Doenças Funcionais do TGI e DRGE Flashcards
Qual a epidemiologia das doenças funcionais do TGI?
Doenças mais frequentes em gastro., alta taxa de absenteísmo no trabalho, altera qualidade de vida, não existe mortalidade, faixa etária de jovens e adultos jovens, mais comuns em mulheres, relacionadas a hábitos e padrões de vida (problemas e limitações sociais) e está frequentemente associada a distúrbios psiquiátricos (ansiedade, depressão e stress).
Qual a fisiopatologia das doenças funcionais do TGI?
Eixo intestino e cérebro (gut-brain).
Quais as doenças funcionais do TGI?
Síndrome do intestino irritável (SSII), pirose funcional, “Globus” faríngeos, disfagia funcional, dispepsia funcional, dispepsia funcional, náuseas e vômitos funcionais, defecção obstruída, anismo, etc.
Como é feito o diagnóstico das doenças funcionais do TGI?
Essencialmente clínico, seguindo critérios protocolares de ROMA IV. Paciente com faixa etária e perfil pessoal, psíquico e social. Evitar exames desnecessários nos casos típicos. Sempre atenção com sinais de alarme associados, afasta a doença funcional. Sinais de alarme: emagrecimento, febre, sangramentos e secreções purulentas. Atenção para paciente idosos e com história familiar para neoplasias. Casos duvidosos exames devem ser criteriosos.
Como é feito o tratamento das doenças funcionais do TGI?
Doença crônica com constante retratamento. Acompanhamento nutricional adequado e com parcimônia. Constante reavaliação e se necessário exames (EDA, colono, usg, etc). Evitar exames excessivos sem critério. Mudanças de hábitos de vida! Abordagem psicoterápica e com medicação psicotrópica quando necessário. Estimular atividade física e hobbies. Evitar fumo, cafeína e bebidas alcoólicas.
Como é o tratamento medicamentoso para as doenças funcionais do TGI?
Muitos estudos farmacêuticos, porém poucas medicações efetivas. Tratamento é sintomático na maioria dos casos. Avaliar e tratar a disbiose quando associada??? Acompanhamento a longo prazo e reavaliações. Importante boa relação médico paciente e esclarecimento constante do paciente.
Qual o tratamento da DRGE?
Fenótipo (erosiva, não erosiva, hipersensibilidade esofágica ou pirose funcional) - OLHAR TABELA* orienta o tratamento, medidas comportamentais antirrefluxo, tratamento farmacológico, cirurgias antirrefluxo.
As medidas comportamentais devem ser individualizadas para cada caso. Medidas comportamentais (alimentos considerados irritantes ou relaxantes do EEI: bebidas gaseificadas, bebidas alcoolicas, cítricos, café, gorduras, condimentos em excesso - alho, pimenta, cebolas…- menta, hortelã – restrição de tipos de alimento, caso efetivamente o paciente refira associação com sintomas) + tratamento medicamentoso: IBP
Medidas comportamentais para melhorar a DRGE
Fracionar alimentação em volume e aumentar frequência, não comer e dormir (completar…)
Qual o tratamento medicamentoso na DRGE?
IBPs (resolvem 90% dos casos), antiácidos (pouco eficazes, efeitos de curta duração, uso apenas em dor aguda - SOS. Ex.; hidróxido de alumínio e/ou magnésio, sulcralfato), bloqueador H2 (não devem ser usados isoladamente, menos eficazes que os IBPs e duração mais curta, drogas de apoio. Ex.: Famotidina e Cimetidina)
DRGE típica em paciente jovem, boa resposta teste terapêutico inicial (4-8 semanas) –> medidas antirrefluxo, esclarecimento e orientação. IBPs, bloqueador de H2 ou antiácidos por demanda.
DRGE com sintomatologia severa e frequente –> medidas antirrefluxo, esclarecimento e orientação. IBPs 1x pela manhã em jejum por 4-8sem. –> não melhorou? –> dobrar dose do IBP 2x ao dia por mais de 4-8 sem. (componente funcional provável - 60%, confirmar adesão real ao tratamento, - COMPLETAR- etc).
Quais as complicações da DRGE?
Barret: metaplasia intestinal da mucosa esofágica –> quando há, também, displasia, pode haver o surgimento posterior de um adenocarcinoma. 10 a 15% dos pacientes com DRGE vai desenvolver Barrett, homens brancos com doenças esofágica erosiva, obesidade, não possui queixas específicas, por vezes melhora da pirose, biopsia é importante*** para o diagnóstico de displasia, tratamento e acompanhamento.
Acompanhamento e conduta: metaplasia sem displasia –> IBPs + EDA 3 a 5 anos. Com displasia de baixo grau: IBPs + EDA anual com terapia endoscópica. Com displasia grave: IBPs + tratamento endoscópico ou esofagectomia (musectomia endoscópica, radiofrequência, feixe de argônio e combinação de métodos)
Quais as indicações cirúrgicas para DRGE?
Refratariedade ao tratamento clínico, hérnia de hiato importante com refratariedade ao tratamento, pacientes com resposta clínica aos IBPs, porém necessitando de uso continuo e persistente* (intolerância as medicações, opção pessoal ou problemas financeiros em manter a medicação a longo prazo), tratamento deo complicaççoes –> Barrett, estenoses e adenocarcinoma // esofagectomia.
DRGE conclusões
DRGE é uma doença muito prevalente na sociedade atual. A pirose e regurgitação são sintomas chave, exames complementares não são obrigatórios e devem ser individualizados para cada caso, Barrett é complicação relativamente infrequente, porém merece conduta específica com vigilância acurada pelo risco de adenocarcinoma, a cronicidade e retratamentos são frequentes, cirurgia deve ser avaliada sempre de forma crítica e responsável por clínicos e cirurgiões.