EIXO 4 TOXICOLOGIA Flashcards

1
Q

Perigo X Risco

A

Perigo: capacidade intrínseca de uma substância causar danos à saúde.

Risco: probabilidade de que a exposição a esse perigo realmente cause danos.

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2
Q

Toxicidade aguda X Toxicidade crônica

A

Os testes de toxicidade aguda têm como objetivo avaliar os efeitos nocivos de uma substância após uma única exposição ou exposições repetidas em um curto período. São conduzidos em animais de laboratório para determinar a dose letal (DL50), que representa a quantidade necessária para causar a morte em 50% dos
animais testados.

Os testes de toxicidade crônica investigam os
efeitos adversos decorrentes de exposições prolongadas ou repetitivas a uma substância. Podem se estender por meses ou anos, permitindo a observação de impactos no longo prazo.

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3
Q

Quais são as fases da intoxicação?

A

1) Exposição: A exposição marca o início do contato entre o organismo e o agente tóxico.

2) Toxicocinética: abrange os processos relacionados à absorção, distribuição,
armazenamento, biotransformação e excreção do agente tóxico no organismo

3) Toxicodinâmica: explora a interação entre as moléculas do toxicante e os sítios de ação nos órgãos, desencadeando desequilíbrios homeostáticos. Essa interação é responsável pelo surgimento de efeitos tóxicos no organismo. Compreender como o agente tóxico
afeta os processos biológicos nos níveis celular e molecular.

4) Clínica: é o estágio em que os efeitos nocivos da exposição se manifestam clinicamente. Aqui, sinais e sintomas visíveis ou mensuráveis, assim como alterações patológicas identificáveis por meio de exames diagnósticos, caracterizam os impactos do toxicante no organismo.

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4
Q

Limite de tolerância
X limite de exposição ocupacional
X Valor teto
X Limite de Exposição para Superfícies (TLV-SL)
X Exposição de Curta Duração (TLV-STEL)

A

Limite de Tolerância: é geralmente estabelecido para limitar a concentração de uma substância no AR, visando proteger os trabalhadores contra a inalação excessiva da substância e seus potenciais efeitos adversos.
É a concentração máxima permitida de uma substância química no ar do ambiente de trabalho, a qual os trabalhadores podem ser expostos continuamente, sem apresentar efeitos adversos à saúde.

Limite de Exposição Ocupacional: é uma abordagem mais abrangente que a LT, porque considera várias vias de exposição, incluindo a
exposição dérmica. Enquanto o LT geralmente se concentra na concentração no ar e na inalação.

Valor Teto: concentração máxima que não pode ser ultrapassada em nenhum momento
durante a jornada de trabalho

Limite de Exposição para Superfícies (TLV-SL): concentrações de substâncias químicas em equipamentos e áreas industriais, visando evitar efeitos adversos por contato dérmico ou ingestão ocasional.

Exposição de Curta Duração (TLV-STEL): representa o acúmulo máximo ao qual a maioria
dos colaboradores pode ser continuamente exposta por até 15 minutos. Esse padrão permite uma regularidade máxima de quatro vezes em um mesmo dia, com intervalo superior a 60 minutos entre
duas exposições consecutivas.

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5
Q

Classificações quanto à intoxicação

A

Irritantes
Asfixiantes
Neurotóxicos
Carcinogênicos
Mutagênicos
Hepatotóxicos e
Nefrotóxicos

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6
Q

Vias de penetração (absorção) de um agente tóxico

A

Absorção: processo pelo qual os agentes tóxicos entram no organismo a partir do ponto de
exposição.

Inalação
Ingestão
Absorção Cutânea
Injeção

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7
Q

Como ocorre a distribuição pelo organismo?

A

Após a absorção, os agentes tóxicos se distribuem pelo corpo através da corrente sanguínea.

A distribuição pode ocorrer rapidamente para substâncias solúveis em água, enquanto substâncias lipossolúveis podem se acumular em tecidos adiposos.

O corpo possui barreiras biológicas que podem modular a absorção e distribuição de agentes tóxicos.
Muitos agentes tóxicos passam por processos
metabólicos no fígado. Algumas substâncias são
ativadas por enzimas hepáticas, enquanto outras são desativadas para facilitar a excreção.
Agentes tóxicos podem acumular-se
em tecidos específicos, causando efeitos cumulativos ao longo do tempo.

