL50): é a dose capaz de promover a
    letalidade em 50% dos indivíduos;
  • Índice Terapêutico (IT): é definido pela relação entre
    DL50/DE50.

Obs.: o IT fornece apenas uma ideia da margem de segurança no uso de um fármaco. Quanto maior, mais seguro o medicamento.

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14
Q

Defina:

  • Pró-fármaco
  • Placebo
  • Nome químico
  • Nome comercial
A
  • Pró-fármaco: é aquele que precisa ser transformado no
    organismo para promover o efeito terapêutico;

Ex.: pivampicilina → ampicilina / levodopa → dopamina

  • Placebo: substância com efeito apenas psicológico;
  • Nome químico: é o nome que indica a estrutura química do
    fármaco;
  • Nome comercial: é o nome que identifica o medicamento
    comercialmente.
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15
Q

Defina:
* Medicamento de referência

  • Medicamento similar e/ou equivalente
  • Medicamento genérico
A
  • Medicamento de referência: foi o primeiro a ser
    desenvolvido. Foi patenteado;
    Ex.: Tylenol
  • Medicamento similar e/ou equivalente: passa ou não por
    todos os testes. Tem nome comercial. Intercambiável ou
    não.
    Ex.: Tylemax
  • Medicamento genérico: passa por testes de bioequivalência.
    Identificado pelo princípio ativo. Intercambiável;
    Ex.: Paracetamol
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16
Q

Diferencie medicamento referência, genérico e similar.

A
  • Medicamentos de referência
    São produtos inovadores que passam por estudos clínicos para comprovar a sua eficácia, segurança e qualidade. O laboratório criador tem o direito de comercializar o medicamento até que a patente expire.
  • Medicamentos genéricos
    São cópias do medicamento de referência que têm as mesmas características e produzem os mesmos efeitos, mas não têm nome comercial. São vendidos pelo princípio ativo e são mais baratos que os medicamentos de referência e similares.
  • Medicamentos similares
    São cópias do medicamento de referência que podem ter um nome fantasia e uma embalagem diferente. Podem apresentar diferenças na data de validade, embalagem, rótulo e no tamanho e forma.
17
Q

Defina forma farmacêutica e diga quais são elas.

A

Forma farmacêutica: é a maneira como os medicamentos são
preparados, apresentados e consequentemente comercializados e
utilizados;
- Sólido, semi - sólido e líquido.

18
Q

O que é farmacocinética e farmacodinâmica ?

A

Farmacocinética: ESTUDA A AÇÃO DO ORGANISMO SOBRE A DROGA;
- ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO, EXCREÇÃO.

Farmacodinâmica: ESTUDA A AÇÃO DA DROGA SOBRE
O ORGANISMO;
- MECANISMO DE AÇÃO.

19
Q

Qual a importância da farmacocinética e da farmacodinâmica no desenvolvimento de um fármaco ?

A
  • A farmacocinética é importante o entendimento da dose ideal de cada fármaco, as barreiras que ele precisará ultrapassar, a garantia de que a biodisponibilidade seja suficiente, além de ensinar sobre sua distribuição nos órgãos-alvos, metabolização – principalmente no fígado –, e excreção renal e biliar.
  • A farmacodinâmica analisa a ação dos fármacos nas enzimas, proteínas e receptores celulares.

Esses efeitos causados pelos fármacos podem ser desejáveis, aqueles que são o objetivo do tratamento terapêutico e indesejáveis, que causam reações adversas e efeitos colaterais.

Dentre os efeitos desejáveis estudados estão:

  • Interação com enzimas;
  • Interação com proteínas estruturais e transportadoras;
  • Interações com canais iônicos;
  • Ligações com os receptores hormonais, neuromoduladores e neurotransmissores;
  • Ruptura da membrana celular do parasita.
  • Entre os efeitos indesejáveis analisados, pode-se observar:

Adição química;
- Aumento da probabilidade de mutação das células;
- Dano fisiológico induzido;
- Doenças induzidas por medicamentos;
- Ações simultâneas diferentes;
- Potencialização ou inibição indesejável de substâncias;
- Reações de hipersensibilidade.

