Estreptococcia e Estafilococcia Flashcards

1
Q

Quais os gêneros da família Streptococcaceae?

A

Streptococcus e Enterococcus.

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2
Q

Características dos estreptococos.

A
.Gram positivos
.pares ou cadeias
.catalase-negativos
.anaeróbios facultativos ou aeróbios
 *Peptostreptococcus: anaeróbios
.hemólise: alfa, beta, gama
.não esporulados
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3
Q

Quais os principais estreptococos de interesse médico? Qual o grupo de Lancefield de cada um desses?

A
A: S. pyogenes;
B: S. agalactiae;
D: S bovis, S equinus, enterococos;
S. pneumoniae (não classificado);
S. viridans (não classificado).
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4
Q

Como é transmitido o S pyogenes?

A

Contato direto, gotículas, secreções da nasofaringe, lesões cutâneas abertas.
Ocorre principalmente nos meses frios e em aglomerações.

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5
Q

Qual a faixa etária mais acometida pelo S pyogenes?

A

Infância.

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6
Q

Há diversas cepas de S pyogenes, umas com maior patogenicidade, outras com menor potencial patogênico. Quais os principais fatores de virulência do S pyogenes?

A

Composição da parede celular (proteína M);
Cápsula;
Exotoxinas (A,B,C).

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7
Q

Quais as formas clinicas da infecção por S pyogenes?

A
Oligossintomática;
Angina estreptocóccica;
Escarlatina;
Erisipela;
Impetigo e ectima;
Celulite;
Miosite e piomiosite;
Fasciíte necrotizante;
Síndrome do choque tóxico.
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8
Q

Qual o quadro clínico da angina estreptocóccica?

A

Faringoamigdalite.
Febre alta;
Odinofagia;
Mal estar geral;
Anorexia;
Náuseas e vômitos;
Amígdalas hiperemiadas e edemaciadas;
Pontos ou placas de pus na cavidade oral;
Linfadenite satélite (submandibular e cervical).
Pode cursar com: abcesso retrofaríngeo ou periamigdaliano, linfadenite supurativa.

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9
Q

Cite dd com a angina estreptocóccica.

A
Adenovírus;
Mononucleose infecciosa ;
Difteria;
Neisseria gonorrhoea e meningitidis;
Outros vírus: herpes simples, influenza, parainfluenza, HIV.
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10
Q

Exames laboratoriais na angina estreptocóccica.

A

Hemograma: leucocitose, neutrofilia e desvio à E;
Aumento PCR e VHS;
Cultura de orofaringe: positiva.

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11
Q

Qual o quadro clínico da escarlatina?

A

Cepa produtora de toxina.

Angina estreptocóccica;
Exantema escarlantiforme (micromáculas confluentes, inicialmente em tórax e progredindo para abdome e membros);
Sinal de Filatov;
Sinal de Pastia;
Língua em framboesa;
Descamação no período de convalescência.

A gravidade da escarlatina é variável, indo de apenas um exantema discreto até insuficiência cardiorespiratória e choque.

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12
Q

Qual o quadro clínico da erisipela?

A

Porta de entrada: lesões cutâneas (escoriações, ferimentos, picadas, etc.);
Início súbito de febre alta, calafrios, cefaleia, anorexia, mal estar;
Placa eritematosa, edemaciada, brilhante e dolorosa. Pode apresentar vesículas, bolhas, lesões hemorrágicas e gangrena;
Linfangite e linfadenite satélite.

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13
Q

Quais os fatores de risco para erisipela?

A

Estase venosa ou linfática (safenectomia, mastectomia);

Isquemia dos membros inferiores (pé diabético).

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14
Q

Qual o quadro clínico da fasciíte necrotizante?

A

Geralmente associado à síndrome do choque tóxico.

Febre alta durante toda a evolução da doença;
Inicia com eritema e dor local intensa. O eritema evolui, em 2 ou 3 dias, para uma lesão violácea com bolhas contendo líquido amarelado ou hemorrágico. Em 4 ou 5 dias, há gangrena da pele acometida.

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15
Q

Quais os fatores de risco para síndrome do choque tóxico?

A
Cepas mais virulentas;
Idade (extremos);
Doenças crônicas (DM, dç cardiovascular, neoplasias malignas, AIDS, desnutrição, alcoolismo);
Procedimentos invasivos;
Traumatismos;
Usuários de drogas IV.
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16
Q

Qual o tratamento para as infecções por GAS?

A

Penicilina G ou V;
Amoxacilina;
Azitromicina;
Cefalosporinas.

