Estrutura e Formação das Palavras Flashcards

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Q

ESTRUTURAS DAS PALAVRAS

A estrutura das palavras está relacionada os elementos que compõem os vocábulos.
Ela abrange o estudo de diversos elementos mórficos (morfemas): raiz, radical, tema, afixos (prefixos, sufixos), desinências, vogal temática, vogal e consoante de ligação.

Lembre-se que os morfemas são as menores unidades de elementos que formam as palavras.
Vejamos abaixo as definição e exemplos de cada um deles:

Raiz
A raiz da palavra é o principal elemento de origem da palavra, ou seja, sua parte básica.
Ela abriga a significação do termo e pode sofrer alterações. As palavras que possuem a mesma família etimológica contém a mesma raiz, por exemplo.
carr- raiz nominal de carro
noc- raiz nominal de nocivo

Radical
O radical é o elemento base que serve de significado à palavra e que inclui a raiz. Ele não sofre alterações, ou seja, permanece igual sempre, por exemplo:
Ferro e ferrugem
Floricultura e Florista
Tema
O tema da palavra é um elemento formado pelo radical e a vogal temática. Por exemplo:
Estud-a
Romp-e
Part-i
Afixos

Os afixos são elementos complementares das palavras que se juntam a um radical e formam novas palavras.
São classificados em prefixos (aparecem antes do radical) e sufixos (aparecem depois do radical).
Exemplos:
Prefixo: infeliz
Sufixo: felizardo

Desinências
As desinências são morfemas acrescidos no final dos vocábulos e que indicam as flexões da palavra. Elas são classificadas:
Desinências verbais: indicam as flexões de número, pessoa, modo e tempo dos verbos.
Desinências nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes.

Exemplos:
Desinência Nominal: menina - meninas (desinência nominal de número); garoto - garota (desinências nominais de gênero)
Desinência Verbal: eu como (desinência número pessoal do verbo “comer” que indica a 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo).

Vogal Temática
A vogal temática é a vogal que se junta ao radical da palavra. Nos verbos temos três tipos de vogais temáticas segundo as conjugações verbais.
Assim, a vogal temática dos verbos da 1ª conjugação é o “a”. Os da 2ª conjugação é o “e”. E, os da 3ª conjugação é o “i”.

A

FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

As palavras que compõem o léxico da língua são formadas principalmente por dois processos morfológicos:

Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria)

Composição (justaposição e aglutinação)
Palavras Primitivas e Derivadas
Antes de mais nada, vale ressaltar dois conceitos importantes para o estudo de formação das palavras.

Os vocábulos “primitivos” são as palavras que originam outras. Já as palavras “derivadas” são aquelas que surgem a partir das palavras primitivas

Exemplos:
dente (primitiva) e dentista (derivada)
mar (primitiva) e marítimo (derivada)
sol (primitiva) e solar (derivada)

Afixos
Além do conceito de palavras primitivas e derivadas, temos os afixos. Eles são morfemas, ou seja, menores partículas significativas da língua.
Juntos a um radical, os afixos formam uma palavra, por exemplo, pedra (palavra primitiva) e pedreira (palavra derivada). Nesse exemplo, foi acrescentado o sufixo -eira.
Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra. Assim, os sufixos vem depois do radical, por exemplo, folhagem e livraria.
Já os prefixos são acrescentados antes do radical, por exemplo desleal e ilegal.
Além deles, há ainda os “infixos” que aparecem no meio da palavra, sendo representados por uma consoante ou vogal, por exemplo, cafeteria e cafezal.