20
Q

Defina:
- Farmacoterapêutica
* Farmacologia clínica
* Farmacologia comparativa
* Farmacologia molecular
* Toxicologia

A
  • Farmacoterapêutica: estudo de programas de tratamento com medicamentos de um paciente;
  • Farmacologia clínica: estudo dos efeitos biológicos de uma droga em seres humanos;
  • Farmacologia comparativa: estudo de comparação entre os resultados de uma droga em animais e seres humanos;
  • Farmacologia molecular: estudo da interação entre as moléculas das droga e as moléculas dos organismos vivos;
  • Toxicologia: estudo dos efeitos tóxicos da droga.
21
Q

Quais as vias de administração de medicamentos?

Obs.: entero = intestino. Portanto, administração enteral é aquela que passa pelo intestino. A parenteral é aquela que não passa pelo intestino.

A

VIA DE ADMINISTRAÇÃO:

  • ENTERAL: ORAL, RETAL.
  • PARENTERAL:
    RESPIRATÓRIA

TÓPICA

INJETÁVEL :
INTRAMUSCULAR
SUBCUTÂNEA
INTRAVENOSA

22
Q

Explique a via de administração medicamentosa enteral (oral e retal) e parenteral ( respiratória, tópica e injetável intramuscular, subcutânea e intravenosa) e quais são suas vantagens e desvantagens.

A

VIA ENTERAL
Oral: O medicamento é ingerido e absorvido no trato gastrointestinal.

Vantagens:
Prática e confortável para o paciente. Custo mais baixo.
Menor risco de infecção.

Desvantagens: Absorção pode ser lenta e variável, dependendo de fatores como presença de alimentos, pH gástrico e motilidade intestinal.
- Alguns medicamentos podem ser destruídos no trato gastrointestinal (por ácido gástrico ou enzimas).
- Não é adequado para pacientes inconscientes ou com vômitos intensos.

EX. Paracetamol (Tylenol®): Utilizado como analgésico e antipirético.

Retal: O medicamento é administrado por supositório ou solução líquida no reto.

Vantagens: Boa opção para pacientes que não podem ingerir medicamentos (vômitos, inconscientes).
- Evita o metabolismo de primeira passagem pelo fígado (em parte).

Desvantagens:
- Absorção pode ser irregular e incompleta.
- Desconforto ou resistência por parte do paciente.
- Menos prático para uso frequente.

EX. Diazepam supositório: Usado no controle de convulsões em pacientes pediátricos.

VIA PARENTERAL
* Respiratória (inalação): O medicamento é inalado e absorvido pelos pulmões (aerossóis, gases).

Vantagens: Absorção rápida devido à grande área de superfície dos alvéolos pulmonares.
- Ideal para efeitos locais (asma, DPOC) ou sistêmicos (anestésicos).

Desvantagens: Exige técnica e dispositivos específicos (inaladores, nebulizadores).
- Pode ser difícil para alguns pacientes coordenarem a administração.

EX. Salbutamol (Aerolin®): Utilizado em aerossol para tratar crises de asma e broncoespasmo.

  • Tópica (pele ou mucosas): O medicamento é aplicado diretamente na pele ou mucosas para ação local ou sistêmica (ex.: pomadas, adesivos transdérmicos).

Vantagens: Aplicação direta no local de ação (minimiza efeitos colaterais sistêmicos).
- Liberação controlada em alguns casos (adesivos).

Desvantagens: Absorção limitada em camadas profundas da pele.
- Possibilidade de irritação ou alergia no local de aplicação.

EX. Diclofenaco gel (Cataflam Emulgel®): Aplicado na pele para alívio de dores musculares e articulares.

INJETÁVEL:
* Intramuscular (IM): Injeção no músculo (ex.: deltoide, glúteo).

Vantagens: Absorção relativamente rápida.
- Permite administração de volumes moderados e formulações de depósito (liberação lenta).

Desvantagens: Dor no local da aplicação.
- Risco de lesão de nervos ou vasos sanguíneos.

EX. Ceftriaxona: Antibiótico usado em infecções bacterianas graves.

Subcutânea (SC): Injeção no tecido adiposo abaixo da pele.

Vantagens: Absorção lenta e sustentada.
- Fácil aplicação.

Desvantagens:
- Volume limitado.
- Absorção mais lenta que IM ou IV.
- Possibilidade de irritação local.

EX. Insulina (Lantus®): Utilizada no tratamento de diabetes mellitus.

INTRAVENOSA (IV): Injeção diretamente na corrente sanguínea.

Vantagens: Ação imediata e 100% de biodisponibilidade.
- Ideal para situações de emergência.

Desvantagens: Risco de infecção ou trombose.
- Exige técnica precisa e profissional treinado.

EX. Morfina: Usada para controle da dor intensa, especialmente em emergências.