Estudos Epidemiologicos Flashcards

1
Q

Estudos epidemiológicos ou inquéritos são métodos científicos de investigação de eventos relacionados com a ocorrência de doenças em populações.

Realizam-se estudos epidemiológicos para?

A

Determinar a relação causal (o principal interesse do inquérito epidemiológico consiste no estabelecimento de relações causais)

Formular hipóteses e investigar hipóteses

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2
Q

A relação causal é o principal interesse do inquérito epidemiológico.

Considerando uma doença (variável dependente) e um fator a ela associado (variável independente) dá-se a ambos o nome de variável.

Quais são os tipos de relação entre duas variáveis?

A

1- relação simétrica: nenhuma das variáveis influi sobre a outra

2- relação recíproca: ambas as variáveis se influenciam mutuamente

3- relação assimétrica: apenas uma influi sobre a outra -> é o caso da relação causal

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3
Q

Na pesquisa não experimental é o investigador quem determina qual a variável dependente e qual a independente.

Geralmente a escolha é determinada pela suposição teórica de que uma certa condição produz uma mudança no estado de saúde ou de doença.

Nos estudos experimentais a variável independente é manipulável e seus valores são escolhidos ou determinados pelo pesquisador.

A

Certo

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4
Q

Além das variáveis simétricas, recíprocas e assimétricas existem ainda variáveis adicionais, que são dotadas de efeito potencial sobre a variável dependente (doença).

Quais são?

A

Variável Causal: é o fator a cuja presença se atribui a variável dependente (doença)

Variáveis Adicionais: são aquelas de caráter independente (fatores) que podem influir sobre a hipótese causal
A variável adicional pode ser controlável ou não controlável

Variável Adicional Controlável: é aquela cuja influência sobre a variável dependente é conhecida e pode ser posta sob controle, exemplo: fumar, dieta

Variável Adicional Não Controlável: é aquela cuja ação é ou não conhecida mas que não pode ser avaliada bem controlada na pesquisa, exemplo: estresse

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5
Q

Os postulados de Koch não se aplicam a doenças não infecciosas e trata de forma mais tendenciosa para a unicausalidade.

Os postulados de Evans tratam de relações de causalidade.

A

Certo

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6
Q

Quais são os critérios que podem orientar a decisão sobre se as associações observadas poderiam ou não encerrar também significado causal?

A

1- Intensidade de Associação entre as variáveis

2- Sequência e Relação no Tempo

3- Significância Estatística(não se deve ao acaso)

4- Efeito dose-reposta (apenas aplicável a certas associações)

5- Consistência da Associação

6- Especificidade da Associação

7- Coerência Científica

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7
Q

A causalidade pode ter diferentes graus.

Quais são?

A

Graus de causalidade:

A associação pode ser direta (imediata) ou indireta (mediata)

O grau mediato ou imediato está na dependência da evolução dos conhecimentos sobre o assunto

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8
Q

Todos os tipos de estudo epidemiológico envolvem coleta, manipulação e análise de dados.

A coleta e as observações de campo são atribuições da Epidemiologia Descritiva.

A formulação de hipóteses é atribuição da Epidemiologia Analítica

A

Certo

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9
Q

Quais são os métodos de formulação de hipóteses?

A

Diferença

Concordância

Concomitância

Analogia

Resíduo

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10
Q

A investigação de hipótese elaborada pode ser feita por meio de vários tipos de estudo.

Podem ser observacionais ou experimentais.

Quais são as estratégias usadas em estudo de saúde?

A

Existem três estratégias básicas para serem usadas em estudos de doenças:

1- estudos de casos
Costuma ser a primeira abordagem de um tema
Usado para avaliação inicial de problemas que ainda não são bem conhecidos
Fácil de realizar e baixo custo
Há certa dose de subjetivismo na apreciação dos fatos
Pode ocorrer falta de indivíduos controles
Pode ocorrer pequeno número de individuos observados
Pode ocorrer dificuldade de interpretar simples coincidências

2- estudo laboratorial
O laboratório é o local ideal para estudos experimentais
É possível obter maior precisão em todas as etapas da investigação
O grau de subjetivismo pode ser reduzido pela adoção de controles rigorosos

3- estudo populacional
É a principal forma que a epidemiologia usa para estudar problemas de saúde

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11
Q

Os estudos populacionais, dentre os estudos de caso e laboratoriais, são a principal foram que a epidemiologia usa para estudar problemas de saúde.

