Estreptococcia e Estafilococcia Flashcards
Quais os gêneros da família Streptococcaceae?
Streptococcus e Enterococcus.
Características dos estreptococos.
.Gram positivos .pares ou cadeias .catalase-negativos .anaeróbios facultativos ou aeróbios *Peptostreptococcus: anaeróbios .hemólise: alfa, beta, gama .não esporulados
Quais os principais estreptococos de interesse médico? Qual o grupo de Lancefield de cada um desses?
A: S. pyogenes; B: S. agalactiae; D: S bovis, S equinus, enterococos; S. pneumoniae (não classificado); S. viridans (não classificado).
Como é transmitido o S pyogenes?
Contato direto, gotículas, secreções da nasofaringe, lesões cutâneas abertas.
Ocorre principalmente nos meses frios e em aglomerações.
Qual a faixa etária mais acometida pelo S pyogenes?
Infância.
Há diversas cepas de S pyogenes, umas com maior patogenicidade, outras com menor potencial patogênico. Quais os principais fatores de virulência do S pyogenes?
Composição da parede celular (proteína M);
Cápsula;
Exotoxinas (A,B,C).
Quais as formas clinicas da infecção por S pyogenes?
Oligossintomática; Angina estreptocóccica; Escarlatina; Erisipela; Impetigo e ectima; Celulite; Miosite e piomiosite; Fasciíte necrotizante; Síndrome do choque tóxico.
Qual o quadro clínico da angina estreptocóccica?
Faringoamigdalite.
Febre alta;
Odinofagia;
Mal estar geral;
Anorexia;
Náuseas e vômitos;
Amígdalas hiperemiadas e edemaciadas;
Pontos ou placas de pus na cavidade oral;
Linfadenite satélite (submandibular e cervical).
Pode cursar com: abcesso retrofaríngeo ou periamigdaliano, linfadenite supurativa.
Cite dd com a angina estreptocóccica.
Adenovírus; Mononucleose infecciosa ; Difteria; Neisseria gonorrhoea e meningitidis; Outros vírus: herpes simples, influenza, parainfluenza, HIV.
Exames laboratoriais na angina estreptocóccica.
Hemograma: leucocitose, neutrofilia e desvio à E;
Aumento PCR e VHS;
Cultura de orofaringe: positiva.
Qual o quadro clínico da escarlatina?
Cepa produtora de toxina.
Angina estreptocóccica; Exantema escarlantiforme (micromáculas confluentes, inicialmente em tórax e progredindo para abdome e membros); Sinal de Filatov; Sinal de Pastia; Língua em framboesa; Descamação no período de convalescência.
A gravidade da escarlatina é variável, indo de apenas um exantema discreto até insuficiência cardiorespiratória e choque.
Qual o quadro clínico da erisipela?
Porta de entrada: lesões cutâneas (escoriações, ferimentos, picadas, etc.);
Início súbito de febre alta, calafrios, cefaleia, anorexia, mal estar;
Placa eritematosa, edemaciada, brilhante e dolorosa. Pode apresentar vesículas, bolhas, lesões hemorrágicas e gangrena;
Linfangite e linfadenite satélite.
Quais os fatores de risco para erisipela?
Estase venosa ou linfática (safenectomia, mastectomia);
Isquemia dos membros inferiores (pé diabético).
Qual o quadro clínico da fasciíte necrotizante?
Geralmente associado à síndrome do choque tóxico.
Febre alta durante toda a evolução da doença;
Inicia com eritema e dor local intensa. O eritema evolui, em 2 ou 3 dias, para uma lesão violácea com bolhas contendo líquido amarelado ou hemorrágico. Em 4 ou 5 dias, há gangrena da pele acometida.
Quais os fatores de risco para síndrome do choque tóxico?
Cepas mais virulentas; Idade (extremos); Doenças crônicas (DM, dç cardiovascular, neoplasias malignas, AIDS, desnutrição, alcoolismo); Procedimentos invasivos; Traumatismos; Usuários de drogas IV.
Qual o tratamento para as infecções por GAS?
Penicilina G ou V;
Amoxacilina;
Azitromicina;
Cefalosporinas.
Quais os grupos mais acometidos por infecções pelo GBS?
