DM Flashcards

1
Q

Diabetes tipo 1 - caraterísticas

A
  • Mais comum na infância e adolescência
  • Destruição das células β dos ilhéus de Langerhans, na maioria dos casos, por mecanismo autoimune
  • Insulinopenia absoluta
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2
Q

Diabetes tipo 2 - caraterísticas

A
  • Forma mais frequente
  • Associada a obesidade, principalmente abdominal, a hipertensão arterial e dislipidemia
  • Insulinopenia relativa, com maior ou menor grau de resistência
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3
Q

Diabetes gestacional - definição

A

Diabetes documentada pela primeira vez durante a gravidez

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4
Q

2 outros tipos de diabetes

A
  • Síndrome diabetes monogénica (MODY)
  • Diabetes autoimune latente do adulto (LADA)
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5
Q

Critérios de diagnóstico de diabetes

A
  • Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dl *
    ou
  • Glicemia ≥ 200 mg/dl às 2 horas, na prova de tolerância à glicose oral (PTGO) com 75gr de glicose *
    ou
  • Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) ≥ 6,5% *
    ou
  • Sintomas clássicos + glicemia ocasional ≥ 200 mg/dl (não necessita de confirmação com outra prova ou repetição)

*Na ausência de hiperglicemia inequívoca: diagnóstico requer 2 resultados de teste anormais

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6
Q

Diagnóstico de diabetes em assintomáticos

A
  • diagnóstico não deve ser baseado num único valor anormal de glicemia de jejum ou de HbA1c → deve ser confirmado numa segunda análise, após uma a duas semanas;
  • é aconselhável usar um só parâmetro para o diagnóstico de diabetes;
  • na avaliação simultânea de glicemia de jejum e de HbA1c:
    o se ambos forem concordantes no sentido do diagnóstico: diagnóstico confirmado
    o se os valores forem discordantes: o parâmetro anormal deve ser repetido numa segunda análise
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7
Q

Hiperglicemia intermédia (pré-diabetes) - diagnóstico (3 parâmetros)

A
  • Anomalia da Glicose em Jejum (AGJ): glicemia em jejum ≥ 110 (≥ 100, segundo ADA) e < 126 mg/dl
  • Tolerância Diminuída à Glicose (TDJ): glicemia às 2 horas na PTGO ≥ 140 e < 200 mg/dl
  • HbA1c 5.7–6.4% (segundo ADA, não consensual)
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8
Q

Hiperglicemia intermédia (pré-diabetes) - risco

A

Risco aumentado de desenvolver diabetes e doença cardiovascular

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9
Q

Hemoglobina glicada - objetivo

A

Avaliar grau de controlo glicémico
o Pelo menos 6 em 6 meses
o Intervalo mínimo de 3 meses

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10
Q

Testes rápidos de HbA1c

A

Apenas para seguimento de DM
- NÃO ADEQUADOS PARA DIAGNÓSTICO

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11
Q

Valor da hemoglobina glicada pode ser alterado por outros fatores além da glicose - HbA1c aumentada por…

A

Deficiência de Fe ou de Vit. B12, alcoolismo, IRC, esplenectomia

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12
Q

Valor da hemoglobina glicada pode ser alterado por outros fatores além da glicose - HbA1c diminuída por…

A

Administração de Fe ou Vit. B12, doença hepática crónica, aspirina, vitamina C, hemoglobinopatias, artrite reumatoide, hipertrigliceridemia [com os métodos laboratoriais mais recentes de determinação da HbA1c a hipertrigliceridémia não afeta a sua determinação]

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13
Q

Rastreio de diabetes tipo 2 em adultos assintomáticos (5)

