EXERCICIOS Flashcards

1
Q

Conceituação dada por diversos autores DA ml

A

LACASSAGNE → é a arte de pôr os conceitos médicos ao serviço da administração da justiça.

FRANÇA → é a contribuição da medicina, da tecnologia e outras ciências afins, às questões do Direito na elaboração das leis, na administração judiciária e na consolidação da doutrina.

HOFFMAN → é a ciência que tem por objetivo o estudo das questões no exercício da jurisprudência civil e criminal e cuja solução depende de certos conhecimentos médicos.

HYGINO → medicina a serviço das ciências jurídicas e sociais, enquanto arte e ciência, destituída de método e objeto próprio, mas que carece de especialização, sob pena de prejuízo do laudo (conceito mais restritivo).

HÉLIO GOMES → “O conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando na execução dos dispositivos legais, no seu campo de ação de medicina aplicada”.

ANDRÉ PARÉ → “Arte de fazer relatórios em juízo.”

TOURDES → “a aplicação do conhecimento médico às questões que concernem aos direitos e aos deveres dos homens reunidos em sociedade”.

Concordamos com ambos (Lacassagne e Hoffman), pois a medicina legal é, a um só tempo, arte e ciência. É arte porque a realização de uma perícia médica requer habilidade na prática do exame e estilo na redação do laudo; é ciência porque, além de ter um campo próprio de pesquisas, vale-se de todo o conhecimento oferecido pelas demais especialidades médicas. HERCULES, Hygino de C. Medicina Legal, texto e Atlas, 2ª Edição, pg. 13.

A medicina legal é uma disciplina eminentemente jurídica, pois, por mais que traga seus conceitos da medicina e outros ramos das ciências biológicas, seus conhecimentos são destinados para a utilização no ramo do Direito. Essa é a razão pela qual se afirma que a Medicina Legal é a mais importante e significativa das ciências subsidiárias do Direito. (Wilson Palermo)

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2
Q

Durante a noite, um duplo homicídio aconteceu no interior de um sítio próximo à rodovia. Não há família nem documentos no local do crime. Em relação ao processo de identificação dos cadáveres em questão, assinale a alternativa correta.

A

Os métodos primários de identificação são a papiloscopia, o estudo da odontologia forense (pela arcada dentária) e a genética forense (pelo DNA) e os responsáveis pelo exame de DNA são os peritos da genética forense.

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3
Q

relatório médico somente poderá ser elaborado por médico legista?
o atestado de óbito poderá ser assinado por profissional não médico?

A

Não
Sim
Embora a legislação determine que a DO para óbitos por causa externa seja emitida pelo IML, a autoridade policial ou judicial, com base no Código de Processo Penal, pode designar qualquer pessoa (de preferência as que tiverem habilitações técnicas) para atuar como perito legista “ad hoc” em municípios onde não existe o IML. Essa designação não é opcional, e a determinação tem que ser obedecida. O perito eventual prestará compromisso e seu exame ficará restrito a um exame externo do cadáver, com descrição, no laudo necroscópico, das lesões externas, se existirem. Anotar na DO as lesões, tipo de causa externa, devendo mencionar o número do Boletim de ocorrência.

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4
Q

Em junho de 2011, um menino de 11 anos de nome Juan foi morto na Grande Vitória. Seu desaparecimento durou duas semanas. Um corpo de criança foi encontrado, no mesmo período, em estado de putrefação, nas margens de um córrego, cerca de alguns quilômetros de distância do local do crime. Na perícia de local, a antropóloga forense identificou o cadáver como sendo de uma menina. Posteriormente, por meio de exame genético, comprovou-se que aquele cadáver era do menino de 11 anos. A antropóloga forense, para identificação daquele corpo, de acordo com sua faixa etária, não poderia utilizar o(s)/a(s):
a)
a) desenvolvimento de pelos pubianos.

b)
b) parâmetros morfológicos confiáveis.

c)
c) radiografias das mãos.

d)
d) crânio braquicéfalo.

e)
e) suturas cranianas afastadas.

A

A braquiocefalia é uma condição de um crânio largo em relação a seu comprimento. Apenas a presença/ausência dessa condição não nos permite inferir nada a respeito da idade do cadáver.

