DRGE Flashcards
O QUE É O REFLUXO GASTROESOFÁGICO?
É O RETORNO DO CONTEÚDO GÁSTRICO ATRAVÉS DO ESFÍNCTER ESOFAGIANO INFERIOR (EEI).
O QUE É A DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO?
- Doença crônica;
- Secundária ao refluxo patológico de parte do conteúdo gástrico para o esôfago e/ou órgãos adjacentes;
- Pode ou não ser acompanhados de lesões teciduais (ex: esofagite).
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DRGE?
- OBESIDADE;
- GRAVIDEZ;
PREVALÊNCIA AUMENTA COM A IDADE.
POR QUE A GRAVIDEZ É UM FATOR DE RISCO INDIVIDUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE DRGE?
DEVIDO AO RELAXAMENTO DO EEI PROMOVIDO PELA PROGESTERONA + AUMENTO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL EXERCIDO PELO ÚTERO GRAVÍDICO.
A ESOFAGITE EROSIVA RELACIONADA À DRGE É UM IMPORTANTE FATOR DE RISCO PARA…
ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO!!!
► Em alguns pacientes, a cicatrização das erosões acontece por meio da METAPLASIA INTESTINAL.
► Essa metaplasia pode evoluir para uma neoplasia.
O QUE ACONTECE NO PROCESSO DE METAPLASIA INTESTINAL QUE OCORRE NO ESÔFAGO DE PACIENTES COM DRGE?
Refluxo ↓ Erosão do tecido esofágico ↓ METAPLASIA INTESTINAL ↓ Epitélio estratificado normal do esôfago é substituído por um epitélio colunar dotado de maior resistência ao pH ácido. (Esse epitélio é normalmente encontrado na mucosa do intestino delgado).
O QUE É O ESÔFAGO DE BARRETT?
É UMA CONDIÇÃO QUE OCORRE QUANDO O 1/3 DISTAL DO ESÔFAGO SOFRE O PROCESSO DE METAPLASIA.
► O epitélio metaplásico do EB é mais propenso a evoluir com DISPLASIA progressiva de suas células, o que pode culminar em TRANSFORMAÇÃO NEOPLÁSICA MALIGNA (Surgimento de um adenocarcinoma!!!).
A INFECÇÃO POR H. PYLORI PROTEGE CONTRA O SURGIMENTO DE ADENOCARCINOMA DE ESÔFAGO?
SIM!!!!
► O H. Pylori pode levar à redução da secreção ácida.
► Pctes com pangastrite por HP que possuem DRGE ficariam protegidos do dano mucoso ácido, com menor risco de esofagite corrosiva.
► Esses pacientes tem menor chance de ter esôfago de Barrett, displasia e adenocarcinoma.
QUAL É A FISIOPATOLOGIA DA DRGE?
- Relaxamentos transitórios do EEI não relacionados à deglutição;
- Hipotonia verdadeira do EEI;
- Desestruturação anatômica da junção esofagogástrica (hérnia de hiato).
QUAL É O MECANISMO PATOGÊNICO MAIS COMUM NA DRGE?
RELAXAMENTOS TRANSITÓRIOS DO EEI NÃO RELACIONADOS À DEGLUTIÇÃO.
(60-70%)
► Característicos dos pacientes sem esofagite ou com esofagite leve.
► O refluxo tende a ser menos intenso e menos prolongado por este mecanismo.
O QUE CAUSA O REFLUXO GASTROESOFÁGICO POR MECANISMO DE RELAXAMENTO TRANSITÓRIO DO EEI NÃO RELACIONADOS À DEGLUTIÇÃO?
REFLEXO VAGAL ANÔMALO!!!
► Esse reflexo é estimulado pela distensão gástrica.
► O relaxamento patológico dura mais tempo (> 10 s) e não são seguidos de peristalse esofagiana eficaz.
QUAIS DOENÇAS/CONDIÇÕES PODEM LEVAR À HIPOTONIA VERDADEIRA DO EEI?
- Esclerose sistêmica;
- Lesão cirúrgica do EEI;
- Tabagismo;
- Uso de anticolinérgicos ou miorrelaxante;
- Gestação.
A ESOFAGITE EROSIVA É CAPAZ DE REDUZIR O TÔNUS DO EEI?
SIM!!!
► Lesões repetitivas resultam em fibrose e atrofia da musculatura.
QUAL É O PRINCIPAL MECANISMO PATOGÊNICO DE DRGE EM PACIENTES QUE APRESENTAM ESOFAGITE EROSIVA GRAVE?
HIPOTONIA DO ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR (EEI).
► O refluxo ocasionado por esse mecanismo tende a ser mais intenso e mais prolongado, levando a maior exposição da mucosa e maior dano.
