Esôfago Flashcards
Doenças Esofágicas • Principais sinais e sintomas
- Pirose
- Odinofagia
- Regurgitação
- Disfagia
Disfagia • Classificação
- Mecânica | Motora
- Mecânica — Estreitamento ou bolo alimentar grande.
- Motora — Descoordenação do movimento pelo conduto. Em geral é intermitente e variável.
- Orofaríngea | Esofageana | Pseudodisfagia (sensação de bolo na garganta, psicológica)
Doenças Esofágicas • Categorias
- Alterações anatômicas — Hérnia hiatal | Anéis e membranas | Divertículos
- DRGE
- Esofagites — Infecciosa | Eosinofílica
- Dismotilidades
Divertículos Esofágicos • Conceitos
- Tração | Pulsão
- Verdadeiros | Falsos | Intramural — Mucosa, muscular e adventícia. Na falsa têm-se um “buraco” e apenas a mucosa e adventícia compõem o divertículo.
- Comuns — Zenker, médio-esofágico, epifrênico.
Divertículo de Zenker • Conceitos
- Pseudodivertículo formado pela herniação da mucosa hipofaríngea através de uma área frágil da parede posterior da faringe distal — triângulo de Killian.
- Associado a altas pressões luminais com uma região muscular enfraquecida.
- Divertículo de pulsão.
- Assintomáticos, mas podem reter alimentos → halitose, regurgitação, aspiração.
- Tx — Esofagomiotomia cervical
Hérnia Hiatal • Conceitos
• Herniação de vísceras (na maioria das vezes o estômago) para o interior do mediastino através do hiato esofágico.
Hérnia Hiatal • Tipos
- Tipo I — Deslizamento
* Tipo II-IV — Paraesofágicas
Hérnia Hiatal — Deslizamento
- Tipo I
- Translocação cefálica da cárdia e da JEG através do ligamento frenesofágico enfraquecido e da dilatação do hiato diafragmático.
- Elevação da JEG 2 cm acima do pinçamento.
- Sem tx cirúrgico na maioria das vezes, tendo em vista que a maior complicação — o RGE — pode ser tratado clinicamente.
Hérnia Hiatal — Paraesofágicas
- Herniações incluem outras estruturas.
- Pode ser muito dolorosa.
- Melhor visualizada pela esofagografia baritada.
- Tipo II — Fundo gástrico, mas JEG fixada ao hiato.
- Tipo III — Fundo gástrico + deslizamento. Hérnia mista.
- Tipo IV — Outras vísceras além do estômago; geralmente o cólon.
- Tx — Quase sempre cirúrgico — Risco de isquemia de segmento herniado e de inversão do estômago.
DRGE • Conceitos
- Sintomas ou alterações decorrentes do refluxo de secreções gástricas para o esôfago e órgãos contínuos.
- Principal consequência — Esôfago de Barret, precursor do adenocarcinoma do esôfago.
DRGE • Refluxo
- Fisiológico | Recorrente
- Fisiológico — Casual e de curta duração; geralmente entre as refeições. Normal.
- Recorrente — Longa duração, alterações decorrentes de agressão à mucosa → DRGE.
DRGE • Paradoxo
- Até 2/3 dos pacientes podem ter sintomas mas nenhuma alteração endoscópica.
- Pacientes mais jovens tendem a ter mais sintomas e menos lesões. O inverso aos mais velhos.
DRGE • Epidemiologia
- Distúrbio mais comum do TGI
- Prevalência aumenta com idade, mais frequente em obesos e gestantes.
- 40-45% dos adultos têm sintomas.
DRGE • Fatores de Risco
- Sobrepeso
- Hérnia hiatal
- Chocolate, bebidas cafeinadas e alcoólicas.
- Menta, cítricos, tomate e vinagre.
- Tabagismo
- Alimentação antes de se deitar
- Medicamentos anti-histamínicos, relaxantes musculares e hipotensores.
- De modo geral — são os alimentos de relaxam a atividade do esfíncter esofagiano inferior.
DRGE • Fisiopatologia
- Desequilíbrio entre fatores agressores e protetivos.
- Relaxamento Transitório do EEI não-relacionado à deglutição | Hipotonia verdadeira do EEI | Desestruturação anatômica da JEG
DRGE • Relaxamento transitório do EEI não-relacionado à deglutição
- Mecanismo patogênico mais comum.
- Reflexo vagal anômalo estimulado pela distensão gástrica.
- Relaxamentos mais prolongados e intensos que os fisiológicos e não seguidos de peristalse esofagiana eficaz.
DRGE • Hipotonia verdadeira do EEI
- Pressão média fisiológica — 10-30 mmHg.
* Patológico — < 10 mmHg, constantemente.
DRGE • Desestruturação anatômica da JEG
- Favorecem o refluxo, pois o diafragma não atua mais como reforço mecânico.
- EEI na cavidade torácica.
DRGE • Fatores Agressores
- Conteúdo do refluxo — ácido (pH < 4,0).
- Tempo de clareamento esofágico mais lento, mais ineficaz.
- Retardo no esvaziamento gástrico.
DRGE • Mecanismos de Defesa
- Bicarbonato salivar
* Peristalse esofagiana
DRGE e H. pylori
• O H. pylori constitui um fator protetivo contra a DRGE. Gera pangastrite que reduz a secreção gástrica.
DRGE • Quadro Clínico
- Basicamente pirose e regurgitação, em especial nas 3 primeiras horas pós-refeição e ao deitar.
- Disfagia e odinofagia
- Dor precordial pode estar presente e se assemelhar a angina pectoris.
DRGE • Manifestações Extraesofágicas
- Boca — Erosão do esmalte dentário.
- Faringe — Irritação da garganta, globus faríngeo.
- Laringe — rouquidão.
DRGE • Dx
- Na maioria das vezes clínico, basicamente pela anamnese.
- Principal teste confirmatório é a prova terapêutica — redução sintomática > 50% após 1-2 semanas de uso empírico de IBP.
DRGE • Tratamento Empírico
- Omeprazol 20-80 mg/dia.
- Maior dose se sintomas extraesofágicos.
- Minimo 8 semanas para determinar falha ou sucesso.
DRGE • Exames para Dx
- Endoscopia Digestiva Alta
- pHmetria de 24h
- Radiologia de esôfago
- Esofagomanometria
DRGE • Exames — EDA
- Muitos falsos negativos — Nem sempre tem lesões.
* Objetiva identificar complicações — esofagite, estenose péptica, esôfago de Barret e adenocarcinoma.
DRGE • Exames — pHmetria de 24h
- SIC, não altera tratamento e bem desconfortável. Não deve ser feito.
- Indicado em refratários ao tratamento, sinromas atípicos (asma, tosse, dor torácica, dx duvidoso) e pré-op de fundoplicatura.