DRC Flashcards

1
Q

Qual a definição de Doença Renal Crônica (DRC)?

A
  • Alterações na estrutura ou na função renal por pelo menos 3 meses
  • Albuminúria >= 30 mg/dia
  • TFG < 60 ml/min/1,73m²
    (idosos TFG < 45)
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2
Q

Quando deve se iniciar o rastreamento de DRC em pacientes diabéticos?

A
  • DM1: 5 anos após o diagnóstico
  • DM2: no momento do diagnóstico
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3
Q

Classifique os níveis de albuminúria (AER - albumin excreation rate)

A

A1. normal a leve (< 30 mg/day)
A2. moderadamente aumenta (30 a 300 mg/day)
A3. muito aumentada (>=300mg/day)

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4
Q

Classifique os níveis de proteinúria (PER - protein excreation rate)

A
  • normal a leve (< 150 mg/day)
  • moderadamente aumenta (150 a 500 mg/day)
  • muito aumentada (>500mg/day)
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5
Q

Classifique os níveis de albumina-creatinina (albumin/creatine ratio)

A
  • normal a leve (< 30 mg/day)
  • moderadamente aumenta (30 a 300 mg/day)
  • muito aumentada (>300mg/day)
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6
Q

Como se classifica o grau de DRC? Explique cada grau

A

A DRC é classificada baseada na TFG e proteinúria (albuminúria)
- quanto maior a proteinúria e menor a TFGF, maior é o risco cardiológico do paciente

  • G1: TGF normal ou alta (>= 90)
  • G2: TGF levemente diminuída (de 60-89)
  • G3a: TGF leve a moderadamente diminuída (45-59)
  • G3b: TGF moderadamente diminuída (30 - 44)
  • G4: TGF muito diminuída (15 - 29)
  • G5: falência renal (< 15)
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7
Q

Quais são as indicações de biópsia renal em pacientes diabéticos?

A
  1. aumento abrupto da proteinúria, principalmente em níveis nefróticos (incomum na doença renal do diabetes)
  2. declínio acelerado da TGF
  3. sedimento urinário ativo
    - ex.: hematúria, cilíndros hemáticos e dismorfismo eritrocitário
    - normalmente pacientes com doença renal do diabetes não cursa com esses sintomas
  4. ausência de outras lesões de órgãos-alvo
    - como retinopatia, neuropatia, alteração de parótida em exame de imagem
  5. duração de DM2 inferior há 10 anos
  6. sinais e sintoma de outras doenças sistêmicas
    - ex.: paciente com lúpus e diabetes
  7. consumo do complemento
    - a DRD não causa ativação do sistema complemento
    - se exames laboratoriais mostrarem níveis reduzidos de C3 e/ou C4, isso sugere uma doença renal inflamatória, como glomerulonefrite e lúpus eritematoso sistêmico
  8. níveis hipertensivos extremos ou hipertensão refratária
    - a hipertensão é comum na DRD, mas geralmente se desenvolve progressivamente
    - hipertensão severa ou de difícil controle sugere outra causa renal
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8
Q

Por que a creatinina é um bom marcador da função renal?

A
  • sua produção relativamente constante, pois vem do metabolismo muscular
  • como a creatinina é eliminada quase exclusivamente pelos rins, sua concentração sérica reflete diretamente a taxa de filtração glomerular (TFG)
  • quando a função renal está reduzida, a excreção de creatinina diminui, resultando em seu acúmulo no sangue
  • exame mais barato
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9
Q

Qual é o problema no uso da creatinina como marcador da função renal? Quais outros marcadores poderiam ser utilizados?

A
  • a creatinina é um produto da creatina
  • então, se o paciente faz uso de creatina, é normal que tenha a creatinina aumentada
  • é influenciada pela massa muscular, então não é um bom marcador para idosos, pessoas amputadas e pessoas que suplementam creatina

CISTATINA C
- exame mais caro
- permite detectar pequenas modificações da função renal mais precocemente
- Os níveis séricos de cistatina C não são afetados pela massa muscular e alteram-se muito pouco com a idade
- Não há variação significativa da faixa de referência para homens e mulheres, já que sua produção é constante em todos os tecidos do organismo

INULINA
- inulina é o “padrão ouro”: método mais invasivo e demorado
- exige infusão venosa contínua e múltiplas coletas de urina e sangue
- mais usado em pesquisas

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10
Q

Quando deve-se suspeitar de causas genéticas da DRC?

A
  1. Histórico familiar de doença renal, diálise ou transplante
  2. Consanguinidade
  3. Sintomas extrarrenais
  4. Características sindrômicas ou alterações físicas incomuns
  5. Insuficiência renal precoce (antes dos 50 anos) ou na infância
  6. Doenças renais císticas
  7. DRC sem causa aparente
  8. Síndrome nefrótica resistente a esteroides
  9. Hematúria persistente e proteinúria de causa desconhecida
  10. Suspeita de um distúrbio genético conhecido
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11
Q

Quais são os genes associados à DRC?

A
  1. APOL1: associado à perda mais rápida das células renais, principalmente em negros de origem africana
  2. PKD1 e PKD2: relacionados à doença renal policística
  3. COL4A3, COL4A4 e COL4A5: ligados a doenças que afetam a estrutura dos rins, como a Síndrome de Alport
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12
Q

O que é a KFRE?

A
  • KFRE (Kidney Failure Risk Equation) é uma ferramenta preditiva que estima o risco de um paciente com DRC progredir para falência renal em 2 ou 5 anos
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13
Q

Quais são os principais usos da KFRE?

