Doenças do Intestino Flashcards

1
Q

Qual conceito de diarreia?

A

Definição:
• Aumento do conteúdo liquido das fezes
• >= 3 evacuações/dia
• Peso fecal > 200g/dia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual diferença de diarreia alta e baixa?

A
ALTA X BAIXA 
•	ALTA: delgado 
o	Alto volume 
o	3-5 evacuações/24h 
o	Restos alimentares 

• BAIXA: cólon
o Baixo volume
o 8-10 evacuações/24h
o Reto: tenesmo, urgência

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Para ter doença disabsortiva temos que ter doença em que região?

A

Intestino delgado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual diferença da diarreia invasiva da não invasiva?

A

NÃO INVASIVA X INVASIVA
• NÃO invasiva
o SEM muco/pus/sangue

• Invasiva
o Muco/pus/sangue
o Infecciosa ou inflamatória

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a diferença da diarreia aguda da crônica?

A
AGUDA X CRÔNICA 
•	Aguda 
o	<= 2 semanas 
o	Principal causa: infecção (o tipo secretória é o mais comum)
Persistente: 2-4 semanas 

• Crônica
o > 4 semanas
o Principal causa: deficiência de uma disacaridase (principalmente lactase)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual definição de sindromes disabsortivas?

A

• Não absorve o que foi digerido E/OU não consegue digerir para absorver  logo o problema pode não ser na absorção e sim na digestão – pode ser problema na mucosa do delgado ou na digestão
• Onde é feita a absorção?
o Para ter síndrome disabsortiva eu tenho que ter lesão no delgado, se o problema é de absorção
o INTESTINO DELGADO  ABSORÇÃO DE NUTRIENTES
o INTESTINO GROSSO  ABSORÇÃO DO “RESTO”DOS LIQUIDOS

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual DII tende a dar sindrome disabsortiva?

A

OBS: CHRON pega normalmente o íleo distal, então tende a dar síndrome disabsortiva. O paciente com retocolite pega mais colon, então não tende a dar síndrome disabsortiva

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual teste padrão ouro para investigar disabsorção? E quais outros podem ser feitos?

A

o Teste QUANTITATIVO de gordura fecal (PADRÃO OURO): > 7g/dia  durante três dias a paciente vai defecar nesse balde e mexer até deixar as fezes homogêneas, tem que fazer isso na vigência de fezes hiperlipidica. No final de três dias você vai pesar, se tiver > 7g/dia é esteatorreia  não é feito na pratica
o Teste QUALITATIVO de gordura fecal: SUDAN III  O mais feito
o Teste SEMIQUANTITATIVO: Esteatócito  segundo melhor depois do quantitativo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Caso se confirme disabsorção qual teste devemos fazer para saber se é problema de absorção ou de digestão?

A

o D-XILOSE URINÁRIA  o paciente digere xilose e começa excretar na urina, essa xilose não precisa ser digerida para ser absorvida, basta uma mucosa intestinal boa para ela ser absorvida sem precisar ser digerida, ou seja, mostra se a mucosa do intestino está normal ou não
 Normal: > 5g  ABSORVEU/MUCOSA NORMAL – PROBLEMA NA DIGESTÃO  significa que a mucosa estar normal, então a disabsorção é problema de digestão

 Anormal: < 5g  NÃO ABSORVEU - ???? – PODE SER LESÃO DE MUCOSA ou AUMENTO DO CRESCIMENTO BACTERIANO - pode ter mucosa normal, mas devido ao supercrescimento bacteriano ela não está sendo absorvida (ex: esclerodermia)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual agente da doença de Whipple e qual quadro clinico?

A

Agente: Thopheryma Whipplei (actino bacteria gram positive)

Quadro clássico
• Infiltrado de macrófagos no delgado do meu paciente que espalha para o corpo inteiro
• Síndrome disabsortiva
• Artralgia/Artrite
• Mioarritmia Oculomastigatória  durante a mastigação o olho fica fazendo nistagmo
Obs: diagnóstico diferencial de chron, mas aqui tem mioarrtimia oculomastigatória (única doença que faz isso)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Como é feito o diagnóstico de doença de Whipple e qual tratamento?