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8
Q

Dose X efeito X resposta e relações dose-efeito X dose-resposta

A

Dose: quantidade total de um agente tóxico que entra no organismo durante um determinado período de exposição.

Relação dose-efeito: a magnitude do efeito está
relacionada à quantidade da substância tóxica administrada. Pode ser linear, não linear ou apresentar uma resposta em estágios.

Efeito: é a resposta observada após a exposição a uma determinada dose de um agente tóxico.

Efeitos podem variar desde respostas agudas, como náuseas e irritação, até efeitos crônicos,
como danos aos órgãos.

Resposta: manifestação específica dos efeitos no organismo. Pode incluir alterações fisiológicas, bioquímicas, comportamentais ou patológicas. A resposta é a tradução visível ou mensurável dos efeitos que ocorrem em nível celular, tecidual ou sistêmico.

Relação Dose-Resposta: representação gráfica da relação entre a dose administrada de um agente tóxico e a resposta observada. dose está no eixo horizontal e a resposta no eixo vertical.

A curva dose-resposta pode ser usada para estabelecer limites seguros de exposição e para entender a variabilidade nas respostas
individuais.

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9
Q

O que é toxicocinética e quais os processos envolvidos?

A

Estudo do movimento de substâncias químicas no corpo, desde o momento em que são absorvidas até o momento em que são eliminadas. (Aborda a trajetória da substância no corpo)

Processos envolvidos:
1) Absorção: Como e em que quantidade a substância entra no organismo (geralmente ocorre através do trato gastrointestinal, pulmões ou pele).

2) Distribuição: Como a substância é distribuída pelos diferentes tecidos e órgãos do corpo.

3) Metabolismo (biotransformação): Como a substância é transformada em metabólitos, muitas vezes por enzimas no fígado.

4) Excreção: Como os metabólitos são eliminados do corpo, geralmente através dos rins (urina) ou do fígado (bile).

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10
Q

O que é toxicodinâmica e quais os processos envolvidos?

A

Estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos das substâncias químicas no organismo, ou seja, como essas substâncias interagem com os sistemas biológicos para produzir efeitos tóxicos. (Concentra nos efeitos da substância nos processos biológicos e nas respostas do organismo)

1) Receptores: Interação da substância com receptores específicos no corpo, como proteínas, enzimas, ou outras moléculas.

2) Transdução de sinal: Como os sinais bioquímicos são transmitidos dentro da célula em resposta à exposição à substância.

3) Resposta celular e tecidual: Como as células e os tecidos respondem aos sinais e às alterações induzidas pela substância.

4) Manifestações clínicas: Desenvolvimento de sinais e sintomas observáveis de toxicidade.

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11
Q

O que é controle da exposição e quais as medidas?

A

1) Controles de Engenharia: Modificações no ambiente de trabalho para reduzir a emissão,
dispersão ou concentração de substâncias perigosas.

2) Controles Administrativos: Mudanças nos procedimentos de trabalho ou na organização para minimizar a exposição, como rotação de tarefas, limitação do tempo de exposição e implementação de práticas seguras.

3) Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Quando outras medidas não são
suficientes, EPIs podem ser utilizados

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12
Q

O que é monitoramento biológico e quais os métodos?

A

acompanhamento direto dos níveis de substâncias químicas ou seus metabólitos nos fluidos biológicos dos trabalhadores.

Objetivos:
Avaliar a quantidade da substância que
foi absorvida pelo organismo.
Identificar possíveis efeitos adversos à
saúde antes que sintomas clínicos apareçam.
Avaliar a eficácia das medidas de controle
implementadas.

Métodos:
Amostragem de Urina
Amostragem de Sangue
Outras Matrizes Biológicas

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13
Q

Indicadores biológicos

A

substâncias ou seus metabólitos presentes
no corpo humano ou em outros organismos vivos, que podem ser utilizados como marcadores para avaliar a exposição a agentes químicos ou físicos no ambiente.
São mensuráveis em amostras biológicas, como sangue, urina, saliva, cabelo, entre outros.

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14
Q

O que é avaliação da toxicidade e quais os métodos?

A

estudo dos efeitos nocivos que uma substância química pode causar à saúde, considerando fatores como dose, duração da exposição e via de administração.

Testes In Vitro: realizados em sistemas celulares isolados fora do organismo. Identificação de efeitos tóxicos em nível celular.

Testes In Vivo (Animais): Utilização de animais para avaliar os efeitos de substâncias tóxicas.
Determinar efeitos adversos à saúde, estabelecer limites de exposição ocupacional.

