Estudos Epidemiológicos Flashcards

1
Q

O que são estudos descritivos?

A

Estudos que investigam a frequência e a distribuição de um agravo à saúde na população (ex.: relato de caso, ecológicos e transversais).

OBS.: são bons para planejamento e levantar hipóteses.

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2
Q

O que são estudos analíticos?

A

Estudos que testam hipóteses, investigam a associação entre fatores de risco e agravos a saúde (ex.: coorte, caso-controle e ensaio clínico).

OBS.: são bons para definir fatores de risco.

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3
Q

Qual a classificação dos estudos em relação aos indivíduos estudados?

A
  • Individuado: pesquisa indivíduo por indivíduo.
  • Agregado: pesquisa toda a população de uma só vez.

OBS.: todo estudo que utilize questionários ou prontuário é individuado.

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4
Q

Qual a classificação dos estudos em relação a posição dos investigadores?

A
  • Observacionais: apenas observa-se as variáveis do estudo.
  • Intervencionistas (experimentais): ocorre a manipulação por parte dos pesquisadores.
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5
Q

Qual a classificação dos estudos em relação a dimensão temporal do estudo?

A
  • Tranversal (instantâneo): avalia uma situação pontual no tempo.
  • Longitudinal: há acompanhamento, podendo ser prospectivos ou retrospectivos.

OBS.: os transversais seriam uma “fotografia”, e os longitudinais, um “filme”.

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6
Q

Um grupo de pesquisadores coletou dados sobre a mortalidade por cólera e a cobertura do saneamento básico em uma cidade, observando que quanto menor a cobertura, maior a incidência da doença. Qual o tipo de estudo?

A

Ecológico.

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7
Q

Qual a característica dos estudos ecológicos?

A
  • São estudos agregados, observacionais e transversais.
  • Estudam uma população.
  • Avaliam uma situação com base em dados secundários (já existentes). Ou seja, não realizam investigação.
  • Muito utilizados para planejamento de saúde pública.
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8
Q

Quais as vantagens dos estudos ecológicos?

A
  • Baratos.
  • Rápidos.
  • Bons para gerar hipóteses.
  • Bons para avaliar prevalência.
  • Apresentam conclusões generalizáveis com maior facilidade e maiores correlações que estudos individuais.
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9
Q

Quais as desvantagens dos estudos ecológicos?

A
  • Geram hipóteses, mas NÃO confirmam.
  • Baixo poder analístico.
  • Falácia ecológica: incapacidade de individualizar os resultados encontrados para toda a população.
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10
Q

Um grupo de pesquisadores avaliou, por meio de questionário individuais, a situação socioeconômica e a presença de hipertensão arterial de uma população alvo. Ao final, viram que a prevalência de hipertensão arterial era maior nos mais pobres. Qual o tipo de estudo?

A

Transversal (inquérito).

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11
Q

Quais as características dos estudos transversais?

A
  • Estudo individuado, observacional e transversal.
  • Utilizam frequentemente a aplicação de questionários.
  • Observam ao mesmo tempo o fator causal e a doença.
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12
Q

Quais as vantagens dos estudos transversais?

A
  • Rápidos.
  • Baratos.
  • Bons para gerar hipóteses.
  • Bons para avaliar prevalência.
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13
Q

Quais as desvantagens dos estudos transversais?

A
  • Não testam nem confirmam hipóteses.
  • Baixo poder analítico.
  • Vulneráveis a erros de seleção e de duração da doença.

OBS: para minimizar os viéses em estudos transversais, realiza-se a estratificação (separação em grupos pré-estabelecidos).

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14
Q

Qual a principal característica de um ensaio comunitário?

A

Estudo intervencionista em populações (ex.: vacinação).

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15
Q

Quais as características de um estudo ou série de caso?

A
  • Se baseia em um único paciente ou em um grupo de pacientes.
  • Contribuem ao evidenciar fatores que devem ser levados em consideração em estudos maiores.
  • Não possuem grupos de comparação nem permitem identificar e confirmar fatores de risco.
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16
Q

Um estudou avaliou o risco de AVC em pacientes obesos. Para isso, acompanhou um grupo de pessoas com obesidade e outro sem ao longo de 10 anos. No final do estudo, o risco de IAM foi 4x maior no grupo dos obesos. Qual o tipo de estudo?

