EAM com Supra-ST e Complicações do EAM Flashcards
Definição de EAMCSST
Conjunto de enfartes miocárdio os extensos quase sempre acusados por oclusão total de artéria coronária epicárdica, resultando em necrose transmural extensa do miocárdio
V/F
Cerca de 1/3 das mortes nos países desenvolvidos resultam de doença cardiovascular
Falso (1/2 das mortes)
Alterações no ECG no caso de EAMCSST
Elevação do segmento ST e Bloqueio de ramo esquerdo
Qual a percentagem de EAM que são EAMCSST
30%
V/F
O trombo formado por rotura de placa de arteriosclerose é rico em fibrina
Verdadeiro
Principal evento fisiopatológico em caso de EAM
Trombose coronária
Outros eventos fisiopatológicos que podem causar EAM
Embolização coronária; Vasospasmo; vasculhe; dissecção da aorta
V/F
A isquemia e necrose miocárdica ocorrem do epicárdio para o endocárdio
Falso (do endocárdio para o epicárdio)
V/F
A fisiopatologia do EAM é dependente de tempo, o que apoia a necessidade de eperfusão coronária o mais rapidamente possível
Verdadeiro
V/F
Até cerca de 20% dos doentes não costumam ter os sintomas de dor torácica típicos de EAM
Verdadeiro
Que outros dois diagnósticos, além de EAM, devem ser considerados em caso de dor torácica aguda por serem potencialmente fatais
Dissecção aórtica e TEP
O que pode acontecer à frequência cardíaca em doentes com enfarte inferior
Bradicárdia
Durante a avaliação de um doente com possível EAM devem ser realizados ECGs em série para avaliação de quanto em quanto tempo ?
No máximo 20 minutos. O ECG inicial pode ainda não apresentar alterações
V/F
A presença de alterações recíprocas no ECG não é indicativo da possibilidade de se tratar de um enfarte maior
Falso
Evolução das alterações no ECG: Inversão de onda T (1); Supra-ST (2); Ondas Q patológicas definitivas (3)
2,1,3
2 causas de elevação do segmento ST, além de EAM
Pericardite; “early repolarization”
Apresentação de ECG em caso de enfarte posterior nas derivações normais
Depressão do segmento ST nas derivações précordiais
V/F
Enfartes inferiores associados a oclusão da artéria coronária direita podem estar associados a enfarte do ventrículo direito se o ramo marginal agudo da ACDireita for afetado
Verdadeiro
V/F
Tanto o bloqueio de ramo esquerdo como o bloqueio de ramo direito podem mascarar a elevação do segmento ST
Falso (apenas o bloqueio de ramo esquerdo; se estiver presente deve-se presumir a ocorrência de EAMCST faze à apresentação clínica)
Possível significado de nova elevação da CK-MB em contexto de troponinas persistentemente elevadas
Novo episódio de necrose miocárdica
V/F
A doença renal crónica pode levar a aumento das troponinas, essencialmente da troponina I
Falso (da troponina T)
Possível achado no hemograma em doente com EAM
Leucocitose
Dose de aspirina administrada em doentes com EAM na primeira abordagem terapêutica no SUrgência
162 a 325 mg de aspirina
Para além da terapêutica com aspirina, que outra administração deve ser realizada de imediato ?
Oxigénio
Assim que o doente com suspeita de EAM chega ao serviço de urgência deve ser realizado um ECG. Qual deve ser o tempo máximo até à realização do ECG ?
5 minutos
Se o primeiro ECG não for diagnóstico, no máximo ao fim de quanto tempo deve ser realizado o próximo ECG ?
20 minutos
A qualidade da PCI primária é definida por um tempo máximo de “door-to-baloon” de quantos minutos ?
90 minutos (ESC - 60 minutos)
Assumindo que o doente com EAMCSST vai realizar PCI que outra medicação deve ser iniciada
Clopidogrel 600 mg ou prasugrel 60 mg (tienopiridinas)
V/F
Em doentes com EAMCSST deve ser realizada administração de heparina não fracionada ou HBPM ou outros agentes como inibidores da glicoproteína IIb/IIIa ou bivalirudina
Verdadeiro
Que medicação pode ser administrada para alívio sintomático da dor torácica ?
Nitroglicerina sublingual (0,4 mg 5/5 minutos num máximo de 3 doses); Morfina IV (2-4 mg a cada 5/15 minutos)
Que outra medicação está indicada para EAMCSST exceto em caso de insuficiência cardíaca, DPOC, hipotensão e bradicárdia ?