A

Diagnóstico
• Biópsia de delgado: Macrófagos PAS +

Tratamento
• Ceftriaxone IV (2 semana)
• SMZ/TMP- bactrim (1 ano)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual fisiopatologia da doença celíaca?

A

Fisiopatologia:
• Doença imune
• Inflamação IMUNE da mucosa do DELGADO
• Pacientes predispostos: HLA -DQ2/DQ8 (40% da população é) – para desenvolver elas tem que ser expostas precocemente ao gatilho e ter a predisposição
• Ingestão de “gatilho: GLIADINA do gluten (trigo, centeia, cevada)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual quadro clinico classico da doença celiaca e como é o oligoassintomático?

A

Quadro clínico
• DISABSORÇÃO
1) Clássico: ALEITAMENTO MATERNO PROTEGE (já que evita o contato com o gatilho)
o Diarreia alta, esteatorreia

2) Oligoassintomático:
o Osteopenia + emagrecimento
o Anemia ferropriva REFRATÁRIA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais duas causas que temos de anemia ferropriva refratária?

A

CÉLIACA e SÍNDROME NEFRÓTICA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais doença autoimunes associadas?

A

• DOENÇAS IMUNES ASSOCIADAS
o DM tipo 1
o Hashimoto, hepatite auto imune
o Deficiência de IgA  se a pessoa tiver deficiência o antitransglutaminase pode dar negativo, por isso o antitransglutaminase negativo não afasta a doença, por isso em caso de duvida dose IgA sérica (mais elegante) ou dose todos os outros antitransglutaminases (principalmente o IgG)
o DERMATITE HEPERTIFORME – vesículas iguais de herpes (tratamento: daxona) – patognomônico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Como é feito o diagnóstico de doença celiaca? Qual seu autoanticorpo positivo?

A

Diagnóstico
• Autoanticorpo positivo – Antitransglutaminase IgA
• Biopsia duodenal positiva – “Atrofia de vilosidades e hiperplasia de criptas” (não é patognomônico) – diagnóstico provável, mas outras condições pode dar esse resultado, como giardíase
• Iniciar dieta sem glúten
o Após algumas semanas sem glúten: MELHORA CLINICA + ANTICORPO NEGATIVO = DOENÇA CELIACA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual principal complicação da doença celiaca?

A

linfoma intestinal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual tratamento da doença celiaca?

A

Tratamento:
• Dieta sem glúten
• Conscientizar o paciente a não burlar a dieta
• De vez em quando deve dosar o antitransglutaminase IgA para ver se a dieta está sendo feita de forma adequada, se ele estiver burlando um pouquinho a dieta ele vai dar positivo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual impacto do cigarro na DC e na RCU?

A

o E o cigarro?
 FAVORECE DC (doença de crohn – doença do cigarro)
 PROTEGE CONTRA A RCU

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Quais as 3 características principais da RCU? E qual sua localização?

A

RETOCOLITE ULCERATIVA
• Limitada ao RETOCÓLON (polpa o anus)
• Limitada a MUCOSA
• Progressão ASCENDENTE E CONTÍNUA

  • “Poupa” anus (“0%)
  • Retossigmoidite (50%)
  • Colite esquerda (30%)
  • Pancolite (20%)
  • Ileite de refluxo  lesa a válvula íleo cecal e consegue invadir o íleo, e ai sim pode dar uma síndrome disabsortiva – muito raro de acontecer
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual alterações clinico-patológicas encontradas na RCU?

A
  • Erosões (sangramento)
  • Perda de haustrações (cano de chumbo)
  • Pseudopólipos (pós-inflamatórios)
  • Criptite, microabcessos (biópsia)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quais as 3 características principais da DC? E qual sua localização?

A

DOENÇA DE CROHN
• “Doença de crohn vem com tudo, vai da boca até o anus e adora o anus”
• Acomete TODO TGI (boca ao anus) – poupa o reto
• Padrão TRANSMURAL
• Acometimento SALTEADO/DESCONTÍNUO

Localização
• Ileocolite – dor e/ou massa em QID (>50%)
• “Poupa” o reto (0%)
• Doença anal (33%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Qual alterações clinico-patológicas encontradas na DC?

