Episódio depressivo, PDR e Suicídio Flashcards

1
Q

Antes de assumir que a existência de humor deprimido é devido a um episódio depressivo devemos …

A

Excluir causas orgânicas

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2
Q

Causas orgânicas de humor deprimido

A

Consumo de substâncias, hipotiroidismo, trauma/alteração do lobo frontal

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3
Q

Quais são os critérios A de diagnóstico de episódio depressivo?

A

Humor deprimido, anedonia e diminuição da energia/fadiga

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4
Q

Quais são os critérios B de diagnóstico de episódio depressivo?

A

Redução na concentração, na auto-estima/confiança, ideias de culpa ou menos-valia, pensamentos pessimistas, ideias de auto-lesão, alteração do padrão de sono, alteração do apetite

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5
Q

Quantos critérios A e B definem um episódio depressivo ligeiro?

A

2 critérios A + 2 critérios B

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6
Q

Quantos critérios A e B definem um episódio depressivo moderado?

A

2 critérios A + 3 critérios B

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7
Q

Quantos critérios A e B definem um episódio depressivo major/severo?
Qual a exceção a isto?

A

Todos os A critérios (3) + pelo menos 4 critérios B
A exceção a isto são os casos em que existe ideação suicida, marcado impacto funcional ou quadro psicótico, mesmo que não se verifiquem os 3A + 4B

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8
Q

Quais são as alterações da aparência passíveis de existir num episódio depressivo?

A

Lentificação psicomotora, negligência dos autocuidados, cantos da boca invertidos, sulco vertical no meio das sobrancelhas, cabeça inclinada a olha para baixo, etc

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9
Q

Quais são as características do humor deprimido?

A

Tristeza, angústia ou irritabilidade (++ nos adolescentes), que não melhora face às circunstâncias, que é pior ao acordar e vai melhorando ao longo do dia

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10
Q

Devemos questionar sempre sobre …

A

Ideação suicida

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11
Q

Quando as cognições depressivas/pensamentos negativos ultrapassam o razoável e não cedem à argumentação, podem definir-se como … , que indica um quadro de depressão com …

A

Ideias delirantes; quadro psicótico

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12
Q

Um dos aspetos das cognições depressivas que favorecem a resistência em procurar ajuda por parte dos doentes é …

A

A atribuição das falhas à sua incapacidade e fraqueza moral

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13
Q

A anedonia é um indicador de … , e é um sintoma chave da depressão …

A

Gravidade; melancólica

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14
Q

Quais as alterações psicomotoras possíveis?

A

Lentificação psicomotora

Agitação e ansiedade

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15
Q

Os sintomas biológicos, como … , são indicadores de …

A

Alterações do sono, alterações do apetite, perda das libido, amenorreia, obstipação, fadiga e dores (hipocondria); gravidade

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16
Q

Principalmente nos idosos, as perturbações da memória e da concentração obrigam ao …

A

Diagnóstico diferencial com causas de demência

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17
Q

Diferença entre despersonalização e desrealização

A

Despersonalização - sensação de estranheza da pessoa em relação a si própria/não se reconhece
Desrealização - sensação de estranheza da pessoa em relação ao mundo exterior

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18
Q

Quais as características da depressão psicótica?

O que pode ajudar a fazer Ddx com psicose não afetiva?

A

Ideias delirantes de conteúdo congruente com o humor (menos valia, culpa, doença) e ideias delirantes persecutórias, hipocondríacas ou de ruína.
Na depressão psicótica, se existirem ideias de perseguição, o doente aceita a perseguição assumindo-se como culpado da mesma. Pelo contrário, na esquizofrenia p.e., existem ideias de perseguição mas o doente atribui a culpa a outros.

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19
Q

O que é o Síndrome de Cotard?

