DRGE Flashcards
O QUE É O REFLUXO GASTROESOFÁGICO?
É O RETORNO DO CONTEÚDO GÁSTRICO ATRAVÉS DO ESFÍNCTER ESOFAGIANO INFERIOR (EEI).
O QUE É A DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO?
- Doença crônica;
- Secundária ao refluxo patológico de parte do conteúdo gástrico para o esôfago e/ou órgãos adjacentes;
- Pode ou não ser acompanhados de lesões teciduais (ex: esofagite).
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DRGE?
- OBESIDADE;
- GRAVIDEZ;
PREVALÊNCIA AUMENTA COM A IDADE.
POR QUE A GRAVIDEZ É UM FATOR DE RISCO INDIVIDUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE DRGE?
DEVIDO AO RELAXAMENTO DO EEI PROMOVIDO PELA PROGESTERONA + AUMENTO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL EXERCIDO PELO ÚTERO GRAVÍDICO.
A ESOFAGITE EROSIVA RELACIONADA À DRGE É UM IMPORTANTE FATOR DE RISCO PARA…
ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO!!!
► Em alguns pacientes, a cicatrização das erosões acontece por meio da METAPLASIA INTESTINAL.
► Essa metaplasia pode evoluir para uma neoplasia.
O QUE ACONTECE NO PROCESSO DE METAPLASIA INTESTINAL QUE OCORRE NO ESÔFAGO DE PACIENTES COM DRGE?
Refluxo ↓ Erosão do tecido esofágico ↓ METAPLASIA INTESTINAL ↓ Epitélio estratificado normal do esôfago é substituído por um epitélio colunar dotado de maior resistência ao pH ácido. (Esse epitélio é normalmente encontrado na mucosa do intestino delgado).
O QUE É O ESÔFAGO DE BARRETT?
É UMA CONDIÇÃO QUE OCORRE QUANDO O 1/3 DISTAL DO ESÔFAGO SOFRE O PROCESSO DE METAPLASIA.
► O epitélio metaplásico do EB é mais propenso a evoluir com DISPLASIA progressiva de suas células, o que pode culminar em TRANSFORMAÇÃO NEOPLÁSICA MALIGNA (Surgimento de um adenocarcinoma!!!).
A INFECÇÃO POR H. PYLORI PROTEGE CONTRA O SURGIMENTO DE ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO?
SIM!!!!
► O H. Pylori pode levar à redução da secreção ácida.
► Pctes com pangastrite por HP que possuem DRGE ficariam protegidos do dano mucoso ácido, com menor risco de esofagite corrosiva.
► Esses pacientes tem menor chance de ter esôfago de Barrett, displasia e adenocarcinoma.
QUAL É A FISIOPATOLOGIA DA DRGE?
- Relaxamentos transitórios do EEI não relacionados à deglutição;
- Hipotonia verdadeira do EEI;
- Desestruturação anatômica da junção esofagogástrica (hérnia de hiato).
QUAL É O MECANISMO PATOGÊNICO MAIS COMUM NA DRGE?
RELAXAMENTOS TRANSITÓRIOS DO EEI NÃO RELACIONADOS À DEGLUTIÇÃO.
(60-70%)
► Característicos dos pacientes sem esofagite ou com esofagite leve.
► O refluxo tende a ser menos intenso e menos prolongado por este mecanismo.
O QUE CAUSA O REFLUXO GASTROESOFÁGICO POR MECANISMO DE RELAXAMENTO TRANSITÓRIO DO EEI NÃO RELACIONADOS À DEGLUTIÇÃO?
REFLEXO VAGAL ANÔMALO!!!
► Esse reflexo é estimulado pela distensão gástrica.
► O relaxamento patológico dura mais tempo (> 10 s) e não são seguidos de peristalse esofagiana eficaz.
QUAIS DOENÇAS/CONDIÇÕES PODEM LEVAR À HIPOTONIA VERDADEIRA DO EEI?
- Esclerose sistêmica;
- Lesão cirúrgica do EEI;
- Tabagismo;
- Uso de anticolinérgicos ou miorrelaxante;
- Gestação.
A ESOFAGITE EROSIVA É CAPAZ DE REDUZIR O TÔNUS DO EEI?
SIM!!!
