ECG Flashcards

1
Q

Síndrome Coronariana Aguda

A

Conjunto de condições causadas pela redução súbita do fluxo sanguíneo para o miocárdio, geralmente devido à ruptura de placa aterosclerótica e formação de trombo.

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2
Q

Síndrome Coronariana Aguda

Quadro Clínico (3)

A

✅ Dor torácica anginosa (constritiva, retroesternal, duração > 20 min)
✅ Pode irradiar para mandíbula, braço esquerdo ou epigástrio
✅ Sudorese, náuseas, dispneia

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3
Q

Síndrome Coronariana Aguda

Diferença entre IAM e Angina Instável: (3)

A

IAM com supra ST → Oclusão completa, necessidade de reperfusão imediata
IAM sem supra ST → Oclusão parcial, requer antiplaquetários e anticoagulação
Angina instável → Mesma clínica, mas sem elevação de troponina

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4
Q

Síndrome Coronariana Aguda

Diagnóstico

A

📌 ECG:
✅ Supra ST → IAM com supra ST → Cateterismo imediato (<90 min)
✅ Infra ST ou alterações inespecíficas → Pode ser IAM sem supra ST ou angina instável
📌 Enzimas cardíacas (Troponina, CK-MB)
✅ Troponina elevada = necrose miocárdica
✅ Se normal em 6h → Baixa chance de IAM

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5
Q

Síndrome Coronariana Aguda

Tratamento: (7)

A

🔹 MONABICH:
✅ Morfina (se dor intensa)
✅ Oxigênio (se SatO₂ < 90%)
✅ Nitrato (se PA > 90 mmHg e sem IAM de VD)
✅ AAS + Clopidogrel/Ticagrelor (dupla antiagregação plaquetária)
✅ Beta-bloqueador (se não houver contraindicação)
✅ IECAs (se disfunção ventricular)
✅ Controle rigoroso de glicemia
✅ Heparina (enoxaparina ou HNF, dependendo do risco)

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6
Q

Síndrome Coronariana Aguda

Conduta no IAM com Supra ST: (2)

A

🔹 Reperfusão rápida:
✅ Se tempo < 90 min (paciente pode ser levado ao hospital nesse tempo) → Angioplastia Primária (CAT)
✅ Se não houver CAT disponível em <120 min → Trombólise com Alteplase/Tenecteplase
Objetivo: Dissolver o trombo

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7
Q

Edema Agudo de Pulmão (EAP)

A

Acúmulo de líquido nos pulmões devido a aumento da pressão capilar pulmonar, geralmente por insuficiência cardíaca aguda (ICC descompensada) ou crise hipertensiva.

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8
Q

Edema Agudo de Pulmão

Quadro Clínico: (4)

A

✅ Dispneia súbita e intensa
✅ Ortopneia, dispneia paroxística noturna (dispneia durante o sono)
✅ Estertores crepitantes difusos
✅ Sinais de hipoxemia grave → Cianose, sudorese, taquipneia

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9
Q

Edema Agudo de Pulmão

Diagnóstico (3)

A

📌 Radiografia de tórax:
✅ Congestão pulmonar (líneas B de Kerley, infiltrado alveolar em “asas de borboleta”)
✅ Cardiomegalia (se ICC associada)
📌 Gasometria arterial:
✅ Hipoxemia e hipercapnia nos casos graves

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10
Q
A

Linhas B de Kerley, Edema Pulmonar Agudo

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11
Q

Edema Pulmonar Agudo

Tratamento: (5)

A

🔹 LMNOP:
✅ Lasix (furosemida IV – diurético de alça para reduzir a congestão)
✅ Morfina (uso controverso, para reduzir dispneia e ansiedade)
✅ Nitrato (vasodilatador para reduzir pré-carga e pós-carga)
✅ Oxigênio (ou ventilação não invasiva se necessário)
✅ Posição sentada para melhorar a ventilação

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12
Q

Edema Pulmonar Agudo

Hipoxemia Refratária - conduta

A

Intubação Orotraqueal

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13
Q

Crise Hipertensiva

A

Pressão arterial extremamente elevada (geralmente ≥ 180/120 mmHg) com ou sem lesão de órgão-alvo.

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14
Q

Crise Hipertensiva

Como diferenciar Urgência de Emergência Hipertensiva

A

🔹 Urgência Hipertensiva:
✅ PA elevada, sem lesão de órgão-alvo
✅ Tratamento com antihipertensivos VO, redução lenta da PA

🔹 Emergência Hipertensiva:
✅ PA elevada com lesão de órgão-alvo (EAP, IAM, AVE hemorrágico, dissecção de aorta)
✅ Necessidade de redução rápida da PA com drogas EV

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15
Q

Crise Hipertensiva

Tratamento:

A

📌 Urgência:
✅ Captopril, Clonidina, Hidralazina VO (redução lenta da PA)

📌 Emergência:
✅ Nitroprussiato de Sódio (dissecção de aorta)
✅ Nitroglicerina IV (se IAM)
✅ Labetalol, Esmolol (se AVE hemorrágico)

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16
Q

Arritmias Cardíacas - DX geral

A

O ECG é essencial para diferenciar taquiarritmias e bradiarritmias.

Avaliar frequência cardíaca (FC), morfologia do QRS, ritmo e presença de ondas P.