GABARITO: D

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5
Q

Em determinada cidade interiorana, por volta das dezesseis horas de um dia ensolarado, o corpo de uma mulher jovem foi encontrado por populares, em área descoberta de um terreno baldio. O delegado de plantão foi comunicado do fato e, ao dirigir-se ao local, a autoridade policial verificou que o corpo se encontrava em decúbito dorsal e despido. A perícia de local, tendo realizado exame perinecroscópico, verificou que o corpo apresentava temperatura de 27 ºC, além de rigidez completa de tronco e membros. Constataram-se escoriações na face, fraturas dos elementos dentários anteriores, manchas roxas na região cervical anterior e duas lesões profundas na região torácica anterior, abaixo da mama esquerda, medindo a maior delas 4 cm × 1 cm. Havia tênue mancha de tonalidade avermelhada na face posterior do corpo, que só não se evidenciava nas partes que estavam em contato com o solo. Nas adjacências das lesões torácicas e no solo próximo ao corpo, havia pequena quantidade de sangue coagulado. No mesmo terreno onde estava o corpo, foi encontrada uma faca de gume liso único. A lâmina, que estava suja de sangue, tinha formato triangular e media 20 cm de comprimento e 4 cm de largura em sua base. Exames laboratoriais realizados posteriormente atestaram que o sangue presente na faca pertencia à vítima. Após a lavagem do corpo, foi possível detectar lesões torácicas, de acordo com as imagens mostradas na figura a seguir.
a)
a) A análise do perfil genético de espermatozoides detectados na secreção vaginal da vítima seria opção mais confiável que a impressão digital para identificar o criminoso.

b)
b) No caso considerado, a impressão digital de uma única polpa digital poderá ser considerada suficiente para estabelecer a autoria do crime.

c)
c) Se o referido homem tiver um irmão gêmeo univitelínico, as impressões digitais serão insuficientes para diferenciá-los.

d)
d) A impressão digital encontrada na faca deverá ser comparada com registros recentes do homem em questão, uma vez que as linhas dactiloscópicas variam com o tempo.

e)
e) O fato de ser comum encontrar indivíduos diferentes que possuam impressões digitais idênticas justifica a impossibilidade de se estabelecer com segurança a autoria no caso em apreço.

A

Para Genival França, são fundamentos biológicos ou técnicos que qualificam e preenchem condições imprescindíveis para que o método de identificação seja aceitável:

Unicidade: obedece a individualidade e exclusividade - critérios únicos que somente a pessoa a ser identificada possui. Alguns elementos são específicos de cada indivíduo

Imutabilidade: corresponde às características. Não mudam e não se alteram com o tempo.

Perenidade: Consiste na capacidade de certos elementos resistirem à ação do tempo; permanecem durante toda a vida e, até certo tempo, após a morte. Assim, o critério escolhido, que será sempre o mesmo, deve ficar com a pessoa durante sua vida inteira.

Obs.: A imutabilidade se refere a inalterabilidade, enquanto a perenidade se refere a durabilidade. Contudo, parte da doutrina não realiza tal distinção, de modo que não aponta a perenidade como requisito (Atenção em provas com a forma de cobrança!).

Praticabilidade: O processo de identificação não deve ser complexo, seja na obtenção ou no registro de caracteres. São fáceis de serem obtidos e registrados.

Classificabilidade: O método deve permitir que os dados obtidos sejam arquivados de forma facilitada, de modo que não requeira grandes especialistas para a realização do procedimento e forneça acesso simples quando necessário.

GABARITO: B

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6
Q

A identificação de uma pessoa se define como um conjunto de características que individualiza a pessoa, tornando-a diferente das demais. Sob esta óptica, o exame de DNA, embora moderno e com alto grau de confiabilidade, não é suficiente para a determinação da identidade, pois via de regra, essas análises são realizadas utilizando-se como material de comparação amostras de familiares, sendo assim um método capaz de gerar o grau de parentesco e, não a identidade propriamente dita, ou seja, pode determinar se um indivíduo é filho de alguém, mas não qual dos filhos. Outras técnicas, científicas, ao contrário do exame de DNA, podem, isoladamente, conferir a identidade a um cadáver, considerando a preexistência de parâmetros de comparação. Entre essas técnicas, estão:
a)
a) reconhecimento facial, arcada dentária e sobreposição de imagens.

b)
b) reconhecimento facial, sinais particulares e sobreposição de imagens.

c)
c) impressão dactiloscópica, sinais particulares e sobreposição de imagens.

d)
d) impressão dactiloscópica, arcada dentária e sobreposição de imagens.

e)
e) impressão dactiloscópica, arcada dentária e sinais particulares.

A

Coloca-se a justificativa da banca diante dos recursos que foram interpostos. Ressalta-se que a banca exigiu do candidato uma resposta baseada em TÉCNICAS CIENTÍFICAS. Segue justificativa da banca:

“Obviamente não existe uma única técnica científica de identificação que possa atender a todo e qualquer caso em que morte é verificada. As técnicas que são usualmente utilizadas, como a impressão dactiloscópica e o exame de arcada dentária, são válidas para a imensa maioria dos casos como meio de produção de prova de identificação. Os sinais particulares, tais como tatuagens, cicatrizes, amputações e estigmas profissionais não seguem aos princípios básicos de identificação que são: a unicidade, imutabilidade e praticidade. Não é possível, do ponto de vista científico, conferir identidade a um indivíduo unicamente por ele possuir determinada marca ou tatuagem. Os sinais particulares, embora incapazes de, por si só, identificar o indivíduo, geralmente tem relevância como critério de exclusão no processo de investigação médico-legal. Segundo Greco, o reconhecimento “Consiste em fazer-se a identificação por meio de comparação empírica, sem utilizar nenhuma técnica de base científica.” Desta forma, configura uma técnica subjetiva que não apresenta possibilidade de comprovação analítica por diferentes pessoas em diferentes lugares. A sobreposição de imagens fotográficas e radiológicas associada aos fundamentos de prosopometria é uma técnica científica aceita internacionalmente há muitos anos, tendo servido inclusive para a identificação de nazistas foragidos. Esta técnica está sendo cada vez mais utilizada devido ao acesso aos avanços no campo da computação gráfica. Como citado no enunciado da questão, a existência de registros radiológicos prévios da pessoa, permite a sua identificação através da sobreposição de radiografias. As mais utilizadas nesta situação são as radiografias do crânio, dos ossos longos, dos dentes e da face, em particular dos seios paranasais”.

