Estômago Flashcards

1
Q

Fisiopatologia da doença ulcerosa péptica:

A

H. pylori (Gram -):
1. Infecção do antro: células D afetadas -> diminuição da somatostatina -> hipercloridria
2. Infecção disseminada: células parietais afetadas -> hipocloridria

AINES:
Inibição da COX 1 que estimula a produção de prostaglandinas fisiológicas que estimulam e mantêm funcionando a barreira da mucosa gástrica (muco, HCO3-, renovação celular, rica micro circulação)

*COX-2: presente na inflamação patológica

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2
Q

Diagnóstico de doença ulcerosa péptica?

A

Presunção se paciente jovem e sem sinais de alarme
EDA se >45 anos ou anemia, disfagia, odinofagia, perda de peso, icterícia

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3
Q

Tratamento de doença ulcerosa péptica:

A

Inibidor de bomba de prótons 4-8 semanas + bloqueador histamínico
Investigar H. pylori se dispepsia

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4
Q

Indicações para erradicar H. pylori?

A

úlcera péptica
linfoma MALT (câncer gátrico)
dispepsia
lesões pré neoplásicas
após gastrectomia
história de câncer gástrico em parente de primeiro grau

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5
Q

Tratamento para erradicação de H. pylori?

A

Claritromicina 500mg 2x/dia
Amoxicilina 1g 2x/dia
Omeprazol 20mg 2x/dia
por 14 dias!

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6
Q

Controle de cura de úlcera gástrica? H. pylori?

A

Nova EDA. Exame para detecção de H. pylori após >=4semanas do término do tratamento (não usar sorologia)

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7
Q

Classificação de úlceras gástricas:

A

Johnson:
Hipercloridria: duodenal (posterior= sgto), gástrica II (duodenal + corpo gástrico), gástrica III (pré pilórica)
Hipocloridria: gástrica I (pequena curvatura baixa), gástrica IV (pequena curvatura alta)
V (relacionada ao uso de AINES)

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8
Q

Fatores de risco para ca gástrico:

A

Dieta: defumados, condimentos, baixa ingesta de frutas/vegetais
H. pylori (gastrite crônica atrófica)
Anemia perniciosa: gastrite crônica autoimune
História familiar, tabagismo
Gastrectomia parcial
Sangue A
Pólipos adenomatosos

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9
Q

Classificação histológica de Lauren (ca gástrico)?

A

Intestinal: bem diferenciado - homens, disseminação hematogênica, tumores distais, FR= H. pylori, gastrite atrófica, metaplasia intestinal - mutação p53

Difuso: indiferenciado (céls em anéis de sinete) - mulheres, disseminação linfática e por contiguidade, tumores proximais, FR= TS A, mutação E-caderina

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10
Q

Classificação de Borrmann (ca gástrico)?

A
  1. Polipoide
  2. Ulcerada com bordas nítidas
  3. Ulcero infiltrativa (mais comum)
  4. Difuso - linite plástica
  5. Nenhum dos demais
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11
Q

Principais sítios de metástases do ca gástrico?

A

Fígado, pulmão, linfonodos e peritônio

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12
Q

Diagnóstico e estadiamento do ca gástrico?

A

EDA + Bx
TC TAP + USG endoscópico (padrão ouro para T e avaliar o N pré op) + VLP

Tx: não consegue estadiar
T0: in situ
T1a: invade lâmina própria ou muscular da mucosa
T1b: invade submucosa
T2: invade muscular própria
T3: invade subserosa
T4a: perfura serosa
T4b: invade estruturas adjacentes

Nx, N0
N1: 1-2
N2: 3-6
N3a: 7-15
N3b: >=16

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13
Q

Critérios de câncer gástrico precoce? Critérios para ressecção endoscópica de ca gástrico?

A

Ca gástrico precoce:
Acomete mucosa e (talvez) submucosa com ou sem lnn acometidos

○ Tumores restritos à mucosa (T1a)
○ Menor que 2cm
○ Tumor bem diferenciado
○ Não ulcerado
○ Sem invasão linfovascular
○ Sem linfonodo acometido

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14
Q

Conceito de linfadenectomia adequada?