A

Alterações clinico patológicas
• Ulceras aftoides  + PRECOCE - manifestações inicias
Obs: paciente reclama de ulceras na boca
• Estenoses - complicação cirúrgica mais comum
• Pedras de calçamento
• Fístulas - o intestino lesado pode grudar em outras vísceras
• Fissuras perianais
• Granuloma não caseoso (30% das biópsias)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Quais manifestações extraintestinais mais comuns das DII?

A

MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS das DII – “RCU e DC”

RESPOSTA IMUNE (FEBRE, LEUCOCITOSE, AUMENTO DE PCR)
COLANGITE ESCLEROSANTE (MAIS COMUM EM RCU)
UVEÍTE
ERITEMA NODOSO (DC) e PIODERMA GANGRENOSO (RCU)
DOR ARTICULAR/ESPONDILITE ANQUILOSANTE (DC)
CÁLCULO RENAL E BILIAR (DC)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Quais manifestações extra não se relacionam com a atividade da doença?

A

UVEÍTE
PIODERMA GANGRENOSO
ESPONDILITE ANQUILOSANTE

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Como é feito o diagnóstico das DII?

A
DIAGNÓSTICO DAS DII
•	Exame endoscópico + biopsia 
1)	RCU: retossigmoidoscopia 
2)	DC: ileocolonoscopia ou capsula endoscópica 
•	Autoanticorpos: 
o	ASCA – Chron (60%) “é o Anticorpo que Sugere Chron”
o	P-anca – RCU (70%) 
•	Calprotectina fecal: 
o	Marcador da inflamação intestinal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Quais as complicações principais das DII?

A

• Megacólon tóxico
o Mais comum: retocolite, + no transverso
o Diagnóstico: distensão + dor + febre + leucocitose + diminuição da PA + Rx com colon transverso > 6 cm
o Tratamento: ATB + corticoide IV +/- ciclosporina +/- infliximab por 72h  se não melhorar em 72 h vai ter que tirar tudo
 Refratário: colectomia + ileostomia

• Câncer de colorretal
o Mais comum: retocolite
o Fatores de risco: extensão e duração
o Diagnóstico/vigilância: 8-10 anos de doença = colono + biópsia anual
o Tratamento: displasia de alto grau ou câncer = ProctoColectomia (tira todo colo e o reto)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Qual tratamento clinico das DII?

A

1) Aminossalicilatos - Mesalazina, Sulfassalazina (+folato): VO, retal
2) Corticoide: vias retal, oral ou IV  Usar apenas no ataque, não na manutenção
3) Imunossupressores: MTX, Azatioprina, Ciclosporina IV  podem ser droga de manutenção
4) Inibidor TNF-alfa: Infliximab, adalimumab (não é tão usado em RC)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Quais indicações de tratamento cirúrgico para as DII?

A
•	Indicações: 
o	Displasia alto grau/Câncer
o	Sangramento refratário ao tratamento clínico/Megacolon toxico refratário ao tratamento clinico (RCU)
o	Fistulas/Fissuras refratárias (DC)
o	Obstrução intestinal (DC)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Quais cirurgias podem ser feitas na RCU?

A

o Retocolite ulcerativa:
1) Proctocolectomia + Ileostomia DEFINITIVA  idosos, comorbidades, Ca de reto
2) Colectomia ou proctocolectomia  anastomose entre bolsa ileal + reto ou ânus
 Ânus: + usada  cirurgia curativa
 Reto: mulheres férteis  para evitar aderências que poderiam surgir no sistema reprodutivo caso a anastomose fosse no ânus

31
Q

Quais cirurgias podem ser feitas na DC?

A

o Doença de Crohn

1) Ressecção do segmento doente  faz muita recidiva então não adianta fazer isso – síndrome do intestino curto
2) Estricturoplastia (estenoplastia): + USADA  faz incisão, abre e faz anastomose lado a lado

32
Q

Qual a causa mais comum de diarreia aguda?

