Doenças das vias biliares Flashcards
Qual é a composição dos cálculos biliares?
- Cálculo de colesterol: amarelado, claro, esbranquiçado
- Cálculos pigmentares: pretos, de bilirrubina, se relaciona com hemólise
- Cálculos marrons: tem mais a ver com quadros de infecção biliar. São os mais raros.
Como se formam os cálculos da vesícula?
Alterações na solubilidade da bile: sais biliares, bilirrubina, colesterol, fosfolipídeos.
Aumento de pigmentos
Doença motora da vesícula
Quais os fatores de risco para cálculos biliares?
4 F: Feminino Fat Fertility --> multípara Forty --> acima de 40 anos
Hepatopatas
Anemias hemolíticas
Quais são as afecções de cálculos da litíase?
Colelitíase –> presença de cálculo, inflamatório ou não
Colecistopatia calculosa –> tem cólicas biliar, principalmente após as refeições. Sem febre, intermitente.
Colecistite aguda ou crônica –> inflamação da vesícula
Coledocolitíase –> vai ter síndrome colestática, com icterícia
Colangite –> tríade de charcot
Como é o diagnóstico de cálculos biliares?
O US é o melhor exame –> imagem hiperecogênica com sombra acústica inferior
Quais os sintomas da colelitíase? Qual o tratamento?
Cólicas após alimentação gordurosa.
Tratamento: Se sintomáticos --> cirurgia Assintomáticos, operar se cálculo grande > 1,5 cm Microcálculos Imunosuprimidos Renais crônicos Diabéticos Jovens Presença de pólipos
Internação, antibióticos, analgésicos
Laparoscopia (maioria das vezes) x cirurgia aberta (incisão de Koscher)
A cirurgia aberta é recomendada principalmente nos casos em que há também suspeita de câncer na vesícula
Como é a cirurgia?
Localizar o triângulo de Calot: ducto cístico, ducto hepático comum e borda do fígado
Geralmente com 4 portais
Quando converter laparoscopia para cirurgia aberta?
Hemorragia Anatomia confusa Falha ao progredir pela técnica laparoscópica Perfuração intestinal Lesão de via biliar maior Possível câncer
Quando realizar colangiografia intraoperatória?
Dúvida anatômica Passado de icterícia Elevação de FA e GGT Dilatação de vias biliares Microcálculos
Quem vai ter colescite aguda?
- -> 95% –> litíase –> sexo feminino
- -> somente 5% dos pacientes com litíase vão ter colecistite
Quais os sintomas de colecistite aguda?
Dor no quadrante superior direito prolongada, mais intensa e aguda
Febre, náuseas, vômitos, hiporexia
Massa palpável –> devido à inflamação
SINAL DE MURPHY –> compressão do hipocôndrio direito no ponto cístico, você pede para o paciente inspirar profundamente e o paciente interrompe a respiração por casa da dor
Leucocitose
Pode haver aumento de FA, GGT, transminases e amilase (mas aumento bem discreto).
Não há icterícia
Como fazer o diagnóstico de colecistite aguda?
Clínica
US
TC para casos duvidosos e complicações, diagnóstico diferencial, como perfuração para o fígado
Quais os critérios diagnósticos de colecistite aguda na US?
Espessamento da parede (> 4mm) Delaminação da parede vesicular Líquido perivesicular Litíase biliar Cálculo impactado no infundíbulo Murphy no exame
Qual a classificação patológica da colecistite aguda?
Edematosa: primeira fase (2-4 dias), apenas edema na histologia
Necrótica: segunda fase (3-5 dias). Trombos e oclusão na histologia
Supurativa: terceira fase (7-10 dias). Abscesso parietal e perivesicular
Colecistite crônica: surtos repetidos, atrofia e fibrose
Qual a classificação clínica da colecistite aguda?
Leve:
Não preenche critérios de II e III
PAciente hígido sem falência orgânica
CCT segura e de baixo risco
Moderada - Grau II Leucócitos > 18000 Plastrão QSD Queixas > 72h Inflamação local intensa (peritonite biliar, abscesso pericolecístico ou hepático, colecistite gangrenosa ou enfisematosa)
Grave - Grau III
Disfução cardiovascular: hipotensão com droga vasoativa
Neurológica –> queda do estado de consciência
Respiratória –> PaO2/FiO2 < 300
Renal –> oligúria, creatinina > 2mg
Hepática –> RNI > 1,5
Hematológica –> plaquetas < 100000
Não precisa resolver o processo inflamatório para operar.
Nos casos mais graves, a cirurgia é urgente, mas não precisa ser imediata. Pode compensar o paciente com antibióticos, com correção dos distúrbios eletrolíticos e drenagem