Doenças túbulo-intersticiais e terapia renal substitutiva Flashcards
Associadas a acidose
Acidoses tubulares renais - hiperclorêmica
tipo II - TCP - bicabornatúria, fosfatúria, glicosúria
tipo I e tipo IV - mais distais
ATR tipo I
Defeito na H+ ATPase, levando a pH urinário > 5,5, acidose metabólica 9retenção H+) e hipocalemia (caliúria excessiva para compensar)
ATR tipo I
Principais causas - hipercalciuria, Sjogren (principal causa adquirida), artrite reumatoide, geneticas
pH>5,5, hipocalemia, anion gap positivo, hipercalciuria, hipocitratúria, nefrolitíase e nefrocalcinose
ATR tipo II
Defeito na excreção de HCO3-, excesso de bicarbonatúria, defeito na reabsorção de outros ions (fosfaturia, glicosuria, aminoaciduria), levando tambem a maior aporte dista de Na e Cl, fazendo perder potássio nos tubos distais (hipocalemia)
ATR tipo II
Mieloma multiplo principal causa adquirida
Cistinose, Wilson, Fanconi e intoxicação por chumbo (saturnismo) - outras
Bicarbonatúria, anion gap urinario negativo’
Anemia de Fanconi
Hereditária
Anemia, pancitopenia, malforações esqueleticas e de polegares, defict pondero-estatural, disfunção do TCP (ATR tipo II)
ATR tipo IV
Hipoaldosteronismo hiporreninemico, levando a acidose metabólica, levando a redução na reabsorção distal de sódio - hipovolemia, além de retenção de potássio e hidrogenio - hipercalemia e anion gap urinario positivo
ATR tipo IV
Principais causas - DM (pp causa adquirida), anemia falciforme, hipoaldos primário
medicações - ieca, bra, trimetoprim, inibodres calcineurina, diureticos poupadores de potassio
Alcalose metabolica
Tubulopatias hereditarias - sd barter e gittelman
Síndrome de Bartter
Vários subtipos - a mais comum é a mutação Na-K-2Cl (local de ação da furosemida), no ramo ascendente espesso da alça de Henle
Tende a ser mais grave e precoce que Gittelman
Polidramnio (intrauterino), poliúria (incapaz concentrar), hipercalciuria (reduz da reabsorção de calcio que ocorre com a entrada de 2 Cl), magnésio normal ou pouco reduzido
Quadro clinico - alcalose met, deficit pondero-estatural, hipocalemia, hipocloremia, PA normal com renina e aldosterona elevadas (sem disturbios de sodio associados)
Síndrome de Gittelman
Mutação do sinporte Na-Cl (local de ação dos tiazídicos)
mais leve, mais tardia (10 a 12 anos), hipomagnesemia grave (pois esse sinporte ajuda a reabsorver mg) - sintomas musculares (fadiga, caimbras, pela baixa de Mg), hipermagnesiuria, poliúria (mas com capacidade de concentração urinária), normocalciuria
Quadro clínico - alcalose met, deficit pondero-estatural, hipocalemia, hipocloremia, PA normal com renina e aldosterona elevadas (sem disturbios de sodio associados)
Terapia renal substitutiva -
Para suprir a função dos rins em falência
Tanto no contexto de ira quanto drc
Remover toxinas e excesso de líquidos
Terapia renal substitutiva - tipos
Hemodialise
Dialise peritoneal
Transplante renal
Hemodialise convencional
Mais conhecida e utilizada no Brasil
Realizada de forma intermitente (aprox 3x por semana)
Também pode ser extendida ou contínua
*3 a 4 horas aproximadamente
Hemodialise convencional - vias
Fístulas arteriovenosas - vias de escolha (menor risco de infecção e trombose comparado aos cateteres de longa permanencia
Desvantagem: necessitam tempo de maturação (de 3 a 6 meses até estar utilizável)
Grande complicação - estenoses dos componentes proximais
Cateteres venosos longa permanencia
Preferidos em casos agudos - UTI, trauma - não há tempo para maturação de fístula
Tunelizados, com cuff (para reduzir infecções), mas mas infecção e trombose que fístula
Casos agudos e graves e diálise de urgência - veia jugular interna direita (primeira opção)
Complicações cateteres
Infecções de corrente sanguínea (ICS) - stafilococos aureus e, principalmente, coagulase negativo - de oligossint até infecções graves
Dialise peritoneal
Cateter alocado na pelve (Tenckhoff) - ambulatorial e domiciliar possível
Necessita de sessões mais longas e repetitivas que a HD (pois o peritônio funciona como membrana)
Principal contraindicação é a perda da integridade do diafragma (pp hernia diafragmatica)
Complicação comum da DP - peritonite relacionada ao DP - dor abdominal e febre associado a liquido turvo - diagnostico pela analise do liquido peritoneal > 100 leuc com > 50% PMN
Retirar cateter se
Infecção fungica, peritonite refrataria ou recidivane, instabilidade hemodinamica, tunelite, bacteremia persistente, infecção por S aureus ou bacterias multirresistentes
ATB intraperitoneal nos leves e sistemicos nos gfraves
Tx renal
A terapia subs que aumenta sobrevida!