A
  1. Adultos com excesso de peso ou obesidade com um ou mais dos seguintes fatores de risco:
    * Familiar de primeiro grau com diabetes
    * Raça/etnia de alto risco (afro-americano, latino, nativo americano, asiático-americano, ilhas do Pacífico)
    * História de DCV
    * Hipertensão arterial
    * Nível de colesterol HDL <35 mg/dL e/ou nível de triglicerideos >250 mg/dL
    * Mulheres com síndrome do ovário poliquístico
    * Inatividade física
    * Outras condições clínicas associadas a resistência à insulina (por exemplo, acantose nigricans)
  2. Hiperglicemia intermédia (AGJ e/ou TDG; HbA1c 5.7-6.4%)
  3. Pessoas com HIV
  4. Mulheres com antecedentes de diabetes gestacional (pelo menos cada 3 anos, ao longo de toda a vida)
  5. Todo o adulto com >35 anos (idade do início do rastreio, segundo ADA)
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14
Q

Rastreio de diabetes tipo 2 em adultos assintomáticos - periodicidade

A

Rastreio normal - repetir, pelo menos, a cada 3 anos

Hiperglicemia intermédia - repetir anualmente

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15
Q

Terapêutica com metformina para prevenção da DM tipo 2 deve ser considerada em…

A

Em pessoas com pré-diabetes, adultos com idade 25-59 anos com IMC ≥35 kg/m2 e em mulheres com antecedentes de diabetes gestacional

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16
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 (8 parâmetros)

A
  1. Idade
  2. Índice de massa corporal
  3. Perímetro abdominal
  4. Prática diária de atividade física, pelo menos 30 minutos, no trabalho ou durante o tempo livre (incluindo atividades de vida diária)
  5. Regularidade com que come vegetais e/ou fruta
  6. Toma regular de medicamentos, no presente ou no passado, para a hipertensão arterial
  7. Antecedentes de açúcar elevado no sangue
  8. História familiar de diabetes mellitus
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17
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 - score total <7 (baixo)

A

Calcula-se que 1 em 100 desenvolverá a doença

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18
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 - score total 7-11 (sensivelmente elevado)

A

Calcula-se que 1 em 25 desenvolverá a doença

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19
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 - score total 12-14 (moderado)

A

Calcula-se que 1 em 6 desenvolverá a doença

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20
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 - score total 15-20 (alto)

A

Calcula-se que 1 em 3 desenvolverá a doença

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21
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 - score total > 20 (muito alto)

A

Calcula-se que 1 em 2 desenvolverá a doença

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22
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 - abordagem: se score < 11

A

Reavaliação a 3 anos

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23
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 - abordagem: se score 12 a 14

A
  • Educação para a saúde
  • Avaliação e correção de fatores de risco
  • Reavaliação anual
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24
Q

Ficha de avaliação de risco de diabetes tipo 2 - abordagem: se score ≥15

A

Nos 60 dias imediatos: Consulta de enfermagem (educação para a saúde e fatores de risco) e consulta médica

R/ glicemia em jejum

Correção de fatores de risco

Alimentação (inclui redução de sal) + exercício físico + cessação tabágica obrigatória

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25
Q

Rastreio da retinopatia diabética - periodicidade

A
  • Anual na diabetes tipo 2: primeiro rastreio é feito “de imediato”
  • Pessoas com diabetes tipo 1: primeiro rastreio é feito 5 anos após o diagnóstico de DM, depois
    anualmente
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26
Q

Rastreio da retinopatia diabética - as mulheres com diabetes que estejam grávidas ou que desejem engravidar

A

Devem ser orientadas para consulta de Oftalmologia
✓ A primeira observação deve ser realizada antes de engravidar ou, no máximo, no 1ºT de gravidez; a
periodicidade das reavaliações deve ser decidida pelo oftalmologista, em função do quadro clínico