A

Virus

33
Q

Bacteria envolvida com SHU

A

EHEC O157 H7

34
Q

Agente da colite membranosa

Trata com:

A

C.difficile

Metro ou Vanco

35
Q

Diarreia crônica, flutuante e mais nada

A

Síndrome do intestino irritável

36
Q

Como é o nome do ponto de encontro do apêndice??

A

Ponto de Mcburney

37
Q

Quais são as bactérias mais isolada em apendicite?

A

B.Fragilies e E.coli

38
Q

Qual a complicação mais comum de apendicite?

A

Abcesso

39
Q

Qual clinica de apendicite e quais sinais clássicos?

A

CLÍNICA
• DOR (Mesogastro  FID)
• ANOREXIA – Náuseas – Vômito (em pouca quantidade) – Febre Baixa…

• Quando complica:
o Plastrão/Abcesso
o Peritonite difusa

• Sinais clássicos:
o Sinal de Blumberg – Descompressão dolorosa no ponto de McBurney (afunda a mão nesse ponto, e tira a mão subitamente, a ideia é a movimentação súbita de um peritônio inflamado)
o Sinal de Rovsing (“sinal do ro vizinho, porque aperta a fossa vizinha) – Dor na FID após compressão da FIE
o Sinal de Dunphy – Dor em FID que piora com a tosse
o Sinal do Obturador – Dor hipogástrica com a rotação interna da coxa direita flexionada
o Sinal do Psoas – Dor à extensão da coxa direita com paciente em decúbito esquerdo (joga a coxa para trás)
o Sinal de Lenander – Tretal > Taxilar em pelo menos 1ºC

40
Q

Como é feito o diagnóstico de apendicite e qual padrão ouro?

A

DIAGNÓSTICO
• CLÍNICO (História clássica, Homem)
• Na dúvida …  IMAGEM
(Idosos; Crianças; Mulheres; Obesos; Gestantes)
o TC (padrão ouro) ou USG/RM (para crianças e gestantes)

41
Q

Qual tratamento de apendicite? Simples e com complicação

A

TRATAMENTO
• Simples: < 48 horas e sem complicações
o ATB profilático + Apendicectomia (aberta ou vídeo)

• Suspeita de complicação: > 48 horas ou massa - TC
o SEM MASSA (não perfurou) = Apendicite simples
o FLEIMÃO (< 4 cm): ATB (cerca de 10 dias) + Colono (4-6 sem) + Cirurgia 6 a 8 sem (pode ser aberta ou vídeo)
o ABCESSO (> 4 cm): ATB + Drenagem percutânea + Colono (4-6 sem) + Cirurgia 6 a 8 sem (pode ser aberta ou vídeo)

42
Q

Qual local mais comum de doença diverticular do cólon?

A

• Mais comum no sigmoide

43
Q

Como é feito o diagnóstico doença diverticular do cólon?

A

DIAGNÓSTICO
• Colono
• Clister opaco

44
Q

Qual complicação da doença diverticular do cólon?

A

COMPLICAÇÕES
• Inflamação - MAIS COMUM
o Cólon esquerdo (sigmoide)
o Causa: obstrução (fecalito)

• Sangramento
o Colón direito
o Causa: trauma de arteríola tracionada

Obs: ou ele sangra ou inflama, não faz os dois

45
Q

Qual clinica diverticulite aguda?

A
•	Clinica: 
o	DOR – localizada na FIE (insidiosa), piora com a defecação 
o	Diarreia/ Constipação 
o	Febre 
o	“Apendicite à esquerda no idoso”
46
Q

Como é o diagnóstico diverticulite aguda?

A

• Diagnóstico
o CLÍNICO
o Na dúvida –> TC
o EVITAR COLONOSCOPIA E CLISTER
o Colonoscopia após 4-6 semanas (Excluir neoplasia) - quando o processo esfriar
o É importante fazer a TC para ver se tem complicação

47
Q

Quais complicações de diverticulite aguda?