17
Q

Taquicardia Supraventricular (TSV) - Características no ECG (3)

A

QRS estreito < 120ms
FC elevada > 150bpm
Ausencia de onda P visível ou onda p retrógrada

18
Q

Taquicardia Supraventricular (TSV)

Manejo: (3)

A

Paciente estável → Tentar manobras vagais (Valsalva, massagem no seio carotídeo).
Se refratário → Adenosina 6 mg EV em bolus rápido, repetir com 12 mg se necessário.
Beta-bloqueadores ou bloqueadores de canal de cálcio (diltiazem/verapamil) para prevenção de recorrência.

19
Q

Fibrilação Atrial (FA)

Características no ECG:

A

Ritmo irregularmente irregular.
Ausência de onda P, presença de ondas f.

20
Q

Fibrilação Atrial (FA)

Manejo: (3)

A

Controle da frequência cardíaca:
- Beta-bloqueadores (metoprolol, atenolol).
- Bloqueadores de canal de cálcio (diltiazem/verapamil).
- Amiodarona se contraindicação aos anteriores.

Cardioversão elétrica:
- Se FA < 48h → Cardioversão elétrica pode ser feita sem anticoagulação prévia.
- Se FA > 48h → Necessário anticoagulação prévia (pelo menos 3 semanas ou uso de ECO transesofágico para excluir trombo).

Anticoagulação prolongada: Avaliar CHA₂DS₂-VASc(risco de eventos trombólicos) para risco de AVC.

21
Q

Taquicardia Ventricular (TV)

Características no ECG: (3)

A

QRS alargado (>120 ms).
FC >100 bpm.
Ondas P dissociadas (se presente, sugere TV).

22
Q

Taquicardia Ventricular (TV)

Manejo (3)

A

Paciente instável (hipotensão, angina, alteração do nível de consciência):
- Cardioversão elétrica imediata sincronizada.

Paciente estável:
- Amiodarona 150 mg EV em 10 min, repetir se necessário.
- Lidocaína como alternativa.

TV sem pulso → Tratar como Parada Cardiorrespiratória (PCR).

23
Q

Bradiarritmias

Tipos de BAVS (4)

A

BAV 1º grau
BAV 2º grau – Mobitz I (Wenckebach)
BAV 2º grau – Mobitz II
BAV 3º grau (bloqueio total)

24
Q

BAV 1º grau - ECG

A

PR prolongado (> 200 ms), mas todas as ondas P conduzem

25
Q

BAV 2º grau – Mobitz I (Wenckebach) - ECG

A

PR progressivamente maior até bloqueio de um QRS

26
Q

BAV 2º grau – Mobitz II - ECG

A

PR fixo, mas bloqueio intermitente de QRS

27
Q

BAV 3º grau (bloqueio total) - ECG

A

Dissociação entre P e QRS, ritmo ventricular lento

28
Q

BAV 3º grau (bloqueio total) - Manejo

A

Necessidade de marca-passo definitivo

29
Q

BAV 2º grau – Mobitz II - Manejo

A

Indicação de marca-passo

30
Q

BAV 2º grau – Mobitz I (Wenckebach)

A

Monitorar; tratar se sintomático

31
Q

BAV 1º grau - Manejo

A

Sem necessidade de tratamento

32
Q

Tratamento da bradicardia sintomática (3)

A

✅ Paciente sintomático (hipotensão, síncope, choque, insuficiência cardíaca):
1. Atropina 0,5 mg EV a cada 3-5 min (dose máxima de 3 mg).

  1. Se refratário à atropina:
    - Marcapasso transcutâneo (imediato se instável).
    - Marcapasso definitivo se BAV de alto grau persistente.
  2. Alternativas farmacológicas:
    - Dopamina (2-10 mcg/kg/min) ou adrenalina (2-10 mcg/min) se bradicardia refratária.
33
Q

PCR

Ritmos Chocáveis e Não Chocáveis

A

Chocáveis:
- Fibrilação Ventricular
- Taquicardia ventricular sem pulso

Não chocáveis
- Atividade elétrica sem pulso
- Assistolia

34
Q

Identificação de PCR

A
  1. Avaliar responsividade e respiração (gasping ou apneia).

gasíng - respiração ofegante

  1. Checar pulso por até 10 segundos. Se ausente → Iniciar RCP imediatamente (compressões 30:2).
  2. Solicitar acesso a um DEA (Desfibrilador Externo Automático) o mais rápido possível.
35
Q

PCR

Se Ritmo Choqueável (FV ou TV sem pulso)

A

✅ Desfibrilação imediata (preferência por 200J bifásico ou 360J monofásico).
✅ RCP por 2 min, mantendo ciclos contínuos.
✅ Epinefrina 1 mg a cada 3-5 min (após o segundo choque).
✅ Amiodarona 300 mg IV em bolus se refratário ao choque.

36
Q

PCR

Se Ritmo Não Choqueável (Assistolia ou AESP)

A

✅ Iniciar RCP imediatamente (compressões de alta qualidade).
✅ Administrar Epinefrina 1 mg IV a cada 3-5 min.
✅ Identificar e tratar causas reversíveis da PCR (as 5H e 5T).

37
Q

Causas Reversíveis da PCR (5H e 5T)

A

🔹 5H:
Hipóxia (oxigenar, garantir via aérea).
Hipovolemia (expandir volume com cristaloides).
Hidrogênio (acidose) (corrigir com bicarbonato de sódio se necessário).
Hipo/Hipercalemia (corrigir distúrbios eletrolíticos).
Hipotermia (reaquecer o paciente).

🔹 5T:
Tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo) (descompressão imediata).
Tamponamento cardíaco (pericardiocentese).
Trombose coronariana (IAM) (considerar trombólise ou cateterismo).
Trombose pulmonar (TEP) (trombólise se indicado).
Toxinas (overdose, envenenamento) (uso de antídotos específicos).