► Lesões repetitivas resultam em fibrose e atrofia da musculatura.
QUAL É O PRINCIPAL MECANISMO PATOGÊNICO DE DRGE EM PACIENTES QUE APRESENTAM ESOFAGITE EROSIVA GRAVE?
HIPOTONIA DO ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR (EEI).
► O refluxo ocasionado por esse mecanismo tende a ser mais intenso e mais prolongado, levando a maior exposição da mucosa e maior dano.
O QUE OCORRE QUANDO O PACIENTE TEM HÉRNIA DE HIATO?
- Posição inapropriada do EEI (que passa a ficar no tórax);
- Isso favorece o refluxo, visto que o EEI passa a não contar mais com a ajuda da musculatura diafragmática;
- Ocorre também o rerrefluxo a partir do material contido no saco herniário.
QUAIS SÃO OS MECANISMOS DE DEFESA CONTRA O REFLUXO GASTROESOFÁGICO?
- BICARBONATO SALIVAR (neutraliza a acidez do material refluído);
- PERISTALSE ESOFAGIANA (devolve esse material para o estômago);
QUAIS SÃO AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DRGE?
► PIROSE!!!! (geralmente ocorre nas primeiras 3h após as refeições e ao deitar).
► REGURGITAÇÃO (percepção de um fluido salgado ou ácido na boca).
OUTROS SINTOMAS:
• Disfagia (1/3 dos casos) → pode sugerir complicações → estenose péptica? adenocarcinoma? edema inflamatório na parede do esôfago? distúrbio motor associado?
O QUE É AZIA?
QUEIMAÇÃO EPIGÁSTRICA
O QUE É PIROSE?
QUEIMAÇÃO RETROESTERNAL
OS PACIENTES COM DRGE PODEM APRESENTAR PRECORDIALGIA?
SIM!!!
► A DRGE é uma das principais etiologias de dor torácica não cardíaca.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS EXTRAESOFAGIANOS (ATÍPICOS)?
- Erosão do esmalte dentário;
- Irritação da garganta;
- Sensação de globus;
- Rouquidão; granuloma de corda vocal;
- Sinusite crônica;
- Otite média;
- Tosse crônica;
- Broncoespasmo;
- Pneumonite aspirativa.
O PACIENTE PODE CURSAR COM UM QUADRO DE ANEMIA FERROPRIVA?
SIM!!!
► Por perda crônica de sangue nos pacientes que desenvolvem esofagite erosiva grave, com formação de úlceras profundas.
QUAIS SÃO OS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE DRGE?
- Esofagite infecciosa (CMV, HSV, Candida);
- Esofagite eosinofílica;
- Dispepsia não ulcerosa;
- Úlcera péptica gastroduodenal;
- Doença do trato biliar.
- Distúrbios motores do esôfago;
- Doença coronariana.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA DRGE?
PIROSE (pelo menos 1x por semana durante 4-8 semanas).
+
PROVA TERAPÊUTICA (redução sintomática > 50% após 1-2 semanas de uso de IBP).
QUAIS EXAMES COMPLEMENTARES PODEM SER SOLICITADOS NA INVESTIGAÇÃO DA DRGE?
- EDA;
- pHmetria de 24h;
- Esofagomanometria;
- Esofagografia Baritada.
QUAL É A FINALIDADE DE SE SOLICITAR A EDA?
► IDENTIFICAR AS COMPLICAÇÕES DA DRGE
(Esofagite, estenose péptica, esôfago de Barrett e adenocarcinoma).
► FAZER O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES DE EDA EM PACIENTES COM SUSPEITA DE DRGE?
- Presença de sinais de alarme;
- Sintomas refratários ao tratamento;
- História prolongada de pirose ( > 5 anos) → ↑ Risco de esôfago de Barrett.
- Idade > 45 anos;
- Presença de náuseas e vômitos, história familiar de CA e sintomas intensos ou noturnos.
QUAIS SÃO OS SINAIS DE ALARME?
- Disfagia;
- Emagrecimento;
- Odinofagia;
- Sangramento gastrointestinal;
- Anemia.
QUANDO PODEMOS AFIRMAR QUE UM PACIENTE POSSUI ESOFAGITE DE REFLUXO?