A

• Complicações
o Abcesso
 Mais comum

o Peritonite
 Mais grave

o Fístula
 Mais comum é a colovesical
 Começa urinar ar, fezes
 Principal causa de fistula em idoso é diverticulite

48
Q

Como é a classificação de Hinchey na diverticulite aguda?

A
•	Classificação (Hinchey) - o que mais cai 
o	ESTÁGIO I: abcesso pericólico 
o	ESTÁGIO II: abcesso pélvico 
o	ESTÁGIO III: peritonite purulenta 
o	ESTÁGIO IV: peritonite fecal
49
Q

Qual tratamento de diverticulite aguda?

A

• Tratamento
o Complicação (abcesso > 4 cm ou peritonite)?

Não
	Suporte + ATB 
	Lembra de fazer colono depois para confirmar
	Orientar dieta rica em fibra 
	Cirurgia eletiva se: grande chance de recidivar
 Imunodeprimido 
 Fístula 
 Abcesso pequeno 

Sim
 Abcesso > 4 cm
 Drenagem + ATB + Cirurgia eletiva (fazer colono antes para confirmar)
 Estágio I ou II

 Peritonite
 Cirurgia de Urgência (Colectomia a Hartman)
 Opção para estágio III: lavagem laparoscópica (depois transforma em uma cirurgia eletiva)
 Estágio III ou IV

o Cirurgia eletiva  Sigmoidectomia com anatomose primária terminoterminal
o Cirurgia de urgência  Sigmoidectomia com colostomia terminal e fechamento do coto retal (Cirurgia à Hartman) – depois programo a reconstrução do trânsito

50
Q

Qual conduta com HDA e HDB?

A

o 1¬º estabilização hemodinâmica
o 2º EDA (Terapia endoscópica)
o Afastar: HD alta (SNG, EDA)/Hemorroida  Colonoscopia (Terapia endoscópica)

51
Q

Qual o pólipo que tem mais chance de virar adenocarcinoma?

A

Adenoma (viloso - > 2 cm: displasia grave)

52
Q

Todo pólipo deve ser removido?

A

SIM - polimectomia

53
Q

O que é a polipose adenomatosa familiar?

A

• Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)
o Presença do gene APC mutante
o Pólipos adenomatosos em todo TGI (>100)
o Tende a ter câncer colorretal precoce
o Tratamento: Protocolectomia profilática
o Variantes
 Gardner: dentes extras-numerários, osteoma, lipoma
 Turcot: tumores do SNC (meduloblastoma)
o Existiria uma tendência natural para formação de pólipos intestinais devido a multiplicação celular, contudo as pessoas normais tem um gene que impede essa formação de pólipo. A PAF acontece com as pessoas que não tem esse gene, produzindo diversos pólipos em todo TGI

54
Q

O que é a Peutz-Jeghers ?

A

o Pólipos hamartomatosos (o de defeito da arquitetura)
o Manchas melanóticas em pele e mucosa
o Mais delgado (intussuscepção/melena/anemia)
o Risco baixo de Ca de cólon

55
Q

Quais os tipos de câncer colorretal?

A

• Esporádico (mais comum)
o Não é hereditário
o Fator de risco: tumor de idoso
 IDADE/História Familiar/DII (lesa e regenera)/Dieta (comer muita gordura, defumado, fumar…)/Hábitos de vida…
Obs: O perfil epidemiológico é muito semelhante ao de quem infarta

• Hereditário associado a pólipos
o Polipose adenomatosa familiar (PAF) e suas variantes

• Hereditário não-polipose
o Síndrome de Lynch: Historia genética de câncer precoce, mas não tem múltiplos pólipos, tem poucos

56
Q

Qual clinica do câncer colorretal?

A
  • Cólon direito : Anemia ferropriva, Massa palpável (causa sangramento crônico – idoso com anemia ferropiva sempre suspeito de colorretal)
  • Cólon Esquerdo: Alteração do habito intestinal
  • Reto : Hematoquezia (mais comum), Tenesmo (o colon já recebe fezes com consistência, quando passa por ali machuca o tumor. Além disso o reto machucado não consegue segurar as fezes ai tem tenesmo)
57
Q

Como é feito o diagnóstico de câncer colorretal?