Beta-bloqueantes IV (e.g., metoprolol; 5mg bólus a cada 10 minutos até um total de 15 mg) - Não segundo as ESC Guidelines de 2017
V/F
A administração de estéticas em doentes com EAMCSST está apenas indicada em doentes com hipercolesterolémia
Falso (está indicada para todos os doentes)
Após um EAMCSST, quantas horas de repouso no leito estão recomendadas ?
12 horas
Qual a localização de EAM que mais frequentemente resulta em bradicárdia ?
Parede inferior (se a bradicárdia comprometer o equilíbrio hemodinâmico pode ser administrada atropina)
V/F
Após EAMCSST a terapêutica com iECAs aumenta a sobrevivência a longo prazo
Verdadeiro
V/F
Relativamente a terapia de repefusão coronária, a PCI primária apresenta vantagens face a terapia trombolítica
Verdadeiro
V/F
Se um doente com EAMCSST não tiver acesso a PCI ao fim de 1 hora deve ser iniciada terapia fibrinolítica
Falso (2 horas)
Exemplo de terapia fibrinolítica possivelmente utilizada em EAMCSST
Estreptocinase IV
Principal risco associado a terapia fibrinolítica
Hemorragia (e.g., intracerebral)
V/F
A nível de anticoagulação pré-PCI, a bivalirudina mostrou ser mais benéfica que a heparina e inibidores da glicoproteína IIb/IIIa
Verdadeiro
Quais são os 3 tipos de complicações de EAM ?
Funcionais (Insuficiência cardíaca; Choque cardiogénico); Mecânicas (Rotura da parede livre; defeito septal; regurgitação mitral aguda); Elétricas (Bradiarritmias; Taquiarritmias, Bloqueios de condução).
V/F
Normalmente, em caso de angina pós-EAM é necessária a realização de cateterismo coronário para diagnóstico e tratamento
Verdadeiro
O que é o Síndrome de Dressler ?
Pericardite auto-imune que acontecer várias semanas após um EAM (e.g., até 10 semanas). O tratamento inclui aspirina ou AINEs
Qual o período pós-EAM em que há maior probabilidade de ocorrência de arritmias potencialmente fatais ?
Primeiras 24 a 48 horas após o EAM
Explicação fisiopatológica para a ocorrência de arritmias no período pós-EAM
Fenómenos de micro reentrada associada à isquemia miocárdica
Qual o risco de fibrilhação ventricular nas primeiras horas após EAM ?
3 a 5%
V/F
O ritmo ventricular acelerado precoce em caso de EAM é uma arritmia mal tolerada
Falso (é bem tolerada)
Intervenção terapêutica em caso de Fibrilhação Ventricular
Desfribilhação elétrica
Terapia farmacológica que pode suprimir arritmias em doentes suscetíveis
Beta-bloqueantes
V/F
Doentes com FV tardia pós-EAM e TV hemodinamicamente significativa são candidatos a Desfibrilhador cardioversor implacável (ICD)
Verdadeiro
Indicações para ICD em contexto pós-EAM
Doentes assintomáticos com FE<30% 40 dias após EAM; Doentes sintomáticos com FE<35% 40 dias após EAM
Qual a percentagem de doentes com FA após EAM ?
10 a 15%
Medicação para controlo da frequência cardíaca em contexto de FA pós-EAM
Beta-bloqueantes; digoxina; BCC (diltiazem)
Causas de bradicárdia sinusal ou Bloqueio AV no contexto pós-EAM
Aumento do tónus vagal por enfarte da parede inferior; Reflexo de Bezold-Jarisch associado a repercussão da artéria coronária direita
V/F
O bloqueio AV do tipo I (Wenckebach) causa frequentemente sintomas, tendo indicação para colocação de pacemaker
Falso (raramente causa sintomas que justificam colocação de pacemaker)
V/F
Um enfarte que involva 20-25% do ventrículo esquerdo pode resultar em insuficiência cardíaca
Verdadeiro
O choque cardiogénico pode ocorrer a partir de que percentagem de perda de miocárdio por enfarte ?
40%
Estratégias farmacológicas de longo prazo em caso de insuficiência cardíaca com redução da fração de ejeção
iECAs, beta-bloqueantes, Antagonistas da aldosterona, diuréticos.
V/F
A hipovolémia é uma consequência rara em contexto de EAM
Falso (pode haver hipovolémia devido a náuseas, vómitos e diminuição da ingestão de fluidos. Pode haver diminuição do débito cardíaco e hipotensão).
V/F
Um enfarte do ventrículo direito pode ocorrer por oclusão da artéria coronária direita ou um ramo marginal direito significativo
Verdadeiro
V/F
Cerca de metade dos doentes com EAM da parede inferior têm enfarte do ventrículo direito associado.