QUANDO ELE DESENVOLVE ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS NA MUCOSA ESOFAGIANA VISÍVEIS PELA EDA.
SE A EDA NÃO EVIDENCIAR ANORMALIDADES, PODEMOS DESCARTAR O DIAGNÓSTICO DE DRGE?
NÃO!!!!
► A EDA geralmente é normal, e isso não descarta a existência da doença.
COMO PODEMOS CARACTERIZAR UMA ESOFAGITE DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA?
É AQUELA QUE POSSUI EROSÕES COM PELO MENOS 3 mm DE EXTENSÃO.
QUAL CLASSIFICAÇÃO É A MAIS UTILIZADA NA ATUALIDADE PARA ESTADIAR A GRAVIDADE DA ESOFAGITE DE REFLUXO PELA EDA?
CLASSIFICAÇÃO DE LOS ANGELES.
QUANDO DEVE-SE FAZER BIÓPSIA DA MUCOSA ESOFÁGICA?
NA VIGÊNCIA DE ESOFAGITE EROSIVA.
QUAL É A ALTERAÇÃO HISTOPATOLÓGICA MAIS PRECOCE NA DRGE?
AUMENTO DO ESPAÇO INTERCELULAR NO EPITÉLIO ESTRATIFICADO.
► O ácido refluído penetra por entre as camadas de células escamosas.
O QUE FAZER PARA CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO DE ESÔFAGO DE BARRETT?
BIÓPSIA!!!!
► Deve-se fazer biópsia para confirmar o diagnóstico de esôfago de Barrett (metaplasia intestinal) bem como para a pesquisa de displasia/neoplasia nesse tecido.
QUAL É O MÉTODO PADRÃO-OURO PARA A CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA DE DRGE?
pHMETRIA DE 24h.
► Sensibilidade e especificidade > 90%.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES DE pHMETRIA DE 24h?
- Sintomas refratários ao tratamento clínico;
- Avaliação de sintomas atípicos (tosse, rouquidão e dor torácica);
- Documentação da real existência de DRGE antes de uma cirurgia antirrefluxo;
- Reavaliação de pacientes ainda sintomáticos após cirurgia antirrefluxo.
COMO É ESTABELECIDO O DIAGNÓSTICO DE DRGE ATRAVÉS DA pHMETRIA DE 24h?
QUANDO O ÍNDICE DE DE MEESTER É > 14,7.
OU
QUANDO O pH INTRAESOFAGIANO PERMANECE < 4,0 POR MAIS DE 7% DO TEMPO DO EXAME.
PARA QUE SERVE A ESOFAGOMANOMETRIA?
PARA AUXILIAR NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO, AUXILIANDO A SELECIONAR O TIPO DE FUNDOPLICADURA QUE DEVERÁ SER REALIZADA.
► Quantifica o número e a intensidade das ondas peristálticas;
► Mede-se diretamente o tônus do EEI.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES DE ESOFAGOMANOMETRIA NA DRGE?
- Localizar o EEI de modo a permitir o correto posicionamento do cateter de pHmetria;
- Antes da cirurgia antirrefluxo, com o objetivo de avaliar a competência motora do esôfago e determinar o tipo de fundoplicatura a ser realizada;
- Suspeita de algum distúrbio motor associado.
PARA QUE SERVE A ESOFAGOGRAFIA BARITADA?
PARA DIAGNÓSTICO DE HÉRNIA DE HIATO.
O QUE É A ESTENOSE PÉPTICA DO ESÔFAGO?
Esofagite erosiva
↓
Cicatrização intensamente fibrótica das lesões
• Inicia-se no 1/3 inferior do esôfago e com o passar dos anos vai ascendendo.
QUAL É A CARACTERÍSTICA SEMIOLÓGICA DA ESTENOSE PÉPTICA DO ESÔFAGO?
- Disfagia por obstrução mecânica (predominando para sólidos);
- Início INSIDIOSO!!!
- É precedida em anos por sintomas como pirose.
- Abaixo da área de estenose, geralmente, há epitélio metaplásico (Barrett).
QUAL É O TRATAMENTO PARA ESTENOSE PÉPTICA DO ESÔFAGO?
DILATAÇÃO ENDOSCÓPICA POR BALÃO.
