Epifisiólise Flashcards

1
Q

O que é a epifisiólise?

A

Deslocamento do colo femoral através da placa fisária

Cabeça fica no acetábulo e o colo se desloca para anterior + superior + rot ext

+ comum: epífise posterior

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2
Q

Qual é a epidemiologia da epifisiólise?

A

2 / 100 mil
- Muda conforme a população, raça, idade, sexo e etnia

78% ocorre em adolescentes (Estirão do crescimento)
-13 a 15 anos meninos e 11 a 13 meninas (raro apos menarca)
- Fora dessa idade ( <10a e >16 a com fise aberta ) – causas secundárias - endocrinopatias

Meninos 1,4-1 ate 3-1

Obesos, pre pubere
Biotipo: Adiposo-genital – P90 em 63%

Negros, polinésios, hispânicos.

Lado ESQUERDO + acometido

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3
Q

Quais são os achados na anatomia patologica da epifisiólise?

A

Fise alargada - Sinóvia hipertrofiada: Resposta inflamatória

Zona hipertrófica (diminui condrocitos e aumenta a matriz celular)
Normal 15-30%
EPF: 80%

Desarranjo celular - Fissura de deslizamento

Microscopia: desorganização das fibras de colágeno, acúmulo anormal de proteoglicanos e glicoproteínas

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4
Q

Qual é a etiologia da epifisiólise?

A

MULTIFATORIAL

MECÂNICOS
Obesidade
Retroversão do colo “diminuição da anteversao”
Diminuição do ângulo cervicodiafisário
Alterações geometria fise capital – mais vertical (aumenta força cisalhante na fise)
Carregamento anormal da placa de crescimento
Insuficiência dos componentes tênsil (colágeno) e hidrostático (proteoglicanas) na fise – AFINAMENTO DO ANEL PERICONDRAL – diminui resistência da fise
Trauma (Agudos) – 26%

HORMONAIS
Aumento altura da fise
Alterações endócrinas – hipotireoidismo, panhipopituitarismo, hiperparatireoidismo, hipogonadismo (estrogênio fortalece e testosterona enfraquece a fise – Lovell)?

GENÉTICO (autossomica dominante, negros, obesos) – 5%

IMUNOLÓGICO (aumenta IgA, Igm, IgG, C3) – associada com STQ

IRRADIAÇÃO LOCAL PRÉVIA

Osteodistrofia renal – hiperparatireoidismo, maioria bilateral

*A CAUSA IMEDIATA É MECÂNICA, isto é, as forças de cisalhamento exercidas sobre a epífise são maiores que a resistência proporcionada pela estabilidade anatômica da fise e a cabeça femoral é deslocada

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5
Q

Quais desequilíbrios endócrinos estão relacionados com a epifisiólise?

A

Hipotireoidismo (associado a Síndrome de Down)

Hiperparatireoidismo

Pan-hipopituitarismo

Hipogonadismo

Osteodistrofia renal

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6
Q

Quais são os dois biotipos da epifisiólise?

A

GORDO E ALTO = DEFICIÊNCIA DE HORMÔNIO SEXUAL – adiposo genital (Frolich)

ALTO E MAGRO = EXCESSO DE GH = DEBILITA A FISE (Mikulicz)

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7
Q

Como é a clínica do paciente com epifisiólise? E qual é o sinal encontrado no exame físico?

A

DOR no quadril e virilha
- Dor de intensidade variável (esforços físicos) na região inguinal ou face medial do joelho
- DOR REFERIDA PELO CAMINHO DO NERVO OBTURADOR E NERVO FEMORAL

Mudança na ADM

Anormalidades de marcha

Pode haver encurtamento dependendo do grau de escorregamento

Pré-Deslizamento - pródromos
- Claudicação episódica
- Fraqueza e dor inguinal leve intermitente

Sinal de DREHMAN: A medida que o quadril é flexionado, há a tendência a RE + flexão limitada

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8
Q

Quais são as classificações clínicas da epifisiólise?