A

Coorte.

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17
Q

Quais as características do estudo de coorte.

A
  • Estudo individuado, observacional e transversal.
  • Avalia dois grupos: um COM e outro SEM o fator de risco.
  • Casos prevalentes (com a doença) são excluídos.
  • Parte do fator de risco e caminha para a doença (estudo prospectivo).
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18
Q

Quais as vantagens dos estudos de coorte?

A
  • Definem riscos e confirmam hipóteses.
  • Melhor método para avaliar incidência (principalmente se doenças de curto período de incubação).
  • Bons para fatores de risco raros.

OBS.: pode avaliar vários fatores de risco, mas em grupos SEPARADOS (não ao mesmo tempo em um só grupo).

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19
Q

Quais as desvantagens dos estudos de coorte?

A
  • Caros.
  • Demorados.
  • Vulneráveis a perdas de segmento.
  • Inapropiados para doenças raras.
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20
Q

Quais as características de um estudo coorte retrospectivo/histórico?

A

Avalia a exposição a fatores de risco e seus resultados em um momento no passado.

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21
Q

Um estudo avaliou os fatores de risco para o desenvolvimento de sarcoma de Kaposi. Para isso, selecionou pacientes doentes de um hospital e comparou com um grupo não doente. Ao analizar os prontuários, quase a totalidadd dos pcientes com a doença eram infectados pelo HIV. Qual o tipo de estudo?

A

Caso-controle.

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22
Q

Quais as características dos estudos de caso-controle?

A
  • São estudos individuados, observacionais e longitudinais.
  • Avaliam dois grupos: um com a doença (casos) e outro com as mesmas características, porem sem a doença (controles).
  • Partem da doença para encontrar os fatores de risco no passado (retrospectivos).
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23
Q

Quais as vantagens dos estudos de caso-controle?

A
  • Rápido.
  • Barato.
  • Bons para doenças raras e longas.
  • Pode-se avaliar vários fatores de risco ao mesmo tempo.
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24
Q

Quais as desvantagens dos estudos de caso-contole?

A
  • Não avaliam risco, apenas chance.
  • Dificuldade de montar o grupo controle.
  • Ruins para riscos raros.
  • Suceptível a vieses (principalmente de memória).
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25
Q

Um estudo avaliou a eficiência de um novo analgésico, comparando com o medicamento de referência. Dividiu-se a população estudada em dois grupo, cada um com uma medixação. Ao final de 3 anos, não houve diferença estatística na resposta às duas medicações. Qual o tipo de estudo?

A

Ensaio clínico.

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26
Q

Quis as características do ensaio clínico?

A
  • Estudo individuado, intervencionista e longitudinal.
  • Comparam o efeito de uma intervenção em um grupo com outro grupo que não a recebeu (ex.: placebo).
  • É o melhor estudo para se testar medicamentos.
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27
Q

Quais as fases de um ensaio clínico?

A
  • Pré-clínica: estudos em animais (90% dos ECRs param aí).
  • I: avalia a segurança da droga, sem grupo controle.
  • II: avalia a dose em grupos pequenos.
  • III: comparação com o placebo ou medicamento de referência (ECR propriamente dito) em grupos maiores.
  • IV: vigilância pós-comercialização.
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28
Q

Quais os principais fenômenos de confundimento nos ensaios clínicos?

A
  • Efeito placebo: o paciente melhora sem receber a medicação.
  • Efeito Hawthorne: mudança no estilo de vida só pelo fato de estar sendo observado.
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29
Q

Quais as vantagens dos ensaios clínicos?

A
  • Consegue controlar os fatores de confusão.
  • Melhor exame para provar uma repação causal.
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30
Q

Quais as desvantagens dos ensaios clínicos?