A

DIAGNÓSTICO
• Colonoscopia (tumor sincrônico) + biopsia (padrão ouro)
• CEA = Acompanhamento  não é especifico do colón, mas é um marcado de acompanhamento
• Rastreamento
o Segundo o MS é o único câncer que deveria ser rastreado para o homem (para mulher além do colorretal tem o de mama e o de útero)

58
Q

Como é feito o rastreamento de câncer colorretal?

A
Colonoscopia (padrão ouro)
•	Esporádico  >= 50 anos 
•	Historia familiar  >= 40 anos 
•	Lynch  >= 20 anos 
•	PAF  >= 10 anos
59
Q

Como é feito o tratamento?

A

TRATAMENTO
• CÓLON
o Colectomia + Linfadenectomia (se alguma apresentar célula neoplásica vai ser N+ então precisa completar tratamento com quimioterapia)
o QT adjuvante (se N positivo)

• RETO
o Até T1 (submucosa) e N0  Excisão local
o Padrão:
 QT + RT neoadjuvante +
 Cirurgia +  Retossigmoidostomia
 > 5 cm da margem anal (FORA DO ESFINCTER – pode manter o esfíncter) – ANASTOMOSE COLORRETAL
 RAB – Ressecção Abdominal Baixa + excisão total do mesorreto (mesentério do reto)

 <= 5 cm da margem anal (NÃO TEM MAIS COMO PRESERVAR O RETO) – COLOSTOMIA DEFINITIVA
 Miles – Ressecção abdomino perineal + excisão total do mesorreto

 QT adjuvante

60
Q

Qual clinica da obstrução intestinal?

A

• Parada de eliminação de GASES e FEZES – o paciente que informa isso (não tem como ver isso no exame físico)
o Peristalse aumentada (de luta – timbre metálico)
• Dor em cólica
• Distensão
o ESTRANGULAMENTO (isquemia)

61
Q

Qual classificação da obstrução intestinal?

A
  • Funcional: comprometimento da função motora do intestino  perde capacidade de fazer a peristalse, não eliminando o conteúdo
  • Mecânica : barreia física (mais comum)
62
Q

Qual a principal causa de obstrução funcional?

A

ÍLEO PARALÍTICO
Local: Todo intestino
Causas: Pós-op (fisiológico), drogas, DHE, processos inflamatórios
Clinica: Distensão, dor, vômitos
Tratamento: Excluir causa mecânica
Dieta zero, SNG, HV,DHE, suspender drogas (opioide) – suporte

SD.OGILVIE / Pseudoobstrução colônica aguda
Local: Somente o cólon
Causas:Pacientes graves, trauma, sepse, processos inflamatórios, grande queimado
Clinica: Distensão, peristalse +
Tratamento: Suporte + NEOSTIGMINA (2,5 mg IV)
Colonoscopia (> 11-13 cm)

63
Q

Quais causas de obstrução mecânica e qual sitio mais comum?

A

O sitio mais comum é o delgado
CAUSAS
Delgado Aderência/Hérnia/Câncer/Íleo Biliar
Cólon Câncer/volvo
Infância Intussuscepção/Ascaris/Bezoar/Hérnia

64
Q

O que é ileo biliar e qual a triade de Rigler?

A

 ÍLEO BILIAR: íleo distal - Tem que ter colelitíase e tem que evoluir com colecistite aguda – gera um fistula entre a vesícula e o duodeno, levando o calculo sair da vesícula e ir pro duodeno. Contudo a peristalse do próprio duodeno empurra ele para região mais estreita do intestino que é o íleo terminal, ficando impactato nesse região e podendo levar a obstrução
 TRÍADE DE RIGLER: Cálculo ectópico + pneumobilia (gas na via biliar) + distensão do delgado

65
Q

O que é a sindrome de bouveret?

A

 SÍNDROME DE BOUVERET: duodeno/piloro – o calculo fica impactado mais em cima, a fisiopatologia é igual do íleo biliar só muda que ocorre mais em cima

66
Q

O que é o volvo? Qual mais comum?