A

CLASSIFICAÇÃO DE FAHEY e O’BRIEN (TEMPORAL)
AGUDA: com início súbito dos sintomas, sendo feito o diagnóstico em tempo inferior a 3 semanas
CRÔNICA: início gradual dos sintomas, diagnóstico com mais de 3 semanas de duração – Mais comum, 80 a 90 %
AGUDO-EM-CRÔNICO: combinação dos dois tipo, ou seja, história de dor e claudicação, com intensificação abrupta dos sintomas, geralmente por trauma leve.

CLASSIFICAÇÃO DE LODER
Estável: Pacientes conseguem deambular apoiando-se no membro afetado, com ou sem auxílio de muletas
Instável: Não possibilitam a deambulação dos pacientes, mesmo com auxílio de muletas. 50 a 60% das agudas, 5 a 10% do total → MAIOR TAXA DE ONCF

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9
Q

Quais são as classificações radiográficas da epifisiólise?

A

Classificação Radiológica (WILSON)
Grau 0 (pré-deslizamento): “alargamento” da placa epifisária, que sofre aumento da sua altura e torna-se lisa, perdendo o aspecto “serrilhado” dado pelos processos mamilares, típicos da cartilagem de crescimento normal.
Grau I (mínimo ou leve): a epífise desloca-se até 1/3 da largura do colo femoral.
Grau II (moderado): a epífise desloca-se até a metade da largura do colo femoral.
Grau III (grave): a epífise desloca-se mais da metade da largura do colo femoral

Classificação Baseada no Ângulo de Southwick
Escorregamento leve: diferença de até 30º
Escorregamento moderado: diferença entre 30 – 60º
Escorregamento grave: diferença > 60º

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10
Q

Quais são os achados radiográficos da epifisiólise?

A

Altura ou espessura aumentada da placa de crescimento, que se torna lisa e careca. (Perda dos processo mamilares)
1° sinal – aumento da espessura e irregularidade placa de crescimento

Sinal branco metafisário de Steel - epifise deslocada posteriormente: aparecimento de crescente na região posterior da epífise

Linha de Klein - Sinal de Trethowan +
Linha reta traçada ao longo da margem basal superior o colo femoral no RX AP, margem anterior do colo no perfil
Normal: cruza parte lateral da epifise
Alterado: a linha não passa na epifise

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11
Q

Como é o tto da epifisiólise?

A

TRATAMENTO - SEMPRE É CIRÚRGICO!!!
Gesso dá condrólise

OBJETIVOS:
Previnir maiores deslizamentos
Reduzir a chance de ONCF e condrólise
Reduzir a incidência de coxartrose

TIPOS:
TTO para evitar maior deslizamento –> fixação in situ
TTO para reduzir o grau de deslizamento –> aberta ou fechada
Para correção de deformidade residual –> OTT
TTO de salvamento –> artrodese

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12
Q

Como é a fixação in situ no tto da epifisiólise?

A

FIXAÇÃO IN SITU com 1 parafuso canulado ou rosca total 4,5

1 parafuso rigidez suficiente e menos complicações
Se instável 2 parafusos

A área segura: no centro da epífise, perpendicular à placa fisária e a 0,5 cm da margem radiográfica da cabeça femoral
- evita-se antero - súperior – a. cervical ascendente lateral (faz ONCF)

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13
Q

Como pode ser realizada a redução do deslizamento no tto da epifisiólise?

A

Manipulação fechada
Tração + RI
“redução não intencional” – nao forçar, apenas posicionar!
Agudos e crônico-agudizado / instáveis - ideal 24-48h
Nunca em: crônico/estável

Manipulação aberta
Menor risco de ONCF do que a fechada… Mas tem muito ainda
Luxação controlada de Ganz
Pode associar c/ Osteotomias → ressecção da metáfise proximal do fêmur → Cria uma deformidade compensatória

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14
Q

No tto da epifisiólise, quando está indicada a fixação profilática?

A

Endocrinopatias – 61% chance (principalmente hipotireoidismo / tb muito frequente no Down)

Irradiação pélvica

Idade <10 anos

Mora em áreas remotas

IRC ( osteodistrofia renal ) 95% chance

Tachdjan

Escore de Oxford - 16 pontos - 85% de epifisiolise contraleteral

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