GABARITO: D

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7
Q

Durante operação policial na favela do Barbante, em Campo Grande, foi encontrado um crânio humano incompleto que apresentava em análise preliminar:

1- suturas cranianas bem visíveis;

2- fronte verticalizada;

3- glabela curva;

4- margens supra-orbitárias finas;

5- orifício em tronco de cone com o bisel voltado para a face externa do osso frontal;

6- processos mastóideos pouco volumosos;

7- ausência de crista na nuca;

8- côndilos occipitais curtos e largos.

Assinale a opção que aponta o diagnóstico pericial.

A

)
a) Mulher jovem com uma lesão de saída de projétil de arma de fogo no osso frontal.

b)
b) Homem adulto com uma lesão de entrada de projétil de arma de fogo no osso frontal.

c)
c) Mulher adulta com uma lesão de saída de projétil de arma de fogo no osso frontal.

d)
d) Homem jovem com uma lesão de saída de projétil de arma de fogo no osso frontal.

e)
e) Mulher idosa com uma lesão de entrada de projétil de arma de fogo no osso frontal.
As suturas cranianas bem visíveis indicam que a pessoa é jovem, pois com o passar do tempo, elas desaparecem.

Na mulher, a fronte verticalizada. O crânio feminino tem a fronte mais vertical, a articulação frontonasal curva, saliências ósseas e as apófises mastoides e estiloides menos desenvolvidas que o crânio masculino. De modo geral, aceita-se a capacidade do crânio feminino correspondendo a nove décimos da capacidade do masculino.

O crânio do sexo masculino tem espessura óssea mais pronunciada, processos mastoides mais salientes, fronte mais inclinada para trás, glabela mais pronunciada, arcos superciliares mais salientes, apófises estiloides longas e grossas e mandíbula mais robusta, do que na mulher.

Margens supra-orbitárias finas indicam ser mulher: “Notam-se uma espessura menor e bordas cortantes nas mulheres, enquanto nos homens a margem é mais espessa e romba”.

A indicação de orifício em tronco de cone com o bisel voltado para a face externa do osso frontal- Trata-se do sinal de Bonnet- Tronco do cone- orifício menor, base do tronco do cone- orifício maior; bisel voltado para dentro- entrada do projétil; bisel voltado para fora- saída- Logo, é uma lesão de saída.

Veja que, nas mulheres, a superfície externa do occipital é lisa, com mínima projeção óssea visível quando observada; nos homens, há rugosidade na superfície, a protuberância é mais marcada, podendo definir uma forte crista na nuca, às vezes em forma de gancho.

Ademais, côndilos occipitais curtos e largos indicam sexo feminin.

Fonte: livro HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005, p. 56 e 57.

Para complementar: “O crânio no sexo masculino tem espessura óssea mais pronunciada, processos mastóideos mais salientes e separados um do outro, fronte mais inclinada para trás, glabela mais pronunciada, arcos superciliares mais salientes, rebordos superorbitários rombos, articulação frontonasal angulosa, apófises estiloides longas e grossas e mandíbula mais robusta. Na mulher, a fronte é mais vertical, a glabela menos pronunciada, os arcos superciliares menos salientes, os rebordos superorbitários cortantes, a articulação frontonasal curva, as apófises estiloides curtas e finas e a mandíbula menos robusta. Os côndilos occipitais são longos, delgados e em forma de sola de sapato no homem, e curtos, largos e em forma de rim na mulher”, FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 144

GABARITO: A

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8
Q

Um médico legista, ao chegar à sala de necropsia, deparou-se
com três cadáveres cuja causa da morte foi asfixia. Durante o exame necroscópico, foi identificado no primeiro corpo, sulco único, com profundidade variável e direção oblíqua ao eixo do pescoço; no segundo, os sulcos são duplos, de profundidade constante e transversais ao eixo do pescoço; no terceiro, em vez de sulcos, havia equimoses e escoriações nos dois lados do pescoço. A causa da morte mais provável em cada um deles é, respectivamente: enforcamento, estrangulamento e esganadura