A

Para que a linfadenectomia seja apropriada, deve-se retirar pelo menos 15/16 linfonodos para estadiamento.

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15
Q

O linfoma do trato digestivo ocorre principalmente no

A

Estômago

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16
Q

Quais os subtipos mais comuns do linfoma gástrico?

A

Linfoma difuso de células B > MALT

17
Q

Conduta e estadiamento de linfoma gástrico?

A

Biópsia gástrica com histologia.
Estadiamento: EF + TC TAP + HMG, DHL + Bx MO + Endoscopia US

18
Q

Qual o tratamento para linfoma difuso de grandes células B?

A

QT + imunoterapia + erradicação do HP se presente na bx

19
Q

Qual o tratamento para linfoma MALT?

A

Como é muito relacionado à H. pylori (CagA), a primeira linha do tto é erradicar HP (mesmo se resultado negativo). Segunda linha: radioterapia.

20
Q

Seguimento dos linfomas gástricos?

A

○ Avaliar cicatriz: checar erradicação do HP
○ EDA 6/6m até regressão histológica (pode levar 2-5 anos)
○ Risco para adenocarcinoma mais de 6x

21
Q

Complicações após gastrectomia total em Y de Roux? Abordagem?

A

Fístula da anastomose esofagojejunal - azul de metileno EED
Fístula da anastomose gastrojejunal - pouco frequente
Deiscência do coto duodenal - dosar amilase e BT
Fístula pancreática

Estável: ATB + drenagem
Instável: cirurgia + ATB + dreno

22
Q

Indicações de bariátrica?

A
  • Ausência de doenças psiquiátricas (Prader-Willi) e endocrinológicas
  • Sem uso de drogas ilícitas
  • Tratamento clínico prévio por pelo menos 2 anos
  • > 18 anos
  • Se > 16 anos, epífise consolidada e avaliação pediátrica
  • IMC ≥ 40
  • IMC 35-40 + comorbidades
  • IMC 30-35 + DM2 refratário
  • Idade máxima de 70 anos
  • Ter menos de dez anos de diagnóstico de diabetes (tem que ter reserva de insulina)
  • Refratariedade ao tratamento atestado por 2 endocrinologistas

*Atualização em 2022 da ASMBS acerca da indicação da cirurgia bariátrica:
IMC > 35 independente das comorbidades
IMC > 30 + Doença metabólica

**Avaliação pulmonar + cessar tabagismo por 12 semanas antes da cirurgia e suspender anticoncepcionais orais pelo menos 1 mês antes

23
Q

Contraindicações de cirurgia bariátrica:

A
  • Impossibilidade de compreender o procedimento
  • Etilista
  • Usuário de drogas
  • Cirrose + Hipertensão portal com varizes gastroesofágicas
  • Psicose grave
  • Depressão grave
  • Doença pulmonar em estágio avançado
24
Q

Como se encontram os entero hormônios após a bariátrica?

A

Grelina (diminui pós bariátrica)
- Hormônio da fome
- Produzido pelo fundo gástrico, células oxínticas
- Principal hormônio hiperoxígeno

GLP 1 (aumenta pós bariátrica)
- Produzido pelo íleo
- Possui efeito incretínico

Peptídeo Y (aumenta pós bariátrica)
- Produzido no íleo e cólon (Céls L.)

25
Q

Classificação por IMC?

A

<18,5 Baixo peso
18.5-25 Normal
25-30 Sobrepeso
30-35 Obeso grau I
35-40 Obeso grau II
40-50 Obeso grau III
50-60 Superobeso
>60 Super superobeso

26
Q

Cirurgia bariátrica - procedimentos restritivos?

A

Balão gástrico (máximo de 6 meses, ponte para outro procedimento)
Banda gástrica
Gastrectomia vertical (Sleeve)
Gastroplastia vertical tipo Mason

27
Q

Cirurgia bariátrica - procedimentos predominantemente disabsortivos?

A

Cirurgia de Scopinaro (gastrectomia distal + anastomose em Y de Roux no fim do íleo)
Duodenal Switch (gastrectomia vertical + grampeamento da primeira porção do duodeno)

28
Q

Cirurgia bariátrica - procedimentos mistos?