Estudos Epidemiológicos: Avaliação de efeitos tóxicos em populações humanas expostas a substâncias químicas no ambiente. Identificação de correlações entre exposição e efeitos na saúde humana.

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15
Q

Quais as condições para manifestação da toxicidade?

A

são variáveis e existem diversos fatores que
influenciam como e quando os efeitos adversos de uma substância tóxica podem ocorrer.

Dose
Tempo de exposição
Via de exposição
Interações com outras substâncias
Frequência da exposição
Estado de saúde geral

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16
Q

O que é dose letal (DL) e concentração letal (CL)

A

Dose Letal (DL): Dose Letal é a quantidade de uma substância específica que causa a morte em uma determinada população ou grupo de
organismos.
Geralmente é expressa como DL50, que é a dose que causa a morte de 50% da população exposta.

Concentração Letal (CL): é a concentração de uma substância no ambiente (como ar, água ou solo) que é letal para uma determinada porcentagem de organismos expostos.

Geralmente é expressa como CL50, que é a
concentração que causa a morte de 50% da
população exposta.

17
Q

Efeitos mutagênicos X Efeitos carcinogênicos

A

Efeitos Mutagênicos: Mutagênicos são agentes que têm a capacidade de causar mutações, ou
seja, alterações no material genético de um organismo. Os mutagênicos podem atuar interferindo no processo normal de replicação do DNA, causando mudanças na sequência de bases. As mutações genéticas podem ter efeitos variados, desde nenhum impacto até o desenvolvimento de doenças genéticas ou câncer.

Ex.: Radiações ionizantes, certas substâncias químicas presentes em cigarros e alguns agentes
quimioterápicos.

Efeitos Carcinogênicos: Carcinogênicos são agentes capazes de causar ou promover o
desenvolvimento de câncer. Eles podem agir induzindo mutações genéticas, estimulando o
crescimento descontrolado das células ou interferindo nos mecanismos de reparo celular.
Contribuindo para o desenvolvimento de tumores cancerígenos que podem ser benignos ou malignos, dependendo do tipo de células afetadas.

Ex.: Substâncias químicas carcinogênicas, como o amianto, benzopireno encontrado na fumaça
do cigarro, radiações ionizantes e certos vírus.

Nem todos os mutagênicos são carcinogênicos, mas muitos carcinogênicos têm potencial
mutagênico.

18
Q

Classificação dos agentes tóxicos quanto à ação tóxica

A

Local de ação:
Sistêmicos: Afetam o organismo como um
todo após absorção, atuando em órgãos ou
sistemas específicos.
Locais ou Locais de Contato: Exercem efeitos
no local de contato direto, como irritantes
dérmicos ou oculares.

Tipo de Efeito:
Agudos: Causam efeitos imediatos após uma
única exposição ou exposições curtas.
Crônicos: Resultam de exposições repetidas
ao longo do tempo, manifestando-se gradualmente.

Natureza Química:
Compostos Orgânicos: Como solventes,
pesticidas, hidrocarbonetos.
Gases e Vapores: Como monóxido de
carbono, amônia.
Metais Pesados: Como chumbo, mercúrio,
cádmio.
Radiações: Ionizantes e não ionizantes.

Via de Exposição:
Inalatórios: Substâncias que são inaladas, como poeiras, vapores.
Ingeridos: Substâncias ingeridas pela boca, como
alimentos contaminados.
Dérmicos: Substâncias em contato com a pele.

Mecanismo de Ação:
Nefrotóxicos: Tóxicos para os rins.
Hepatotóxicos: Tóxicos para o fígado.
Neurotóxicos: Afetam o sistema nervoso.

Estado Físico:
Gasosos: Substâncias no estado gasoso.
Líquidos: Substâncias em forma líquida.
Sólidos: Substâncias em forma de partículas sólidas

19
Q

O que são substâncias sensibilizantes, quais são suas categorias e quais suas características?

A

agentes químicos que têm a capacidade de induzir uma resposta imunológica específica no organismo, levando à sensibilização. um processo no qual o sistema imunológico do indivíduo desenvolve uma resposta de hipersensibilidade a uma substância específica após exposição inicial. Essa resposta imunológica pode se manifestar em exposições subsequentes, resultando em reações alérgicas ou dermatites de contato.