A

CERTO

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9
Q

No dia 2/1/2022, Juliana compareceu à delegacia de polícia em Paraty – RJ para registrar ocorrência de desaparecimento dos seus pais, Sebastião e Maria Eugênia, por eles terem extrapolado o horário previsto para retorno de um passeio que faziam sozinhos naquele mesmo dia, numa luxuosa embarcação com piscina de água potável. Poucas horas depois do registro, policiais civis daquela unidade receberam a notícia do encontro de um cadáver do sexo feminino às margens de uma das praias da cidade. Feita a perinecroscopia, o perito criminal relatou equimose periorbital, pele
anserina, cogumelo de espuma na boca e narinas, assim como a presença de estigmas ungueais nos antebraços. No dia seguinte ao relato do desaparecimento, os policiais civis souberam que pescadores haviam encontrado um cadáver do sexo masculino em alto-mar. Comparecendo ao local, o perito criminal relatou que o cadáver estava em decúbito ventral, com ausência do cogumelo de espuma, sem sinais aparentes de violência e sem sinais de putrefação. Os dois cadáveres foram submetidos a exame
necroscópico, necropapiloscópico e a testes laboratoriais específicos, confirmando-se que eram, respectivamente, de Maria Eugênia (cadáver C1) e Sebastião (cadáver C2). Em relação a C1, o perito legistaconfirmou as lesões descritas pelo perito criminal. Em relação a C2, foi relatada a presença do sinal de Niles, do sinal de Vargas-Alvarado, além de manchas de Paltauf. Quanto à prova das densidades comparadas e ao ponto crioscópico do sangue, foram destacadas alterações na diluição do sangue no hemicoração esquerdo dos dois cadáveres, sendo relatadas Hemodiluição/hidremia em C1 e hemoconcentração em C2, com as respectivas características, tais como descritas por Mario Carrara. A partir dessa situação hipotética, os achados periciais permitem que o delegado de polícia considere que as duas mortes foram provocadas por afogamento, tendo a de Sebastião ocorrido em água salgada e a de Maria Eugênia, em água doce, ainda que C1 tenha sido encontrado numa praia – alternativa considerada correta.

A

CERTO

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10
Q

O aparecimento dos núcleos de ossificação no esqueleto é fundamental para avaliar a idade fetal em um exame médico-legal. O início da ossificação da clavícula (ponto radiológico de ossificação) dá-se em meados do 2º mês de gestação.

A

Certo

COMENTÁRIO

A clavícula é um importante osso na avaliação antropológica, tanto da espécie como da idade fetal, por ter características exclusivas da espécie humana e também por ser o primeiro osso a iniciar seu processo de ossificação, no ambiente intrauterino, em meados do 2 º mês de gestação, por volta da 5ª a 6ª semanas de vida intrauterina.

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11
Q

O aparecimento dos núcleos de ossificação no esqueleto é fundamental para avaliar a idade fetal em um exame médico-legal. O início da ossificação da clavícula (ponto radiológico de ossificação) dá-se em meados do 2º mês de gestação.

A

Certo

COMENTÁRIO

A clavícula é um importante osso na avaliação antropológica, tanto da espécie como da idade fetal, por ter características exclusivas da espécie humana e também por ser o primeiro osso a iniciar seu processo de ossificação, no ambiente intrauterino, em meados do 2 º mês de gestação, por volta da 5ª a 6ª semanas de vida intrauterina.

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12
Q

É método que atende plenamente os requisitos técnicos de unicidade, imutabilidade, praticabilidade e classificabilidade a antropometria.

A

Errado

A antropometria consiste na obtenção de medidas individuais e caracteres morfológicos variados. O sistema de BERTILLON (Bertillonagem) foi base dos processos de identificação criminal, apresentando intenso valor histórico. Porém, não apresenta os requisitos de praticabilidade e classificabilidade.

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13
Q

É método que atende plenamente os requisitos técnicos de unicidade, imutabilidade, praticabilidade e classificabilidade a antropometria.

A

Errado

A antropometria consiste na obtenção de medidas individuais e caracteres morfológicos variados. O sistema de BERTILLON (Bertillonagem) foi base dos processos de identificação criminal, apresentando intenso valor histórico. Porém, não apresenta os requisitos de praticabilidade e classificabilidade.

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14
Q

A

A intoxicação por monóxido de carbono (CO) consiste na anoxia anêmica, visto que o CO compete com o oxigênio (O2 ) e se liga mais fortemente a hemoglobina, produzindo a oxihemoblogina (HbO2 ), que não é utilizada na respiração.
B
Cadáver de aspecto aprazível, com pele e mucosas de cor carmim e raras manchas de Tardieu nas serosas pleurais e/ou pericárdia são características perinecroscópicas da morte por afogamento.
C
A submersão com asfixia é o mecanismo responsável pelos afogados azuis, sendo o óbito consequência de falha no processo respiratório. É um verdadeiro estado de asfixia com obstrução da via respiratória e da superfície de hematose.
D
Como o monóxido de carbono (CO) é um gás incolor e inodoro, a vítima não percebe sua inalação e sofre uma morte sincopal. Juridicamente, os suicídios são mais frequentes que os acidentes.
E
A máscara equimótica de Morestin é um achado perinecroscópico característico das asfixias por aspiração de líquidos, sendo acompanhada de equimoses subconjuntivais, petéquias na face e pescoço e equimoses puntiformes nos lábios.