+
IBP em longo prazo.
QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA ÚLCERA ESOFÁGICA?
- São lesões mais profundas que alcançam a camada muscular.
- Os pacientes apresentam-se com ODINOFAGIA.
- Geralmente, têm hemorragia digestiva oculta (anemia ferropriva).
- Se localizam nas áreas de epitélio metaplásico (“úlcera de Barrett”).
É PRECISO SOLICITAR EXAMES PARA ESTABELECER O DIAGNÓSTICO DE DRGE?
GERALMENTE NÃO!!!!
► O diagnóstico pode ser dado apenas pela história clínica (pirose recorrente + melhora com tto empírico).
EM CASO DE DÚVIDA, COMO CONFIRMAR SE EXISTE MESMO REFLUXO PATOLÓGICO?
pHmetria de 24h.
Padrão-ouro para diagnosticar DRGE
COMO INVESTIGAR A EXISTÊNCIA DE COMPLICAÇÕES DA DRGE?
PELA VISUALIZAÇÃO DIRETA DO LÚMEN ESOFÁGICO → EDA
QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DE SUSPEIÇÃO PARA ASMA RELACIONADA À DRGE?
- Asma de difícil controle;
- Crises asmáticas que predominam no período pós-prandial;
- Coexistência de sintomas típicos de DRGE (pirose, regurgitação e/ou disfagia).
QUAIS SÃO AS OPÇÕES DE TTO PARA OS PACIENTES COM ASMA RELACIONADA À DRGE?
- IBP com dose dobrada;
* Cirurgia antirrefluxo.
EM QUE CONSISTE O ESÔFAGO DE BARRETT?
CONSISTE EM UMA METAPLASIA DO TECIDO ESOFÁGICO QUE OCORRE NO 1/3 INFERIOR, FAZENDO COM QUE O EPITÉLIO SE TORNE COLUNAR (ALTAMENTE RESISTENTE AO pH ÁCIDO).
QUAIS SÃO FATORES DE PROTEÇÃO CONTRA O DESENVOLVIMENTO DO ESÔFAGO DE BARRETT?
- Raça negra;
- Consumo de vinho tinto;
- Infecção pelo H. Pylori.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO ESÔFAGO DE BARRETT?
► ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA + BIÓPSIA.
QUAL É O GRANDE PROBLEMA DE SE DESENVOLVER O ESÔFAGO DE BARRETT?
É QUE ELE É PRECURSOR DO ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO.
COMO PROCEDER PERANTE UM PACIENTE COM ESÔFAGO DE BARRETT?
- IBP;
* ABLAÇÃO ENDOSCÓPICA OU ESOFAGECTOMIA (SE TIVER DISPLASIA NA BIÓPSIA).
QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA DRGE INFANTIL?
- Refluxo intenso e incômodo;
- Déficit pôndero-estatural;
- Irritabilidade;
- PNM de repetição.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE DRGE EM CRIANÇAS?
HISTÓRIA CLÍNICA + RESPOSTA POSITIVA À PROVA TERAPÊUTICA.
QUAIS MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS PODEM SER ADOTADAS PELAS CRIANÇAS PARA DIMINUIR O REFLUXO?
- Aumentar a frequência das mamadas, diminuindo o volume em cada mamada individual;
- Manter a criança em posição ereta após a alimentação;
- “Engrossar” a fórmula de amamentação.
SE AS MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS (PARA AS CRIANÇAS) NÃO SURTIREM O EFEITO DESEJADO, O QUE FAZER?
BLOQUEADORES DO RECEPTOR H2 DE HISTAMINA.
► RANITIDINA
O QUE FAZER COM OS PACIENTES PEDIÁTRICOS REFRATÁRIOS AO TRATAMENTO DE DRGE?
LEVANTAR A HIPÓTESE DE ALERGIA ALIMENTAR.
► Alergia à proteína do leite de vaca;
► Alergia à proteína do ovo;
► Alergia à proteína da soja.
CD: Exclusão desses alimentos da dieta.
(Se a criança estiver em AME, a mãe deve parar de comê-los).
QUAIS SÃO AS MEDIDAS ANTIRREFLUXO?
