ECO 06 Contas Nacionais Flashcards
No sistema de contas nacionais, a conta de produção apresenta o resultado do processo do valor bruto da produção a preços básicos, obtido pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário.
O produto interno buto é exatamente a diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário. A farinha que produz o pão não pode ser computada no cálculo do produto interno bruto porque o pão já o é, por exemplo.
No sistema de contas nacionais, a conta de uso da renda descreve como os setores institucionais aplicam a renda disponível em consumo e poupança.
Está certa pessoal!
O conceito de produto interno bruto a preços de mercado (PIBpm) avalia a riqueza gerada no país pelo valor que possui a preços transacionados no mercado, preços ao consumidor final. Neste sentido, o conceito deve considerar todos os valores incidentes e deduzidos no preço final do produto agregado da economia. Neste sentido, o PIBpm é a soma entre o consumo e investimento privado e público e as exportações líquidas, somadas ao valor dos impostos indiretos e deduzidas do valor dos subsídios.
Os impostos indiretos devem ser considerados, pois fazem parte do valor do consumo final da produção agregada da economia. Já os subsídios, não: como representam uma redução no valor final da produção agregada (benefício concedido pelo governo ao setor privado), deve ser considerado como sinal negativo na contabilização do PIBpm.
Por fim, a depreciação deve ser deduzida, a fim de encontrarmos o valor pelo conceito líquido (caso ela não fosse deduzida, chegaríamos ao valor pelo conceito bruto).
OS IMPOSTOS DEVEM SER SOMADOS!!! SUBSÍDIOS E DEPRECIAÇÕES TAMBÉM!
O Produto Nacional Bruto (PNB) representa o valor dos bens e serviço finais, em preços correntes, e o seu deflator é obtido pela razão entre o PNB nominal e o PNB real.
O Produto Nacional, assim como o Produto Interno, é calculado a preços correntes e representa os bens e serviços finais.
Por sua vez, o deflator é a medida que nos dá a variação ocorrida no produto apenas devido à variação no nível de preços.
Assim, o deflator é obtido pela razão entre o produto nominal e o produto real, seja ele nacional ou interno, bruto ou líquido.
Por definição, investimento é a aquisição de bens de produção ou bens de capital que visam aumentar a capacidade produtiva da economia.
Pelo sistema de contas nacionais, o investimento é dado pela soma da formação bruta de capital fixo – aquisições de máquinas, equipamentos e edifícios – e a variação de estoques.
Contabilmente, a depreciação corresponde à parcela dos bens de capital que é consumida a cada período produtivo.
Dado que uma parte da produção é destinada a repor o que foi depreciado e que nem toda produção de bens de capital corresponde a um novo investimento, infere-se que se a depreciação pode ser maior do que a acumulação de capital se a taxa de variação do primeiro for superior a taxa de variação do segundo.
A carga tributária corresponde à razão entre
arrecadação total de tributos e impostos e o valor do produto interno bruto (PIB) num dado período de tempo.
Numa economia aberta, as seguintes identidades são válidas:
Y=C+I+G+X−M
PNB=PIB−RLEE
Em que Y representa o PIB, C representa o consumo das famílias, I representa os investimentos, G representa os gastos do governo, X o valor das exportações, M o valor das importações, PNB é o produto nacional bruto e RLEE é a renda líquida enviada ao exterior.
No cálculo da poupança externa, não se incluem aumentos ou diminuições das reservas cambiais do país.
Com base no sistema de contas nacionais pode-se descrever uma economia aberta sob a ótica da utilização da renda e da distribuição das despesas podem ser representadas, respectivamente, da seguinte forma:
Y=C+S+T
Y=C+I+G+X−M
PNB=PIB−RLEE
Na compra de um imóvel usado não ocorre elevação no consumo das famílias no cálculo do PIB.
O PIB é calculado com base no valor da produção/despesa/renda agregada. Como a questão informa que ocorreu a aquisição de um imóvel usado, não houve geração de valor agregado, mas tão somente a aquisição de um bem produzido anteriormente.
V ou F?
Um bem produzido em 2012 e vendido em 2013 contribui para o PIB de 2012.
O bem produzido em 2012, mas consumido apenas em 2013, não é considerado no cálculo do PIB em 2012, pois ele representa uma variação de estoque neste ano, mas não demanda efetiva. Ou seja, para ser contabilizado no PIB, o referido bem tem de ser demandado.
Nas contas nacionais, os desembolsos das famílias relativos à aquisição de casa própria nova são computados na formação bruta de capital fixo.
Segundo a metodologia do IBGE, a aquisição de imóveis novos é considerada como formação bruta de capital fixo. Ou seja, adquirir imóveis é uma forma de investimento, do ponto de vista do IBGE.
O PIB a preços de mercado (PIBpm) deriva do valor da produção final agregada somada aos impostos indiretos e deduzido do valor dos subsídios.
Ou seja, não há renda envolvida.
A compilação de um sistema de contas nacionais é orientada por um conjunto de normas contábeis, princípios econômicos e convenções que possibilitam a emissão de recomendações sobre a compilação de suas variáveis; o que permite a descrição dos fluxos e estoques existentes numa determinada economia, de forma coerente e comparável.
“A contabilidade nacional (ou contabilidade social) tem como objetivo mensurar a totalidade das transações econômicas do país (ou região).”
“O desenvolvimento dessas técnicas de mensuração tem contribuído de forma decisiva para a análise macroeconômica, tornando possíveis testes empíricos e análises quantitativas ou mesmo qualitativas mais próximas da realidade”.