RN e lactentes;
Gestantes;
Adultos com doenças crônicas;
Idosos.
As infecções por GBS em RN e lactentes podem ser dividias em Doença precoce (<7d), Doença tardia (>7d) e Doença muito tardia (>3m). Qual as formas clínicas mais comuns da Doença precoce?
Pneumonia;
Sepse;
Meningite;
Bacteriemia.
Sintomas comuns: insuficiência respiratória (taquipneia ou apneia, cianose, inspiração ruidosa), letargia, anorexia, palidez, icterícia, taquicardia, febre/normo/hipotermia.
Exames: hemocultura (positivo na maioria dos casos da pneumonia e meningite), LCR (afastar meningite)
Dd: doença da membrana hialina (insuficiência respiratória, rX de tórax semelhante)
As infecções por GBS em RN e lactentes podem ser dividias em Doença precoce, Doença tardia e Doença muito tardia. Qual as formas clínicas mais comuns da Doença tardia?
Bacteriemia;
Meningite;
Osteoartrite.
A forma mais grave é a meningite, que, embora com menor letalidade que na Dç precoce, há maior risco de sequelas neurológicas.
Sintomas: febre, adinamia, anorexia, irritabilidade, taquipneia.
Exames: hemocultura (positivo em menos da metade) e LCR.
As infecções por GBS em RN e lactentes podem ser dividias em Doença precoce, Doença tardia e Doença muito tardia. Qual as formas clínicas mais comuns da Doença muito tardia?
Bacteriemia. Febre, irritabilidade e leucocitose.
Baixa letalidade.
As infecções por GBS em adultos ocorrem principalmente em _________ e _____________. Cite as principais formas clínicas para cada grupo.
Gestantes e doentes crônicos.
Gestantes: endometrite e corioamnionite (febre, distensão abdominal, dor à palpação do útero, hemocultura e cultura de secreção vaginal positiva). Outras formas (artrite séptica, pneumonia, bacteriemia, meningite, endocardite).
Doentes crônicos: celulite, infecções cutâneas, ITU, pneumonia, endocardite, artrite, meningite.
Qual o tratamento da infecção por GBS?
Penicilina G;
Ampicilina + Gentamicina.
Características dos pneumococos.
.Gram + .diplococos .encapsulados .catalase-negativos .alfa-hemolíticos .não classificados por Lancefield .microbiota de naso e orofaringe em alguns adultos hígidos .imunidade sorotipo específica (vacinas diferentes)
Quais as formas clínicas da infecção por S pneumoniae?
Pneumonia; Meningite purulenta; Otite média; Sinusite aguda ou crônica; Sepse.
Os pneumococos são um dos principais agentes dessas doenças.
Grupos de risco para a infecção por pneumococos.
Idade (extremos); Doenças crônicas; Traumatismo de tórax; Corticoterapia prolongada; Viroses respiratórias.
Qual o quadro clínico da Pneumonia por pneumococos?
Febre alta; Calafrios; Taquicardia; Taquipneia; Tosse com expectoração hemoptoica; Dor torácica intensa em hemitórax do pulmão acometido; Consolidação pulmonar localizada (percussão maciça, pectoriloquia, estertores crepitantes e expansão diminuída); Rx com velamento segmentar ou lobular.
Complicações: derrame pleural, atelectasia, empiema, abcessos pulmonares, pericardite.
Qual o quadro clínico da Meningite por pneumococos?
Febre alta; Cefaleia; Vômitos; Rigidez de nuca; Crises epilépticas.
Qual o tratamento para a infecção por pneumococos?
Penicilina, embora haja cepas resistentes; Ampicilina; Amoxacilina; Cefalosporinas; Clindamicina; Vancomicina.
Vacinação pneumococo
????
Os GDS não-enterococos (S bovis e S equinus) alcançam a corrente sanguínea, gerando bacteriemia, por determinadas portas de entrada. Qual a principal porta? Qual a forma clínica da infecção por esses estreptococos? Qual o tratamento?
Principal porta de entrada: TGI com lesões;
Endocardite subaguda;
Penicilina G.