A

Presença de delirio niilista em que o doente acredita que já morreu ou que partes do seu corpo estão ausentes, bem como que a sua família já morreu

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20
Q

A depressão retardada é caracterizada por … e tem boa resposta a …

A

Lentificação psicomotora, discurso pobre, imobilidade e mutismo;
ECT

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21
Q

Características da depressão atípica

A

Humor deprimido variável, reatividade de humor a eventos positivos, fadiga extrema, ansiedade pronunciada, pior resposta a AD triciclicos.

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22
Q

O que é a distimia?

A

Persistência de sintomas que não cumprem critérios de depressão, sem evolução e com + de 2 anos de duração

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23
Q

O que é a depressão sazonal? Quais os sintomas?

A

Episódios depressivos sempre na mesma altura do ano (++ inverno); Os sintomas são hipersónia, apetite por hidratos de carbono e redução da energia ao final da tarde.

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24
Q

O que é a depressão endógena?

A

Episódio depressivo que ocorrem em pessoas que aparentemente não têm fatores precipitastes e têm bom suporte social.

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25
Q

Características da depressão melancólica

A

Sintomas biológicos/somáticos, sintomas mais severos, história familiar de depressão, pouca resposta ao placebo mas melhor resposta aos AD tricíclicos

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26
Q

Qual deve ser o Ddx de episódio depressivo?

A

Tristeza, PAB, perturbação da ansiedade, perturbação da adaptação, demência e esquizofrenia/perturbação esquizoafetiva.
EXCLUIR SEMPRE PATOLOGIA MEDICO-CIRURGICA E CONSUMO DE TÓXICOS OU FARMÁCOS.

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27
Q

Fármacos que podem dar episódios depressivos

A

Corticoides, interferão, alfametildopa (HTA na grávida), isotretinoína (terapêutica para acne).

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28
Q

Sobre o Ddx entre depressão psicótica, esquizofrenia e perturbação esquizoafetiva, como é que podemos fazê-lo?

A

Temos que perceber a ordem temporal dos sintomas e a história psiquiátrica prévia.
Na esquizofrenia, normalmente a depressão não é a primeira manifestação e temos os sintomas de 1ª ordem de Kurt Schneider, sendo que normalmente nestes doentes a depressão surge pelo insight que têm da sua condição.
Na perturbação esquizoafetiva, vamos ter uma coexistência de sintomas afetivos e sintomas psicóticos + 15 dias só com sintomas psicóticos. Neste caso, numa depressão psicótica não teremos períodos de sintomas psicóticos sem sintomas depressivos. Para além disso, se medicarmos uma depressão psicótica, remetem primeiro os sintomas psicóticos e depois os depressivos porque estão associados. Enquanto numa esquizoafetiva, os depressivos remetem mas os psicóticos podem manter-se.

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29
Q

Qual é o doente-tipo de um episódio depressivo?

A

Mulher, divorciada, desempregada, entre os 18 e os 44 anos, com comorbilidades como perturbação da ansiedade ou uso de substâncias.

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30
Q

Qual é a duração média de um episódio depressivo?

A

6 meses

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31
Q

Qual a percentagem de doentes que, após um episódio depressivo, terão outro episódio? O que acontece ao intervalo entre episódios ao longo do tempo?

A

80%; Encurta

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32
Q

Em relação à população em geral, pessoas com depressão têm … mortalidade e … taxas de suicídio.

A

2x mais; 15x mais

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33
Q

Qual o objetivo do tratamento de fase aguda de um episódio depressivo?

A

Remissão completa dos sintomas

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34
Q

Qual o objetivo do tratamento de fase de continuação de um episódio depressivo? Quanto tempo deve durar? Que terapêutica fazemos?

A

Evitar um reaparecimento dos sintomas; +/- 6 meses

Mantém-se a terapêutica com a qual ocorreu remissão dos sintomas

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35
Q

Qual o objetivo do tratamento de fase de manutenção de um episódio depressivo? Quanto tempo deve durar?

A

Prevenir recaídas em alguns casos; 2 ou mais anos

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36
Q

Numa recaída, que terapêutica deve ser a primeira a ser implementada?

