ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Flashcards
INVESTIGAÇÃO DE HIPÓTESES
c) Estudos populacionais
2.2.2.1- Estudos observacionais
2o - Estudo de casos-controles
O estudo de casos-controles não permite produzir medidas de ocorrência de doenças, porque não utiliza denominadores populacionais. Permite, somente, estimar uma medida de associação tipo proporcionalidade, denominada “odds ratio”, que tem a propriedade de aproximar-se do risco relativo no caso de doenças de baixa incidência na população. Os dados desse tipo de estudo devem, portanto, ser analisados com muita cautela, devido a sua acentuada vulnerabilidade a diversos tipos de distorção.
MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA
Podem ser aplicados três tipos de isolamento:
1.3.1- Isolamento individual
1.3.2- Acantonamento ou isolamento em grupo
1.3.3- Cordão sanitário ou interdição ou isolamento de área
ESTIMATIVAS DE POPULAÇÕES
É necessário, ainda, dispor dos dados de dois recenseamentos. A estimativa pode ser, então, ser intercensitária, quando a data para a qual se pretende a estimativa localiza-se entre os dois censos, pós-censitária, quando a data para a qual se pretende a estimativa localiza-se após o segundo censo, ou pré-censitária, quando a data para a qual se pretende a estimativa localiza-se antes do primeiro censo.
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
2.2- INVESTIGAÇÃO DE HIPÓTESES
c) Estudos populacionais
2.2.3- Análise de dados de estudos epidemiológicos
A análise dos dados epidemiológicos deve implicar apresentação e interpretação de três tipos de medidas:
- Medidas de ocorrência
- Medidas de associação
- Medidas de significância estatística
NOÇÕES DE AMOSTRAGEM EM SAÚDE ANIMAL
10.3. Tipos de amostra
Uma amostra pode ser probabilística ou não probabilística. Amostra probabilística, também chamada aleatória, é aquela em que todas as unidades da população têm a mesma probabilidade de serem selecionadas. Já amostra não probabilística é aquela em que nem todas as unidades têm a mesma chance de fazerem parte da amostra. Como exemplos de amostras não aleatórias podem ser citadas amostra de voluntários, amostra intencional (por exemplo, amostra apenas de adultos), amostra prontamente acessível, rebanhos de mais fácil acesso, proprietários mais receptivos etc.
NOÇÕES DE AMOSTRAGEM EM SAÚDE ANIMAL
10.5. Erros na amostragem
Erro de amostragem é a discrepância entre o valor obtido com uma amostra e o valor que seria obtido caso fossem examinadas todas as unidades da população. O uso de métodos de amostragem probabilística permite controlar o erro de amostragem de forma satisfatória, uma vez que é possível estabelecer o tamanho da amostra necessário para manter o erro dentro dos limites desejados.
INVESTIGAÇÃO DE HIPÓTESES
c) Estudos populacionais
2.2.3- Análise de dados de estudos epidemiológicos
Análise estatística
Existe a possibilidade de que uma associação eventualmente observada possa ser atribuída ao acaso. Por isso, é necessário mensurar, de forma sistemática e padronizada, qual o grau de certeza de que algum achado corresponda de fato à realidade. É muito importante o teste de significância estatística de qualquer associação verificada, porque fatores diversos (como tamanho da amostra, padrão de distribuição dos casos etc.) podem casualmente parecer associações fortes que na verdade não existem.
ÍNDICES E COEFICIENTES INDICADORES DE SAÚDE
1.5- Coeficiente de concepção
Trata-se de um indicador aplicado a rebanhos animais de exploração econômica.
O Coeficiente geral de fertilidade, obtido pela relação entre o número de nascidos vivos e a população feminina em idade de reprodução, tem a finalidade de avaliar o desempenho reprodutivo de um rebanho.
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
1.4- Critérios para analisar a relação entre duas variáveis
Tendo-se verificado a existência de associação entre uma doença e determinado fator, surge a questão de interpretá-la, para verificar seu possível aspecto de causalidade.
