Angina estável e outras síndromes anginosas Flashcards
V/F
A angina pectoris é uma manifestação clínica de DC
Verdadeiro
2 fatores de que depende a necessidade de O2 pelo coração, que podem ser manipulados por terapêutica médica
Frequência cardíaca e Pressão arterial
V/F
A angina estável apenas se manifesta em situações de aumento das necessidades de O2 pelo miocárdio e não em situações de limitação do fluxo coronário
Falso (pode dever-se a aumento das necessidades - e.g., exercício físico; ou a limitações do fluxo coronário - e.g., vasospasmo coronário)
V/F
A anemia é uma causa de angina pectoris
Verdadeiro
V/F
A angina pectoris pode manifestar-se em forma estável ou instável, com sintomas semelhantes.
Verdadeiro
Sintoma típico de Angina pectoris
Dor retrosternal
3 sintomas que podem surgir associados a angina pectoris
Dispneia, diaforese, náuseas
V/F
Em alguns casos, a isquémia miocárdica pode manifestar-se sem dor torácica e apenas com dor irradiada, dispneia ou desconforto abdominal
Verdadeiro
2 grupos de doentes que podem ter isquémia silenciosa
Idosos e diabéticos
Duração normal dos episódios de angina estável
Eventos de curta duração (1-3 minutos)
V/F
O exame físico de doentes com DC é tipicamente normal
Verdadeiro
Fatores que podem levar a uma maior duração do episódio de angina
Aumento da frequência cardíaca e PA associada à dor
Possível consequência de isquémia que envolve um músculo papilar
Regurgitação mitral aguda, associada a um sopro sistémico de novo.
V/F
O aumento da pressão de enchimento do ventrículo esquerdo induzida por isquémia, não é dependente apenas do processo de regurgitação mitral aguda por isquémia de músculos capilares
Verdadeiro
Sintoma característico de situação de isquémia associada a diminuição de compliance do ventrículo esquerdo por aumento da pressão de enchimento ventricular
Dispneia
Sinal característico de situação de isquémia associada a diminuição de compliance do ventrículo esquerdo por aumento da pressão de enchimento ventricular
S4 (Disfunção diastólica)
V/F
A isquémia subendocárdica é tipicamente induzida pelo exercício físico
Verdadeiro
Alteração no ECG em contexto de isquémia subendocárdica
Depressão do segmento ST
Mesmo após resolvida a isquémia, mantém-se a depressão do segmento ST no ECG
Falso (o traçado do ECG volta ao normal)
2 exames de diagnóstico que permitem identificar região de alteração do movimento da parede cardíaca em contexto de isquémia
Ecocardiograma e Cintigrafia
V/F
Para avaliar a diminuição do fluxo coronário é possível realizar avaliação da distribuição de isótopos radioativos
Verdadeiro
V/F
Num doente com baixa probabilidade pré-teste de DC, um resultado negativo está associado a um baixo valor preditivo negativo
Falso (alto valor predito negativo)
V/F
O teste de stress tem a vantagem de poder avaliar a eficácia da terapêutica médica para a isquémia
Verdadeiro
3 sinais de risco para maus outcomes da doença coronária notados na prova de esforço
Depressão precoce do segmento ST; redução da PAS; baixa tolerância ao exercício (<6 minutos no teste de Bruce)
O que acontece à especificidade da prova de esforço no contexto de doente com alterações de base do ECG
Diminui a especificidade (preferência por outras técnicas, como ecocardiograma, cintigrafia ou RM)
V/F
O uso de digoxina não altera a especificidade do teste da prova de esforço
Falso
V/F
A prova de esforço tem mais especificidade em doentes do sexo feminino
Falso (tem menos especificidade)
V/F
Nos testes de stress com uso de radioisótopo, este é administrado durante o pico do esforço físico
Verdadeiro
Radioisótopo que permite comparar a isquémia do esforço com a baseline
Thalium 201 (distribui-se durante 4 horas)
V/F
A ecocardiografia de esforço tem o benefício de permitir avaliar a função valvular durante o esforço
Verdadeiro
Técnica emergente no estudo da prova de esforço
Ressonância Magnética
V/F
Durante a recuperação após prova de esforço, as alterações do segmento ST e onda T começam logo a melhorar.
Falso (podem piorar durante o início da recuperação)
Para além de prova de esforço, que outras técnicas existem para detetar alterações em caso de impossibilidade de teste com exercício físico ?
Prova de esforço farmacológica (medicação que induz vasodilatação coronária com disparidade de fluxo no miocárdio, como o dipiridamol e adenosina; Medicação inotrópica e cronotrópica, como ecocardiograma com dobutamina)
Qual a técnica diagnóstica que tem sido considerada o “gold standard” para determinar a extensão e gravidade da DC ?