A

A terapêutica com a qual houve remissão dos sintomas no episódio depressivo anterior, na mesma dose

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37
Q

Quais são o antidepressivos de 1ª linha num episódio depressivo? Porquê?

A

SSRI ou SNRI; São os melhores tolerados e a sua eficácia aproxima-se dos AD triciclicos

38
Q

Quais são os SSRI?

A

Sertralina, Escitalopram, Fluoxetina, Paroxetina e Fluvoxamina

39
Q

Quais são os SNRI?

A

Venlafaxina e duloxetina

40
Q

Qual dos SSRI/SNRI é mais eficaz em casos mais graves?

A

Venlafaxina

41
Q

Qual o risco de dar um SSRI/SNRI com AINES?

A

Risco de hemorragia GI e hiponatrémia.

42
Q

Os AD triciclicos têm indicação principalmente em que tipo de casos?

A

Casos moderados/graves/internados

43
Q

Quais são os AD triciclicos?

A

Amitriptilina, clomipramina e nortriptilina

44
Q

Há um grupo em que os AD triciclicos não são eficazes. Qual é?

A

Adolescentes

45
Q

Porque é que os AD triciclicos não são os AD de 1ª linha?

A

Porque em sobredosagem têm grande toxicidade

46
Q

Os inibidores da MAO estão indicados em que casos?

Qual é o risco da sua utilização?

A

Doentes sem resposta a AD triciclicos e SSRI/SNRI;

Interação com alimentos com tiramina (cerveja, vinho, alguns queijos e carnes)

47
Q

Um inibidor da MAO é a …

A

Moclobemida

48
Q

Para além dos SSRI/SNRI, AD triciclicos e inibidores da MAO, podemos usar também …

A

Mirtazapina, trazodona, litio, anticonvulsivantes e antipsicóticos atípicos.

49
Q

Quando usamos a mirtazapina ou a trazodona?

Qual o seu efeito?

A

Quando há CI para SSRI, como adjuvantes aos mesmos;

Efeito sedativo

50
Q

Quais as indicações para antipsicóticos atípicos?

Quais são?

A

Estão indicados em casos com sintomas psicóticos, casos sem sintomas psicóticos como estratégia de potenciação de AD.
Olanzapina, Aripiprazol, Quetiapina e Risperidona.

51
Q

Quais as indicações para os anticonvulsivantes?

Quais são os anticonvulsivantes que podemos usar?

A

Episódios antidepressivos na PAB;

Carbamazepina, valproato e lamotrigina

52
Q

Para além da farmacoterapia, que outras opções temos?

A

ECT, Psicoterapia e exposição à luz

53
Q

Quais as indicações da ECT?

A

Depressão grave ou resistente com lenificarão psicomotora e sintomas psicóticos.
1ª linha em doentes com recusa alimentar, estupor e risco aumentado de suicídio

54
Q

Quais as indicações da exposição à luz?

A

Depressão sazonal e depressão no idoso

55
Q

Qual deve ser o processo de escolha do AD?

A

Se já tiver havido episódios anteriores, a 1ª opção deve ser o esquema com que ocorreu remissão dos sintomas.
Se não, o SSRI é uma boa escolha enquanto 1ª linha.
Se CI para SSRI/SNRI, começar com mirtazapina.

56
Q

O que devemos explicar ao doente ao iniciar terapêutica AD?

A

Na fase inicial, principalmente na 1ª semana, podem surgir efeitos secundários (++ GI) que têm um caráter transitório.
Os efeitos AD só começam a surgir após 2-3 semanas.
Explicar a importância da adesão terapêutica nesta fase e durante cerca de 3 meses.
Avisar sobre a restrição do uso do álcool e efeitos de sedação, principalmente por causa da sedação.

57
Q

Que parâmetros devem estar incluídos na avaliação anual destes doentes?

A

Peso, TA, glicose e perfil lipidico.

58
Q

Qual deve ser o algoritmo da gestão terapêutica num EDM?