A

Certo

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12
Q

Os estudos são divididos em observacionais e experimentais.

Os estudos observacionais não recorrem à experimentação e baseiam-se na observação dos fatos e das suas variações e análise das informações.

Os estudos observacionais também podem ser chamados de estudos não experimentais porque os dados são obtidos de situações naturais.

A

Certo

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13
Q

O objetivo do estudo observacional é saber se a proporção de indivíduos apresentando simultaneamente o efeito e o fator é significativamente maior do que se poderia esperar se esses dois eventos não fossem relacionados entre si.

Os estudos observacionais podem ser longitudinais (o fator causal e o efeito são estudados em momentos históricos sucessivos) ou seccionais (acompanhados uma vez só).

Em relação aos estudos observacionais longitudinais, eles podem ser prospectivo ou retrospectivo.

A

Certo

Prospectivo: acompanham o grupo no futuro
Mais oneroso, mais demorado porém com informações mais completas e a exposição ao fator em estudo pode ser mais bem controlada.

Retrospectivo: investigam o grupo em relação aos acontecimentos passados

A diferença entre os dois modos de realizar a pesquisa dependerá de, ao iniciar o estudo, a moléstia encontrar-se ou não presente.

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14
Q

O estudo observacional prospectivo é mais oneroso em comparação com o retrospectivo.

Também é mais demorado, contudo suas informações são mais completas e a exposição ao fator em estudo pode ser mais bem controlada.

A

Certo

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15
Q

Os estudos observacionais são divididos em:

Coorte

Caso controle

Seccional

A

Certo

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16
Q

O estudo de coortes, também chamado de estudo de seguimento (follow-up), é um estudo observacional longitudinal.

A situação dos participam quanto ao fator de exposição (variável independente) é que determina a sua seleção no estudo.

Observa-se determinado grupo de indivíduos ao longo do tempo com o objetivo de estabelecer as possíveis associações entre a exposição e a frequência no aparecimento da doença em foco.

A

Certo

No estudo de coortes, o investigar limita-se a observar e analisas a relação existente entre a presença de fatores de risco e o desenvolvimento da doença.

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17
Q

O estudo de coortes, ou prospectivo, longitudinal, de incidência, de seguimento, consiste em verificar se existe diferença para as proporções de atingidos entre os expostos e de atingidos entre os não expostos, ou seja, consiste em comparar:

a
——
a + b

Com

c
——
c + d

A

Certo

É um tipo de estudo que permite abordar hipóteses etiológicas

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18
Q

O estudo de coortes seleciona os participantes a partir da exposição ou não a algum fator.

É um tipo de estudo que permite abordar hipóteses etiologicas

Produz medidas de incidência e portante medidas diretas de risco.

A

Certo

Os dados obtidos mediante a observação da coorte são traduzidos em coeficientes indicativos dos fatores em estudo.

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19
Q

O estudo de coortes produz medidas de incidência.

A

Certo

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20
Q

O estudo de coortes tem início ao se colocar em evidência uma variável cuja contribuição causal na produção de determinada doença de deseja conhecer, avaliar ou confirmar.

O passo seguinte consiste na seleção de um grupo de indivíduos considerados sadios quanto à doença em questão.

Esse grupo deverá ser o mais homogêneo possível em relação a outros fatores que não a variável independente investigada.

A

Certo

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21
Q

As análises de dados do estudo de coortes utilizam quais medidas de associação?

A

Risco relativo

Risco atribuível

Risco atribuível populacional

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22
Q

Os grupos expostos e não expostos utilizados no estudo de coortes devem ser comparáveis, ou seja, terem a mesma chance de ocorrência do desfecho.

A

Certo

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23
Q

Quais ao as vantagens do estudo de coortes?