- Elevação da cabeceira do leito (15 - 20 cm);
- Reduzir a ingestão de alimentos que relaxam o EEI ou que têm efeito diretamente “irritante” para o esôfago;
- Evitar deitar após as refeições (esperar de 2-3h), quanto mais comida e gordura ingerir, mais esperar.
- Evitar refeições copiosas; fracionar a dieta;
- Suspensão do fumo;
- Evitar líquidos às refeições;
- Evitar atitudes que aumentem a pressão intra-abdominal (agachar, fazer abdominais, usar roupas e cintos apertados);
- Redução de peso em obesos;
- Evitar, se possível, as drogas que relaxam o EEI.
QUAIS SÃO OS ALIMENTOS QUE DEVEM SER EVITADOS PELO PACIENTE COM DRGE?
- Gorduras;
- Cítricos;
- Café, bebidas alcoólicas e gasosas;
- Menta, hortelã, molho de tomate, chocolate;
- Condimentos em excesso (alho, cebola, pimenta etc.);
QUAIS SÃO OS MEDICAMENTOS QUE RELAXAM O EEI E DEVEM SER EVITADOS NO PACIENTE COM DRGE?
- Antagonistas do cálcio;
- Nitratos;
- Opioides;
- Anticolinérgicos;
- Progesterona;
- Diazepam;
- Barbitúricos;
- Teofilina.
QUAIS SÃO OS BLOQUEADORES H2 DISPONÍVEIS NO MERCADO?
- Ranitidina (75-150 mg 2x ao dia);
- Nizatidina (75-150 mg 2x ao dia);
- Famotidina (10-20 mg 2x ao dia);
- Cimetidina (200-400 mg 2x ao dia).
QUAIS IBPs DISPONÍVEIS NO MERCADO?
- Omeprazol (20-40 mg 1-2x ao dia);
- Pantoprazol (20-40 mg 1-2x ao dia);
- Esomeprazol (20-40 mg 1-2x ao dia);
- Lansoprazol (15-30 mg 1-2x ao dia);
- Rabeprazol (10-20 mg 1-2x ao dia).
QUAIS SÃO OS EFEITOS ADVERSOS DOS IBPs?
AGUDOS:
• Cefaleia;
• Diarreia;
• Dor abdominal.
CRÔNICOS
• ↑Risco de enterocolite infecciosa;
• ↑Risco de pneumonia;
• Má absorção intestinal de ferro, cálcio, magnésio e vitamina B12.
• ↑Risco de desenvolver pólipos gástricos fúndicos
POR QUE OS PACIENTES QUE FAZEM USO CRÔNICO DE IBPs TEM MAIOR CHANCE DE DESENVOLVER PNEUMONIA?
PORQUE ENTEROPATÓGENOS GRAM-NEGATIVOS PASSAM A COLONIZAR A MUCOSA GÁSTRICA E PODEM SER ASPIRADOS PARA A VIA AÉREA.
QUAIS ALTERAÇÕES PODEM OCORRER NOS PACIENTES COM USO CRÔNICO DE IBPs RELACIONADAS À MÁ ABSORÇÃO INTESTINAL DE FERRO, CÁLCIO, MAGNÉSIO E VITAMINA B12?
- Anemia (ferropriva e/ou megaloblástica);
- Hipomagnesemia;
- Fraturas osteoporóticas (especialmente de quadril).
QUAL É O MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIÁCIDOS?
NEUTRALIZAM DIRETAMENTE A ACIDEZ DO SUCO GÁSTRICO, SEM INTERFERIR NA SECREÇÃO DAS CÉLULAS PARIETAIS.
OS ANTIÁCIDOS SERVEM PARA O TRATAMENTO DA DRGE?
NÃO!!!!
► Efeito de curta duração (+ou- 2h)
► Podem ser utilizados para alívio imediato.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS ANTIÁCIDOS?
- Hidróxido de alumínio;
* Hidróxido de magnésio.
SE O PACIENTE TEM SINTOMAS LEVES E INTERMITENTES DE REFLUXO (< 1x/semana), O QUE FAZER???
TRATAMENTO SOB DEMANDA!!!
► Antiácidos (alívio imediato) + Bloq H2 (alívio após 30 min).
- A ação do Bloq H2 dura em torno de 8h.
