Distúrbios ácidobásico Flashcards
Qual o passo a passo de interpretação da gasometria?
- Olhar o pH
- Ver quem justifica o quadro (HCO3 ou PCO2)
- Calcular resposta compensatória
- Avaliar ânion-gap (se acidose)
- Avaliar delta-gap (se acidose com AG elevado)
Quais as principais causas de acidose metabólica com AG elevado?
Acidose lática Cetoacidoses Intoxicação (salicilatos; metanol; etilenoglicol) Insuf renal (fase tardia)
Quais as principais causas de acidose metabólica com AG normal?
Infusão de SF Diarreia Fístulas (pancreáticas; ureteroentéricas) Diuréticos poupadores de K+ Insuf renal (precoce)
Quais as características da intoxicação por metanol?
Alterações do NERVO ÓPTICO
Isquemia/hemorragia dos gânglios da base
Acidose com AG elevado
Dosar osmolaridade sérica e estimada
Quais são os tipos de acidose lática?
A. Choque
B. hepatopatias, neoplasias, metformina…
C. intestino curto ou bypass jejuno-ileal
Quando suspeitar de intoxicação por etilenoglicol?
Sintomas neurológicos periféricos + acidose com AG elevado + disf renal e presença de cristais de oxalato na urina
Como calcular a resposta compensatória na acidose metabólica e como interpretar?
PCO2 esperada = (1,5 x BIC) + 8 +- 2.
Se adequado = distúrbio simples
Se menor que a esperada = alcalose resp associada
Se maior que a esperada = acidose resp associada
Como calcular o ânion gap e qual o valor normal?
AG = Na - (Cl + BIC) -> valores séricos
AG normal: 8-12
Como interpretar o delta-gap nas acidoses com AG elevado?
- Delta AG/Delta HCO3 > 2 ou Delta-Gap > 5 = alcalose metabólica associada
- Delta AG/Delta HCO3 < 1 ou Delta-Gap < 5 = acidose hiperclorêmica associada
Quando usar bicarbonato para tratamento da acidose metabólica?
CAD com pH < 6,9
Hipercalemia grave
Acidose met grave (pH < 7,1)
Injúria renal aguda com acidose grave
Qual o distúrbio eletrolítico frequentemente associado a alcalose metabólica?
Hipocalemia - pode ser causa e motivo da manutenção do quadro
Quais as principais causas de alcalose metabólica?
PERDAS RENAIS: uso de diuréticos, hiperaldosteronismo, síndromes (Bartter; Gitelman)
PERDAS INTESTINAIS: vômitos de repetição, SNG em aspiração, estenose pilórica, adenoma viloso de cólon, cloridorreia congênita
Quando suspeitar da síndrome de Bartter?
Lasix-like:
Alcalose metabólica, hipocalemia, hipercalciúria, baixo peso e baixa estatura
Quando suspeitar da síndrome de Gitelman?
HCTZ-like:
Alcalose metabólica, hipocalemia, HIPOMAGNESEMIA franca, condrocalcinose, hipocalciúria, hiperaldo hiperreninêmico
Como calcular a resposta compensatória na alcalose metabólica?
PCO2 esperada = BIC + 15
Se adequado = distúrbio simples
Se PCO2 acima do esperado = acidose resp associada
Se PCO2 abaixo do esperado = alcalose resp associada
Em um paciente, com 22 anos de idade, apresentando cãimbras, fraqueza muscular e normotensão arterial, os achados laboratoriais mostraram hipopotassemia (K = 2,5 mEq/L), renina e aldosterona elevadas no sangue, alcalose metabólica, hipomagnesemia e excreção reduzida de cálcio na urina. Pela anamnese e pelas dosagens na urina, foram afastadas as possibilidades de vômitos sub-reptícios e abuso de diuréticos. A hipótese diagnóstica mais provável para explicar os achados clínicos e laboratoriais, nesse caso, é de:
Síndrome de Gilteman
Qual o eletrólito urinário de maior utilidade para estimar as condições do volume de líquido extracelular em paciente com alcalose metabólica?