Radical e Prefixo
Antes de analisar uma palavra e o processo pelo qual ela foi formada, faz-se necessário o conhecimento de seu radical e de seus prefixos.
Segue abaixo alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e latinos, ou seja, as línguas que mais influenciaram o léxico da língua portuguesa.
Radicais Gregos Prefixos Gregos Radicais Latinos Prefixos Latinos
Acro: alto, elevado acrobata a-, an-: negação Agri: campo ab- (abs-): afastamento
Aero: ar anti-: ação contrária Ambi: ambos, duplicidade ad- (a-): proximidade, direção
Antropo: homem dia-: movimento através Arbori: árvore ambi-: duplicidade
Arcaio/ arqueo: antigo epi-: posição superior Avi: ave ante-: anterioridade
Arquia: governo eu-: bem, bom Beli: guerra bem-: bom, êxito
Hidro: água hiper-: excesso, posição superior Bi, bis: duas vezes bi-: dois
Hipo: cavalo hipo-: deficiência Cultura: cultivar in-: negação
Pseudo: falso meta-: mudança, transformação Curvi: curvo infra-: abaixo
Psico: alma peri-: em torno de Ego: eu inter-: entre, posição intermediária
Sofia: sabedoria pro-: anteriormente Equi: igual intra-: posição interior

Processos de Derivação
Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco maneiras sempre com um radical e os afixos (sufixos e prefixos):
Derivação Prefixal (Prefixação): inclusão de prefixo à palavra primitiva, por exemplo: infeliz, antebraço, enraizar, refazer, etc.
Derivação Sufixal (Sufixação): inclusão de sufixo à palavra primitiva, por exemplo: felicidade, beleza, estudante, etc.
Derivação Parassintética (Parassíntese): inclusão de um prefixo e sufixo à palavra primitiva, por exemplo: entardecer, emagrecer, engaiolar, etc.

Derivação Regressiva: redução da palavra derivada por meio da retirada de uma parte da palavra primitiva, por exemplo: beijar-beijo, debater-debate, perder-perda, etc.
Derivação Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da palavra, por exemplo, O jantar estava muito bom (substantivo); Fui jantar ontem à noite com Luís. (verbo)

Processos de Composição
Os processos de composição de palavras envolvem mais de dois radicais de palavras, sendo classificadas em:
Justaposição: Na união dos termos, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura, por exemplo, surdo-mudo, guarda-chuva, abre latas, etc.
Aglutinação: Na união dos termos, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura, por exemplo, planalto (plano alto), hidroelétrica (hidro e elétrica), etc.

Neologismo
O neologismo é um processo de formação de palavras em que são criados novos termos para suprir alguma lacuna de significação. Podemos citar como exemplo a palavra “internetês”, que se refere a linguagem da internet.

Hibridismo
O hibridismo também é um processo de formação de palavras. Esses termos são formados com elementos de idiomas diferentes, por exemplo, “sociologia” (do latim, “sócio” e do grego “logia”).

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Q

MORFEMAS

Os morfemas são unidades ou elementos de significação que formam as palavras, bem como alteram o seu significado. Também podem ser chamados de elementos mórficos.
Exemplos:
nascer, renascer, nascido, nascimento, nasciturno.

Tipos: Presos e Livres
Quando o morfema por si só encerra o significado de um vocábulo ele é chamado de livre. Os morfemas presos, por sua vez, são aqueles que sozinhos não detém significado.
Exemplos:
mar (morfema livre), s - morfema que indica plural (morfema preso).

Classificação: Lexicais e Gramaticais
São morfemas lexicais: os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios de modo.
São morfemas gramaticais: os artigos, os pronomes, os numerais, as preposições, as conjunções e os demais advérbios, bem como os elementos mórficos que indicam número, gênero, modo, tempo e aspecto verbal.

Estrutura das Palavras

Radicais
Esse é o elemento comum. Ele serve de base às palavras.
Exemplos: ferro, ferreiro, ferragem, ferrugem.
Na nossa língua existem uma série de palavras cujos radicais são de origem grega ou latina.
Exemplos em grego:
agro=campo, tal como agronomia.
demo=povo, tal como democracia.
Exemplos em latim: ​
agri=campo, tal como agricultor.
fide=fé, tal como fidedigno.

Afixos ou Morfemas Derivacionais
Esse é o elemento que se junta à palavra para formar novas palavras. Os afixos são classificados em prefixos e sufixos, de acordo com a posição nas palavras, respectivamente antes e depois do radical.

Exemplos de prefixos: contradizer, infeliz, ambivalente.