A
  • Caro.
  • Longo.
  • Suceptível a vieses e perdas de segmento.
  • Podem causar problemas éticos.
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31
Q

Quais as estratégias para minimizar os viéses nos ensaios clínicos?

A
  • Controlar os grupos (controle x experimento): evita viés de intervenção.
  • Randomização: evita viés de confusão e seleção, além de homogenizar os grupos (distribuido também os efeitos placebo e Hawthorne).
  • Mascaramento: evita viés de aferição.
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32
Q

Quais os tipos de mascaramento de um ensaio clínico?

A
  • Simples-cego: os participantes não sabem os grupos que estão.
  • Duplo-cego: os participantes e os médicos não sabem quem pertence a qual grupo.
  • Triplo-cego: os pcientes, os médicos e os analistas não sebem quem pertence a qual grupo.

OBS.: estudos abertos (sem mascaramento) → pacientes sabem em que grupo estão (ex.: quem recebe ou não cirurgias).

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33
Q

O que é validade interna e externa de um estudo?

A
  • Validade interna: indica que os resultados de uma pesquisa são verdadeiros. Depende da qualidade metodológica do estudo.
  • Validade externa: indica que os resultados do estudo são aplicaveis em outros grupos e populações (generalização).
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34
Q

O que é efetividade, eficácia e eficiência de um ensaio clínico?

A
  • Efetividade: quando uma intervenção funciona em condições habituais (realidade → validade externa).
  • Eficácia: quando uma intervenção funciona em condições ideais (potência máxima → validade interna).
  • Eficiência: custo x benefício de uma intervenção.
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35
Q

Quais os parâmetros utilizados na avaliação econômica de um estudo?

A
  • Custo-efetividade: avalia custo pelos anos de vida salvos.
  • Custo-utilidade: avalia o custo pelos anos de vida ajustado para qualidade de vida.
  • Custo-benefício: avalia o custo pelo valor monetário do desfecho clínico.
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36
Q

O que é uma revisão sistemática?

A
  • Estudo que avalia o resultado de outros estudos sobre determinado tema.
  • Segue uma metodologia e, se utilizado métodos estatísticos para integrar o resultado dos estudos, chama-se metanálise.
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37
Q

Como avaliar o resultado final de uma revisão sistemática?

A

Pelo diagrama de Forest (diamante negro).

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38
Q

Quais as vantagens de uma revisão sistemática?

A
  • Barato.
  • Rápido.
  • Síntese de informações.
  • É o estudo com o maior nível de evidência.
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39
Q

Quais as desvantagens de uma revisão sistemática?

A
  • Divergência entre os estudos.
  • Viés de publicação (há uma tendência de se publicar apenas estudos com resultados positivos).
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40
Q

Qual o nível de evidência cietífica?

A
  • I: revisões sistemáticas e ensaio clínico randomizado com desfecho clínico.
  • II: Coorte e ensaios clínicos aleatórios ou sem desfecho clínico.
  • III: Caso-controle.
  • IV: Transversais e ecológicos.
  • V: Opinião de especialista.
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41
Q

Quais são os estudos de incidência e prevalência?

A
  • Prevalência: transversal e ecológico.
  • Incidência: coorte e ensaio clínico.
42
Q

Quais as características do erro aleatório?

A
  • Ocorre devido ao acaso.
  • Medido pelo p valor e pelo intervalo de confiança.
  • Pode ser evitado aumentando a quantidade de participantes.
  • Um estudo com poucos erros possui p < 0,05 e intervalo de confiânça sempre acima ou abaixo de 1.
  • Quando o estudo não possui erros aleatórios, ele é confiável e preciso.
43
Q

O que é hipótese nula?

A
  • É a constatação que dois eventos não possuem relação causal.
  • Os estudos buscam rejeitar a hipótese nula (ou seja, encontrar uma relação causal).
44
Q

Quais as características do erro sistemático?

A
  • Representa os viéses.
  • São avaliados pela metodologia do trabalho.
  • Quando um estudo não tem erros sistemáticos, ele é válido e acurato.
45
Q

Quais os principas tipos de viés?