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17
Q

Quais os grupos mais acometidos por infecções pelo GBS?

A

RN e lactentes;
Gestantes;
Adultos com doenças crônicas;
Idosos.

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18
Q

As infecções por GBS em RN e lactentes podem ser dividias em Doença precoce (<7d), Doença tardia (>7d) e Doença muito tardia (>3m). Qual as formas clínicas mais comuns da Doença precoce?

A

Pneumonia;
Sepse;
Meningite;
Bacteriemia.

Sintomas comuns: insuficiência respiratória (taquipneia ou apneia, cianose, inspiração ruidosa), letargia, anorexia, palidez, icterícia, taquicardia, febre/normo/hipotermia.
Exames: hemocultura (positivo na maioria dos casos da pneumonia e meningite), LCR (afastar meningite)

Dd: doença da membrana hialina (insuficiência respiratória, rX de tórax semelhante)

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19
Q

As infecções por GBS em RN e lactentes podem ser dividias em Doença precoce, Doença tardia e Doença muito tardia. Qual as formas clínicas mais comuns da Doença tardia?

A

Bacteriemia;
Meningite;
Osteoartrite.

A forma mais grave é a meningite, que, embora com menor letalidade que na Dç precoce, há maior risco de sequelas neurológicas.
Sintomas: febre, adinamia, anorexia, irritabilidade, taquipneia.
Exames: hemocultura (positivo em menos da metade) e LCR.

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20
Q

As infecções por GBS em RN e lactentes podem ser dividias em Doença precoce, Doença tardia e Doença muito tardia. Qual as formas clínicas mais comuns da Doença muito tardia?

A

Bacteriemia. Febre, irritabilidade e leucocitose.

Baixa letalidade.

21
Q

As infecções por GBS em adultos ocorrem principalmente em _________ e _____________. Cite as principais formas clínicas para cada grupo.

A

Gestantes e doentes crônicos.

Gestantes: endometrite e corioamnionite (febre, distensão abdominal, dor à palpação do útero, hemocultura e cultura de secreção vaginal positiva). Outras formas (artrite séptica, pneumonia, bacteriemia, meningite, endocardite).

Doentes crônicos: celulite, infecções cutâneas, ITU, pneumonia, endocardite, artrite, meningite.

22
Q

Qual o tratamento da infecção por GBS?

A

Penicilina G;

Ampicilina + Gentamicina.

23
Q

Características dos pneumococos.

A
.Gram +
.diplococos
.encapsulados
.catalase-negativos
.alfa-hemolíticos
.não classificados por Lancefield
.microbiota de naso e orofaringe em alguns adultos hígidos
.imunidade sorotipo específica (vacinas diferentes)
24
Q

Quais as formas clínicas da infecção por S pneumoniae?

A
Pneumonia;
Meningite purulenta;
Otite média;
Sinusite aguda ou crônica;
Sepse.

Os pneumococos são um dos principais agentes dessas doenças.

25
Q

Grupos de risco para a infecção por pneumococos.

A
Idade (extremos);
Doenças crônicas;
Traumatismo de tórax;
Corticoterapia prolongada;
Viroses respiratórias.
26
Q

Qual o quadro clínico da Pneumonia por pneumococos?

A
Febre alta;
Calafrios;
Taquicardia;
Taquipneia;
Tosse com expectoração hemoptoica;
Dor torácica intensa em hemitórax do pulmão acometido;
Consolidação pulmonar localizada (percussão maciça, pectoriloquia, estertores crepitantes e expansão diminuída);
Rx com velamento segmentar ou lobular.

Complicações: derrame pleural, atelectasia, empiema, abcessos pulmonares, pericardite.

27
Q

Qual o quadro clínico da Meningite por pneumococos?

A
Febre alta;
Cefaleia;
Vômitos;
Rigidez de nuca;
Crises epilépticas.
28
Q

Qual o tratamento para a infecção por pneumococos?

A
Penicilina, embora haja cepas resistentes;
Ampicilina;
Amoxacilina;
Cefalosporinas;
Clindamicina;
Vancomicina.
29
Q

Vacinação pneumococo

A

????

30
Q

Os GDS não-enterococos (S bovis e S equinus) alcançam a corrente sanguínea, gerando bacteriemia, por determinadas portas de entrada. Qual a principal porta? Qual a forma clínica da infecção por esses estreptococos? Qual o tratamento?

A

Principal porta de entrada: TGI com lesões;

Endocardite subaguda;

Penicilina G.