O QUE OCORRE QUANDO O PACIENTE TEM HÉRNIA DE HIATO?
- Posição inapropriada do EEI (que passa a ficar no tórax);
- Isso favorece o refluxo, visto que o EEI passa a não contar mais com a ajuda da musculatura diafragmática;
- Ocorre também o rerrefluxo a partir do material contido no saco herniário.
QUAIS SÃO OS MECANISMOS DE DEFESA CONTRA O REFLUXO GASTROESOFÁGICO?
- BICARBONATO SALIVAR (neutraliza a acidez do material refluído);
- PERISTALSE ESOFAGIANA (devolve esse material para o estômago);
QUAIS SÃO AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DRGE?
► PIROSE!!!! (geralmente ocorre nas primeiras 3h após as refeições e ao deitar).
► REGURGITAÇÃO (percepção de um fluido salgado ou ácido na boca).
OUTROS SINTOMAS:
• Disfagia (1/3 dos casos) → pode sugerir complicações → estenose péptica? adenocarcinoma? edema inflamatório na parede do esôfago? distúrbio motor associado?
O QUE É AZIA?
QUEIMAÇÃO EPIGÁSTRICA
O QUE É PIROSE?
QUEIMAÇÃO RETROESTERNAL
OS PACIENTES COM DRGE PODEM APRESENTAR PRECORDIALGIA?
SIM!!!
► A DRGE é uma das principais etiologias de dor torácica não cardíaca.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS EXTRAESOFAGIANOS (ATÍPICOS)?
- Erosão do esmalte dentário;
- Irritação da garganta;
- Sensação de globus;
- Rouquidão; granuloma de corda vocal;
- Sinusite crônica;
- Otite média;
- Tosse crônica;
- Broncoespasmo;
- Pneumonite aspirativa.
O PACIENTE PODE CURSAR COM UM QUADRO DE ANEMIA FERROPRIVA?
SIM!!!
► Por perda crônica de sangue nos pacientes que desenvolvem esofagite erosiva grave, com formação de úlceras profundas.
QUAIS SÃO OS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE DRGE?
- Esofagite infecciosa (CMV, HSV, Candida);
- Esofagite eosinofílica;
- Dispepsia não ulcerosa;
- Úlcera péptica gastroduodenal;
- Doença do trato biliar.
- Distúrbios motores do esôfago;
- Doença coronariana.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA DRGE?
PIROSE (pelo menos 1x por semana durante 4-8 semanas).
+
PROVA TERAPÊUTICA (redução sintomática > 50% após 1-2 semanas de uso de IBP).
QUAIS EXAMES COMPLEMENTARES PODEM SER SOLICITADOS NA INVESTIGAÇÃO DA DRGE?
- EDA;
- pHmetria de 24h;
- Esofagomanometria;
- Esofagografia Baritada.
QUAL É A FINALIDADE DE SE SOLICITAR A EDA?
► IDENTIFICAR AS COMPLICAÇÕES DA DRGE
(Esofagite, estenose péptica, esôfago de Barrett e adenocarcinoma).
► FAZER O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL.
QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES DE EDA EM PACIENTES COM SUSPEITA DE DRGE?
- Presença de sinais de alarme;
- Sintomas refratários ao tratamento;
- História prolongada de pirose ( > 5 anos) → ↑ Risco de esôfago de Barrett.
- Idade > 45 anos;
- Presença de náuseas e vômitos, história familiar de CA e sintomas intensos ou noturnos.
QUAIS SÃO OS SINAIS DE ALARME?
- Disfagia;
- Emagrecimento;
- Odinofagia;
- Sangramento gastrointestinal;
- Anemia.
QUANDO PODEMOS AFIRMAR QUE UM PACIENTE POSSUI ESOFAGITE DE REFLUXO?
QUANDO ELE DESENVOLVE ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS NA MUCOSA ESOFAGIANA VISÍVEIS PELA EDA.
SE A EDA NÃO EVIDENCIAR ANORMALIDADES, PODEMOS DESCARTAR O DIAGNÓSTICO DE DRGE?
NÃO!!!!
► A EDA geralmente é normal, e isso não descarta a existência da doença.
COMO PODEMOS CARACTERIZAR UMA ESOFAGITE DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA?
É AQUELA QUE POSSUI EROSÕES COM PELO MENOS 3 mm DE EXTENSÃO.
QUAL CLASSIFICAÇÃO É A MAIS UTILIZADA NA ATUALIDADE PARA ESTADIAR A GRAVIDADE DA ESOFAGITE DE REFLUXO PELA EDA?
CLASSIFICAÇÃO DE LOS ANGELES.
QUANDO DEVE-SE FAZER BIÓPSIA DA MUCOSA ESOFÁGICA?
NA VIGÊNCIA DE ESOFAGITE EROSIVA.