Exemplos de sufixos: ricaço, lealdade, narigudo.
Tal como acontece com os radicais, a maior parte dos afixos da língua portuguesa tem origem no grego ou no latim.
Exemplos em grego:
anti=oposição, tal como antipatia.
pos=posição, tal como posterior.
cracia=poder, tal como democracia.
Exemplos em latim:
bi=dois, tal como bisavô.
re=repetição, tal como refazer.
ista=ofício, tal como dentista.
Desinências ou Morfemas Flexionais
Esse é o elemento que se junta à palavra para assinalar flexões gramaticais e podem ser nominais e verbais. As desinências nominais indicam gênero e número, enquanto as verbais promovem as conjugações dos verbos (desinências modo-temporais e desinências número-pessoais).

Exemplos de desinências nominais: aluno, alunos, bela, belas.

Exemplos de desinências verbais: escreverei (re-desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i-desinência de 1.ª pessoa do singular); estudávamos (ava-desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos-desinência de 1.ª pessoa do plural).

Morfema Zero
O Morfema Zero é a ausência de desinência. Assim, não necessita de qualquer desinência para encerrar o seu sentido. A ausência da letra “s” no final de uma palavra, por exemplo, pode indicar que a mesma se apresenta no singular.
Exemplo: sol, livro, mês.

Vogais Temáticas
A vogal temática é a vogal que se junta ao radical e daí recebe as desinências. Ela indica a conjugação a que os verbos pertencem:

  1. ª conjugação - vogal temática A. Exemplos: amar, ensaiar, saltar.
  2. ª conjugação - vogal temática E. Exemplos: entender, ler, saber.

3.ª conjugação - vogal temática I. Exemplos: decidir, sair, unir.
Vogais ou Consoantes de Ligação

Esses são os elementos que não têm qualquer significado. Sua função é tão somente ligar os elementos para auxiliar a pronúncia das palavras.
Exemplos: chaleira, maresia, bananeira.

A

VOGAL TEMÁTICA

A vogal temática é a vogal que se une ao radical da palavra. A função desse morfema formador de palavras é ligar o radical às desinências, formando assim, o tema.
Lembre-se que o radical é um elemento mórfico que contém o significado básico das palavras.

Exemplo:
Ferr– radical de ferro, ferragem, ferrugem, etc.
As desinências são morfemas que indicam as flexões das palavras (número, gênero, pessoa, modo e tempo verbal). São acrescidas no final dos termos e podem ser nominais ou verbais.

Exemplo:
Amigo – amiga (desinências nominais de gênero)
Por fim, o tema é a união do radical com a vogal temática, por exemplo: estuda, onde estud– é o radical e o –a é a vogal temática.

Classificação
A vogal temática pode ser verbal ou nominal.
Verbal: de acordo com as conjugações verbais, temos três tipos de vogais temáticas.
1ª conjugação é o “a”, por exemplo: andar, amar, falar.

2ª conjugação é o “e”, por exemplo: vender, comer, ter.

3ª conjugação é o “i”, por exemplo, sair, partir, dormir.

Obs: há exceções que são chamadas de formas atemáticas. Nos verbos essas formas ocorrem no presente do subjuntivo, por exemplo:
1ª conjugação: cante – cant/e
2ª conjugação: venda – vend/a
3ª conjugação: parta – part/a

Nominal: presente nos nomes substantivos, elas são classificadas em três tipos:
A vogal “a”: substantivos terminados em “a”, por exemplo, casa, escola e sala.
A vogal “o”: substantivos terminados em “o”, por exemplo, prato, copo e livro.
A vogal “e”: substantivos terminados em “e”, por exemplo, controle, sorte e pote.

Obs: as palavras terminadas em vogais tônicas não apresentam vogal temática, por exemplo: café, sofá, picolé, cajá, etc. Elas representam as formas “atemáticas”. Assim, as vogais temáticas nominais estão presentes somente nos nomes átonos.