- Quando o paciente é capaz de prever o início dos sintomas, os BH2 devem ser tomados 30 min antes da refeição.
SE O PACIENTE TEM SINTOMAS MAIS GRAVES E FREQUENTES DE DRGE, O QUE FAZER???
TRATAMENTO INICIAL
• IBP dose padrão 1x ao dia por 4-8 semanas.
↓
Se o paciente não melhorar após as primeiras 2-4 semanas, pode-se dobrar a dose.
↓
Se não houver resposta, o paciente deve ser submetido a exames complementares.
PACIENTE QUE NUNCA FEZ TTO P/ DRGE E ACABA DE RECEBER O DIAGNÓSTICO DE DRGE COM COMPLICAÇÃO (Esofagite erosiva grave, esôfago de Barrett, estenose péptica), O QUE FAZER???
DOSE DOBRADA DO IBP!!!!
PACIENTE QUE OBTEVE MELHORA DOS SINTOMAS DE DRGE APÓS USO DE IBP NA DOSE PADRÃO APÓS O TTO INICIAL, QUAL O PRÓXIMO PASSO?
SUSPENDER A MEDICAÇÃO!!!
► Ver se o paciente vai ter recidiva dos sintomas.
QUAIS SÃO AS OPÇÕES DE TTO PARA OS PACIENTES QUE TIVERAM RECIDIVA DOS SINTOMAS DE DRGE APÓS TTO INICIAL SATISFATÓRIO?
- Reintroduzir o IBP na dose padrão e mantê-lo indefinidamente;
- Utilizar o IBP na dose padrão, mas de forma intermitente (alternar de 2-4 semanas).
- Utilizar o IBP sob demanda.
- Uso contínuo de BH2 (2x ao dia).
PARA OS PACIENTES QUE NECESSITARAM DE IBP EM DOSE DOBRADA DURANTE O TTO INICIAL OU PARA OS DIAGNOSTICADOS COM COMPLICAÇÕES DA DRGE, PODE-SE TENTAR SUSPENDER A MEDICAÇÃO?
NÃO!!!!!!
► O TRATAMENTO DEVE SER MANTIDO INDEFINIDAMENTE COM A MENOR DOSE EFETIVA POSSÍVEL.
PACIENTE COM ESÔFAGO DE BARRETT DEVE REALIZAR BIÓPSIA???
SIM!!!!!
► DEVE REALIZAR MÚLTIPLAS BIÓPSIAS ENDOSCÓPICAS À PROCURA DE DISPLASIA OU NEOPLASIA.
PACIENTE RETORNA PARA MOSTRAR O RESULTADO DA BIÓPSIA DO 1/3 INFERIOR DO ESÔFAGO…
RES: AUSÊNCIA DE DISPLASIA.
QUAL É A CONDUTA?
EDA COM BIÓPSIAS REPETIDAS A CADA 3-5 ANOS.
PACIENTE RETORNA PARA MOSTRAR O RESULTADO DA BIÓPSIA DO 1/3 INFERIOR DO ESÔFAGO…
RES: DISPLASIA DE BAIXO GRAU.
QUAL É A CONDUTA?
- EDA ANUAL;
OU
- TERAPIA ENDOSCÓPICA.
PACIENTE RETORNA PARA MOSTRAR O RESULTADO DA BIÓPSIA DO 1/3 INFERIOR DO ESÔFAGO…
RES: DISPLASIA DE ALTO GRAU (CARCINOMA IN SITU).
QUAL É A CONDUTA?
- TERAPIA ENDOSCÓPICA;
OU
- ESOFAGECTOMIA.
PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE DISPLASIA DE ALTO GRAU (CARCINOMA IN SITU) NO 1/3 INFERIOR DO ESÔFAGO. QUAL É O MELHOR TRATAMENTO?
TERAPIA ENDOSCÓPICA!!!!
• Ressecção da mucosa;
• Ablação com ondas de radiofrequência.
QUAIS SÃO AS POSSÍVEIS CAUSAS DA REFRATARIEDADE DO TTO COM OS IBPs?
- Distúrbio funcional associado (60% dos casos);
- Má adesão ao tto;
- Resistência ao IBP em uso;
- Refluxo não ácido;
- Escape ácido noturno.