A

Avalia incidência de uma doença

Consegue observar a evolução e história natural da doença

Possui forte relação de causalidade/temporal

Não há problemas éticos

Seleção dos controles é relativamente simples

A qualidade dos dados sobre exposição e doença pode ser excelente já que é possível proceder à sua coleta no momento em que os fatos ocorrem

Os dados referentes à exposição são conhecidos antes da ocorrência da doença

Muitos desfechos clínicos podem ser investigados simultaneamente

Pode evidenciar associações com outras doenças

Menor risco de conclusões falsas ou inexatas

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24
Q

Quais são as desvantagens do estudo de coortes?

A

Perda de follow up (desistência)

Ruim para doença rara

Sujeito a confundindo-te

Falta de comparabilidade entre os expostos e não expostos

Custo elevado

Longa duração

Precisa de acompanhamento de grande número de indivíduos

Não pode ser aplicado a estudos etiológicos de doenças raras pois haveria necessidade de observas muitos indivíduos

Os dados são obtidos após o conhecimento do grau de exposição estando sujeito a influências subjetivas

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25
O estudo de casos-controles é um estudo observacional, longitudinal, retrospectivo. Parte de casos já diagnosticados da doença e ao mesmo tempo seleciona outro grupo de indivíduos que não apresentam aquele agravo. Da comparação desses grupos, em relação a determinados fatores ou atributos, procura-se obter as informações desejadas.
Certo Ponte de partida do caso-controle é a escolha dos participantes pela variável dependente (doença).
26
No estudo de caso controle, parte-se de grupo de casos seguramente diagnosticados e retroagem em sua história, buscando fatores que possam ser imputados como causais. De que forma?
Entrevistas | Consulta a registros
27
No caso controle, alguma variável presente ou ausente em AMBOS os grupos JAMAIS poderá ser dada como uma das causas prováveis da doença.
Certo Contrariamente, a associação de um fator A UM DOS GRUPOS é forte evidência a favor de uma inferência causal.
28
O estudo de caso controle consiste em separar o grupo de atingidos com o grupo de não atingidos, em relação à presença ou ausência do fator em estudo. Qual etapa inicial do estudo?
É a escolha dos dois grupos a serem comparados, de tal maneira que as informações obtidas sejam equivalentemente fidedignas
29
Como deverá ser a escolha dos casos ?
Escolha dos casos: o ideal seria que todos os casos ocorridos na população sob estudo fizessem parte da investigação. A escolha deve levar em conta sua representatividade em relação ao total, e deve haver uniformidade no critério adotado como meio de diagnóstico. É desejável que a escolha seja feita entre os casos de diagnóstico mais recente, Porque a inclusão de doentes em estágios diferentes de evolução pode dificultar a interpretação dos dados obtidos.
30
Como deverá ser a escolha dos controles ?
Deve ser formado por indivíduos não atingidos pelo agravo e de maneira ideal, não deve diferir do grupo atingido a não ser pela ausência da doença. Ambos os grupos devem permanecer a mesma população possibilitando assim a comparação com os casos É recomendável que haja entre os dois grupos: identidade de área geográfica e de fatores sociais, econômicos e culturais
31
Quais são as alternativas que os indivíduos do grupo controle podem ser escolhidos?
Por conjunto de indivíduos selecionáveis Por amostra desse conjunto Por indivíduos pareados com casos específicos
32
O que é o pareamento utilizado no estudo de caso controle?
É o processo de selecionar controles individuais idênticos aos casos Em uma ou mais algumas variáveis específicas como sexo, idade, raça, condição socioeconômica
33
A análise baseia-se na comparação dos indivíduos atingidos com os não atingidos, no que diz respeito à exposição ao fator sob estudo. Como a comparação pode ser feita nos estudos de caso controle?
A comparação pode ser feita com relação a presença ou ausência do fator sob estudo A comparação também pode ser feita com a frequência e grau de exposição ao fator.
34