Vogal de Ligação
Importante não confundir a vogal temática com a chamada vogal de ligação. Essa serve para auxiliar a pronúncia de algumas palavras da língua, por exemplo: bananeira.
Além da vogal de ligação, há a consoante de ligação e apresenta o mesmo objetivo desta: facilitar a pronúncia das palavras, por exemplo: chaleira.

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DESINÊNCIAS

As desinências são morfemas que se juntam à parte final das palavras variáveis com o intuito de assinalar as suas flexões, por isso são também chamadas de morfemas flexionais. As desinências podem ser nominais ou verbais.
Desinências Nominais

As desinências nominais indicam gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural) dos substantivos, dos adjetivos e de alguns pronomes.

Gênero Número
Masculino Feminino Singular Plural
-o -a - -s

Exemplos:
O aluno atencioso prestou atenção na aula.
Os alunos atenciosos prestaram atenção nas aulas.
A aluna atenciosa prestou atenção na aula.
As alunas atenciosas prestaram atenção nas aulas.
O plural geralmente é indicado pela desinência -s. Algumas palavras terminadas com s, todavia, formam plural com o acréscimo de -es.
Exemplos: meses, países, portugueses.
Assim, muitas vezes, a ausência do -s indica o singular; é o que chamamos de desinência zero.

Desinências Verbais
As desinências verbais indicam flexões do verbo: número e pessoa, modo e tempo. Desta forma se dividem em:
Desinências modo-temporais (DMT)
Quando indicam os modos (indicativo, subjuntivo e imperativo) e os tempos (presente, passado e futuro).
Desinências número-pessoais (DNP)
Quando indicam o número (singular e plural) e as pessoas (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas).

Exemplos:
Viajo todas as férias. (1.ª pessoa do singular do presente do indicativo)
Se viajassem. (3.ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do subjuntivo)
Viajemos para Miami! (1.ª pessoa do plural do imperativo)

Confira o quadro das desinências dos tempos verbais que dão origem a outros tempos e modos verbais.

Presente	Pretérito Perfeito	
Infinitivo Pessoal
Futuro do Subjuntivo
Pessoa	Singular	Plural	Singular	Plural	Singular	Plural
1.ª	-o	-mos	-i	-mos	-	-mos
2.ª	-s	-is (-des)	-ste	-stes	-es	-des
3.ª	-	-m	-u	-ram	-	-em

Não confunda!
Desinência e vogal temática são diferentes. Enquanto a desinência indica o gênero, a vogal temática indica a que conjugação o verbo pertence, ao mesmo tempo que o prepara para receber as desinências que tornam possível a sua conjugação.

Exemplos:
estuda (a - 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo)
estudava (a - vogal temática, va - 1.ª ou 3.ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo)

A

PREFIXO e SUFIXO

Prefixo e Sufixo são morfemas que se juntam às palavras a fim de formar novas palavras. Ambos são, na verdade, afixos.
O nome prefixo ou sufixo é dado mediante o lugar que ocupam na palavra. Ou seja, se estiver antes do radical é prefixo, mas se estiver depois do radical é sufixo.

Exemplos:
antipatia (anti = prefixo)
retroceder (retro = prefixo)
tolerante (ante = sufixo)
realismo (ismo = sufixo)
Prefixos
Os prefixos são afixos que formam palavras a partir de um morfema que antecede o radical. Assim, eles modificam o seu sentido mas, geralmente, mantêm a classe gramatical a qual pertencem.
A maior parte dos prefixos da língua portuguesa são de origem latina ou grega. Confira as listas com os respetivos significados e exemplos:
Lista de Prefixos Latinos
Prefixos	Significados	Exemplos
ab-	afastamento	abdicar
ambi-	duplicação	ambidestro
ante-	anterioridade	antepor
bem-, ben-	bem	bendito, beneficente
bi-, bis-	dois	biênio, bisneto
contra-	oposição	contradizer
in-, i-	negação	ingrato, ilegal
pos-	posição	posterior
semi-	metade	semicírculo
tri-	três	triângulo
Lista de Prefixos Gregos
Prefixos	Significados	Exemplos
anti-	oposição	antipatia
arce-	superioridade	arcebispo
cata-	movimento para baixo	cataclismo
dis-	dificuldade	dispneia
en-	posição interior	encéfalo
epi-	posterioridade	epílogo
eu-	bem, bom	eufonia
hiper-	excessivo	hipertensão
para-	proximidade	paralelo
pro-	anterioridade	prólogo