Falso (10-15%)
3 sinais de enfarte do ventrículo direito
Aumento da PVJ; Sinal de Kussmaul; Hipotensão
V/F
A função do ventrículo direito normalmente recupera
Verdadeiro
V/F
O choque cardiogénico está associado a aumento da pressão de enchimento do ventrículo esquerdo, com pressão capilar pulmonar >18mmHg
Verdadeiro
Qual a taxa de mortalidade associada ao choque cardiogénico ?
70-80%
V/F
O “intra-aortic balloon pump” (IABP) pode ser utilizado em contexto de choque cardiogénico mesmo em doentes com insuficiência aórtica grave
Falso
V/F
O IABP pode ser considerada uma intervenção definitiva
Falso (é uma solução temporária para estabilização do doente; apenas a reversibilidade de lesões com revascularização ou correção de defeito mecânico podem melhorar efetivamente a sobrevivência)
4 complicações mecânicas de EAM
Regurgitação mitral aguda; Defeito septal; Rotura da parede livre; Aneurisma do ventrículo esquerdo
Altura em que normalmente ocorrem as complicações mecânicas de EAM
Primeira semana após EAM
Exame de diagnóstico que normalmente identifica um problema mecânico
Ecocardiograma
V/F
Normalmente, uma complicação mecânica requer correção cirúrgica
Verdadeiro
Mortalidade associada a rotura ou disfunção de músculo papilar pós-EAM em 24 horas
75%
V/F
Em caso de rotura do músculo papilar é necessária a realização de correção cirúrgica valvular mitral
Verdadeiro
Fatores de risco para defeito septal como complicação de EAM
Idade; HTA; revascularização com terapêutica fibrinolítica
V/F
Os defeitos septais ventriculares resultantes de EAM são mais fáceis de corrigir cirurgicamente em caso de EAM da parede inferior
Falso (em caso de EAM da parede anterior)
Mecanismo através do qual a rotura de parede livre do ventrículo esquerdo pode levar a morte súbita
Tamponamento cardíaco
Fatores de risco para tromboembolismo em doentes com EAM
Coágulo mural do ventrículo esquerdo em doentes com enfarte anterior e acinésia apical; TVP por repouso
Método de diagnóstico de trombo mural apical
Ecocardiograma
Terapêutica farmacológica em caso de presença de trombo mural apical
Anticoagulação com heparina (HBPM ou não fracionada) e anticoagulação oral com varfarina (mantida até 6 meses após o EAM)
Fatores de prognóstico após EAM
Função ventricular esquerda; status funcional; presença de isquémia miocárdica residual; presença de arritmias
Provas de esforço a realizar em contexto de pós-EAM
Prova de esforço submáxima antes da alta médica (dias 4 a 6 após EAM); Prova de esforço máxima após 2 a 6 semanas do EAM
V/F
Antes da alta todos os doentes com EAM devem ter a avaliação da fração de ejeção
Verdadeiro
Qual o valor alvo de LDL a atingir em doentes com história de EAM ?
<100 mg/dL (preferencialmente <70)
V/F
Os doentes com EAM beneficiam da terapêutica com clopidogrel (75mg) durante o primeiro ano após EAM
Verdadeiro
Que terapêutica farmacológica devem realizar os doentes que realizaram PCI com colocação de stent após EAM ?
Dupla terapia antiplaquetária (aspirina e tienopiridina) durante alguns meses, consoante o stent utilizado
Qual o valor de INR alvo para doentes com FA paroxística ou persistente pós-EAM a realizar terapêutica com varfarina?
2 a 3
V/F
Os iECAs estão recomendados para todos os doentes que tiveram EAM
Verdadeiro
Em caso de doentes que tiveram EAM e apresentam valores de fração de ejeção < 40%, que outro tipo de fármacos devem adicionar aos iECAs ?
Antagonistas da aldosterona (eplerenona); Também deve ser adicionada em doentes diabéticos.
V/F
Em doentes com diminuição da fração de ejeção pós-EAM a terapêutica com beta-bloqueantes diminui a mortalidade
Verdadeiro
V/F
Em doentes com fração de ejeção reduzida (<40%), o diltiazem ou verapamil podem ser úteis em doentes com intolerância aos beta-bloqueantes
Falso (os BCC estão contra-indicados em doentes com fração de ejeção reduzida)
V/F
Em mulheres que sofreram EAM, está indicada a THS
Falso
Período de ocorrência de pericardite pós-EAM e de Síndrome de Dressler
Pericardite: 2 a 4 dias
Dressler: até 10 semanas depois