A
  • De seleção: quando os grupos de comparação são diferentes (ex.: de amostragem, perda de segmento, de autosseleção/voluntariado, etc)..
  • De aferição: quando uma variável e medida de forma diferente em cada indivíduo (ex.: balança desregulada, viés de memória).
  • De confundimento: quando uma terceira variável está associada à exposição e ao desfecho, mas não faz parte da cadeia de eventos.

OBS.: as melhores medidas para se evitar erros de seleção são a randomização e a análise por intensão de tratamento.

46
Q

Quais as características do erro tipo I e II?

A
  • Tipo I/alfa: afirmar que uma associação é verdadeira sem ser (falso-positivo).
  • Tipo II/beta: afirmar que uma associação é falsa sem ser (falso-negativo).
47
Q

O que é amostra e amostragem?

A
  • Amostra: participantes reais da pesquisa.
  • Amostragem: método de seleção dos participantes da pesquisa.

OBS.: os levantamentos por amostragem apresentam menor custo, mas são mais suceptíveis à vieses.

48
Q

Quais os tipos de amostagem?

A
  • Aleatória (casual) simples: quando todos os elementos da população possuem a mesma chance de serem selecionados.
  • Aleatória (casual) estratificada: separar a população em grupos homogênios e, a partir daí, fazer a seleção via amostragem aleatória. de cada grupo.
  • Sistemática: selecionar as unidades elementares da população em intervalos pré-fixados (ex.: um nome a cada 10 de uma lista, todos com o cpf acabando com 7, etc).
  • Conglomerado: a população é dividida em grupos, selecionando aleatoriamente em seguida os grupos que participarão da pesquisa.

OBS.: pareamento → para cada indivíduo do grupo, seleciona-se um ou mais indivíduos com características semelhantes para o grupo de comparação.

49
Q

Qual o primeiro passo ao analiser os dados de um estudo?

A

Colocar os dados numa tabela 2x2.

50
Q

Quais as medidas podemos calcular no exame de coorte?

A
  • Incidência.
  • Risco relativo.
  • Risco atribuível.

OBS.: quando a prevalência é baixa, o odds ratio pode ser utilizado no coorte.

51
Q

Como calcular a incidência dos expostos?

A

Nº de casos novos dos expostos/população expostos (a/a+c).

52
Q

Como caucular o risco relativo?

A

Incidência dos expostos/incidência dos não-expostos (a/a+c / b/b+d).

OBS.: avalia quantas vezes é mais provável que um paciente exposto adoeça.

OBS.2: se a exposição permanecer, a tendencia do risco relativo é aumentar com o passar do tempo (mais pessoas vão adoecer).

53
Q

Como calcular o risco atribuível?

A
  • Incidência dos expostos - incidência dos não-expostos (a/a+c - b/b+d).
  • Indica quantos pessoas tiveram ou preveniram o desfecho devio APENAS ao fator de risco/proteção.
54
Q

Qual medida de associação pode ser utilizada nos estudos transversais e ecológicos?

A

Razão de prevalência (RP) = prevalência dos expostos/prevalência dos não-expostos (a/a+c / b/b+d).

OBS.: o cálculo da prevalência é igual ao da incidência (porém, com significados diferentes).

55
Q

Qual medida de associação pode ser usadas no caso-controle?

A

Odds ratio (OR) = a x d/c x b.

OBS.: exprime uma chance, e não um risco (ou seja, estima o razão das chabces).

56
Q

Quais as medidas de associação podemos utilizar no ensaio clínico?

A
  • Risco relativo (RR).
  • Redução do risco relativo (RRR)
  • Redução absoluta do risco (Rar).
  • Número necessário para tratamento (NNT).
57
Q

Qual a fórmula do risco relativo?

A

Incidência dos expostos/incidência dos não-expostos (a/a+c / b/b+d).

58
Q

Qual a fórmula da redução do risco relativo?

A

1 - RR.

OBS.: expressa a eficácia/efetividade da droga!

59
Q

Qual a fórmula da redução absoluta do risco?

A

Incidência dos expostos - incidência dos não expostos (a/a+c - b/b+d).