Angiografia Coronária (invasiva)
Indicações para realização de angiografia coronária em doentes com angina estável
Angina descontrolada, mesmo com terapia médica; Lesões de alto risco; diminuição da função sistémica do ventrículo esquerdo; ambiguidade de resultados nos testes não invasivos.
V/F
Raramente um doente com dor torácica de causa indeterminada realiza exames de avaliação de doença coronária com prova de esforço
Falso (normalmente muitos doentes são avaliados com prova de esforço)
3 condições clínicas que fazem diagnóstico diferencial com angina estável, em contexto de instalação aguda de dor torácica intensa com compromisso hemodinâmico
EAM, TEP e dissecção aórtica
Doenças que podem diminuir o threshold para desenvolver sintomas de angina em DC
Anemia, hipertiroidismo, insuficiência cardíaca descompensada, DPOC, apneia obstrutiva do sono.
Objetivo do valor de LDL em doentes com doença coronária sob controlo com estatinas
LDL< 70 mg/dL
V/F
O valor de HDL deve ser >40 mg/dL em doentes com DC
Verdadeiro
V/F
A niacina, ao aumentar o valor de HDL, mostrou reduzir o risco de EAM
Falso (os efeitos não são claros)
Exercício físico recomendável a doentes com DC
Atividade física intensa a moderada durante 30-60 minutos, 5 vezes por semana.
Fármacos antiplaquetários possíveis de usar para diminuir o risco de EAM
Aspirina e clopidogrel (intolerância à aspirina)
3 classes de fármacos usados no controlo da angina pectoris
Beta-bloqueantes; Nitratos; BCC
V/F
Os fármacos usados no controlo da angina pectoris reduzem a mortalidade
Falso (controlam sintomas)
V/F
Os nitratos atuam apenas na pré-carga, ao causar venodilatação
Falso (reduzem a pré-carga por venodilatação e reduzem a pós-carga por vasodilatação; também causam vasodilatação coronária)
Método para evitar a tolerância associada aos nitratos
Período de 8 horas diárias sem uso de nitratos, normalmente durante o sono
Vias de administração de nitratos mais usadas na angina estável
Sublingual; tópica (A via IV está reservada para angina instável e EAM)
Efeitos adversos dos nitratos
Cefaleia, Flushing
3 efeitos dos beta-bloqueastes
Redução da frequência cardíaca, da contractilidade e da PA.
V/F
Os beta-bloqueantes podem induzir bloqueio cardíaco completo em doentes com bloqueio AV pré-existente
Verdadeiro
2 doenças que podem causar intolerância aos beta-bloqueantes pelo seu efeito beta-2
DPOC (Broncospasmo); Doença vascular periférica (vasoconstrição)
3 efeitos adversos metabólicos possíveis com o uso de beta-bloqueantes
Intolerância à glucose, hipertrigliceridémia, diminuição do HDL
V/F
Os beta-bloqueantes estão contra-indicados no caso de angina vasospástica
Verdadeiro (devido ao possível efeito beta-2)
V/F
Os BCC atuam sobretudo ao aumentar o fornecimento de O2 ao miocárdio
Falso (atuam sobretudo a diminuir as necessidades de O2 do miocárdio)
Principal efeito das dihidropiridinas e das não-dihidropiridinas
Dihidropiridinas - vasodilatação arterial e diminuição da PA
Não-dihidropiridinas - diminuição da contractilidade e FC
Efeitos adversos das dihidropiridinas
Edema periférico; taquicárdia reflexa
V/F
O diltiazem e verapamil não precisam de restrição de uso em doentes que tomam beta-bloqueantes
Falso (possível bradicárdia grave)
V/F
O diltiazem e verapamil podem agravar a insuficiência cardíaca
Verdadeiro
V/F
As dihidropiridinas causam vasodilatação coronária
Verdadeiro
Mecanismo de ação da ranolazina
Inibidor da corrente tardia de Na, diminuindo o overload de cálcio nos cardiomiócitos
2 estratégias de revascularização coronária
Bypass coronário e angioplastia coronária percutânea
V/F
Na angioplastia com balão não é necessário causar a disfunção da placa, o que diminui o risco de efeitos adversos
Falso (A angioplastia com balão causa disfunção de placa, levando a um risco de 2 a 5% de EAM)
V/F
Aangioplastia com colocação de stent coronário permite reduzir o risco de re-estenose de 50% para 20-25%
Verdadeiro
V/F
Para a colocação de stent coronário, o vaso tem de ter pelo menos 1mm de diâmetro
Falso (2 mm)
Devido ao risco de trombose medicação que deve ser realizada após colocação de stent coronário
Clopidogrel por 4 semanas a 1 ano após o procedimento; Aspirina vitalícia
Objetivo da utilização de stents com fármacos
Diminuição do risco de re-estenose ao inibir a resposta hiperplásica vascular. Podem ser usados zotarolimus ou everolimus.