Sufixos
Os sufixos são afixos que formam palavras a partir de um morfema que sucede o radical. Assim, eles modificam o seu sentido e, principalmente, alteram à classe gramatical a qual pertencem.
Os sufixos podem ser nominais, verbais e adverbiais.

Sufixos Nominais
Os sufixos nominais se juntam ao radical para formar substantivos e adjetivos.
Sufixos Nominais	Sufixos	Exemplos
Sufixos Aumentativos	
-ão
-aço
-alhão
-aréu
-arra
-(z)arrão
-eirão
-uça
paredão
ricaço
grandalhão
povaréu
bocarra
homenzarrão
boqueirão
dentuça
Sufixos Diminutivos	
-inho
-zinho
-acho
-icho (a)
-eco
-ela
-ote
-isco
Pedrinho
avozinho
riacho
barbicha
soneca
viela
velhote
chuvisco
Confira na tabela abaixo outros exemplos de sufixos nominais:
Sufixos	Exemplos	Significado
-dor
-tor
-sor
-eiro
-ista
-nte
-rio
causador
tradutor
professor
padeiro
dentista
estudante
bibliotecário	
agente, profissão, instrumento
-dade
-ência
-ez
-eza
-ice
-ície
-ismo
-or
-ude
-ume
-ura	credibilidade
paciência
sensatez
beleza
meiguice
imundície
patriotismo
frescor
amplitude
azedume
formosura	qualidade, estado
-ado
-ato
-aria
-douro
-tório
-tério	principado
orfanato
padaria
matadouro
dormitório
cemitério	lugar, ramo de negócio
-ia
-ismo
-ica
-tica	geometria
cristianismo
física
política	ciência, técnica, doutrina
-al
-agem
-ada
-ama
-ame
-ário
-aria
-edo
-eiro
-eira
-ena	cafezal
ferragem
boiada
dinheirama
vasilhame
mobiliário
gritaria
arvoredo
formigueiro
fumaceira
dezena	
coletivo
-az
-ento
-lento
-into
-enho
-onho
-oso
-udo	sagaz
ciumento
sonolento
faminto
ferrenho
medonho
jeitoso
barrigudo	qualidade em abundância, intensidade
-eo
-aco
-iaco
-aco
-aico
-ano
-ão
-enho
-eno
-ense
-ês
-eu
-ino
-ista	ósseo
demoníaco
paradisíaco
polaco
hebraico
paraibano
catalão
panamenho
chileno
cearense
francês
europeu
argentino
paulista	natureza, origem, que tem a qualidade de
-ável
-ível
-óvel
-úvel
-iço
-ivo
amável
audível
móvel
solúvel
movediço
lucrativo	possibilidade, tendência
-ada
-agem
-ança
-aria
-eria
-ata
-ção
-ura
-ela
-ença
-ência
-mento
-or	cabeçada
aprendizagem
esperança
pirataria
selvageria
passeata
correção
formatura
olhadela
parecença
continência
juramento
temor	ação, resultado de ação
Sufixos Verbais
Os sufixos verbais se juntam ao radical para formar verbos.
Sufixos	Exemplos	Significado
-ear
-ejar	folhear, espernear
gotejar, apedrejar	ação que se repete
-icar
-itar
-iscar	bebericar
saltitar
petiscar	ação diminutiva que se repete
-ecer
-escer	amanhecer, anoitecer
florescer, rejuvenescer	ação que principia

Sufixos Adverbais
Os sufixos adverbiais se juntam ao radical para formar advérbios. Há apenas um sufixo adverbial em português: -mente.
Exemplos: cuidadosamente, firmemente, francamente, justamente, rapidamente.