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27
Q

Retinopatia diabética - leitura das retinografias

A

Centros de Leitura Automática (CLA) permitem uma primeira seriação através da leitura automática das
retinografias, classificando-as como normais ou anormais
✓ Os doentes com retinografia normal, ou seja, sem lesões de RD, são convocados para novo rastreio
um ano depois
✓ Os doentes com retinografia anormal são referenciados na plataforma eletrónica para os Centros de Leitura Humana e Referenciação de Retinopatia Diabética (CLHR-RD): constituídos por
oftalmologistas, que realizam a leitura e fazem o diagnóstico com estadiamento da RD

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28
Q

Retinopatia diabética - estadimento pelo CLHR-RD: R0

A

Sem RD aparente - repete rastreio ao fim de um ano

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29
Q

Retinopatia diabética - estadimento pelo CLHR-RD: R1

A

RD não proliferativa mínima - repete rastreio ao fim de um ano

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30
Q

Retinopatia diabética - estadimento pelo CLHR-RD: R2

A

RD não proliferativa moderada - consulta de RD num período < 2 meses

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31
Q

Retinopatia diabética - estadimento pelo CLHR-RD: R3

A

RD não proliferativa grave
ou
RD proliferativa
- consulta de RD num período < 1 mês

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32
Q

Retinopatia diabética - estadimento pelo CLHR-RD: M1

A

Maculopatia - consulta de RD num período < 1 mês

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33
Q

Retinopatia diabética - estadimento pelo CLHR-RD: V1

A

RD proliferativa de alto risco, hemovítreo ou descolamento retina tracional - consulta de RD num período < 15 dias

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34
Q

Retinopatia diabética - estadimento pelo CLHR-RD: ICN

A

Inconclusivo ou comorbilidades - consulta de Oftalmologia geral

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35
Q

Rastreio de nefropatia diabética

A

Através da Taxa de Filtração Glomerular (TFG)
- avaliada anualmente

36
Q

Rastreio de nefropatia diabética - Taxa de Filtração Glomerular (TFG)

A
  • Estadio inicial → hiperfunção renal patológica → TFG elevada
  • Nefropatia estabelecida → macroalbuminúria → TFG diminui progressivamente para < 60ml/min/1,73m2
  • Aumenta significativamente o risco cardiovascular e probabilidade de evolução para a insuficiência renal
37
Q

Rastreio de nefropatia diabética - referenciação a nefrologia (4)

A
  • Precocemente, se dúvidas sobre a etiologia da doença renal
  • Valor de TFG < 60ml/min (se idade > 70 anos, deverá ser repetida avaliação da TFG mensalmente
    durante 3 meses → referenciar se se confirmar esse valor); se TFG <30ml/min/1.73 m2 segundo ADA;
  • Redução súbita ou rapidamente progressiva da TFG;
  • Albuminúria ≥ 300 mg/g creatinina (urina ocasional) ou ≥ 200 µg/min (urina minutada) ou ≥ 300mg/ 24 h (urina de 24 horas)
38
Q

Rastreio da nefropatia diabética - algoritmo

A

Avaliação anual: tira-teste de urina
- negativa
- positiva: repete tira teste em 3-4 meses
. negativa
. se mantém positiva: quantificação de albuminúria (urina ocasional em mg/g de creatinina ou urina de 24 horas)

39
Q

Rastreio da nefropatia diabética - falso positivo na tira de reste de urina

A

Exercício moderado ou intenso nas 24 horas prévias, infeção urinária, febre, insuficiência cardíaca, descompensação dos valores de glicemia ou hipertensão arterial não controlada

40
Q

Rastreio do pé diabético - periodicidade

A

Anual

41
Q

Rastreio do pé diabético - consiste em (3)

A

▪ Identificação de fatores de risco condicionantes de lesões nos pés

▪ Identificação de sinais de neuropatia e/ou isquemia

▪ Inspeção de calçado e meias | temperatura | formato dos pés | unhas | existência de calosidades

42
Q

Rastreio do pé diabético - periodicidade consoante o risco de ulceração

A

Baixo risco (ausência de fatores de risco)
✓ Vigilância anual
✓ Equipa nível I

Médio risco (presença de neuropatia)
✓ Vigilância semestral
✓ Equipa nível I ou eventualmente de nível II

