Doenças da coluna Flashcards
Curvaturas fisiológicas da coluna vertebral
Macete: LCLC
1- Lordose cervical
2- Cifose torácica
3- Lordose lombar
4- Cifose sacral
Quantidade de vértebra por região da coluna
Cervical - 7
Torácica - 12
Lombar - 5
Sacral - 5
Cóccix - 1
Medula termina em qual vértebra?
T12 - L1
Dermátomos de cada região: cotovelo, mamilos, umbigo, joelho, maléolo
Cotovelo (flexor) - C4 - reflexo bicipital
Mamilo - T4
Umbigo - T10
Joelho - L4 - reflexo patelar
Maléolo - S1 - reflexo de aquileu
Testes para compressão radicular (3)
Laségue: decúbito dorsal, elevação do MI estendido; positivo se dor em inervação de ciático entre 30 e 60º (35-70º) (< 30 e > 60 não é nervo ciático)
Fajzertajn: mesmo teste do Lasegue, mas com perna contralateral da queixa; positivo (dor a perna da queixa) indica compressão radicular muito importante.
Nachlas: paciente em decúbito ventral, faz flexão do joelho e extensão do quadril (descola coxa da maca); positivo se dor em região anterior da coxa, indicando compressão de raizes anteriores (n. femoral)
Teste semiológico para espondilite anquilosante
Teste de Schober: paciente em pé, demarcamos linha medial de 15 cm na coluna em região de L4-L5. Pedimos para o paciente se inclinar para frente. Idealmente, ganha-se + 6 cm nessa linha. Se isso não ocorrer, signifca rigidez de coluna, indicando espondilite.
Testes para avaliar quadril
Teste de Patrick: paciente em decúbito dorsal, fazemos posição de 4, ou FABRE (Flexão, ABdução, Rotação Externa)
Quando força-se o joelho em abdução e paciente refere dor em virilha (lado flexionado), pensamos em acometimento do quadril (coxoartrose). Se for em região posterior contralateral à flexão, pensamos em acometimento sacral (sacroileíte)
Teste de Yeoman: Nachlas: paciente em decúbito ventral, perna estendida, fazemos elevação (extensão) do quadril; positivo se dor em região sacral, indicando sacroileíte
Lombalgia aguda e crônica
Aguda: < 6 semanas
crônica: > 12 semanas
Subaguda: 6-12 semanas
Principal etiologia da lombalgia
Idiopática (90%), que inclui causa mecânica, a principal: fraqueza de musculatura abdominal que “segura” o quadril, desestabilizando e causando dor. Outra causa mecânica: artrose.
Apresentação clínica da lombalgia mecânica
Dor lombar relacionada a movimentos, pode irradiar até o joelho, sem alterações neurológicas (parestesia, paresia, choque, etc)
Diagnóstico diferencial para as lombalgias
Lombalgia + Lasegue positivo → etiologia: compressão radicular. Se jovem → hérnia discal // Se idoso → pensar em metástase
Lombalgia + Lasegue negativo + piora a noite e melhora ao caminhar → etiologia: inflamatória
Lombalgia + Lasegue negativo + idoso + claudicação, piora ao andar, parestesia → etiologia: estenose
Lombalgia + Lasegue negativo + idoso + perda de peso, dor refratária → etiologia: metástase
Lombalgia + Lasegue negativo + idoso, sem fatores de piora ou melhora, nem parestesia → artrose
Lombalgia + Lasegue negativo + jovem → etiologia: mecânica
Sinais de alarme na lombagia
se tem PITTI, DOC, não é piti!
P: persistência (mais de 1 atendimento em 30 dias) ou > 6 semanas
I: idade < 20 e > 50
T: trauma
T: tumor (prévio ou suspeito)
I: infecção (prévia ou suspeita)
D: déficit neurológico
O: osteoporose
C: cauda equina
Nesses casos, investigar causa secundária com imagem
Tratamento da lombalgia (4)
Analgesia/AINE/Relaxante muscular
Fortalecimento isométrico da musculatura abdominal
Atividade física e perda de peso
Repouso de 2 dias (não recomendar repouso absoluto)
Quais indicações de cirurgia da lombalgia (4)
Déficit neurológico progressivo
Déficit neurológico persistente por mais de 3 meses
Refratariedade ao tratamento conservador
Sd da cauda equina
Processo de formação de hérnia discal
1- Abaulamento discal e 2- Protusão discal: acontecem entre 15-45 anos de idade, é a fase da disfunção.
3- Formação de hérnia de disco: 35-70 anos; fase da instabilidade, é a mais sintomática
4- Disco sequestrado ou fragmentado; fase da estabilização, ocorre em > 60 anos. Ocorre osteoartose para tentar estabilizar a hérnia, e a dor torna-se axial e não radicular. Pode ocorrer estenose.
Principais locais de herniação discal
L4-L5, L5-S1
Hérnia de disco é geralmente autolimitado. V ou F?
Verdadeiro. A evolução natural da hérnia é o sequestro/dissolvição pelo sistema imune do núcleo pulposo que extrvasou. Isso resolve a hérnia em até 18 meses. Com 2-4 semanas a dor já é resolvida.
Qual a raiz mais acometida na hérnia? A raiz emergente ou a transeunte?
A transeunte é a mais acometida, portanto se a hérnia é em L4, a raiz acometida provavelmente será a L5
Testes semiológicos para compressão radicular
Lasegue
Fajzertajn
Nachlas
Spurling: avalia herniação cervical; paciente sentando, examinador atrás. Fazemos uma compressão cranio-caudal, avalia se tem dor. Depois, flexiona pro lado afetado e comprime, avalia se irradia pelo ombro afetado. Depois, flexiona pro outro lado e comprime e avalia. O lado que desencadeou sintoma é o onde há herniação. Por fim, puxamos a cabeça do paciente (caudal-cranial) e obeserva-se alívio da dor pela descompressão.
Hoover: avaliar se o paciente realmente não consegue erguer membro. Paciente em decúbito dorsal, apoiamos os calcanhares nas nossas mãos. Pede pro paciente tentar elevar a perna que tem queixa. Se ele realmente tiver um déficit neurológico, ele força a perna contralateral para baixo na tentativa de erguer a perna. Se o pcte estiver simulando, ele não faz essa força pois ele não está tentando erguer.
Exames de imagem para diagnóstico da hérnia discal
O diagnóstico é clínico; imagem para definir cirurgia ou dxd
Rx: não visualiza hérnia; no máximo, diminuição do espaço discal e artrose; serve para excluir outras doenças.
TC: avaliação óssea, também com poucas informações sobre hérnia.
RNM: exame de escolha; consegue visualizar o abaluamento, protusão, herniação
Síndrome da cauda equina (4) e cd
Por ordem do mais comum:
Lombalgia
Dor nas pernas
Retenção urinária
Parestesia perianal (parestesia em sela)
Outros
Cirurgia de urgência!
Causas de estenose lombar
Acontece mais em idosos homens
Causas:
espondilolistese
osteófitos facetários
doença degenerativa discal
hipertrofia do ligamento amarelo
Clínica da estenose lombar
Dor lombar insidiosa, irradiada para MMII, sem respeitar dermátomos. Dor melhora ao fletir o tronco.
Sinal do carrinho de supermercado: dor melhora quando ele se apoia (como em um carrinho)
Tratamento da estenose lombar
Fortalecimento da musculatura abdominal
Exercícios aeróbicos
Analgesia
Perda de peso
Laminectomia(cirúrgico)