Independentemente da natureza ou origem da causa, quando se pretende estabelecer associação causal, é fundamental considerar que o efeito existe mais frequentemente quando a causa está presente que quando ela está ausente. A esse respeito, os chamados postulados de Evans oferecem valiosos subsídios para o estabelecimento das relações de causalidade.
a- A proporção de indivíduos com a doença dever ser significativamente maior no grupo dos expostos à suposta causa que no grupo dos não expostos, mantido como controle.
b- Quando todos os demais fatores de risco forem mantidos constantes, a exposição à suposta causa deve estar presente, mais frequentemente, naqueles indivíduos afetados pela doença que nos demais não afetados.
c- Em estudos prospectivos, o número de novos casos da doença deve ser significativamente maior naqueles indivíduos expostos à causa que nos não expostos.
MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA
3- Medidas relativas aos comunicantes ou contatos
3.2- Quarentena
Na atualidade, o período de quarentena varia com a natureza da doença e com a condição epidemiológica das áreas geográficas envolvidas (origem e destino). Países livres da raiva, por exemplo, geralmente estabelecem severas restrições à importação de cães e gatos procedentes de áreas endêmicas da doença, admitindo-a somente em casos excepcionais, e mesmo assim condicionada a um longo período de quarentena, no local de chegada.
ÍNDICES E COEFICIENTES INDICADORES DE SAÚDE
4.3- Coeficiente de ataque
É similar ao coeficiente de incidência. É usado para doenças transmissíveis, em situações em que é possível delimitar quais foram os indivíduos expostos ao agente etiológico.
MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA
3- Medidas relativas aos comunicantes ou contatos
3.4- Imunoprofilaxia
Apesar das limitações, uma vez que o comunicante já teve contato com o agente etiológico, esse recurso pode ser adotado em algumas situações.
No caso da imunoprofilaxia ativa, ou seja, uso de vacinas, devem-se considerar o período de indução da imunidade e o período de incubação da doença. Em indivíduos já vacinados anteriormente, a vacinação pode induzir mais rapidamente a resposta imune.
Existem situações em que o período médio de incubação da doença é maior que o período médio de indução da imunidade pela vacina. É o caso da raiva, contra a qual é adotada a vacinação pós-exposição.
A imunoprofilaxia passiva (sorotepia) é outra alternativa a ser considerada.
INVESTIGAÇÃO DE HIPÓTESES
c) Estudos populacionais
2.2.2.1- Estudos observacionais
3o - Estudo seccional
Vantagens:
Simplicidade e baixo custo.
- Rapidez - os dados sobre exposições, doenças e características dos indivíduos e do ambiente referem-se a um único momento e podem ser coletados em curto intervalo de tempo.
- Objetividade na coleta dos dados.
- Não há necessidade de acompanhamento dos indivíduos participantes.
- Facilidade para obter amostra representativa da população.
- Boa opção para descrever as características dos eventos na população, para identificar casos na comunidade e para detectar grupos de alto risco.
- Único tipo de estudo possível em numerosas situações para obter informação relevante com tempo e recursos limitados.
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
3- Meio de transmissão
O meio exterior é geralmente desfavorável aos agentes etiológicos. Por outro lado, há casos em que a permanência no meio exterior é necessária para que se complete o ciclo vital, como, por exemplo, nas verminoses. Portanto, o fator tempo exigido pelo meio de transmissão é fundamental.
Os meios que demandam longa exposição ao meio exterior não servem para agentes que não sobrevivem por esse tempo.
ARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS QUALITATIVOS
2.4- Coeficiente global do teste
Considerando que a sensibilidade e a especificidade constituem dois parâmetros fundamentais no estabelecimento da validade de um procedimento diagnóstico, isto é, na avaliação de sua capacidade de medir aquilo a que se propõe, é evidente que o método qualitativo ideal seria aquele que reunisse essas duas características em sua intensidade máxima, isto é, que desse resultado positivo em todos os doentes e resultado negativo em todos os sãos, o que é impossível na prática.
Um parâmetro na avaliação do teste que engloba aquelas duas características é o coeficiente global do teste, que reflete a proporção de positivos verdadeiros mais os negativos verdadeiros, em relação ao total de indivíduos examinados, ou seja, mede a proporção de resultados verdadeiros que o teste revela.