Alto risco (existência de isquemia, neuropatia com deformidades do pé, história de úlcera cicatrizada ou amputação prévia)
✓ Vigilância cada 1 a 3 meses
✓ Equipa nível II ou eventualmente nível III

43
Q

Rastreio do pé diabético - periodicidade consoante o risco de ulceração: baixo risco

A

Baixo risco (ausência de fatores de risco)
✓ Vigilância anual
✓ Equipa nível I

44
Q

Rastreio do pé diabético - periodicidade consoante o risco de ulceração: médio risco

A

Médio risco (presença de neuropatia)
✓ Vigilância semestral
✓ Equipa nível I ou eventualmente de nível II

45
Q

Rastreio do pé diabético - periodicidade consoante o risco de ulceração: alto risco

A

Alto risco (existência de isquemia, neuropatia com deformidades do pé, história de úlcera cicatrizada ou amputação prévia)
✓ Vigilância cada 1 a 3 meses
✓ Equipa nível II ou eventualmente nível III

46
Q

Rastreio do pé diabético - educação das pessoas com diabetes e familiares

A

o Observação (espelho)
o Lavagem
o Secagem
o Hidratação
o Corte das unhas
o Tratar as calosidades
o Aquecimento
o Tratamento de feridas
o Meias
o Sapatos

47
Q

Rastreio do pé diabético - 2 componentes de avaliação do pé

A

Avaliação vascular
e
Avaliação neurológica

48
Q

Rastreio do pé diabético - exame do pé: avaliação vascular

A

✓ Pulsos
✓ Perda de pêlos
✓ Claudicação na marcha
✓ Dor noturna e/ou alívio durante o repouso com pendência das pernas
✓ Rubor na posição pendente, palidez à elevação
✓ Temperatura
✓ Atrofia do tecido adiposo subcutâneo
✓ Aparência brilhante da pele
✓ Tempo de preenchimento capilar do leito ungueal

49
Q

Rastreio do pé diabético - exame do pé: avaliação neurológica

A

✓ Sensibilidade à pressão: monofilamento de 10gr
✓ Outra sensibilidade: vibratória (diapasão) ou táctil

50
Q

Caraterísticas do pé neuropático

A
  • Pele quente ou morna;
  • Pele seca ou fissurada;
  • Pulsos amplos e simétricos;
  • Pé edemaciado;
  • Coloração normal;
  • Presença de deformidade;
  • Sensibilidade diminuída;
  • Presença de calosidades;
  • Rosado
51
Q

Caraterísticas do pé isquémico

A
  • Pálido com elevação ou cianótico com declive;
  • Pele fina e brilhante;
  • Pé frio;
  • Pulsos diminuídos ou ausentes;
  • Sem presença de deformidades;
  • Sensação dolorosa, aliviada quando as pernas
    estão pendentes;
  • Sem faneras
52
Q

Pé de Charcot (neuroartropatia de Charcot) - definição

A

Destruição e desarranjo da arquitetura osteoarticular do pé e tornozelo levando
a luxações, fraturas e deformidades

53
Q

Pé de Charcot (neuroartropatia de Charcot) - fase crónica

A

Fase crónica: pés planos valgos abdutos, diminuição do arco plantar (rocker bottom) e equinismo da tibio-társica

Maior propensão a feridas, úlceras e
consequentemente a amputações

54
Q

Pé de Charcot (neuroartropatia de Charcot) - fase aguda

A

Fase aguda: hiperemia, edema, elevação de temperatura superior a 2 graus, pele seca e neuropatia sensitiva quando comparado com o pé contralateral

A sensibilidade propriocetiva e os reflexos estão diminuídos ou ausentes

A dor pode estar presente em graus variáveis ou mesmo ausente, dependendo do grau
de disfunção nervosa