Categorias:
Sensibilização dérmica
Sensibilização respiratória

Características:
Baixa Dose Sensibilizante: a sensibilização pode
ocorrer com exposição a doses relativamente baixas da substância.

Período de Latência: A sensibilização pode não
ocorrer imediatamente após a exposição inicial. Pode haver um período de latência antes que a
resposta alérgica se desenvolva.

Resposta Alérgica Tardia: As reações alérgicas geralmente ocorrem em exposições subsequentes à substância, após a
sensibilização ter ocorrido.

Efeitos Cumulativos: A sensibilização pode se acumular ao longo do tempo com exposições
repetidas, tornando a pessoa mais suscetível a reações alérgicas.

20
Q

Gases e vapores irritantes X asfixiantes

A

Gases e Vapores Irritantes: São substâncias que, ao entrarem em contato com os tecidos do
corpo, podem causar irritação ou inflamação. Essa irritação pode afetar principalmente as mucosas, como olhos, nariz, garganta e pulmões.

Gases e Vapores Asfixiantes: São substâncias que reduzem a quantidade de oxigênio disponível no ambiente, podendo levar à asfixia se inaladas em concentrações elevadas.

21
Q

Classificação dos contaminantes do ar

A

Por Efeito à Saúde:

Poluentes Respiratórios: Causam impacto no
sistema respiratório, como partículas finas, ozônio e dióxido de nitrogênio.

Poluentes Tóxicos: Substâncias que podem causar danos ao sistema nervoso, fígado, rins, entre outros, como metais pesados e compostos orgânicos voláteis.

Poluentes Cancerígenos: Substâncias associadas ao aumento do risco de câncer, como benzeno,
asbestos e alguns poluentes atmosféricos orgânicos persistentes.

Por Natureza Química:
Óxidos de Nitrogênio (NOx): Incluem óxido nítrico (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2), provenientes de processos de combustão.

Compostos Orgânicos Voláteis (COVs):
Substâncias químicas orgânicas que evaporam
facilmente, como benzeno, formaldeído e tolueno.

Partículas Inaláveis: Partículas sólidas ou líquidas
em suspensão no ar, com tamanho pequeno o
suficiente para serem inaladas, incluindo PM10
(partículas com diâmetro menor que 10
micrômetros) e PM2.5 (partículas com diâmetro
menor que 2.5 micrômetros).

Por Estado Físico:
Particulados: Partículas sólidas ou líquidas
suspensas no ar, como poeira, fumaça e aerossóis.

Gases: Substâncias no estado gasoso, como dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3) e monóxido de

Por Fonte de Origem:
Antropogênicos: Originados de atividades
humanas, como emissões industriais, veiculares e domésticas.

Naturais: Provenientes de fontes naturais, como
incêndios florestais, vulcões e poeira atmosférica.carbono (CO).

Por Características Específicas:
Poluentes Atmosféricos Tropicais: Como o ozônio troposférico, que é formado em níveis mais baixos da atmosfera devido à interação de poluentes sob a influência da luz solar.

Poluentes Secundários: Formados por reações químicas na atmosfera, como o ozônio troposférico e as partículas secundárias.

22
Q

Partícula dos sólidos

A

partículas sólidas suspensas no ar, também
conhecidas como particulados ou aerossóis.

Particulado Respirável:
Partículas com diâmetro menor que 10 micrômetros (μm) que podem penetrar nos
bronquíolos terminais e se depositar na região de troca de gases nos pulmões.

Particulado Inalável:
Partículas que podem atingir o sistema respiratório, incluindo bronquíolos e alvéolos.

23
Q

Ficha de dados de segurança (FDS)

A

fornece informações cruciais sobre produtos químicos, destacando riscos, medidas de proteção e procedimentos em caso de acidentes. Ela é disponibilizada pelo fabricante/fornecedor junto com o produto e deve estar acessível a
todos os que trabalham com a substância.

Não é todo e qualquer produto químico que exige uma FISPQ; apenas os classificados como
perigosos, segundo o GHS (Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos)

Explosivos; Gases, líquidos e sólidos inflamáveis; Aerossóis inflamáveis; Gases comburentes
(oxidantes); Gases sob pressão; Substâncias e misturas autorreativas; Líquidos e sólidos pirofóricos; Substâncias e misturas suscetíveis de autoaquecimento; Substâncias e misturas que, em contato com a água, liberam gases inflamáveis; Líquidos e sólidos comburentes; Peróxidos orgânicos; Corrosivos para metais.