O estudo de casos controle não permite produzir medidas de ocorrência de doenças, porque não utiliza denominadores populacionais. Permite, somente, estimar uma medida de associação tipo proporcionalidade/chances denominada “odds ratio” que tem a propriedade de aproximar-se do risco relativo no caso de doenças de baixa incidência na população.
Certo Os dados desse tipo de estudo devem ser analisadas com muita cautela devido a sua acentuada vulnerabilidade a diversos tipos de distorção.
35
Quais distorções podemos citar no estudo de caso controle?
Memorização seletiva do evento Distorções na seleção dos casos e controles
36
Quais são as vantagens do estudo de caso controle?
Fácil execução Resultados rápidos Baixo custo Aplicável a doenças raras de baixa incidência Número de participantes pode ser pequeno Não há necessidade de acompanhamento dos participantes Permite análise de mtos fatores de risco simultaneamente Reprodutibilidade
37
Quais são as limitações do estudo de casos controle?
Somente os casos mais novos devem ser incluídos Falta de comparabilidade entre características dos casos e controles Dificuldade na seleção dos controles Informações incompletas Dados inadequados pela falta de memória Dados viciados Casos não são escolhidos aleatoriamente Se a exposição é rara pode ser difícil de realizar o estudo ou interpretar os resultados Cálculo das taxas de incidência não pode ser feito diretamente devendo a estimativa do risco ser feita de maneira indireta Variáveis confundidoras
38
No estudo de casos controle e estudos seccionais não são permitidos determinar a taxa de incidência da doença.
Certo
39
O estudo seccional, transversal ou estudo de prevalência é aquele que sem levar em conta os acontecimentos passados ou futuros mede-se a suposta causa e o respectivo efeito em dado momento.
O fator em estudo e o efeito são estudados simultaneamente em um mesmo momento histórico
40
O estudo seccional não prevê relação temporal (causalidade) e observa a população como uma “fotografia” em uma única oportunidade
Certo
41
O estudo seccional pode também ser usado para testar se a prevalência de determinada enfermidade é maior entre expostos a determinado fator do que entre os não expostos ao fator.
Certo
42
A análise de dados dos estudos seccionais baseia-se na comparação das proporções de indivíduos acometidos entre os expostos ao fator e entre os não expostos.
Certo
43
Como consequência do fato de que o fator de exposição e a doença são considerados concomitantemente durante o lapso de tempo a que se refere os estudos seccionais seus resultados não são indicativos de sequência temporal.
Certo
44
As únicas conclusões legítimas da análise de estudo de prevalência (seccional) limitam-se as relações de associação e não de causalidade
Certo
45
Quais são as vantagens do estudo seccional?
Simples baixo custo rápido (único momento) Objetivo da coleta Não há necessidade de acompanhamento Facilidade para obter amostra representativa Boa opção para descrever as características da população, identificar casos e grupos de alto risco Único tipo de estudo possível em numerosas situações para obter informação relevante com tempo e recursos limitados
46
Quais são as limitações do estudo transversal?
Em condições de baixa prevalência exigem amostra de grande tamanho Erros de Classificação Viés da Prevalência: os indivíduos citados ou falecidos não apresentam na casuística* esse é o problema mais acentuado nas enfermidade de curta duração e naquelas com variação estacional Não permite determinar taxa de incidência Relação cronológica pode não ser facilmente detectável
47
Em uma investigação do tipo caso-controle, parte-se do efeito para se chegar às causas. (Cespe)
Certo
48
Em estudos do tipo caso-controle, uma correlação é investigada partindo-se da causa para chegar ao efeito.
Falso caso controle: efeito (doença) para chegar a causa (fator) Coorte: causa (fator) para chegar a doença (efeito)
49
A odds ratio é utilizado como medida de associação em estudos caso-controle e em estudos transversais controlados.
Certo
50
Por meio dos estudos experimentais (ativos - com intervenção do pesquisador) pode-se evidenciar diretamente os fatores causais do agravo em estudo. Também é chamado de estudo de intervenção
Certo
51
Nos estudos experimentais a população é manipulada diretamente em relação ao fator que tenha possível aplicação como meio preventivo. Como são feitos as escolhas dos grupos?