Pode ser intervivos ou doador falecido
Tx renal - contraindicações
Infecção ativa
Comorbidades graves
Neoplasia metastática ativa
Doença psiquiatrica ativa
Tx renal acopahaento
monitorização periodica (imunossupressao pode trazer maleficios - neoplasias e infecções de repetição principalmente)
paciente jovem necessitou de transplante renal devido a uma GLOMERULOPATIA PRIMÁRIA, que causava SÍNDROME NEFRÓTICA. Após o transplante, evoluiu com novo quadro de síndrome nefrótica (proteinúria maciça e edema). Qual a causa mais provável?? Obviamente, a mesma doença que causou a IRC previamente!!! E qual seria essa glomerulopatia primária?? Sabemos que NÃO respondeu a corticóides e ciclosporina… Analisemos as alternativas, de baixo para cima. ALTERNATIVA E - INCORRETA - a nefropatia por IgA geralmente é uma doença que em 60% dos casos evolui com hematúria assintomática, 40% evolui lentamente com perda de função renal, e em 20% dos casos, leva em torno de 10-20 anos para chegar ao estágio de rins terminais, não sendo uma causadora comum de IRC terminal de rápida evolução, sendo uma causa improvável, e em geral com boa resposta ao uso de corticóides e imunossupressores. ALTERNATIVA D - INCORRETA - a doença por lesões mínimas é mais comum em crianças e costuma ter uma excelente resposta ao corticóide, o que a torna improvável também. ALTERNATIVA C - INCORRETA - a glomerulonefrite membranoproliferativa geralmente se apresenta com um componente misto nefrítico + nefrótico, se assemelhando a uma GNDA/GN pós-estreptocócica, com consumo de complemento. É bastante associada a outras doenças sistêmicas como LES, Hepatite C e crioglobulinemia, dificilmente sendo idiopática, o que a torna improvável, tendo resposta variável ao tratamento, e prognóstico melhor que a GEFS e pior que a GN membranosa. ALTERNATIVA B - INCORRETA - a nefropatia membranosa costuma se apresentar com proteinúria maciça, podendo ser primária ou associada a doenças como Hepatite B, LES e neoplasias sólidas. É mais comum dos 30 aos 50 anos, e costuma ter resposta variável, porém evoluindo com falência renal em cerca de 10% dos casos. ALTERNATIVA A - CORRETA - a GEFS ainda é a PRINCIPAL causa de síndrome nefrótica primária em qualquer faixa etária, além de possuir uma resposta ruim ao uso de corticóide (<20% de remissão completa nos primeiros estudos), com melhor resposta no aumento da duração da terapia, atingindo remissão em 40-60% dos casos. Além disso, a ciclosporina é indicada na recidiva, enquanto nas outras causas acima há predileção por outros medicamentos como a ciclofosfamida. Sendo assim, é a principal hipótese diagnóstica!
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Os AINEs podem causar outro tipo de disfunção renal que está associada a vários níveis de dano e é caracterizado por síndrome nefrótica com nefrite intersticial aguda. As características clínicas, a ausência de fatores de risco e a fisiopatologia podem distingui-la de outras síndromes renais induzidas por AINEs e da clássica nefrite alérgica intersticial induzida por drogas. A síndrome nefrótica, associada à nefrite intersticial, é vista em raras ocasiões. Alternativa A: INCORRETA. Alternativa B: INCORRETA. Alternativa C: INCORRETA. Alternativa D: CORRETA. A síndrome nefrótica por AINES pode se apresentar com glomerulonefrite de lesão mínima e nefrite intersticial, uma combinação histológica não muito comumente encontrada.
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