A

C
SOBRE A LETRA A ✓ Asfixia por monóxido de carbono - a ação do monóxido de carbono (CO), segundo o França, pode causar asfixia. Isto porque quando inalado demasiadamente se fixa na hemoglobina do sangue, criando a “carboxiemoglobina”, levando à hematose que causa a asfixia tecidual.

Sobre a letra B: falou em cor carmim no cadáver, lembrar de asfixia por CO (monóxido de carbono)

Sobre a letra E: Máscara equimótica da face ou Sinal de Morestin: está ligado à morte por sufocação indireta.

D. Acredito que o erro esteja em “morte sincopal” que basicamente tem como definição: “É a mais frequente das causas de morte, resultando, em geral, de uma perturbação cardiovascular central e/ou periférica, bem como de perturbações encefálicas e/ou metabólicas”. Além disso, mortes acidentais são mais frequentes do que suicídios quando se fala em intoxicação por monóxido de carbono.

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15
Q
  1. Rubefação
  2. Hematoma
  3. Equimose
  4. Escoriação
  5. Bossa

( ) Coleção sanguínea, localizada, formada pelo rompimento de vasos de grande ou médio calibre. Além de superficial, pode acontecer em profundidade, em massa de órgãos ou em espaços teciduais (retroperitônio, mediastino).

( ) Ocasionado pela vasodilatação no local da transferência de energia mecânica, guardando a assinatura do instrumento, porém de duração efêmera.

( ) Produzida pelo acúmulo de líquido linfático ou de sangue, quando a região do corpo atingida apresenta um plano subjacente resistente e impermeável.

( ) Sufusão hemorrágica difusa decorrente da infiltração tecidual de sangue extravasado pelo rompimento de vasos.

( ) Resultante da ação tangencial do instrumento que ocasiona o arrancamento da epiderme. Sua forma pode indicar o instrumento que a produziu.

A

2 – 1 – 5 – 3 – 4

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16
Q

I. O crânio, especialmente a face, configura-se como o melhor marcador biológico para análise da afinidade populacional. Contudo, outros marcadores do esqueleto pós-craniano também podem ser utilizados.

II. Em Antropologia Forense existem basicamente duas grandes metodologias de estudo: a métrica, também denominada Antropometria, e a morfológica, denominada Antroposcopia. O cruzamento dos resultados das duas abordagens é a melhor opção para análise antropológica.

III. A Antroposcopia engloba o estudo dos caracteres subjetivos e que não são passíveis de mensuração. A Antropometria é mais objetiva e baseia-se na tomada de medidas, ângulos e projeções das diferentes partes do corpo ou dos seus caracteres mensuráveis.

A

todas certas

17
Q

A
O leito da placenta é o local mais importante para o exame histopatológico nos casos de aborto, ainda que vários outros exames a análises possam ser feitos.
B
A presença de corpo amarelo maduro em um dos ovários é um elemento apenas de probabilidade, não de certeza de gravidez.
C
A avaliação da idade da gravidez em cadáver pode ser feita pelo exame anátomo-patológico direto do útero.
D
A avaliação da idade da gravidez após o aborto pode ser feita pelo exame histopatológicos restos ovulares.
E
O encontro de partes fetais ou da placenta em meio ao conteúdo vaginal não garante que havia gravidez, pois tal ocorrência é muito comum.

A

Alternativa A:
Correta.
O leito placentário é fundamental para exames histopatológicos nos casos de aborto, pois é possível encontrar evidências que confirmem a gestação, como vilosidades coriais e alterações no endométrio.
Alternativa B:
Correta.
O corpo amarelo maduro (corpo lúteo) é uma estrutura temporária formada no ovário após a ovulação, sendo um indicativo de que a concepção pode ter ocorrido. No entanto, sua presença é apenas um indício e não uma certeza de gravidez, pois pode aparecer em ciclos ovulatórios sem fecundação.
Alternativa C:
Correta.
A idade gestacional pode ser avaliada por meio do exame anátomo-patológico do útero em cadáveres, analisando alterações uterinas compatíveis com diferentes estágios da gravidez.
Alternativa D:
Correta.
O exame histopatológico de restos ovulares pode fornecer informações sobre a idade gestacional e confirmar a ocorrência de aborto, analisando tecidos embrionários ou placentários.
Alternativa E:
Incorreta.
O encontro de partes fetais ou placentárias em meio ao conteúdo vaginal é uma evidência significativa de que uma gravidez ocorreu. Não é comum encontrar tais partes sem que tenha havido uma gestação. Esse achado é um forte indicativo de aborto, especialmente em contexto investigativo.