Um grupo experimental e um grupo controle são escolhidos No experimental é feita a intervenção, que consiste na aplicação ou supressão do fator sob estudo (variável independente$ No grupo controle não é realizada a intervenção. O grupo controle deve ser o mais semelhante possível em relação ao grupo experimental Os dois grupos devem diferir entre si apenas no que tange ao fator de intervenção
52
As hipóteses que sugerem etiologias podem ser testadas com maior precisão pelo uso de estudos experimentais. Qual exemplo de estudo experimental?
O ensaio clínico randomizado é um tipo de estudo em que há intervenção do investigador
53
No ensaio clínico randomizado, parte-se da CAUSA (variável independente) em direção ao EFEITO (variável dependente).
Certo
54
O ensaio clínico randomizado é considerado padrao de excelência porque?
Porque produz evidências mais diretos e inequívocas para esclarecer uma relação de causa-efeito entre duas variáveis. A credibilidade científica que essa pesquisa proporciona é semelhante à da experimentação em animais de laboratório
55
A característica marcante do ensaio clínico randomizado é a possibilidade de subdividir os indivíduos em grupos de características idênticas. Desta forma, tenta-se evitar distorções provocadas por diferenças entre os grupos, que poderiam interferir nos resultados
Certo
56
Quais as vantagens do ensaio clínico randomizado?
Alta credibilidade como produtor de evidência cientificadas Grupos tem grande chance de serem comparáveis Não há dificuldade na formação do grupo controle A qualidade dos dados pode ser excelente visto que é possível proceder à sua coleta no momento em que os fatos ocorrem A cronologia dos eventos é inequívoca A intervenção pode ser dissimulada com o uso de placebo ou aferição duplo cego para não influenciar Os resultados são expressos em coeficientes de incidência, a partir dos quais podem ser computadas as demais medidas de risco Mtos desfechos clínicos podem ser investigados simultaneamente
57
O ensaio clínico randomizado possui os resultados expressos em coeficientes de incidência, a partir dos quais podem ser computada as demais medidas de risco
Certo
58
Quais as limitações do ensaio clínico randomizado?
Ética Exigência de população estável e cooperativa Impossibilidade de ajustas o tratamento em função das necessidades de cada indivíduo Requer estrutura administrativa e técnica de porte razoável
59
O que é o estudo ecológico, também chamado de estudo estatístico?
Trata-se de uma pesquisa realizada com dados estatísticos Ao contrário dos outros a unidade de análise não é constituída por indivíduos e sim por grupos de indivíduos Também chamado de estudo de grupos, conglomerados Não se sabe se um indivíduo em particular é doente ou foi exposto ao fator, apenas as informações globais são disponíveis
60
As vantagens dos estudos ecológicos são a simplicidade, baixo custo, rapidez e as conclusões são mais facilmente generalizáveis. Quais as limitações dos estudos ecológicos?
Não há acesso a dados individuais Falácia ecológica - interpretação enganosa por atribuir a um indivíduo o que se observou em estudos estatísticos Dificuldade de usar técnicas de aferição de informações, o que aumenta o risco de viés Dados de diferentes fontes Correlações significativas ao acaso
61
As análises de dados de estudos epidemiológicos deve implicar apresentação e interpretação de 3 tipos de medida. Quais são essas?
1- Medidas de Ocorrência (média, mediana, moda, frequência, coeficiente de incidência e de prevalência) 2- Medidas de Associação (Proporcional -> risco relativo, razão de prevalência e odds ratio/ Diferença -> risco atribuível e diferença de prevalência) 3- Medidas de Significância Estatística (qui quadrado, teste t de student e teste de curva normal)
62
O risco relativo é uma medida de associação que expressa uma comparação matemática entre: - o risco de adoecer que correram os indivíduos do grupo exposto ao fator - e o risco correspondente no grupo não exposto ao fator. *** Qual valor de RR que implica associação? **** Qual a fórmula matemática?