Cloro
Homem, 60a, encontra-se no 2º dia de pós-operatório de laparotomia, com sonda nasogástrica aberta. O balanço hídrico mostra uma perda de 2.800 ml de secreção gástrica nas últimas 24h. Paciente encontra-se estável hemodinamicamente, bem hidratado e com boa diurese. QUAL O DISTÚRBIO ELETROLÍTICO E ACIDOBÁSICO ESPERADO NESTE CASO?
Hipopotassemia; alcalose metabólica - perda de secreções intestinais ricas em HCl
Menina, 2 meses de vida, em seio materno exclusivo, chega ao PA. HMA: mãe refere história de vômitos em jato pós-alimentares desde a terceira semana de vida. Peso ao nascimento: 3.500 g e atual: 4.000 g. EF: nota-se criança emagrecida, acianótica, afebril, hidratada limítrofe e anictérica. Pele sem lesões ativas. TSC: escasso. Pulmão: MV positivo simétrico. Coração: 2 BRNF sem sopros; FC: 140 bpm; abdome: plano normotenso; abaulamento discreto há 1 cm do rebordo costal à direita. RH+; fígado a 1 cm do RCD. ES: Na: 130 mEq/L; K: 3,0 mEq/L; Ca: 1,12 mEq/L; Cl: 90 mEq/L. Gasometria: pH: 7,48; pO2: 70 mmHg; pCO2: 25 mmHg; HCO3: 38 mEq/L; BE +4; Sat: 95%. Qual odistúrbio metabólico apresentado na gasometria?
Alcalose metabólica e respiratória.
PCO2 esperada = 53
Menino, 2 meses, chega à unidade de emergência com história de vômitos não biliosos pós-alimentares há 20 dias. Exame físico: bom estado geral; irritado; FC = 140 bpm; FR = 50 irpm; mucosas secas; choro sem lágrimas; fontanela levemente deprimida; turgor pastoso; sem outras alterações. Qual o distúrbio acidobásico e eletrolítico esperado?
Alcalose metabólica e hipocloremia e hipocalemia
Paciente de 31 anos tem crise convulsiva tônico-clônica generalizada. A gasometria arterial realizada logo após a crise mostra: pH= 7.14, PaCO2= 49mmHg, Sódio= 140mEq/l, Potássio= 4mEq/l, Cloro= 97mEq/l e Bicarbonato= 14mEq/l. Qual o distúrbio ácido básico apresentado?
Acidose respiratória e acidose metabólica combinadas com anion gap elevado - AG = 29 (alto); PCO2 esperada = 27-31
Adolescente de 12 anos, 50 kg, com história de febre alta (40°C), odinofagia e mal-estar há 1 dia, chega à sala de urgência prostrada, com sufusões hemorrágicas disseminadas pelo corpo, frequência cardíaca 140 bpm, frequência respiratória 40 ipm, pressão arterial 80/60 mmHg, pulsos centrais finos e tempo de enchimento capilar de 4 segundos. Os exames de sangue arterial revelam: pH 7,33, PaO? 82 mmHg, PaCO? 31 mmHg. Bicarbonato 16 mEq/L, Base excess -9, saturação de O? 95%, em ar ambiente. Sódio 135 mEq/L, potássio 3,5 mEq/L, cloro 98 mEq/L. Pergunta-se: Quais são o diagnóstico clínico e o (s) diagnóstico(s) do(s) distúrbio(s) acidobásicos(s)?
Choque séptico descompensado; acidose metabólica com AG aumentado - AG = 21
Criança de 6 meses, previamente hígida, veio ao Hospital com história de 1 dia de febre e vômitos, ao exame físico encontravase torporosa, taquicárdica e hipotensa, com tempo de enchimento capilar de 6 segundos. Fontanela tensa e abaulada. Na pele observava-se petéquias e algumas sufusões hemorrágicas. Levada à UTI onde foi iniciado antibioticoterapia e coletado líquor com característica de meningite. Os exames apresentavam-se com Na=140, K=5,5, Cl=110, pH=7,21, pCO₂ 20, HCO3 8, pO₂ 55, Sat 91%. Qual o diagnóstico gasométrico da paciente?
Acidose metabólica simples com AG aumentado devido à acidose lática