18
Q

Em medicina legal, a determinação do sexo genético tem aplicação quando se encontram fragmentos de tecidos, pelos, manchas de sangue e saliva. No caso particular da odontologia legal, é relevante citar a importância da pesquisa de cromatina sexual na polpa dentária, bem como nas células de descamação da mucosa bucal.
Considerando o conteúdo expresso no referido texto, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A
A cromatina sexual será observada, nos núcleos das células, mais intensamente corada, estando presente (sexo feminino), estando ausente (sexo masculino).
B
A cromatina sexual será observada, nos citoplasmas das células, mais intensamente corada, estando presente (sexo feminino), estando ausente (sexo masculino).
C
A cromatina sexual será observada, nas mitocôndrias das células, mais intensamente corada, estando presente (sexo masculino), estando ausente (sexo feminino).
D
A cromatina sexual será observada, nos núcleos das células, mais intensamente corada, estando presente (sexo masculino), estando ausente (sexo feminino).
E
A cromatina sexual será observada, nos núcleos das células, menos corada, estando presente (sexo feminino), estando ausente (sexo masculino).

A

A

A cromatina sexual de Barr possibilita a determinação do sexo cromatínico, sendo determinado pelos corpúsculos de Barr que estão presentes no NUCLEOLO (ou seja, no núcleo) das células dos organismos femininos. Dessa forma, apresenta-se ausente no sexo masculino e PRESENTE NO FEMININMO. Em uma coloração hematoxilina-eosina, os núcleos das células são MAIS INTENSAMENTE CORADOS, por serem basófilos, serão corados pela hematoxilina.

De acordo com o Genival Veloso, existem nove formas de se identificar o sexo na antropologia forense. Uma delas é a forma cromatínica. Vejamos.

Forma Cromatínica – Analisa a presença de corpúsculos de Barr (cromatina sexual) para definição do sexo. O sexo masculino não possui, enquanto que o sexo feminino possui.

19
Q

Com relação às perícias antropológicas de identificação realizadas em crânios esqueletizados, considerando as informações relacionadas, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A melhor estrutura para fazer diagnóstico diferencial do sexo é o crânio.
( ) Na inspeção do crânio e da mandíbula pode-se, em 97% dos casos, determinar o sexo e estimar a espécie animal.
( ) Podem determinar se é da espécie humana ou não e estimar a estatura, biótipo, sexo e idade.
( ) Os pontos craniométricos dividem-se, pela sua posição anatômica, em pontos medianos e pontos pares.

A

F, F, V e V.
F A melhor estrutura para fazer diagnóstico diferencial do sexo é o crânio.

Melhor osso para estimativa de sexo: Pelve/Sacro

F Na inspeção do crânio e da mandíbula pode-se, em 97% dos casos, determinar o sexo e estimar a espécie animal.

Para estimar sexo, o crânio possui 80-92%.

V Podem determinar se é da espécie humana ou não e estimar a estatura, biótipo, sexo e idade.

V Os pontos craniométricos dividem-se, pela sua posição anatômica, em pontos medianos e pontos pares

Os pontos craniométricoa dividem-se Medianos ou ímpares: total de 16 E Laterais ou pares: total de 12

identificação do sexo por ordem de prioridade:

  • pelve/bacia
  • crânio
  • tórax
  • fêmur
  • úmero
  • primeira vértebra cervical

A craniometria utiliza pontos específicos do crânio para análise, que podem ser classificados em pontos medianos (localizados na linha média) e pontos pares (localizados lateralmente e simétricos).

20
Q

Sobre as condições necessárias para que um método seja considerado aceitável no processo de identificação, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A
Perenidade - caracteres adquiridos no intervalo perimortem.
B
Unicidade - existência de um único caráter individualizante, utilizado na identificação.
C
Imutabilidade - características genéticas observadas em outros parentes, sem que tenha havido mutações.
D
Praticabilidade - necessidade de o processo de identificação não ser complexo na obtenção e no registro dos caracteres.
E
Classificabilidade - possibilidade de classificar as pessoas de acordo com seu perfil biológico (sexo, idade e cor da pele).

A

Existem requisitos para que características possam ser utilizadas no processo de identificação, são eles:

Unicidade: Deve permitir a distinção entre um indivíduo e todos os demais.

Perenidade: Deve existir durante toda a vida do ser humano.

Imutabilidade: Deve permanecer idêntico a si próprio, a partir do momento em que se constitui, nada podendo modificá-lo: idade, doença, etc.

Praticabilidade: Deve ser facilmente obtido.

Classificabilidade: Devem ser facilmente classificável, permitindo o seu arquivamento e facilitando a sua localização sempre que se fizer necessária.

  1. Unicidade → Caráter biológico → Fornece a individualidade, o que é exclusivo de cada pessoa.
  2. Imutabilidade → Caráter biológico → Tem que ser perene, não precisa ser eterno, mas precisa durar um tempo.

Eu não posso identificar alguém, só pela cor do cabelo por exemplo, pois pode mudar a cor deste.

  1. Praticabilidade → Caráter técnico → De fácil coleta e registro, que seja adequado socialmente.
  2. Classificabilidade → Caráter técnico → De fácil arquivamento, fácil de recuperar as informações arquivadas.
20
Q

Na antropologia forense, buscamos a identificação por meio do perfil biológico definido a partir de sexo, idade e ancestralidade.
Assinale a parte do esqueleto que fornece mais informações sobre sexo e idade.
Alternativas
A
Fêmur.
B
Crânio.
C
Arcos costais.
D
Osso da bacia.
E
Clavícula.