A

]VOLVO DE SIGMOIDE
 Pode ser gástrico e ceco, mas via de regra é de sigmoide
 Ocorre uma torção sobre o próprio eixo (“nó nas tripas”)
 Obstrução em alça fechada: oclusão em 2 pontos simultaneamente

67
Q

Como fazer investigação de obstrução intestinal?

A

• Investigação
o Toque retal: fezes, massa e FECALOMA (extração manual com o próprio toque retal)
o Rx: rotina de abdômen agudo – não tem intuito de saber qual a causa e sim de saber a localização
 Tórax + abdômen (ortostase e decúbito)
 Delgado: distensão central + pregas coniventes (empilhamento de moedas)
 Cólon: Haustrações + distensão periférica
 Sinal do grão de café ou U invertido  Volvo de sigmoide

68
Q

Qual tratamento da obstrução intestinal? E o de volvo do sigmoide?

A
•	Tratamento 
o	Todos: suporte clinico 
	SNG, Dist. eletrolítico... 
o	Suboclusão/ Brida/ Simples
	Observação 24-48 horas 
o	Estrangulamento/Obstrução total (é aquela que você sabe que não vai melhorar – ex: tumor) 
	Cirurgia de urgência 

o Caso especial: VOLVO DE SIGMOIDE
 Não complicado:
 Descompressão endoscópica  para evitar que o paciente evolua com estrangulamento para marcar a cirurgia de forma eletiva
 Evitar recidiva: sigmoidectomia eletiva
 Complicado – estrangulamento…
 Cirurgia imediata

69
Q

Quais tipos de doença vascular intestinal?

A

Macrovascular:
• Isquemia mesentérica crônica
• Isquemia mesentérica aguda

Microvascular:
• Isquemia colônica (Colite isquêmica)

70
Q

Qual a causa, clinica, diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica crônica?

A

• Isquemia mesentérica crônica
o Causa: aterosclerose

o Clínica: angina mesentérica aos esforços (quando você usa o seu intestino, quando você se alimenta)  comeu e doeu
 Dor com alimentação
 Emagrecimento
 Sinais sistêmicos de aterosclerose associados

o Diagnóstico: angiografia mesentérica

o Tratamento: revascularização (Cirurgia/STENT)

71
Q

Qual a causa, clinica, diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica aguda?

A

• Isquemia mesentérica aguda
o É como se fosse um IAM no intestino
o Causas
Embolia (50%) FA, IAM recente
Vasoconstricção (20%) Isquemia não oclusiva (paciente grave ou usuário de cocaína)
Trombose arterial (15%) Aterosclerose
Trombose venosa (5%) Hipercoagulabilidade
o Clínica:
 Dor abdominal intensa, desproporcional ao exame físico
 T retal < T axilar  Sinal de Lenander reverso
 Metabolismo anaeróbico  Acidose metabólica (lactato elevado)
 Irritação peritoneal = achado tardio

o Diagnóstico:
 TC/Angio TC: mais utilizado
 Angiografia mesentérica: padrão ouro, confirma o diagnóstico

o Tratamento

Embolia / Trombose A.Mesentérica
 Embolectomia / Trombectomia + avaliar alça + REMOÇÃO DO SEGMENTO INFARTADO (SN) + papaverina

Isquemia não oclusiva
 Papaverina intra-arterial

Trombose de veia mesentérica
 Heparinização
 Se sinais de complicação = cirurgia

72
Q

Qual a causa, clinica, diagnóstico e tratamento da isquemia Isquemia colônica (Colite isquêmica) ?

A

o Não é doença de grande vaso; quem sofre é a mucosa
o Isquemia intestinal mais comum
o Geralmente é um paciente mais idoso
o Idoso + Hipoperfusão + Colite
o Dor em cólica, diarreia mucossanguinolenta, febre
o Diagnóstico
 Clister opaco: IMPRESSÕES DIGITAIS (“trumbprinting”) - não é feito de rotina
 Retossigmoidoscopia ou colono: edema, ulceras
o Tratamento
 Clínico (suporte)

73
Q

Qual a causa mais comum de apendicite?

A

Obstrução com fecalito