Os pulsos arteriais do pé atingido estão mantidos ou
mesmo aumentados por vasodilatação periférica

55
Q

Pé de Charcot (neuroartropatia de Charcot) - fatores de risco

A

Pós transplante renal ou pancreático; obesidade; idade; evolução da DM >6 anos; elevada HbA1c; insuficiência renal; anemia por deficiência de ferro; osteoporose; artrite reumatoide

56
Q

Na presença da úlcera, torna-se prioritário…

A

Controlar a infeção

57
Q

Na presença da úlcera, torna-se prioritário controlar a infeção: 4 passos

A

i. Desbridamento cirúrgico de todas as coleções abecedadas com drenagem do pus;

ii. Pensos (periodicidade a definir, caso a caso) com a possibilidade de novos desbridamentos;

iii. Antibioterapia de largo espectro, tendo em conta a profundidade da infeção;

iv. Adequado controlo glicémico

58
Q

Na presença da úlcera, torna-se prioritário controlar a infeção: ATB se infeções superficiais

A

Infeções superficiais: flucloxacilina ou clindamicina

59
Q

Na presença da úlcera, torna-se prioritário controlar a infeção: ATB se infeções profundas ou celulite necrotizante

A

Infeções profundas ou celulite necrotizante: amoxicilina/ácido clavulânico ou quinolona + clindamicina

60
Q

Na presença da úlcera, torna-se prioritário controlar a infeção: ATB se infeções graves

A

Infeções graves: carbapenemos ou piperacilina/tazobactam

61
Q

Na presença da úlcera, torna-se prioritário controlar a infeção: ATB se suspeita de MRSA

A

Suspeita de MRSA: cotrimoxazol, vancomicina, linezolide ou rifampicina

62
Q

Na presença da úlcera, torna-se prioritário controlar a infeção: duração de ATB

A

A duração da antibioterapia não deverá ser inferior a 2 semanas [7 a 14 dias segundo NOC 006/2014 de 08.05.2014, atualizada em 17.11.2022]

63
Q

Na presença da úlcera, torna-se prioritário controlar a infeção: duração de ATB, se suspeita de osteomielite

A

Suspeita de osteomielite: mínimo de 6 semanas, caso não haja a remoção cirúrgica do osso infetado

64
Q

Alvo de controlo metabólico

A

HbA1c < 7% na maioria dos adultos

  • De acordo com a avaliação do profissional de saúde e a preferência do utente, a obtenção de níveis de A1C mais baixos do que a meta de 7% pode ser aceitável e até benéfica se alcançada com segurança, sem hipoglicemia significativa ou outros efeitos adversos do tratamento
  • A1C menos rigorosas (como A1C < 8%) podem ser apropriadas para utentes com expectativa de vida limitada ou os danos do tratamento são maiores que os benefícios
65
Q

Alvo de controlo metabólico - pré e pós-prandial

A
  • Glicemia pré-prandial: 80-130mg/dl
  • Glicemia pós-prandial: <180mg/dl
66
Q

Alvo de controlo metabólico - TA

A

Pressão arterial: se 18-64 anos: < 130/70-79mmHg, se ≥ 65 anos: 130-139/70-79mmHg

67
Q

Alvo de controlo metabólico - lípidos

A
  • TG <150mg/dL; HDL ≥40 mg/dL no homem e HDL ≥50 mg/dL na mulher
  • LDL, de acordo com o risco CV
68
Q

Alvo de controlo metabólico - LDL, de acordo com o risco CV: muito alto risco CV

A

Muito alto risco CV
- Doentes com DMT2 com DCVA clinicamente estabelecida ou LOA grave ou risco de DCV a 10 anos ≥ 20% utilizando SCORE2-Diabetes

