Estone mitral Flashcards
Fisiopatologia, etiologias, epidemiologia, diagnóstico
Valva mitral
- Definição
- O que acontece na diástole e sístole?
- É uma valva atrioventricular, entre átrio E e ventrículo E
- Diástole: valva se abre
- Sístole: valva se fecha
Constituição do aparelho valvar mitral
(1) anel ou ânulo mitral;
(2) dois folhetos ou cúspides valvares;
(3) cordoália tendínea;
(4) músculos papilares.
Área valvar mitral normal
4 - 6 cm2
- Quando a área valvar mitral
está normal, a pressão do AE é idêntica à pressão
no VE no final da diástole
Estenose mitral
- Definição
- Condição em que, pela restrição à abertura dos
folhetos valvares, há uma redução da área valvar mitral, levando à formação de um gradiente de pressão diastólico entre o AE e o VE.
Gravidade da estenose mitral
- Medida pela Área Valvar Mitral (AVM), tendo uma correspondência com o gradiente médio de pressão
AE-VE na diástole
Fisiopatologia
O que ocorre na estenose mitral?
1- Obstrução fixa ao fluxo de sangue do AE para o VE durante a fase de enchimento ventricular – diástole
2- Faz-se necessário um Gradiente de Pressão Transvalvar (não existe em condições normais) –> aumento da pressão do AE, que se transmite ao
leito venocapilar pulmonar.
3- Pressão venocapilar
> 18 mmHg (normal: até
12 mmHg) é capaz de promover ingurgitamento
venoso e extravasamento capilar de líquido –> a síndrome congestiva –> congestão pulmonar
Quadro clínico
- Dispneia aos esforços
- Ortopneia
- Pulmão congesto tem troca gasosa prejudicada
- A dispneia vem do maior trabalho dos músculos respiratórios e do estímulo aos receptores J do interstício pulmonar pelo edema
Porque o esforço físico é ruim na estenose valvar?
Durante o esforço físico, o débito cardíaco e a
FC aumentam
- Estes são justamente
os dois fatores determinantes do gradiente de pressão transvalvar na estenose mitral
O que promove alto débito cardíaco?
Esforço físico, estresse, anemia, febre, gestação, hipertireoidismo
Fisiopatologia
- Débito cardíaco
DC aumentado –> o retorno venoso também aumenta –> chega mais sangue ao AE –> aumenta a pressão do AE
e o gradiente de pressão transvalvar –> congestão pulmonar
Aumento do DC,
aumenta o fluxo sanguíneo pela valva estenosada –> eleva-se o gradiente de pressão transvalvar
Gradiente de pressão = Fluxo x Resistência (esta última refere- se à resistência imposta pela valva estenosada ao fluxo sanguíneo).
Valvopatia menos tolerada na gestação
Estenose mitral
Fisiopatologia
- Frequência cardíaca
Taquicardia reduz o tempo da diástole –> dificulta o esvaziamento atrial pela valva estenosada –> aumenta a pressão do AE e o gradiente de pressão transvalvar –> congestão pulmonar
Por isso, a
fibrilação atrial aguda com alta resposta ventricular
(uma taquiarritmia comumente associada
à estenose mitral) pode descompensar o
quadro e até causar edema agudo de pulmão.
A perda da contração atrial é um outro fator
que também contribui para a descompensação
do quadro.
Fisiopatologia
Como a estenose pulmonar pode levar a hipertensão arterial pulmonar?
Aumento crônico da pressão venocapilar pulmonar –> transmitido retrogradamente para o leito arterial pulmonar, –> aumento da pressão arterial pulmonar (HAP
passiva). Este aumento inicial pode desencadear
uma vasoconstrição pulmonar (HAP reativa).
Com o passar dos anos, as arteríolas e pequenas artérias pulmonares vão se hipertrofiando e começam a entrar em um processo
fibrodegenerativo –> obliteração crônica e progressiva do leito arteriolar pulmonar –> HAP reativa.
Valor da pressão arterial pulmonar
- PAP sistólica normal
- PAP média
- Até 30mmHg
- Até 19mmHg
Onde são as principais repercussões da hipertensão arterial pulmonar?
No ventrículo direito
Quando a PAP sistólica atinge cifras acima de 50-60 mmHg, o ventrículo direito
pode entrar em falência miocárdica, levando ao quadro de Insuficiência Ventricular Direita
(IVD). Além da congestão pulmonar vai ter quadro de congestão sistêmica e baixo DC.
Fisiopatologia
- Débito cardíaco na estenose mitral
- Fases iniciais: NÃO é prejudicado –> o enchimento ventricular esquerdo é preservado à custa do aumento do gradiente de pressão
transvalvar e dos sintomas de congestão pulmonar - Fases mais críticas: o débito cardíaco torna-se limitado, especialmente durante o esforço físico
Uso de diuréticos de forma não criteriosa na EM
Pode levar a síndrome de baixo débito
Etiologia
- Principal
- Cardiopatia reumática crônica: corresponde a mais de 95% das EMs