OBS.: expressa a parcela de culpa de um determinado fator no risco.

60
Q

Qual a fórmula do número necessário para o tratamento?

A

1/Rar.

OBS.: avalia a eficiência (custo x benefício) da droga.

61
Q

Quais são as medidas de tendência central.

A
  • Média: média aritimética dos valores encontrados. É a que mais sofre com valores extremos.
  • Mediana: média aritimética dos dois valores centrais. NÃO É INFLUENCIADA por valores extremos, mas é a mais difícil de ser determinada (principalmente se amostras grandes).
  • Moda: representa um valor típico (que mais se repete), mas não tem função em termo de cálculo.
62
Q

Quais as principais medidas de dispersão?

A
  • Variabilidade: subtração dos elementos de duas ou mais ocilações de uma variável (quanto menor o valor, mas variável é a amostra).
  • Variância: soma dos quadrados dos desvios dividida pelo número de variações
  • Desvio Padrão (DP): raiz quadrada da variância.

OBS.: numa distribuição normal (média = mediana = moda), 1 DP engloba 68% da população, 2 DP englobam 95% da população e 3 DP englobam 99% da população.

63
Q

Quais as características de uma distribuição assimétrica?

A
  • Assimétrica positiva: a moda é menor que a mediana, que são menores que a média.
  • Assimétrica negativa: a média é menor que a mediana, que são menores do que a moda.

OBS.: intervalo interquartílico → avalia a disoersão de dados em um distribuição assimétrica.

64
Q

Como interpretar o resultado do RR, OR e RP?

A
  • > 1: fator de risco.
  • = 1: sem associação.
  • < 1: fator de proteção.
65
Q

Como avaliar o intervalo de confiança?

A
  • Se o intervalo passou pelo 1, o estudo não é confiável.
  • Quanto mais estreito o intervalo, mais preciso o estudo.

ATENÇAO

quando há significancia e p<0,5 afasta-se o ACASO da explicação proteção ou risco do estudo

66
Q

Como avaliar se há diferenças estatísticas entre dois estudos ou fatores de risco?

A

Quando nenhum valor dos intervalos de confiança dos dois estudos coincidem, há diferênça estatística entre eles (caso contrário, não).

67
Q

Quais os possíveis resultados numa eficácia comparativa entre medicamentos?

A
  • Superioridade: o novo tratamento é superior ao padrão.
  • Não-inferioridade: o novo tratamento não se mostra inferior que o padrão.
  • Equivalência: o novo tratamento se mostra igual ao padrão.
68
Q

Quais as medidas de validação dos testes diagnósticos?

A
  • Sensibilidade.
  • Especificidade.
  • Acurácia.
  • Valor preditivo positivo.
  • Valor preditivo negativo.
  • Razões de verossimilhança.
69
Q

Quais as qualidades dos testes diagnósticos?

A
  • Preciso: capacidade de um teste sempre dar o mesmo resultado (certo ou errado), se feito na mesma amostra.
  • Confiável: capacidade de um teste sempre dar o mesmo resultado (certo ou errado), mesmo feito em amostras diferentes.
  • Acurado: capacidade de um teste sempre acertar um resultado.
70
Q

Qual o primeiro passo na avaliação dos testes diagnósticos?

A

Construir uma tabela 2x2.

71
Q

O que representa os valores na tabela 2x2 na validação dos testes diagnósticos?

A
  • A: verdadeiro positivo (VP).
  • B: falso-positivo (FP).
  • C: falso-negativo (FN).
  • D: verdadeiro negativo (VN).
72
Q

O que é sensibilidade?

A
  • Proporção dos verdadeiros positivos entre os doentes.
  • Identifica doentes.
  • Sensibilidade = a/a+c (VP/VP+FN).
73
Q

Quais as características da sensibilidade?

A
  • Expressa a possibilidade do teste ser positivo na presença de doença.
  • Quanto mais sensível o teste, maior o número de VP e FP, e menor o de FN.
  • Utilizado em testes de rastreio, quando a doença é muito grave ou bancos de sangue.
74
Q

O que é análise de sensibilidade?

