F3 - Transição epidemiológica Flashcards

1
Q

Transição demográfica

A
  1. Passagem de um contexto populacional onde prevalecem altas taxas de natalidade e mortalidade para outro cenário em que estes coeficientes alcançam valores muito reduzidos
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2
Q

Fases da transição demográfica

A
  1. Fase I ou pré-transição:
    Anterior a revolução industrial, caracterizada por altas taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade.
  2. Fase II:
    Altas taxas de natalidade e declínio nas taxas de mortalidade. Fase de transição da mortalidade
  3. Fase III:
    Queda nas taxas de natalidade e maior declínio (declínio ainda mais acentuado) nas taxas de mortalidade, principalmente as custas do declínio da mortalidade infantil. Fase de transição da fecundidade.
  4. Fase IV:
    Maior declínio nas taxas de natalidade e taxas de mortalidade persistentemente baixas, tendendo a alcançar novamente um equilíbrio. É a acentuação da fase anterior e as taxas de fecundidade e mortalidade são baixas, tendendo a um ponto em que uma quase anula a outra. Fase de estabilização demográfica
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3
Q

Fertilidade ou fecundidade

A
  1. Capacidade fisiológica de uma mulher engravidar
  2. Indica o desempenho reprodutivo efetivo de um grupo de mulheres em período reprodutivo
  3. Período reprodutivo ou idade fértil: período que vai desde a menarca ate e menopausa (convencionalmente considerado como o período de 15 a 49 anos)
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4
Q

Taxa de fecundidade

taxa de fecundidade específica

A
  1. “Taxa” de fecundidade total:
    ➘ Número de nascidos vivos ➗ Número de mulheres em idade reprodutiva ( mulheres dos 15 aos 49 anos) X 1000
  2. “Taxa” de fecundidade específica:
    Número de filhos de mães em uma determinada faixa etária ➗ número de mulheres na mesma faixa etária daquela população X 1000
  3. PRINCIPAL DETERMINANTE DA DINÂMICA DEMOGRÁFICA
#2016 (taxas inferiores a 2,1 são insuficientes para a reposição populacional)
#Tende a alcançar 1,85 em 2037
#Brasil: queda acelerada da TFT
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5
Q

Natalidade

A
  1. Taxa de natalidade:
    ➘Razão entre número de nascidos vivos pela população geral
  2. Permite avaliar o crescimento vegetativo de uma população
  3. Decrescente desde 1970
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6
Q

Bônus demográfico

A
  1. Fase em que coincidem quedas das taxas de natalidade e mortalidade levando a um predomínio de economicamente ativos na população;
  2. Será como uma janela que se fecha após alguns anos;
  3. Deve ser “aproveitada” pelos governos para se prepararem para um futuro em que ocorrerá novamente predomínio de economicamente inativos;
  4. No Brasil até 2030 (estimativas)
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7
Q

Proporção de idosos na população

A
  1. Idoso: A partir 60 anos (política nacional do idoso - Lei no 8842 de 1994)
  2. Proporção de idosos na população:
    Mede o percentual de idosos acima de 60 anos na população Em 2010 eram 19 milhões; em 2025 serão 32 milhões. É o segmento da população brasileira que mais cresce. Em 2060: 25% da pop brasileira será de idosos
  3. Cálculo:
    Número de pessoas de 60 anos ou mais ➗ População total
  4. Índice de envelhecimento:
    Número de pessoas de 60 anos ou mais ➗ População com menos de 15 anos
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8
Q

Envelhecimento demográfico

A

Redução da participação relativa de crianças e jovens acompanhada do aumento proporcional de adultos e idosos em uma população

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9
Q

Esperança de vida ao nascer

A
  1. Probabilidade de tempo de vida média da população.
  2. Seu aumento sugere melhora das condições de vida e de saúde da população.
  3. Em 2018 no Brasil: 76 anos (IBGE)
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10
Q

Anos potenciais de vida perdidos

A
  1. Indicador do número de anos que uma pessoa morta poderia ter vivido
  2. Objetivo: Comparar as diferentes causas de morte de uma população

Morte por causas externas: Principal responsável pela perda de anos potenciais de vida perdidos
Morte por causas externas: Acidentes de transito e homicídios.
Faixa etária: 5 aos 39 anos

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11
Q

Perfil demográfico brasileiro

A
  1. Queda constante nas taxas de mortalidade geral e principalmente infantil
  2. Existe um aumento da mortalidade por doenças crônicas
  3. Há mais mulheres do que homens no Brasil
  4. Caracterizada a fase de bônus demográfico no Brasil até 2030
  5. Tende a deixar de ocorrer um crescimento vegetativo
  6. Crescimento de óbitos por causas externas sobretudo em homens
  7. Está ocorrendo envelhecimento populacional com redução da “taxa” de fecundidade, taxa de natalidade e diminuição do ritmo de crescimento populacional;
  8. O grau de urbanização brasileiro está acima de 80%;
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12
Q

Fases da transição epidemiológica - modelo central

A

1️⃣ Era da pestilência e da fome:

  1. Idade média
  2. Altas taxas de natalidade e fecundidade
  3. Cerca de 30 a 40 nascidos vivos por 1000 habitantes
  4. Taxas de mortalidade elevadas e flutuantes demarcadas por padrões de epidemias e endemias
  5. Expectativa de vida em torno dos 30 anos

2️⃣ Era do declínio das pandemias

  1. Do renascimento até a revolução industrial;
  2. Redução das pandemias porém com predomínio de morte por doenças infecciosas;
  3. Melhora geral do padrão de vida;
  4. Expectativa de vida: 40 – 50 anos;
  5. Inicio da urbanização;
  6. Ainda condições precárias de saneamento;
  7. Principais causas morte: varíola, peste, cólera, TBC, diarreia

3️⃣ Era das doenças degenerativas e das provocadas pelo homem

  1. Da revolução industrial até o período contemporâneo;
  2. Relativa importância das doenças infecciosas;
  3. Descoberta da microbiologia, e das vacinas;
  4. Aumento das doenças crônico degenerativas, cardiovasculares e causas externas e neoplasias;
  5. Progressiva melhoria das condições sociais;
  6. Importante queda da fecundidade que culmina com o envelhecimento da população;
  7. Expectativa de vida ao nascer ultrapassa 50 anos

⚠️ Importante incluir uma 4ª fase: predomínio de doenças cardiovasculares, Importância do estilo de vida (fatores de risco) e transição nutricional (obesidade)

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13
Q

Transição nutricional

A
  1. A prevalência da obesidade em adultos aumentou de 3,2 para 10,8%, no sexo masculino, e de 6,4 para 14,9%, no sexo feminino; (análise de 39 anos em 186 países, entre 1975 e 2014);
  2. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Saúde disponibilizam dados suficientes para uma análise de 41 anos no Brasil, entre 1974 e 2015;
  3. A prevalência de homens obesos adultos aumentou de 2,8 para 18,1%;
    Em mulheres adultas, este aumento foi de 8 para 19,7%;
  4. Sendo a obesidade classificada como doença,está caracterizada uma pandemia.
  5. Coexiste com baixo peso em crianças em idade escolar
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14
Q

Doenças infecciosas e parasitárias emergentes e reemergentes

A
  1. Na era das doenças crônico-degenerativas chegou-se a considerar o fim da importância das DIPs como importante problema de saúde pública
  2. 1980: aids demonstra que tais doenças permanecem como desafio a saúde pública
  3. Reconhecimento da importância de várias doenças infecciosas reemergentes
  4. Cai por terra o padrão de comportamento linear proposto pela teoria de transição epidemiológica inicial
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15
Q

Causas externas

A
  1. Risco aumentado para a população jovem principalmente a masculina;
  2. Óbitos por arma de fogo e acidentes com veículos;
  3. Coeficiente de mortalidade por acidentes em transportes terrestres no Brasil: 18/100.000/ano; principal causa é o atropelamento e a principal vítima é do sexo masculino.
  4. Segunda causa de morte no Brasil em homens e quinta causa em mulheres
  5. Primeira causa de morte na população de 1 a 39 anos
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16
Q

Transição epidemiológica no BR

Características

A
  1. Não há exatamente uma transição;
    ➘ Considera-se uma superposição de padrões de adoecimento:
    ➘Doenças infecciosas e parasitárias, crônico-degenerativas, outros agravos não infecciosos
  2. Transição prolongada ou polarizada (natureza não unidirecional):
    ➘Reintrodução de processos como dengue, cólera, febre amarela e o recrudescimento de outros como malária, tuberculose, leishmaniose.
17
Q

PRINCIPAIS DETERMINANTES DA DINÂMICA EPIDEMIOLÓGICA BR

A
  1. Queda da mortalidade por doenças infecto-parasitárias
  2. Surgimento de outras doenças infecto-parasitárias;
    Persistência de endemias em algumas regiões
  3. Aumento da mortalidade por doenças crônicas
18
Q

Transição da mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias para outros agravos-Brasil

A

Ate 1930:

  1. doenças infectoparasitárias (DIP) quase metade dos óbitos (45,7%)
  2. doenças cardiovasculares (DCV) com 11,8%
  3. neoplasias que representavam 2,7% e causas externas com 2,6%

Até 1960:
1. DIP permanece como a principal causa mas apresenta declínio

2003:
1. DCV (27% dos óbitos)
2. Neoplasias (12,6%)
3. Causas externas (12,6%)
4. DIP - 4,6% dos óbitos

19
Q

PRINCIPAL DETERMINANTE DA DINÂMICA DEMOGRÁFICA

A

taxa de fecundidade

20
Q

Causas de internação

A
  1. Doenças do aparelho respiratório
  2. Doenças cardiovasculares (1º grupo de causa de mortalidade)
  3. DIP
  4. Causas externas
  5. Neoplasias
21
Q

Principais causas de morte no brasil

A
  1. Circulatório
  2. Neoplasias
  3. Causas externas
22
Q

Principais causas de morte em Homens

A
  1. Circulatório
  2. Causas externas
  3. Neoplasias
23
Q

Principais causas de morte em Mulheres

A
  1. Circulatório
  2. Neoplasias
  3. Respiratório