RR = 1 Ausência de Associação RR < 1 A exposição é um fator de proteção RR > 1 A exposição é um fator de risco -> o risco entre os expostos ao fator é X vezes o risco entre os não expostos RR: coeficiente incidência expostos ——————————————————— coeficiente incidência não expostos Ex: RR 12 no estudo de fumantes e câncer de pulmão -> os fumantes estariam cerca de 12 vezes mais expostos ao risco de câncer do que os não fumantes
63
O risco relativo ou razão de incidências é uma medida estatística que expressa a proporção de incidência do agravo entre os que apresentam o fator de risco em determina população. Constitui, portanto, uma medida da força da associação entre o fator de risco e a ocorrência do agravo. Qual a fórmula matemática do RR?
RR: coeficiente incidência expostos ————————————————— coeficiente incidência não expostos
64
A razão de prevalência (RP) é uma medida de associação de proporcionalidade e é um sucedâneo do risco relativo, geralmente estimada a partir de dados do estudo seccional. A razão de prevalência é a relação entre a PREVALÊNCIA da enfermidade no grupo exposto ao fator e a PREVALÊNCIA da enfermidade no frio ou não exposto ao fator.
RP= prevalência nos expostos ————————————— prevalência nos não expostos
65
A odds ratio (Razão de Chances) também conhecida como Estimativa de Risco Relativo ou Razão de Produtos Cruzados ou Razão de Proporção É uma medida de associação de proporcionalidade e é específica para a análise de estudos do tipo caso-controles. Ela se aproxima do valor do risco relativo quanto mais raro for o evento relacionado. Estima o risco relativo a partir de valores da exposição nos casos (doentes) e as chances em favor da exposição nos não casos (controles). Qual sua fórmula e interpretação?
OR: a.d —— b.c A-> expostos e doentes B-> não expostos e doentes C-> expostos e não doentes D-> não expostos e não doentes Exemplo: OR de 8,14 em estudo de trombose e uso de anticoncepcional significa que o RISCO de uma mulher que tomava anticoncepcional ter trombose foi 8,14 vezes o risco que correu uma mulher que não tomava o Ou a chance da mulher que tomava anticoncepcional tinha 8,14 maior chance de adoecer, sendo a exposição um fator de RISCO
66
O risco atribuível é uma medida de associação do tipo diferença que resulta na subtração entre as taxas. É a parte do risco que pode ser atribuída EXCLUSIVAMENTE ao fator estudado e não a outros fatores, porque se retira (subtrai) do total a parte referente aos não expostos. É a subtração entre a incidência entre os expostos e a incidência entre os não expostos. Qual sua fórmula e interpretação?
RA: incidência expostos - incidência não expostos Exemplo: 33% significa o EXCESSO de risco atribuível ao hábito de fumar foi estimado em 33 casos
67
A diferença de prevalências é uma medida de associação do tipo diferença que permite o cálculo tomando-se a prevalência como um sucesso da medida de risco. É a diferença entre a prevalência nos expostos e nos não expostos.
DP: prevalência nos expostos - prevalência nos não expostos
68
O risco atribuível é a medida que indica o que se pode esperar que aconteça com a ocorrência geral do agravo na comunidade caso o fator de risco seja eliminadoS O fator de risco combina três ideias, quais são?
1- a frequência da ocorrência indesejável quando o fator de risco está presente 2- a frequência da ocorrência quando o fator está ausente 3- a frequência da presença do fator de risco na comunidade
69
O que é Risco Absoluto?
Ocorrência de um fenômeno na população, é o coeficiente de incidência Mostra quantos casos novos da doença aparecem no grupo
70
O que é o risco atribuível proporcional?
É o risco atribuível expresso em porcentagem Uma medida de associação influenciada pela ocorrência do fator de risco Mede a queda percentual no número de casos da doença caso o fator em estudo seja eliminado ou neutralizado totalmente RAP: incidência total - incidência não expostos ————————————————————- incidência total Ex: Significa que x% dos casos do agravo não teriam ocorrido se o fator sob estudo tivesse sido evitado
71
Nos estudos de caso controle, como não são produzidos o coeficiente de incidência deve-se utilizar a fórmula de Levin para poder medir-se o risco atribuível populacional. RAP LEVIN: F (OR - 1) —————— x100 F (OR - 1) + 1 Em que F é a proporção de ocorrência do fator na população, ou seja, a proporção da população exposta