A

d

A análise do osso da bacia é central no processo de estimativa de idade, particularmente por meio da observação do desgaste da sínfise púbica. A sínfise púbica é a articulação entre os dois lados do osso púbis, e suas mudanças morfológicas ao longo do tempo são bem documentadas, proporcionando uma base confiável para estimar a idade.

Com o avanço da idade, a sínfise púbica passa por modificações características, como o aumento da rugosidade, formação de bordas e alterações na forma da superfície articular. Essas mudanças ocorrem em padrões reconhecíveis que permitem aos antropólogos forenses comparar o estado atual da sínfise com tabelas padronizadas de envelhecimento.

21
Q

A parafilia que se caracteriza pela atração que tem determinado indivíduo do sexo masculino só por mulheres vestidas de homem, as quais agem e se representam sexualmente como homem, adotando ele o comportamento de mulher, denomina-se travestismo.

A

ERRADO
Travestismo ou Fetichismo travéstico é tido como a compulsão pelo uso de vestimenta do sexo oposto.

Na Andromimetofilia, há satisfação heterossexual masculina por parceira mulher que represente e se relaciona eroticamente como um homem. Quando ocorre o inverso, chama-se Ginemimetofilia.

22
Q

O Hímen Não-Complacente é aquele que oferece resistência de abertura pela penetração do Pênis; já o Hímen Complacente é aquele que não possui resistência para abertura em razão da presença de um Óstio Largo e uma Orla Pequena.

A

CERTO
O Hímen pode ser classificado, quanto ao tamanho do Óstio, em Hímen Não Complacente, que oferece resistência de abertura pela penetração do Pênis, em razão da presença de um Óstio Pequeno e uma Orla Alta ou Larga; neste caso, a verificação de rotura é sinal de certeza de conjunção carnal (Hímen Roto); e Hímen Complacente, que não possui resistência para abertura em razão da presença de um Óstio Largo e uma Orla Pequena; neste caso, não é possível isoladamente verificar se houve ou não conjunção carnal.

O óstio é a membrana do hímen
A orla é o orifício que a membrana apresenta

23
Q

A satiríase é o desejo sexual insaciável da mulher.

A

ERRADO
A assertiva aponta o conceito de ninfomania.

Por sua vez, a satiríase é a ereção quase contínua, com ejaculações repetidas, ardor genésico excessivo e pode haver alucinações e delírios.

24
Q

O atestado é um documento que tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a existência de determinado estado, ocorrência ou obrigação. É, portanto, uma declaração formal, com forma definida, por escrito, de um fato médico e suas possíveis consequências.

A

Os atestados, denominados, também, certificados médicos, são a afirmação simples e redigida de um fato médico e de suas possíveis consequências. Classificam-se os atestados em oficiosos, administrativos e judiciários. Os primeiros são solicitados pelos pacientes para justificar ausência ao trabalho, às aulas etc. Os atestados administrativos são os reclamados pelo serviço público para efeito de licenças, de aposentadorias ou abono de faltas, vacinações etc. E, finalmente, judiciários são os atestados que interessam à Justiça, requisitados sempre pelos juízes.

É singelo e desprovido de formalidades, podendo ser elaborado por qualquer médico inscrito regularmente no CRM, independentemente da especialidade, desde que tenha capacidade para atestar.

GABARITO: Errado

25
Q

A preservação da chamada Cadeia de Custódia é um instrumento relevante para manter hígida a história cronológica dos vestígios coletados em uma investigação criminal. Sobre o tema, são etapas da Cadeia de Custódia descritas no CPP de atribuição dos Peritos, de forma exclusiva e preferencial, respectivamente Etapa de Reconhecimento e Etapa de Isolamento.

A

De acordo com o artigo 158-A do Código de Processo Penal, a Cadeia de Custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: Reconhecimento; Isolamento; Fixação; Coleta; Acondicionamento; Transporte; Recebimento; Processamento; Armazenamento; e Descarte.

São de exclusividade dos Peritos as etapas de Fixação e Processamento, que dependem de descrição em respectivo laudo pericial.

Por sua vez, a etapa de Coleta é de atribuição preferencial, e não exclusiva dos Peritos, conforme redação do artigo 158-C do Código de Processo Penal. As demais etapas podem ou não ser feitas por Peritos, ou seja, não são de exclusividade ou preferenciais do Perito.

CPP:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:

[…]

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza;

[…]

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito;

Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.

GABARITO: Errado

26
Q

A Discussão é a parte mais importante, pois tem a principal parte do laudo, correspondente ao visum et repertum.