A
  • estratificar risco de progressão da DRC
  • ajudar na decisão de encaminhar o paciente ao nefrologista.
  • planejar com antecedência tratamentos como diálise ou transplante
  • evitar subtratamento ou tratamentos desnecessários
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14
Q

Explique como o risco de falência renal é avaliado por meio do KFRE

A

a) TFG > 60:função renal relativamente preservada
b) 30 < TFG < 60: necessidade de acompanhamento com um nefrologista / KF >= 3% a 5% em 5 anos
c) 20 < TFG < 30: risco aumentado de progressão da doença, exigindo uma abordagem com equipe multidisciplinar / KF >= 10% em 2 anos
d) 10 < TFG < 20 : terapia de substituição renal
(TSR) - diálise ou transplante / KF >= 40% em 2 anos

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15
Q
A
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16
Q

Qual é o tratamento não farmacológico para pacientes com DRC?

A
  • reduzir o consumo de sal (máximo de 2g de sódio/dia ou 5g de NaCl/dia)
  • parar tabagismo, fazer exercícios físicos e IMC < 25: redução do risco cardiovascular
  • regular o consumo de proteínas: em torno de 0,8 g/kg/dia
    Obs.: não restringir proteína em pacientes com sarcopenia, caquexia ou alto risco de desnutrição.
18
Q

Explique o mecanismo de ação dos diuréticos tiazídicos. Cite exemplos.

A
  • inibem a reabsorção de Na+ e Cl- pelo bloqueio do co-transportador de Na e Cl (NCC) no TCD
  • menos Na+ absorvido = mais água excretada
  • problema: hipopotassemia! - mais Na+ na mácula densa; ativação do SRAA; tentativa de reabsorver Na+ por canais ENaC
  • canais ENaC: entrada passiva de Na+ e excreção de K+
  • HIDROCLOROTIAZIDA
  • CLORTALIDONA
19
Q

Explique o mecanismo de ação dos diuréticos de alça. Cite exemplos.

A
  • no ramo ascendente espesso da alça de henle
  • bloqueio do transportador de Na+/2Cl-/K+
  • problema: hipopotassemia e alcalose metabólica

FUROSEMIDA

20
Q

Explique o mecanismo de ação dos diuréticos osmóticos. Cite exemplos.

A
  • atuam nas porções permeáveis à água: TCP, porção descendente da alça, tudo coletor na presença de ADH

MANITOL

21
Q

Explique o mecanismo de ação dos diuréticos poupadores de potássio. Cite exemplos.

A
  • atuam no TCD e ducto coletor

1) Bloqueadores de canais de sódio
- inibe a reabsorção de sódio e a excreção de potássio
AMILORIDA

2) Antagonistas do receptor de aldosterona
- inibem o SRAA: aumentam a excreção de Na+ e reduzem a excreção de potásiso
ESPIRONOLACTONA - ginecomastia

22
Q

Explique a ação do paratormônio (PTH) na DRC

A
  • PTH: hormônio paratireoidiano
  • DRC: dificuldade de excretar fósforo
  • mais fósforo no sangue: formação de complexos de cálcio-fósforo, que são insolúveis
  • hipocalcemia: hiperparatireoidismo segundário - leva ao aumento do PTH no sangue

AÇÃO DO PTH:
- desmineralização óssea e liberação de cálcio e fósforo no sangue
- aumenta a reabsorção de cálcio nos rins
- reduz a reabsorção de fósforo
- nos rins: aumenta a produção de calcitriol (forma ativa da vitamina D)
- reduz a absorção intestinal e cálcio e fósforo

23
Q

Como a dapaglifosina atua em doentes renais crônicos?

A
  • é um medicamento da classe dos inibidores do cotransportador de sódio-glicose tipo 2 (SFLT2)
  • usado no tratamento de DM2, ICC e DRC
  • ele age no TCP, inibindo o SGLT2, responsável por absorver glicose
  • isso promove a glicosúria, reduzindo os níveis de glicose no sangue
  • efeito natriurético: também há perde de sódio na urina
  • menos sódio sendo reabsorvido, ocorre uma vasoconstrição da aferente
  • vasodilatação da eferente, com redução da hiperfiltração glomerular
24
Q

Explique a ação do paratormônio (PTH) na DRC

A
  • PTH: hormônio paratireoidiano
  • DRC: dificuldade de excretar fósforo
  • mais fósforo no sangue: formação de complexos de cálcio-fósforo, que são insolúveis
  • hipocalcemia: hiperparatireoidismo segundário - leva ao aumento do PTH no sangue

AÇÃO DO PTH:
- desmineralização óssea e liberação de cálcio e fósforo no sangue
- aumenta a reabsorção de cálcio nos rins
- reduz a reabsorção de fósforo
- nos rins: aumenta a produção de calcitriol (forma ativa da vitamina D)
- reduz a absorção intestinal e cálcio e fósforo

25
Q

Quais são as principais complicações da DRC?

A
  • acidose metabólica
  • anemia
  • doença mineral óssea
26
Q

Quais são as indicações para diálise de emergência?

A

AEIOU
- acidose metabólica (ph < 7,1)
- eletrólitos (K+ > 6,5)
- intoxicação exógena dialisável
ex: lítio, metanol
- overload (hipervolemia): pode causar edema pulmonar e insuficiência respiratória
- uremia: pode causar encefalopatia, pericardite e sangramentos