Um dos princípios da contabilidade nacional é o equilíbrio externo do sistema, segundo o qual cada lançamento devedor em uma conta deve corresponder igualmente ao lançamento credor em outra.
Princípio das partidas dobradas. “A contabilidade nacional procura retratar o desempenho real de uma economia em determinado período de tempo, por um sistema de contas que obedeça a dois princípios: a) o do equilíbrio interno de cada conta, onde o total dos débitos deve igualar o total dos créditos; b) o do equilíbrio externo do sistema, segundo o qual a cada lançamento devedor numa conta deve corresponder igual lançamento credor em outra. Esses princípios seguem as regras gerais da contabilidade geral, baseadas no sistema de partidas dobradas inventado em 1494 por Luca Pacciolo.”
A renda bruta das empresas pode ser dividida em dois blocos e logicamente que não podemos desconsiderar a parcela da renda que é destinada a indivíduos.
De um lado, tem-se o lucro que é retido somado à depreciação.
De outro, temos aquela parte da renda bruta que se destina a salários, distribuição de lucros e pagamento líquido de juros e alugueis.
“A geração de renda bruta pela empresa compreende dois blocos. Primeiro a renda bruta que fica na empresa, igual aos lucros retidos mais depreciação. Segundo, a renda paga aos indivíduos, igual a salários, mais lucros distribuídos mais alugueis, mais juros pagos menos juros recebidos. É importante sublinhar que os juros pagos pelas empresas aos indivíduos entram no cálculo da renda pessoal pelo seu saldo. A razão básica é evitar dupla contagem.”
Em uma economia aberta sem governo, o produto nacional bruto é igual ao somatório de salários, de juros líquidos pagos a indivíduos, de aluguéis pagos a indivíduos, de lucros distribuídos, de depreciações e de lucros retidos.
O produto nacional bruto é por definição igual a renda nacional bruta.
E a renda é dada exatamente pelo total das remunerações dos fatores de produção.
A renda nacional bruta compreende o total das remunerações do capital (juros e lucro), da terra (aluguel) e do trabalho (salários).
No que tange aos lucros, poderíamos dividir a renda da empresa em lucros retidos, lucros distribuídos e depreciação.
Assim, temos que o produto nacional bruto é igual ao somatório de salários, de juros líquidos pagos a indivíduos, de aluguéis pagos a indivíduos, de lucros distribuídos, de depreciações e de lucros retidos.
O cálculo da formação bruta de capital fixo inclui o valor da produção de máquinas e equipamentos.
Esses são os exemplos clássicos de formação bruta de capital fixo. Máquinas e equipamentos são aqueles bens que elevam a capacidade produtiva da economia:
- Elevam sua capacidade de oferta.
- Por isso são tratados como investimento, mais especificamente como formação bruta de capital fixo.
- Incrementam a capacidade instalada da economia.
V ou F?
A instalação de bens de capital e o gasto com a transmissão de propriedade de terreno são calculados, no PIB, como consumo das famílias.
Falso!
De fato, quando compramos um terreno, isso é computado como consumo das famílias. O que ocorre é que a instalação de bens de capital representa um investimento, mais especificamente a formação bruta de capital fixo. Trata-se de uma aquisição que eleva a capacidade instalada da economia. Eleva-se a capacidade de oferta nos períodos seguintes.
O valor gasto com despesa médica em hospital público não faz parte do consumo das famílias, mas dos gastos do governo.
Se o hospital é público, as despesas nele geradas são arcadas pelo governo.
Sabemos que o PIB a preços de mercado é igual ao PIB a custo de fatores mais os impostos indiretos menos os subsídios.
Formalmente:
PIBpm=PIBcf+II−S
O que ocorre é que estamos falando dos impostos indiretos (aqueles que afetam os preços de mercado) e não dos impostos diretos.
No sistema de contas nacionais, o produto interno bruto a preço de mercado é igual à despesa interna bruta.
Em contabilidade nacional, aprendemos que renda = produto = despesa agregada.
Se estamos medindo em termos “internos” e “brutos”, a igualdade se mantém.
Ou seja, produto interno bruto = despesa interna bruta.
É claro que esta despesa é medida em termos de bens e serviços finais.
Assim sendo, estamos fazendo o cálculo a preços de mercado e não a custo de fatores.
Logo, a igualdade se mantém se computamos também o produto interno bruto a preços de mercado.
Onde há somente unidades produtoras e consumidoras estamos nos referindo a uma economia com firmas e consumidores tão somente.
Neste caso, o produto agregado é necessariamente igual à renda agregada.
Considerando-se a perspectiva da renda, o produto interno bruto a preços de mercado pode ser decomposto em renda pessoal disponível, renda bruta disponível das empresas, renda líquida do governo e renda líquida enviada ao exterior.
Reparemos que toda a riqueza gerada no país está resumida nestas quatro remunerações dos fatores de produção aqui aplicados.
Reparemos que utilizamos o termo “disponível” para a renda pessoal e para a renda das empresas porque esta renda deve estar calculada depois dos impostos sobre a renda, por exemplo. Isso porque o imposto de renda faz parte da renda líquida do governo. Caso contrário, estaríamos incorrendo em dupla contagem. Por fim, a renda líquida enviada ao exterior deve ser computada porque se trata de renda gerada dentro do país (portanto produto interno) que está remunerando fatores de produção estrangeiros.