31
Q

Os estreptococos _____________ estão frequentemente associado à endocardite subaguda, em pacientes com lesão valvar prévia, e à cárie.

A

Complexo viridans.

32
Q

A infecção por enterococos acomete mais __________________________. Quais as principais formas clínicas? Qual o tratamento?

A

Idosos, imunodeprimidos, pós-quimioterapia, pós-cirurgia, hospitalização prolongada e cateter vesical, venoso ou arterial.

Cistite, pielonefrite, endocardite, bacteriemia, sepse, peritonite.

Realizar antibiograma. Penicilina, Ampicilina, Amoxacilina, Vancomicina, Ceftriaxona.

33
Q

Quais os principais Estafilococos de interesse médico?

A

S. aureus;
S. epidermidis;
S. haemolyticus.

34
Q

Quais as características dos Estafilococos?

A

.Gram +

.catalase-positivo

35
Q

Como diferenciar os Estafilococos dos Estreptococos?

A

Teste da catalase.
Estafilococos: catalase +
Estreptococos: catalase -

36
Q

Como diferenciar o S. aureus do S. epidermidis?

A

Teste da coagulase.
S. aureus: coagulase +
S. epidermidis: coagulase -

37
Q

Como é feito o diagnóstico das infecções por Estafilococos?

A

Clínico + Exames

Hemograma: leucocitose com desvio à E;
PCR e VHS: aumentados;
Cultura (sangue, urina, ferida): positivo.

38
Q

Quais as formas clínicas da infecção por S. aureus?

A

Infecções cutâneas:

  • foliculite;
  • furúnculo;
  • hidradenite supurativa;
  • impetigo;
  • celulite.

Infecções invasivas:

  • abcessos;
  • septicemia;
  • pneumonia;
  • endocardite;
  • artrite séptica;
  • ITU;
  • osteomielite;
  • meningite.

Infecções toxigênicas:

  • síndrome da pele escaldada;
  • infecção alimentar;
  • síndrome do choque tóxico.
39
Q

Quadro clínico da foliculite, do furúnculo e do antraz.

A

S. aureus

Foliculite: pápulas eritematosas, pústulas ou crostas nos folículos pilosos, principalmente após lesão traumática da pele (depilação com gilete).

Furúnculo: nódulo com pus e doloroso;

Antraz: nódulo mais profundo, febre e mal-estar.

40
Q

Quadro clínico da hidradenite supurativa.

A

S. aureus

Nódulos com pus em regiões sudoríparas (axilas, virilha, períneo). Drenam espontaneamente na pele. Recidivas frequentes.

41
Q

Quadro clínico do impetigo.

A

S. aureus ou Strepto. pyogenis

Crianças.
Máculas, bolhas ou crostas em face e MMII.

42
Q

Quadro clínico da celulite.

A

S. aureus ou Strepto. pyogenis

Edema, eritema, dor e calor no local acometido.
Febre.
Celulite periorbitária: risco de acometimento do SNC.

43
Q

Quadro clínico do abcesso por S. aureus.

A

Coleção de pus envolto por resposta inflamatória organizada.
Febre, queda do estado geral.
Porta de entrada aparente, foco séptico em algum órgão.
Hemocultura +.

44
Q

Quadro clínico da endocardite aguda por S. aureus.

A

Vegetação valvar pelo S. aureus.
Febre, fadiga, dispneia, dor torácica ao respirar, suor noturno, edema de MMII, artralgia.
Hemocultura +.

45
Q

Quadro clínico da osteomielite por S. aureus.

A

Febre, dor e inflamação local.

Hemocultura e biópsia óssea.

46
Q

Quadro clínico da artrite séptica por S. aureus.

A

Febre, dor, inflamação e derrame articular, principalmente em joelho e cotovelo.
Artrocentese.

47
Q

Quadro clínico da síndrome da pele escaldada.

A

S. aureus;
Crianças;
Febre;
Máculas, bolhas, bolhas rompidas, crostas na pele (mucosas poupadas);
Sinal de Nikolsky +;
Biópsia de pele e cultura (pele, sangue, urina).
Bom prognóstico (com tratamento adequado).

48
Q

Quadro clínico da infecção alimentar.

A

Enterotoxinas A, B, C, D, E nos alimentos contaminados (cozimento não as destrói);
Início em poucas horas após ingesta;
Náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal;
Evolução autolimitada.

49
Q

Quadro clínico da síndrome do choque tóxico.

A

Associado ao uso de absorvente.
Enterotoxina F.
Febre alta, hipotensão, exantema, diarreia, vômitos, confusão mental, IRA, mialgia grave.