Asma Flashcards
Defina asma brônquica.
Doença inflamatória crônica nas vias aéreas.
Hiperresponsividade brônquica.
Quadro clínico da asma brônquica
Sibilância/chiado (broncoespasmo). Dispneia. Desconforto torácico Tosse seca Piora noturna (podendo despertar). Alergias.
Quais os gatilhos da asma?
Aeroalérgenos (ex.: poeira, poluição). Virose respiratória. Mudanças climáticas. Exercício físico. Fármacos (ex.: AINES, AAS).
Fatores de risco para a asma.
Sexo feminino.
Genética (25% se um pai for asmático, 50% se os dois forem)
Atopia (ex.: rinite alérgica, dermatite atópica)
Exposição ambiental.
Diagnóstico da asma.
Espirometria.
VEF1/CVF < 70% previsto (documenta distúrbio obstrutivo).
Provas de reversibilidade:
Broncodilatação (VEF1 > 200 mL e 12% valor pré teste ou 7% do valor previsto).
Broncoprovocação (queda do VEF1 > 20% após inalação ou 15% após exercícios físicos).
Peakflow (variação da PFE : 20% em 2 semanas).
Outros exames (não fecham diagnóstico): Raio-X (hipertransparência, diafragma retificado por aprisionamento aéreo - hiperinsuflação). Tomografia (perfusão em mosaico) Gasometria (hipercapnia, hipoxemia ou evoluir para uma acidose respiratória).
Classificação da asma.
Extrínseca alérgica.
Extrínseca não alérgica (consegue culpar uma substância específica).
Intrínseca.
Induzida por AAS (acúmulo de leucotrieno).
Fenótipos: Eonsinofílico. Neutrofílico (típica dos fumantes). ASS e AINE. Induzida por exercício.
Critérios de gravidade da asma.
Sintomas. Despertar noturno. Necessidade de resgate. Limitação de atividade. Exacerbação. Alterações espirométricos.
Intermitente (sintomas raras). Persistente leve (sintomas crises semanais). Persistente moderada (sintomas diários). Persistente grave (sintomas diários ou contínuos).
Controlado (raramente apresenta sintomas). Parcialmente controlado (2 ou mais por semana). Não controlado (3 ou mais por semana).
ABCDE do perfil da asma.
A - atividade limitada algum dia? B - bombinha usada? (>> 3x por semana) C - crise? (>> 3x por semana) D - despertar noturno? E - espirometria/peakflow/exacerbação (>> 3x por semana).
Pontos a se checar na piora da asma, antes de alterar a medicação.
Adesão e técnica. Controle ambiental. Outras causas: DRGE. Rinite. Obesidade. Apneia. Depressão. Ansiedade. Uso de AINE. Gravidez. Menstruação.
Tratamento
Xantinas, diretamente broncodilatadoras - em desuso.
Ex.: bamifilina, teofilina, aminofilina.
Cromonas, inibindo diretamente a degranulação mastocitária.
Usar em gravidas - não teratogenico.
Ex.: cromoglicato, nedocromil.
Antileucotrienos
Importante para asma por AAS.
Ex.: montelucaste, zafirlucaste, zileuton.
Droga anti-IGE.
Ex.: omalizumab.
Anti-IL5 e IL5-R.
Ex.: mepolizumab, relizumab (IL5) e benralizuman (IL5-R)
Anti-IL4R
Ex.: dupilumab
B2-agonista Curta ação (SABA) Ex.: fenoterol, salbutamol, terbutalina. Longa ação (LABA) Ex.: formoterol, salmetarol, indacaterol.
Anticolinérgicos.
Ex.: ipratrópio, tiotrópio.
Corticoide.
Ex.: budesonida, beclometasona.
Controle de cenário. Controle ambiental. Estilo de vida. Comorbidades. Fármacos.
Tratamento de acordo com a GINA.
Etapa 1
Sob demanda:
Corticoide inalatório + formoterol.
2ª opção: SABA + corticoide inalatório.
Etapa 2 Dose baixa de corticoide inalatório Manter corticoide inalatório + formoterol sob demanda. 2ª opção: Antileucotrieno SABA + corticoide inalatório.
Etapa 3
CI de dose baixa + LABA.
CI de dose baixa + antileucotrieno.
CI de dose média.
Etapa 4 CI de dose média + LABA. CI de dose média + LABA + antileucotrieno. CI de dose média + LABA + tiotrópio. CI de dose alta.
Etapa 5 CI de dose alta + LABA Corticoide oral em dose baixa. Estudar fenótipo!!! Dar os "mabes" da vida.
Resgate: CI + formoterol
Se não de certo, SABA.
ABCD da crise asmática.
A - alteração de consciência? (agitação, confusão mental, sonolência).
B - batimentos cardíacos (< 60 bpm ou > 140 bpm)
C - “cansando”? (fala encurtada, esforço respiratório com ou sem musculatura acessória, pCO2 > 45 mmHg)
D - dispneia grave ou desoxigenação? (taquidispneia grave, satO2 < 90% e pCO2 > 45 mmHg, paO2 < 60 mmHg)
Qualquer um desses: MUITO GRAVE.
Defina os “4 leves”.
Dispneia leve.
Taquipneia leve.
Sibilância leve.
Uso de musculatura acessória leve.
Tendo em base o basal do paciente.
Se foge dos “4 leves”, mas também não cumpre o ABCD: grave.
Manejo da crise asmática.
Leve a moderado: corticoide inalatório + formoterol.
E se necessário, SABA.
Grave ou muito grave: Monitorizar. Acesso venoso. Oxigênio. Raio-X. Gasometria. ECG Laboratório básico.
ABC do tratamento.
Descreva o ABC do tratamento da asma grave ou muito grave.
A - ar oxigênio. (> 93%, se coronariopata ou gestante >95%)
B - Broncodilatador. SABA + anticolinérgico Bero(i)tec + Atrovent(i) (8 + 20 gotas) 2 a 6 nebulizações na primeira hora. ou Corticoide inalatório + formoterol (mais priorizado atualmente). C - Corticoide. Em caso grave, vai fazer sistêmico também (IV ou VO).
Cuidado com oferta excessiva de O2 = carbonarcose.