A

DESCRIÇÃO: É a principal parte do laudo, correspondente ao visum et repertum (visto e relatado), em que o perito descreve, minuciosamente, o que encontrou no exame. É a parte principal do laudo pericial, devendo ser descritas as lesões encontradas no seu tamanho, forma, contorno, relevo, coloração, número, arranjo e localização, de acordo com os segmentos corporais, no sentido craniocaudal (de cima para baixo), incluindo, sempre que possível, filmes ou fotos ilustrativas.

DISCUSSÃO: As lesões encontradas e descritas são analisadas cientificamente e comparadas com os dados do histórico, dando origem à formulação de hipóteses a respeito da mecânica do crime..

GABARITO: Errado

27
Q

Não haverá indicação de exame de necropsia médico-legal se a morte for decorrente de doenças epidêmicas.

A

s necropsias forenses ou médico-legais são obrigatórias em casos de mortes violentas (por causas externas, devendo se avaliar a presença de uma causa jurídica para o óbito) ou mortes suspeitas, que são aquelas em que há possibilidade de não ter sido natural a sua causa. Logo, mortes por homicídio (ou crimes no geral, como o infanticídio), suicídio ou acidente são hipóteses de obrigatoriedade legal de realização de necropsia.

Já as mortes causadas por doenças epidêmicas são mortes por antecedentes patológicos, tidas como mortes naturais. Nesses casos, eventual necropsia a ser feita seria uma necropsia clínica, que apenas será realizada se houver autorização dos familiares por morto (cônjuge ou parentes até o 2º grau, inclusive), por meio de termo de consentimento livre e esclarecido. A necropsia clínica, portanto, não constitui exame cadavérico de realização obrigatória.

GABARITO: Errado

28
Q

O enforcamento caracteriza-se pela interrupção do ar atmosférico até as vias respiratórias, decorrendo essa suspensão de ar da constrição do pescoço por um laço fixo ou móvel. Atua nessa situação o peso da vítima como uma força passiva.

A

O enunciado descreve o conceito do estrangulamento, onde o corpo da vítima atua de forma passiva.

No enforcamento, por sua vez, o corpo da vítima atua de forma ativa.

GABARITO: Errado

29
Q

O chamado Soterramento em Sentido Amplo ocorre quando a vítima aspirou o resíduo pulverulento ou granular para dentro da árvore respiratória.

A

De acordo com a doutrina de Hygino Hércules, o Soterramento se divide em:

● Soterramento em Sentido Estrito: ocorre quando o material sólido pulverulento é encontrado na Árvore Respiratória e no Aparelho Digestório da vítima, que estava com o corpo coberto pelo mesmo material (ex.: sepultamento); e

● Soterramento em Sentido Amplo: ocorre quando não é encontrado material sólido pulverulento na Árvore Respiratória e no Aparelho Digestório da vítima, pois houve a cobertura completa e/ou tamponamento da vítima pelos escombros de um desmoronamento, impedindo o ingresso do material; neste caso, a vítima pode ter morrido por Compressão do Tórax ou por Fratura do Gradil Costal (espécies de Sufocação Indireta); ou por Sufocação Direta; ou até mesmo, por lesão por Traumatismo Cranioencefálico causada por ação contundente.

GABARITO: Errado

30
Q

No estrangulamento, o sulco tem sede geralmente sobre a laringe; único, duplo, triplo ou múltiplo, contínuo e de profundidade uniforme, de margens elevadas e cianosadas e leito deprimido pergaminhado, é tipicamente horizontalizado, podendo, porém, excepcionalmente, ser ascendente quando o laço foi tracionado pelo agente por detrás e para cima.

A

No estrangulamento a direção do sulco é diferente do enforcamento, pois se apresenta em sentido horizontal, podendo, no entanto, ser ascendente, como nos casos de homicídio, em que o agente puxa o laço para trás e para cima. Sua profundidade é uniforme e não há descontinuidade, podendo verificar-se a superposição do sulco onde a parte do laço se cruza. São menos pronunciados no suicídio. As bordas do sulco são cianóticas e elevadas, e o leito é deprimido e apergaminhado. Geralmente o sulco está situado por baixo da cartilagem tireóidea. Não é raro se encontrarem nas proximidades do sulco do estrangulamento rastros ou estrias ungueais.

GABARITO: Certo

31
Q

A sufocação posicional é a asfixia mecânica por constrição anterolateral do pescoço, impeditiva da passagem do ar atmosférico pelas vias aéreas, promovida diretamente pela mão do agente.

A

A esganadura é a asfixia mecânica por constrição anterolateral do pescoço, impeditiva da passagem do ar atmosférico pelas vias aéreas, promovida diretamente pela mão do agente.

Essencialmente homicida, requer, para sua execução, superioridade de forças, ou que a vítima não possa, por qualquer motivo, opor resistência. É comum no infanticídio, no atentado ao pudor e no estupro. A lei não reconhece validade jurídica às formas suicida ou acidental.

GABARITO: Errado

32
Q

No enforcamento típico, o corpo está totalmente suspenso.

A

A questão descreve o enforcamento completo. No enforcamento típico, o nó do laço está localizado na nuca da vítima.

GABARITO: Errado