Eletrocardiograma 1 - Hipo e Hiper calemia e calcemia Flashcards
Qual a principal ação do potassio no potencial de ação
(1) repolarização de todas as células cardíacas por conta da abertura de canais que permitem o seu efluxo (saída) para o meio extracelular;
(2) manutenção do potencial de repouso das células de resposta rápida
Hipercalemia
meio extracelular aumenta sua concentração de potássio gerando novo equilibrio elétrico
Quais as mudanças do comportamento elétrico na hipercalemia
A repolarização é encurtada: fica mais fácil o potencial de ação voltar ao seu novo potencial de repouso após a despolarização.
Torna as ativações atriais e ventriculares mais lentas, bem como a propagação desses
estímulos pelo coração.
Isso ocasiona:
-onda T dura menos tempo, tornando se mais alta e apiculada (formato de tenda)
-como consequência, o intervalo QT também é encurtado
-alargamento do complexo QRS
-achatamento da onda P.
Hipercalemia no eletrocardiiograma - considerações gerais
Apiculamento da onda T é primeiro evento.
Alargamento do QRS.
Sódio entra mais devagar, pq despolarização ventricular é mais demorada. - pode impedir a entrada do sódio - fazendo com que a onda P praticamente desapareça, principalmente na condução atrial, praticamente sumindo a onda P.
Onda T simétrica e apiculada. Segundo evento alargamento do QRS, terceiro some onda P – ritmo sinoventricular.
Hipercalemia Leve (5,5-7,0)
Onda T apiculada e estreita
Essa alteração é disseminada, ou seja, aparece em qualquer registro eletrocardiográfico.
Hipercalemia Moderada (7-9)
- Lentifica potencial de ação: alarga QRS
- Onda P sofre redução de amplitude
- Se o intervalo PR aumenta, tenho um bloqueio átrio ventricular de primeiro grau, devido a lentificação da passagem do estímulo dos átrios para os ventrículos.
- Com valores acima de 8 onda P some, estabelecendo ritmo sinoventricular
Hipercalemia Grave (maior que 9)
- Alterações do seguimento ST, ele tem supradesnivelamento – pode gerar confusão com infarto ou pericardite.
- Fusão do complexo QRS com onda T é achado mais grave, indica parada iminente = padrão de onda em Sino
Tratamento hipercalemia
Sempre que o paciente apresentar alterações eletrocardiográficas secundárias à hipercalemia: infundir gluconato de cálcio antes de reduzir o nível sérico do potássio.
O cálcio não diminui a calemia, mas é um elemento estabilizador da membrana do miócito- previne a parada cardíaca!
Esta medida não se faz necessária na ausência de alterações ao ECG.
Hipocalemia
o meio extracelular reduziu sua concentração de potássio, célula fica hiperpolarizada ocasiona repolarização é mais lenta e alteração na despolarização
Ocasiona:
Com o tempo de repolarização mais largo
-a onda T também dura mais tempo e se torna de menor amplitude
-intervalo QT sofre um alargamento
Mudanças eletrocardiograficas na hipocalemia só ocorrem quando
Potassio abaixo de 2,8–3 mEq/L.
Sinais de hipocalemia no eletocardiograma
O sinal mais precoce é a redução da amplitude e aumento da duração da onda T, que
ganha um aspecto mais achatado
Em seguida, surge também o achado mais típico da hipocalemia: aumento da onda U.
Principais achados no eletrocardiograma em casos de hipocalemia
Hipercalcemia
Aumento do cálcio extracelular
Isso intensifica a sua entrada durante a fase de platô encurtando seguimento ST e QT.
Calcio participa do contrabalanço da repolarização ventricular, então participa principalmente do segmento ST.
Em alguns casos de hipercalcemia, o segmento ST pode tornar-se tão curto que
que o QRS surge demasiadamente aproximado da onda T
(1) supradesnível do segmento ST (isso simula um infarto — “Isquemia I”);
(2) onda J de Osborn (onda J proeminente após o QRS — apresenta-se como um entalhe na
parte descendente da onda R)
Hipocalcemia
As alterações no traçado tendem a ser observadas quando o cálcio sérico cai abaixo de 7 a 8 mg/dl.
prolongamento do intervalo QT às custas de um aumento do segmento ST é a alteração eletrocardiográfica mais característica da hipocalcemia.