A

Bypass gástrico Y de Roux – (Fobi – Capella)
Mini Gastric Bypass
Cirurgia de Santoro (Faustão - gastrectomia vertical com bipartição do trânsito intestinal) - Reduz o risco de deficiência de vitaminas
Transposição ileal + GV

29
Q

Vantagens e desvantagens do Bypass.

A

Vantagens:
Controle de DM
Controle do Refluxo
Maior perda de peso sustentada

Desvantagens:
Duas anastomoses
Risco de hérnia interna
Risco de deiscência e fístulas
Disabsorção (hipovitaminose e anemia)
Maior curva de aprendizado

30
Q

Vantagens e desvantagens da Sleeve.

A

Vantagens:
Cirurgia mais rápida
Menos Complicações
Não há risco de hérnia interna
Menos disabsortiva
Facilidade técnica

Desvantagens:
Menor perda de peso
Reganho
Menor controle do DM
DRGE

31
Q

Complicações pós Bypass? Sleeve? e ambas?

A

Bypass
○ Fístula pós Bypass gástrico: 5º PO = taquicardia, derrame pleural unilateral + distensão abdominal. Tomografia de abdome e pelve com contraste EV e VO.
○ Sangramento do TGI (principal no estômago excluso)
○ Obstrução do TGI
Hérnia interna
Brida
○ Reconstrução incorreta da alça em Roux - Roux em O

Sleeve
○ Fístula pós gastrectomia vertical
○ Estenose da incisura angular (estômago em ampulheta)= fazer Bypass
○ Sangramento da linha de Grampo
○ Trombose de Veia Porta: desidratação pós op + lesão térmica da veia esplênica

Ambas as cirurgias (Bypass e Sleeve)
○ TEP: risco aumentando até 90 dias após o PO
○ Rabdomiólise (IRA)
○ Carência de vitamina e Fe - mais comum no BGYR
○ Litíase renal (mais comum no BGYR)
○ Colelitíase: via CPRE transgástrico preferencialmente VLP
○ Dumping: sintomas vasovagais (e sintomas TGI mais no precoce)= precoce (até 30 min após alimentação) - alimento passa rápido e distende no intestino causando náuseas, diarreia por osmose; tardia (3h após) - alta liberação de insulina causando hipogli

32
Q

O que é Hérnia de Peterson?

A

Hérnia interna: entre o mesocólon transverso e o mesentério da alça alimentar
Achados tomográficos
● Twist no mesentério
● Distensão no delgado
● Alças em fossa ilíaca esquerda e mais próximas da parede abdominal
● Distensão do estômago excluso
● Anastomose entero-entero à direita
● Linfadenite mesentérica (Aumento dos linfonodos + meso ingurgitado)
*Mesmo com TC normal, pode ser necessário a videolaparoscopia para checar as brechas

33
Q

GIST são tumores derivados da célula de

A

Cajal (“marca passo” do TGI)
-> lesões subepiteliais, mais comum na camada muscular e muscular da mucosa (4ª e 2ª camadas na ecoendoscopia)

34
Q

Conduta se tumor sugestivo de GIST?

A

Ecoendoscopia + PAAF é útil para fazer a imuno-histoquímica. Não fazer bx!

> 2cm: cirurgia sem linfadene

35
Q

Marcadores do GIST

A

> 90% apresentam mutação do gene c-kit (CD 117)
● Relacionada com a produção de tirosina quinase – imatinibe (inibe a tirosina quinase)

CD 34; DOG-1 e o PKC-teta

Se c-kit negativo  pesquisar PDGFRA

*leiomioma e o leiomiossarcoma: apresentam o SMA ou Desmina, sendo o leiomioma benigno.
*já o Schwvanomas expressa a proteína S100.

36
Q

Quando, em GIST, realizar adjuvância – Imatinibe (inibidor da tirosina quinase)?

A

Tumor extra-gástrico
Tamanho maior que 10cm
Tumor com > 10 mitoses por campo de 50 aumento
Tumor > 5cm + > 5 mitoses por campo de 50 aumento
Rotura da cápsula
Recidiva/metastático