A

Se a resposta ao tratamento inicial for inadequada/houver resistência, devemos primeiro perceber se há adesão à terapêutica. Se houver adesão à terapêutica mas ela não surtir o efeito desejado, devemos rever o diagnóstico (PAB na maior parte dos casos inicia-se por EDM) e identificar possíveis eventos stressores. Se houver resposta parcial, podemos ponderar aumentar a dose do AD, associar outro AD ou trocar dentro da mesma classe.
Se não houver resposta, paramos o AD atual e, ou mudamos para outro AD da mesma classe, ou trocamos para outra classe.

59
Q

Qual o principal cuidado na associação de AD com outros AD ou outros fármacos como a trazodona?
Quais os cuidados a ter?
Qual o AD que carece de atenção especial?

A

Síndrome serotoninérgico.
Ir titulando a dose dos AD. Quando se faz troca de AD, devemos começar o novo AD com doses pequenas e ir titulando.
Atenção à Fluoxetina! Quando a suspendemos, devemos esperar 1 semana para iniciar outro AD, para que se faça o washout do fármaco por causa da sua semi-vida prolongada.

60
Q

Quando consideramos tratamento combinado com 2 AD, que esquema devemos considerar?

A

SSRI ou velafaxina + mirtazapina ou bupropriona ou AD triciclico

61
Q

Quais são as estratégias de potenciação?

A

Lítio, AP atípicos e T3

62
Q

Porque é a combinação de venlafaxina com mirtazapina é uma boa opção?

A

A venlafaxina é um potencial hipertensor, enquanto a mirtazapina tem potencial neutro ou hipotensor, fazendo com que esta combinação seja, em termos tencionais, neutra.

63
Q

Quais são os fatores de mau prognóstico de um EDM?

A

Episódios anteriores, remissão incompleta, inicio precoce, suporte social pobre, doença física, abuso de substâncias e perturbação de personalidade.

64
Q

Qual é o modo de transmissão da PDR?

A

Transmissão poligénica com interação gene-ambiente

65
Q

Ter familiares em 1º grau com depressão não aumenta o risco de depressão. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. Aumenta e há alguma evidência de hereditabilidade, embora seja menor do que na PAB e na esquizofrenia.

66
Q

Quais os aspetos de personalidade que predispõe para depressão?

A

Ansiedade pré-mórbida, personalidade depressiva, sociotropia (necessidade de aprovação) e neuroticismo.

67
Q

Quais os aspetos do desenvolvimento precoce que predispõe para depressão?

A

Privação parental e relação deficiente com os pais - abusos, pais negligentes, depressão pós-parto.

68
Q

Quais os aspetos do ambiente social que precipitam a depressão?

A

Eventos de vida como perdas e humilhação, fatores de vulnerabilidade como suporte social pobre, doença física.

69
Q

Existem alterações endocrinológicas, imunitárias e da neuroimagem? Quais são?

A

Alterações do eixo hipotalámo-hipófise-adrenal; Aumento das citocinas inflamatórias; Diminuição do volume do hipocampo, dos gânglios da base e da substância cinzenta.

70
Q

Quais são as alterações do sono presentes na PDR?

A

Diminuição do sono profundo com aumento da proporção do sono REM.

71
Q

Qual é a definição de perturbação depressiva recorrente?

A

Episódios repetidos de depressão, sem mania ou hipomania, com recuperação completa entre episódios.

72
Q

Qual é a definição de distimia?

A

Humor deprimido crónico mas que não tem os critérios necessários para ser classificado como depressão e que persiste durante vários anos.

73
Q

Em doentes com PDR, é adequado fazer tratamento de …

Quais as indicações para fazer esse tratamento?

A

Manutenção;
≥ 2 episódios em menos de 5 anos, história familiar de PDR, persistência de sintomas residuais, fatores psicossociais preditivos de recorrência.

74
Q

Após uma tentativa de suicídio que carece de internamento, qual é o período em que há maior risco de nova tentativa?

A

Nas primeiras semanas após o internamento psiquiátrico.

75
Q

Na maior parte dos casos de suicídio, não há comunicação prévia. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. Em muitos casos existe comunicação prévia a pelo menos uma pessoa nas semanas anteriores.