Alvo:
- LDL <55mg/dL e redução de ≥ 50% em relação ao
valor de base

69
Q

Alvo de controlo metabólico - LDL, de acordo com o risco CV: alto risco CV

A

Alto risco CV
- Doentes com DMT2 que não preenchem critérios de risco muito elevado e risco de DCV a 10 anos de 10% a < 20% utilizando SCORE2-Diabetes

Alvo:
- LDL <70mg/dL e redução de ≥ 50% em relação ao
valor de base

70
Q

Alvo de controlo metabólico - LDL, de acordo com o risco CV: moderado risco CV

A

Moderado risco CV
- Doentes com DMT2 que não preenchem critérios de risco muito elevado e risco de DCV a 10 anos de 5% a < 10% utilizando SCORE2-Diabetes

Alvo:
- LDL < 100mg/dL

71
Q

Alvo de controlo metabólico - LDL, de acordo com o risco CV: baixo risco CV

A

Baixo risco CV
- Doentes com DMT2 que não preenchem critérios de risco muito elevado e risco de DCV a 10 anos < 5% utilizando SCORE2-Diabetes

Alvo:
- LDL < 116 mg/dL

72
Q

Alvo de controlo metabólico - em indivíduos com mais de 75 anos (3)

A
  • HbA1c < 7% em indivíduos saudáveis, com poucos problemas crónicos e sem alterações das funções cognitivas ou do estado funcional
  • HbA1c < 8% em doentes com vários problemas crónicos de complexidade intermédia, ou alterações ligeiras a moderadas nas funções cognitivas ou perturbações ligeiras das AVDs
  • HbA1c < 9% em doentes com vários problemas crónicos ou alterações moderadas a graves nas funções cognitivas ou perturbações moderadas a graves das AVDs
73
Q

Alvo de controlo metabólico - individualização

A
  • riscos potencialmente associados com hipoglicemia e efeitos adversos de outros fármacos (se alto, ser menos exigente no alvo de HbA1c inferior a 7%)
  • duração da doença (se longa, ser menos exigente no alvo de HbA1c inferior a 7%)
  • esperança de vida (se curta, ser menos exigente no alvo de HbA1c inferior a 7%)
  • comorbilidades importantes (se graves, ser menos exigente no alvo de HbA1c inferior a 7%)
  • complicações vasculares estabelecidas (se graves, ser menos exigente no alvo de HbA1c inferior a 7%)
  • preferência do paciente
  • recursos e sistema de suporte

(os 2 últimos são potencialmente modificáveis; os anteriores não)

74
Q

Medidas de estilo de vida - 3 pilares

A
  • alimentação
  • medicação
  • exercício físico
  • Medidas de estilo de vida devem ser recomendadas a todos os diabéticos, como base do tratamento
  • Perda de peso associada a remissão sustentada da DM tipo 2
75
Q

Medidas de estilo de vida - consumo de álcool

A

o AUDIT-C: 8 a 15 pontos – Consumo de risco → Aconselhamento simples

o AUDIT-C: 16 a 19 pontos – Consumo nocivo → Intervenção Breve

o AUDIT-C: ≥ 20 pontos – Provável dependência → Referenciação

76
Q

Medidas de estilo de vida - consumo de tabaco

A

Cessação Tabágica
✓ Intervenção breve → a todos os diabéticos!
✓ Intervenção intensiva
▪ critérios de referenciação

77
Q

Medidas de estilo de vida - plano alimentar

A
  • Respeito pelos hábitos
  • Equilibrado
  • Adaptado ao indivíduo e às suas comorbilidades
  • Hipolipídico
  • Hipocalórico, se excesso de peso
  • Fracionado

Planos alimentares rígidos têm pouco sucesso!

78
Q

Medidas de estilo de vida - o que deve ser considerado na escolha do plano alimentar?

A
  • Sexo
  • Idade
  • Peso
  • Horários da atividade profissional
  • Controlo metabólico
  • Complicações da diabetes
79
Q

Medidas de estilo de vida - ensinar a ler rótulos

A

Ao escolher os alimentos e bebidas deverá verificar nos rótulos qual a quantidade de açúcares, gorduras e sal!