A
  • Avaliação que procura estimar o resultado final de acordo com modificação das variáveis determinantes.
  • Objetiva encontrar o ponto em que o custo-efetividade compense a intervenção.
75
Q

O que é especificidade.

A
  • Capacidade de um teste identificar os verdadeiros negativos dentre os não doentes.
  • Especificidade = d/b+d (VN/VN+FP).
76
Q

Quais as características da especificidade?

A
  • Expressa a possibilidade do teste ser negativo na ausência de doença.
  • Quanto mais específico, maior o número de VN e FN, e menor o de FP.
  • Utilizado quando queremos confirmar uma doença ou quando o falso-positivo causa traumas psicológicos ou tratamentos muito agressivos.
77
Q

Como a modificação do ponte de corte de um teste altera a sensibilidade e a especificidade do mesmo?

A
  • Aumento do ponto de corte: mais específico.
  • Diminuição do ponto de corte: mais sensível.
78
Q

A prevalência de uma doença altera a sensibilidade e especificidade de um teste diagnóstico?

A

Não! São características intrínsecas do teste!

79
Q

O que é acurácia?

A
  • É a capacidade de um teste de identificar os verdadeiros positivos e verdadeiros negativos em todos os avalidos.
  • Acurácia = a+d/a+b+c+d (VP+VN/população).
80
Q

O que é valor preditivo positivo (VPP)?

A
  • Proporção de indivíduos verdadeiramente positivos em relação aos testes positivos.
  • Quanto maior a sensibilidade, menor o VPP.
  • Quanto maior a especificidade, maior o VPP.
  • VPP = a/a+b (VP/VP+FP).

OBS.: espressa a probabilidade de estar doente dado um teste positivo (VP entre os testes positivos).

81
Q

O que é valor preditivo negativo (VPN)?

A
  • Proporção de indivíduos verdadeiramente negativos em relação aos testes negativos.
  • Quanto maior a sensibilidade, maior o VPN.
  • Quanto maior a especificidade, menor o VPN.
  • VPP = d/c+d (VN/VN+FN).

OBS.: espressa a probabilidade de não estar doente dado um resultado negativo.

82
Q

Os valores preditivos variam com a prevalência da doença?

A

Sim! Quanto maior a prevalência, maior o VPP e menor o VPN!

OBS.: a prevalência é a probabilidade pré-teste, e os valores preditivos, probabilidade pós-teste.

83
Q

O que é a curva ROC?

A

Representação gráfica da sensibilidade e especificidade de um teste.

84
Q

Como montar uma curva ROC?

A
  • Eixo X: 1 - especificidade (FP).
  • Eixo Y: sensibilidade.
85
Q

Como interpretar uma curva ROC?

A
  • Quanto maior a área abaixo da curva (mais alta), maior a acurácia.
  • O melhor ponto de corte é aquele que mais se aproxima do canto superior esquerdo (+ específico e + sensível).
86
Q

O que é razão de verossimilhança?

A
  • Probabilidade de um resultado do teste em uma pessoa doente, dividida pelaprobabilidadd do resultado em pessoas sem a doença.
  • Representa uma chance (divisão de duas probabilidades).
87
Q

Qual a fórmula da razão de verossimilhança positiva?

A

Proporção de doentes com resultado positivo sobre proporção de não doentes com resultado positivo (Sensibilidade / 1 - especificidade).

OBS.: quanto maior, melhor o teste.

88
Q

Qual a fórmula da razão de verossimilhança negativa?

A

Proporção de doentes com resultado negativo sobre proporção de não doentes com resultado negativo (1 - sensibildiade / especificidade).

OBS.: quanto menor, melhor o teste.

89
Q

O que são testes em paralelo?

A
  • Realização de múltiplos testes diagnósticos ao mesmo tempo, sendo o resultado de um deles positivo considerado diagnóstico.
  • Visa aumentar a sensibilidade dos exames.
  • Útil quando é necessária uma avaliação rápida.
90
Q

O que são testes em série?