Certo
72
Quais são as medidas de associação utilizadas no estudo de coortes?
Risco relativo Risco atribuível Risco atribuível proporcional
73
Quais são as medidas de associação utilizadas no estudo de caso-controle?
Odds ratio RAP levin
74
Nos estudos de caso-controle o eficiente de incidência não é determinável.
Certo
75
Para a estimativo do risco relativo a partir dos valores em estudo de caso controle, usa-se odds ratio admitindo-se que?
1- a frequência da doença na população é baixa 2- os casos estudados são representativos de todos os casos da doença ocorridos na população 3- os controles são representativos da parte da população que não teve a doença
76
Quais são as medidas de associação utilizadas no estudo transversal/seccional?
Razão de prevalência Diferença de Prevalência
77
Quais são as medidas de associação utilizadas nos estudos experimentais?
Risco relativo Risco atribuível Eficácia pode ser avaliada em casos de vacina por exemplo Eficácia: incidencia não expostos - incidência expostos —————————————————— Incidência não expostos
78
Quais são as medidas de associação utilizadas nos estudos ecológicos?
Não há dados individuais Apenas os dados totais marginais da tabela
79
As medidas de morbidade são consideradas as mais adequadas e sensíveis para expressar mudanças de curto prazo no estado de saúde de uma população.
Certo
80
O estudo seccional (transversal) é um estudo comparativo.
Certo
81
Quais são os estudos epidemiológicos que existe comparação?
Coortes Caso controle Seccional
82
As medidas de associação avaliam a força da associação entre exposição ao fato e o desfecho. Quais são essas medidas de associação?
Risco relativo (quantas vezes o risco de desenvolver um desfecho é maior nos indivíduos expostos) Odds ratio (quantas vezes a chance de desenvolver um desfecho é maior nos indivíduos expostos -> não utiliza medidas de incidência) Razão de prevalência (mede a prevalência nos expostos quando comparado aos não expostos) Risco atribuível (mede a diferença entre incidência nos expostos e incidência nos não expostos)
83
Postulados de Kock
Afirma que um micro-organismo é o agente causal de uma enfermidade SE: - está presente em todos os casos da enfermidade; - não ocorre em outra doença como parasita ocasional ou não patogênico; - é isolado em cultura pura de um animal e induz a mesma doença em outros animais. Kock ignorou a influência de fatores ambientais. Os postulados de Kock não são aplicáveis a doenças não infecciosas.
84
Os postulados de Evans fornecem valiosos subsídios para o estabelecimento das relações de causalidade. Quais são os postulados de Evans?
1- A proporção de indivíduos com a doença deve ser significativamente maior no grupo dos expostos à suposta causa que no grupo dos não expostos. 2- Quando os fatores de risco forem constantes, a exposição à suposta causa deve estar presente, mais frequentemente, naqueles indivíduos afetados pela doença que nos demais não afetados. 3- Em estudos prospectivos (concorrente), o número de NOVOS casos deve ser maior nos expostos do que nos não expostos. 4- Após a exposição à suposta causa, a distribuição temporal da doença deve oferecer um perfil de curva normal, em consonância com o seu período de incubação. 5- Um espectro de flutuações da resposta do hospedeiro, oscilando desde os quadros suaves aos mais severos, deve suceder a exposição à suposta causa, assegurando o gradiente de lógica biológica. 6- Uma resposta mensurável do hospedeiro deve aparecer após a exposição à suposta causa, em indivíduos que não apresentavam tal resposta antes da exposição, e naqueles já reagentes por ocasião da exposição, tal reação deve ser aumentada. Esse perfil de resposta não deve ocorrer em indivíduos não expostos à aludida causa. 7- A reprodução experimental da doença deve ocorrer com maior frequência em expostos que naqueles não expostos. 8- A eliminação ou modificação da causa deve reduzir a frequência da doença. 9- A prevenção ou modificação da resposta do hospedeiro deve induzir ou eliminar a doença que ocorre normalmente como consequência da exposição à suposta causa. 10- Todas as relações e associações devem ser biologicamente e epidemiologicamente confiáveis.