V/F
A utilização de veia sanefa no bypass coronário degenera ao longo do tempo e só 50% são viáveis aos 10 anos
Verdadeiro
V/F
A aspiração de trombo mediada por caráter pode ser relevante em doentes com STEMI
Verdadeiro
V/F
Os doentes que fazem CABG têm maior probabilidade de sofrer re-estenose do que os doentes que realizam PCI
Falso (mais provável de re-estenose com PCI)
V/F
Enquanto que a angina pectoris tem fatores desencadeastes, a angina variante ocorre espontaneamente em repouso
Verdadeiro
V/F
No caso de angina variante estão normalmente presentes os fatores de risco típicos de DC
Falso (muitas vezes apenas está presente o tabagismo como fator de risco)
Alteração no ECG em caso de angina variante
Elevação do segmento ST (reversível)
Terapêutica farmacológica para resolução do vasospasmo
Nitroglicerina
V/F
Os beta-bloqueantes podem ser usados na angina variante
Falso (podem agravar o vasospasmo por ação nos recetores beta-2)
Tipo de síndrome anginoso presente com artérias coronárias normais
Angina Microvascular
Possível causa fisiopatológica da angina microvascular
Diminuição da vasodilatação dependente de fatores endoteliais
V/F
A angina microvascular é mais frequente em homens
Falso (mais frequente em mulheres)
3 fatores de impacto da isquémia miocárdica que podem ser alvo de avaliação diagnóstica
Atividade elétrica cardíaca; função mecânica; perfusão miocárdica
V/F
No caso de angina microvascular podem ser detetadas as alterações de isquémia típicas da angina estável, a nível de ST com prova de esforço, perfusão nuclear e alterações mecânicas no ecocardiograma.
Verdadeiro
Definição de angina mista
Alternância entre episódios de isquemia miocárdica silenciosa e episódios de angina típica
Grupo de doentes nos quais é mais frequente a isquemia silenciosa
Diabéticos
V/F
Mesmo com terapêutica médica ou revascularização, cerca de 30% dos doentes apresenta sintomas limitantes
Verdadeiro
V/F
A terapêutica médica de redução do risco de eventos isquémicos (BCC, nitratos e beta-bloqueantes) e de redução de sintomas (aspirina e estatinas) devem ser a primeira abordagem nos doentes com isquemia miocárdica
Falso (terapêutica médica deve ser a primeira opção, mas as medicações de redução de sintomas são os BCC, nitratos e beta-bloqueantes e as de redução de risco de eventos são as estatinas e a aspirina)
V/F
Na prova de esforço para angina estável normal tanto a PAS como a PAD sobem
Falso (só a PAS sobe; a PAD mantém-se)
Quanto deve subir a PAS a cada estadio de Bruce ?
10-20 mmHg
Indicações para revascularização (PCI; CABG) em DCEstável
Isquémia significativa de >10% do miocárdio; Reserva funcional de fluxo <0,8; Estenose coronária significativa (50% - tronco comum, ADA, vaso único permeável); Multi-vaso + IC; TMO
2 pilares do tratamento da angina estável
Alívio sintomático
Prevenção de eventos CV + Revascularização
Tx de alívio sintomático
Beta Bloq; BCC (efeito na FC ou dihidropiridinas se bradi); Nitrato SOS
A partir de que gravidade da angina estável se pode juntar beta-blog + BCC dihidro ?
CCS 2
Tx de Prevenção
AAS + estatina (+ IECA) + Revascularização (PCI; CABG)
Classes de etiologias de diagnósticos diferenciais de DCEstável
Cardíacos: Não isquémia (derrame; prolapso; aorta); Isquémia:
Coronária (ateroscleróica/não aterosclerótica - vasculites; embolia FA/paradoxal);
Não coronária: mais consumo (Alto débito; Card –> EA, MCH); menos oferta (Taquiarritmia; DPOC; Anemia; HTPulm)
Não Cardíaca: Psicogénica; TGI (DRGE, espasmo esofágico); Musculoesquelética; Herpes; TEP/pneumonia
Alterações coronárias não ateroscleróticas compatíveis com angina tipo estável
Alterações congénitas - coronárias intramiocárdicas; Vasculites - Poliarterite nodosa; Kawasaki; LES
Embolia - FA ou embolismo paradoxal
Microangiopática