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DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA

A derivação parassintética ou parassíntese é um tipo de derivação em que ocorre o acréscimo de afixos (prefixo e sufixo) à palavra primitiva.
Lembre-se que a derivação é um processo de formação de palavras que envolve o radical e os afixos (sufixo e prefixo).

Além de parassintética, a derivação pode ser: imprópria, regressiva, sufixal e prefixal.
Exemplos de Derivação Parassintética
Abençoar (a- prefixo e -oar - sufixo)
Amanhecer (a- prefixo e -ecer - sufixo)
Anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo)
Entardecer (en- prefixo e -ecer - sufixo)
Envelhecer (en- prefixo e -ecer - sufixo)
Envernizar (en- prefixo e -izar - sufixo)
Enrijecer (en- prefixo e -ecer - sufixo)
Entristecer (en- prefixo e -ecer - sufixo)
Emagrecer (e- prefixo e -ecer - sufixo)
Engaiolar (en- prefixo e -ar - sufixo)

A

DERIVAÇÃO REGRESSIVA

A derivação regressiva é um tipo de derivação que ocorre por meio da supressão da palavra primitiva, gerando uma derivada.
Exemplo:
Ele é um portuga muito legal. (portuga = português)
As palavras derivadas são criadas a partir de palavras primitivas, por exemplo: flor (primitiva) e florista (derivada).
Lembre-se que a derivação é um processo de formação de palavras que ocorre com o radical da palavra e seus afixos (sufixo e prefixo).
Além da derivação regressiva temos: derivação imprópria, sufixal, prefixal e parassintética.

Exemplos de Derivação Regressiva
O mengo arrasou essa tarde. (flamengo)

Todos os dias eles vão àquele boteco (botequim)

Maria Eugênia é muito comuna. (comunista)

Essa noite será um agito. (do verbo agitar)

Nora ofereceu ajuda para os estudantes. (do verbo ajudar)

Eles estavam num grande amasso (do verbo amassar)

O beijo é uma forma de cumprimento entre as pessoas. (do verbo beijar)

O choro da criança era muito desesperador. (do verbo chorar)

O debate foi sobre a privatização das empresas (do verbo debater)

Tivemos uma grande perda essa tarde. (do verbo perder)

Obs: Note que na derivação regressiva forma-se uma nova palavra (geralmente substantivo) a partir de um verbo. Por esse motivo, esses substantivos são chamados de deverbais.
Nos exemplos acima, temos a supressão do –r final dos verbos, que indica a desinência de infinitivo.

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DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA

A derivação imprópria, também chamada de conversão, é um tipo de derivação que acontece pela mudança de classe gramatical da palavra.
Ou seja, a formação de uma nova palavra é obtida pela mudança da função gramatical (substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, etc.) na frase.

A

Exemplo:
Joana tem um andar muito determinado. (substantivo)
Essa tarde podemos andar no parque. (verbo)
Note que nesse tipo de derivação não é acrescido nem prefixo e nem sufixo à nova palavra. Dessa forma, não ocorre nenhuma mudança na estrutura do termo, mas sim no significado dele.
Todavia, a nova palavra desempenha outro papel gramatical na frase de acordo com contexto em que está inserida.
Lembre-se que a derivação é um dos processos de formação de palavras que envolve o radical de uma palavra primitiva e os afixos (prefixo e sufixo).
Além da derivação imprópria temos: derivação regressiva, sufixal, prefixal e parassintética.
Exemplos de Derivação Imprópria
Nosso jantar estava ótimo. (substantivo)
Vamos jantar na casa da Fabiana? (verbo)
O olhar da garota era profundo. (substantivo)
Ao olhar os preços das camisas, resolvemos ir à feira. (verbo)
O conceito de belo nas artes é encontrado na Grécia Antiga. (substantivo)
O Coliseu de Roma é muito belo. (adjetivo)
Pedro é a mais alto da turma. (adjetivo)
A professora falava muito alto. (advérbio)
Sofia é a cabeça da classe. (adjetivo)
Minha cabeça dói muito hoje. (substantivo)

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