A
  • Realização de testes consecutivos, onde a negativação de um descarta o diagnóstico.
  • Visa aumentar a especificidade dos testes.
  • Útil quando não há exames com boa especificidade.
91
Q

Quais os tipos de variáveis?

A
  • Independentes: é o fator de risco.
  • Dependente: é o desfecho.
  • Quantitativa (numéricas): podem ser contadas.
  • Qualitativas (categóricas): não podem ser contadas.
92
Q

Qual a classificação das variáveis quantitativas (numéricas)?

A
  • Contínuas: adimite valores fracionados (ex.: temperatura, peso, idade, etc).
  • Discretas: não adimitem valores fracionados (ex.: batimentos cardíacos).
93
Q

Qual a classificação das variáveis qualitativas (categóricas)?

A
  • Ordinais: quando existe uma ordem entre as categorias (ex.: gravidade, nível de escolaridade).
  • Nominais: não existe uma ordem entre as categorias (ex.: sexo, cor, tipo sanguíneo).
94
Q

Quais os principais testes estatísticos?

A
  • Qui-quadrado de Pearson : 2 variáveis categóricas grandes -qualitativas (“qui-tegóricas”).
  • Fisher: 2 variáveis categóricas com número de participantes pequenos (ex.: doenças raras).
  • T student: 1 variável numérica ( quantitativa)e 1 variável categórica(qualitativa)
  • Correlação de Pearson : 2 variáveis (quantitativas)numéricas.

OBS.: exclusivamente para comparar sobrevivência x tempo, utilizamos o teste de Log x Rank.

95
Q

Quais as características da análise de variânica (ANOVA)?

A
  • Utilizada para comparar a média de 3 ou mais grupos.
  • Verificar se há diferença entre distribuição de uma medida nesses grupos.
96
Q

Quais os melhores gráficos para expressar variáveis quantitativas?

A
  • Box plot: localiza e analiza a variação de uma variável dentre diferentes grupos (ideal para estudos com grandes variações).
  • Polígono de frequência: analisa os valores em um gráfico com eixo X e Y.
  • Histograma (diagrama de frequência): representação gráfica em colunas de um conjunto de dados previamente tabulado e dividido em classes uniformes.
  • Gráfico de barra: similar a um histograma, mas para variáveis contínuas.
97
Q

Qual o melhor gráfico para expressar variáveis qualitativas?

A

Setores (pizza): mostra uma proporção em relaçãoao total.

98
Q

Qual o melhor método gráfico para se comparar duas variáveis ou avaliar a sua associação?

A

Diagrama de dispersão.

99
Q

Quais são os critérios de causalidade de Hill?

A
  • Sequência cronológica (+ importante): o fator causal tem que surgir antes da doença (temporalidade).
  • Força de associação: a incidência da doença deve ser maior nos indivíduos expostos.
  • Relação dose-resposta: quanto maior a exposição, maior a ocorrência da doença.
  • Consistência da associação: outros estudos chegam a conclusões semelhantes.
  • Plausibilidade: a história natural e os mecanismos são coerentes.
  • Especificidade: se retirar o fator de risco, a doença não ocorre.
  • Coerência: a associação encontrada não entra em conflito com o conhecimento sobre a história natural da doença.
  • Analogia com outras situações.
  • Evidência experimental.
100
Q

Quais são os princípios da bioética?

A
  • Autonomia: o paciente é quem decide participar da pesquisa por meio do TCLE.
  • Beneficência: o estudo deve sempre buscar algum benefício.
  • Maleficência: a pesquisa nunca deve fazer algo que cause danos ao paciente.
  • Justiça: todos podem fazer parte da pesquisa e seus benefícios devem ser compartilhados por todos.
101
Q

O modelo de Dahlgren e Whitehead representa a saude e seus determinantes sociais. Caracterize sua divisao em camadas

A

1ªcamada: idade ,sexo, fatores hereditarios

2ª camada: estilo de vida

3ª camada: redes sociais e comunitarias

4ª camada: condiçoes de vida e trabalho

5ª camada: condiçoes culturais, socioeconomicas e ambientais