Comprar APENAS aqueles que tenham as seguintes características:
- alimentos:
. açúcares: máximo 5 g/ 100g.ml
. gordura saturada: máximo 1,5 g/ 100g.ml
. sal: máximo 0,3 g/ 100g.ml
- bebidas:
. açúcares: máximo 2,5 g/ 100g.ml
. gordura saturada: máximo 0,75 g/ 100g.ml
. sal: máximo 0,3 g/ 100g.ml

80
Q

Medidas de estilo de vida - 6 conselhos alimentares

A
  • Fazer 5/6 refeições diárias, evitando o jejum prolongado (mais de 8 horas)
  • Comer a fruta como sobremesa das refeições principais ou nos lanches acompanhada de pão escuro
  • Fazer uma ingestão abundante de água: 1,5L/dia
  • Comer devagar e mastigar bem os alimentos
  • Retirar as peles e gorduras visíveis das carnes e peixes antes de cozinhar
  • Substituir o sal por ervas aromáticas ou especiarias – folha de loureiro, salsa, alho, cebolinho, cominhos, caril, gengibre, hortelã, cebola, pimentão, pimenta, açafrão, orégãos, etc.
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Q

Equivalência de hidratos de carbono

A

Uma porção de hidratos de carbono é a quantidade de alimento que contém 10 gr de hidratos de carbono

De uma forma geral, cada porção de hidratos de carbono transforma-se na mesma quantidade de açúcar, tendo um efeito semelhante na subida do açúcar no sangue

Observando a tabela seguinte, conclui que pode, por exemplo, trocar 1 batata cozida do tamanho de um ovo por 20g de pão de trigo. Estes alimentos são equivalentes em hidratos de carbono!

82
Q

Tabela de equivalentes - 1 porção de hidratos de carbono: leite e derivados (3)

A

1 copo/chávena de leite (250ml)

2 iogurtes naturais sólidos sem açúcar

2 iogurtes aromas líquidos sem açúcar

83
Q

Tabela de equivalentes - 1 porção de hidratos de carbono: pão, batata, massa, arroz, grão, feijão

A

20g de pão de trigo

20g de pão mistura / centeio

30g de pão integral

30g de broa de milho

6 bolachas de água e sal redondas

3 bolachas tipo “Cream Cracker”

3 bolachas integrais

3 bolachas Maria

2 colheres de sopa de arroz “solto” cozido

1 batata cozida sem casca do tamanho de 1 ovo

70g de batata puré

2 colheres de sopa de massa cozida

5 colheres de sopa de feijão manteiga cozido

3 colheres de sopa de feijão frade cozido

4 colheres de sopa de grão-de-bico cozido

7 colheres de sopa de fava cozida

2 colheres de sopa de lentilha cozida

84
Q

Tabela de equivalentes - 1 porção de hidratos de carbono: fruta

A

3 Alperces ou Damascos ou Ameixas

1 Banana pequena

10 pares de Cerejas

2 Figos pequenos

1 Kiwi pequeno

1 Laranja ou Pêssego médio

1 Maçã pequena

Metade de 1 Meloa

210g de Melão

220g de Melancia

8 Morangos médios

85
Q

Tabela de equivalentes - 1 porção de hidratos de carbono: carne, peixes, ovos e queijo

A

30g de carne ou peixe

40g de queijo

1 ovo pequeno

86
Q

Medidas de estilo de vida - prática regular de atividade física

A

Pelo menos 150 min/semana (pelo menos 3 dias/semana, sem mais de 2 dias consecutivos sem atividade) de atividade ligeira a moderada (ex. marcha)

Ou, mínimo de 75 min/semana de atividade vigorosa (ex. jogging ou ciclismo) – nos mais jovens/ fisicamente aptos

87
Q
A