DPOC Flashcards
Fisiopatologia da DPOC.
Enfisema:
Aumento dos espaços aéreos distais, principalmente centroacinar.
Bronquite crônica:
Hiperplasia e hipertrofia das glândulas submucosa.
Redução do lúmen das vias aéreas distais.
Manifestações clínicas
Blue bloater:
Predomínio da bronquite crônica.
Retenção hídrica e cianose.
Hipoxemia e cor pulmonale.
Pink puffer:
Soprador crônico.
Predomínio do enfisema.
São pletóricos e com tórax em tonel.
Exames complementares na DPOC.
Radiografia de tórax:
Normal ou hiperinsuflado.
Gasometria:
Hipercapnia com ou sem acidemia (compensado).
Prova de função respiratória:
Relação VEF1/CFV menor que 70%.
Aumento de volume residual.
Classificação de GOLD.
0 - Sob risco
Espirometria: normal.
1 - Leve
Espirometria: VEF1/CVF < 70%
VEF1»_space; 80%.
2 - Moderada
Espirometria: VEF1/CVF <70%
80% > VEF1 > 50%.
3 - Grave
Espirometria: VEF1/CVF <70%
50% > VEF1 > 30%.
4 - Muito grave
Espirometria: VEF1/CVF <70%
VEF1 < 30%.
Tratamento do DPOC.
Farmacológico:
Broncodilatador.
Corticoide.
Oxigênio.
Não farmacológico:
Abandono do tabagismo.
Cirurgia:
Pneumoredutora.
Transplante pulmonar.
Gatilhos da exacerbação aguda na DPOC.
Piora da tosse e da dispneia.
Mudança na quantidade e qualidade do escarro
Causa mais comum: infecção.
Tratamento da exacerbação aguda.
Beta 2 agonista de curta duração (SABA). Anticolinérgicos. Antibiótico. Corticoide. Oxigênio suplementar (baixo fluxo). Ventilação mecânica invasiva ou não (mais graves)
ABCD da exacerbação.
A - antibiótico.
B - broncodilatador.
C - corticoide.
D - dar oxigênio.
Classificação e tratamento para exacerbação.
Grupo A (leve - exacerbação leve, sem fator de risco para prognóstico adverso).
Principais bactérias: • H. influenzae • S. pneumoniae • M. catarrhalis • Chlamydia Pneumoniae • Virus
Antibiótico de escolha: Betalactâmico: • Amoxacilina oral Tetraciclina. Sulfametoxazol + Trimetoprim.
Antibiótico alternativo: Amoxacilina/clavulanato Macrolídeos: • Azitromicina oral • Claritromicina oral Cefalosporina de segunda geração oral.
Grupo B (moderada - exacerbação moderada com fatores de risco para prognóstico adverso)
Principais bactérias: Grupo A + • Produtores de betalactamase. • Estreptococo resistente a penicilina. • Enterobactérias (E.coli, proteus, Klebisiella).
Antibiótico de escolha:
Betalactâmico + inibidor de betalactamase:
• Amoxacilina / clavulanato.
Antibiótico alternativo:
Fluorquinolonas
• Moxifloxacino, levofloxacina, gemifloxacino.
Grupo C (grave com fator de risco para pseudômonas)
Principais bactérias:
Grupo B +
Pseudomonas aeruginosa
Antibiótico de escolha:
Fluorquinolonas oral ou EV:
• Ciprofloxacina
• Levofloxacina em altas doses.
Antibiótico alternativo:
Betalactâmicos com efeito sobre pseudomonas EV.
Fatores de risco:
Comorbidades associadas, DPOC grave, exacerbações frequentes (> 3 por ano), uso de antibiótico nos últimos 3 meses.
Indicações de oxigênio.
Único tratamento farmacológico que reduz a mortalidade.
SpO2 < 88% em repouso / pO2 < 56 mmHg.
ou
SpO2 < 90% + sinais de hipertensão pulmonar ou IVD.
Hipoxemia com esforço ou hipoxemia noturna, o O2 não reduz a mortalidade.
Indicação de IOT em DPOC.
Acidose grave (pH < 7,25);
Hipercapnia (PaCo2 > 60mmHg);
Hipoxemia grave com ameaça à vida
(Quadro cardiovascular: bradicardia, disritmias cardíacas, isquemia miocárdica, hipotensão, colapso circulatório.
Quadro neurológico: vertigem, síncope, sonolência, ou coma até um dano cerebral irreversível.
A hipóxia renal ou hepática pode conduzir à necrose tubular aguda ou necrose hepática aguda, respectivamente.
Quando afetadas as extremidades, podem surgir claudicação ou gangrena.
Como consequência final do dano, pode ocorrer parada cardíaca)