76
Q

A identidade religiosa é um fator … relativamente ao risco de suicídio.

A

Protetor

77
Q

A ideação suicida passiva ou ativa deve ser sempre questionada. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.

78
Q

Quais as condições de saúde mais associadas a tentativas de suicídio?

A

Doença física que cause dependência de terceiros, défices funcionais, dor crónica, epilepsia, doenças oncológicas e patologia psiquiátrica.

79
Q

Dentro da perturbação do uso de substâncias, qual a substância mais associada à tentativa de suicídio? Porquê?

A

Álcool. Causa desinibição, o que leva a que a pessoa atue de forma mais fácil sobre as suas ideias suicidas.

80
Q

Praticamente todas as patologias psiquiátricas aumentam o risco de suicídio. Quais as que estão mais associadas?

A

Depressão, PAB, esquizofrenia.

81
Q

Quais são os fatores de risco para suicídio?

A

História familiar de suicídio, exposição a modelos que cometeram ou tentaram suicídio, eventos de vida traumáticos precoces.

82
Q

Como fazemos o diagnóstico de exclusão perante uma tentativa de suicídio na ausência de perturbação psiquiátrica?

A

Até prova em contrário, a ideação suicida é patológica.
Temos de investigar as crenças e as ideias da pessoa.
Explorar a ambivalência suicida - querer morrer vs querer acabar com a dor.

83
Q

Para além dos fatores psicossociais, existem outros aspectos a ter em conta perante uma situação de tentativa de suicido. Quais?

A

Antecedentes de tentativa de suicídio, comunidade LGBTQIA+ e disponibilidade de meios (veterinários, agricultores, caçadores, médicos).

84
Q

Qual é o doente-tipo do suicídio?

A

Homem, deprimido, divorciado/viúvo, desempregado, idoso, isolado, com acesso a meios letais, com consumo de álcool e comorbilidades físicas, pobres ou com sentimentos de não pertença.

85
Q

Em termos de suicídio, qual a diferença entre meios selecionados por mulheres, homens e idosos?

A

Homens - enforcamento e acesso a armas
Mulheres - IMV
Idosos - ideação suicida passiva por auto-negligência (deixam de comer ou de tomar a medicação)

86
Q

O que é o efeito de Werther?

A

Suicídio copiado ou imitado por causa da forma como os media descrevem suicídios ou tentativas

87
Q

Após tentativa de suicídio, quando deve ser a próxima consulta de acompanhamento?

A

Na primeira semana após a alta

88
Q

Que cuidados os familiares devem ter, no periodo após uma tentativa de suicídio?

A

Limitar o acesso a métodos letais e encarregar um familiar de controlar a medicação.

89
Q

Quais são os únicos psicofármacos com eficácia comprovada na redução do risco de suicídio?

A

Litio e clozapina.

Mas não se aplicam a todos os casos, mais associado a esquizofrenia e PAB.

90
Q

Quais são os cuidados a ter com a prescrição de AD em pessoas com risco de suicídio?

A

Prescrever poucas caixas (1 até a próxima consulta p.e.) e prescrever os de menos toxicidade (SSRI).

91
Q

Como decidimos se tratamos o doente que tentou suicídio em ambulatório ou internamento?

A

Perceber se a pessoa tem bom suporte social, se tem uma depressão/PDR moderada ou se está arrependida/não quer voltar a tentar suicidar-se. Se sim, podemos tentar tratamento em ambulatório. Se não tiver bom suporte, tiver patologia psiquiátrica grave como a esquizofrenia ou mantiver a ideação suicida, optar por internar. Se não aceitar -> internamento compulsivo.

92
Q

No curso da PDR, o peso dos eventos de vida é crescente à medida que se vão somando episódios de doença. Verdadeiro ou falso?

A

Falso. O peso dos eventos stressores vai perdendo relevância à medida que os episódios depressivos se vão somando, podendo ocorrer sem um evento precipitante.