Os estreptococos _____________ estão frequentemente associado à endocardite subaguda, em pacientes com lesão valvar prévia, e à cárie.
Complexo viridans.
A infecção por enterococos acomete mais __________________________. Quais as principais formas clínicas? Qual o tratamento?
Idosos, imunodeprimidos, pós-quimioterapia, pós-cirurgia, hospitalização prolongada e cateter vesical, venoso ou arterial.
Cistite, pielonefrite, endocardite, bacteriemia, sepse, peritonite.
Realizar antibiograma. Penicilina, Ampicilina, Amoxacilina, Vancomicina, Ceftriaxona.
Quais os principais Estafilococos de interesse médico?
S. aureus;
S. epidermidis;
S. haemolyticus.
Quais as características dos Estafilococos?
.Gram +
.catalase-positivo
Como diferenciar os Estafilococos dos Estreptococos?
Teste da catalase.
Estafilococos: catalase +
Estreptococos: catalase -
Como diferenciar o S. aureus do S. epidermidis?
Teste da coagulase.
S. aureus: coagulase +
S. epidermidis: coagulase -
Como é feito o diagnóstico das infecções por Estafilococos?
Clínico + Exames
Hemograma: leucocitose com desvio à E;
PCR e VHS: aumentados;
Cultura (sangue, urina, ferida): positivo.
Quais as formas clínicas da infecção por S. aureus?
Infecções cutâneas:
- foliculite;
- furúnculo;
- hidradenite supurativa;
- impetigo;
- celulite.
Infecções invasivas:
- abcessos;
- septicemia;
- pneumonia;
- endocardite;
- artrite séptica;
- ITU;
- osteomielite;
- meningite.
Infecções toxigênicas:
- síndrome da pele escaldada;
- infecção alimentar;
- síndrome do choque tóxico.
Quadro clínico da foliculite, do furúnculo e do antraz.
S. aureus
Foliculite: pápulas eritematosas, pústulas ou crostas nos folículos pilosos, principalmente após lesão traumática da pele (depilação com gilete).
Furúnculo: nódulo com pus e doloroso;
Antraz: nódulo mais profundo, febre e mal-estar.
Quadro clínico da hidradenite supurativa.
S. aureus
Nódulos com pus em regiões sudoríparas (axilas, virilha, períneo). Drenam espontaneamente na pele. Recidivas frequentes.
Quadro clínico do impetigo.
S. aureus ou Strepto. pyogenis
Crianças.
Máculas, bolhas ou crostas em face e MMII.
Quadro clínico da celulite.
S. aureus ou Strepto. pyogenis
Edema, eritema, dor e calor no local acometido.
Febre.
Celulite periorbitária: risco de acometimento do SNC.
Quadro clínico do abcesso por S. aureus.
Coleção de pus envolto por resposta inflamatória organizada.
Febre, queda do estado geral.
Porta de entrada aparente, foco séptico em algum órgão.
Hemocultura +.
Quadro clínico da endocardite aguda por S. aureus.
Vegetação valvar pelo S. aureus.
Febre, fadiga, dispneia, dor torácica ao respirar, suor noturno, edema de MMII, artralgia.
Hemocultura +.
Quadro clínico da osteomielite por S. aureus.
Febre, dor e inflamação local.
Hemocultura e biópsia óssea.
Quadro clínico da artrite séptica por S. aureus.
Febre, dor, inflamação e derrame articular, principalmente em joelho e cotovelo.
Artrocentese.
Quadro clínico da síndrome da pele escaldada.
S. aureus;
Crianças;
Febre;
Máculas, bolhas, bolhas rompidas, crostas na pele (mucosas poupadas);
Sinal de Nikolsky +;
Biópsia de pele e cultura (pele, sangue, urina).
Bom prognóstico (com tratamento adequado).
Quadro clínico da infecção alimentar.
Enterotoxinas A, B, C, D, E nos alimentos contaminados (cozimento não as destrói);
Início em poucas horas após ingesta;
Náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal;
Evolução autolimitada.
Quadro clínico da síndrome do choque tóxico.
Associado ao uso de absorvente.
Enterotoxina F.
Febre alta, hipotensão, exantema, diarreia, vômitos, confusão mental, IRA, mialgia grave.