Diferenciação Sexual e Malformações Flashcards
Quais as etapas de diferenciação gonadal?
As células germinativas
primordiais são formadas na
região posterior do saco vitelino.
Elas migram e proliferam, e junto
com as CGPs, forma-se um par
de cristas genitais. Nesse ponto,
a gônada pode ser masculina ou
feminina. O que define essa
diferenciação é, sobretudo, o
cromossomo Y, a partir do
gene SRY. A expressão desse
gene se inicia com as células
somáticas de suporte (CSS),
desse modo, são elas os pontos
cruciais para a diferenciação
gonadal.
Durante a 6ª semana de
desenvolvimento, os ductos
paramesonéfricos ou ductos
mullerianos começam a se
formar. Cranialmente, os ductos
mullerianos formam aberturas em
forma de funil para o celoma e,
caudalmente, as extremidades
dos dois ductos se unem em
direção a uretra em formação. Até
a 7ª semana de desenvolvimento
embrionário, a formação da
estrutura permanece ambígua.
A partir da 7ª semana de desenvolvimento, ocorre a diferenciação de testículo
e ovário. Uma vez que o sexo gonadal se define, o testículo estimula o desenvolvimento
dos ductos de Wolff, e inibe os ductos de Muller. Em contrapartida, o ovário começa
a ser formado diante da ausência da secreção do AMH e, portanto, persistência dos
ductos de Muller e degeneração dos ductos de Wolff. O sexo feminino é definidopela origem dos órgãos internos (trompas, útero e terço superior da vagina) a partir
dos ductos mullerianos. Os órgãos externos – clitóris, pequenos lábios e 2/3
inferiores da vagina – se originam do seio genital. Até a 20ª semana, o
desenvolvimento das características sexuais primárias do sexo feminino se completa.Diante da ausência do gene SRY, as CSS se diferenciam em folículos ovarianos
e permitem o desenvolvimento dos ductos mullerianos. Esses ductos se fusionam
para dar origem ao útero, formando o canal uterovaginal, posteriormente se
desenvolvendo em trompas, útero e vagina. As malformações se dividem em primeira,
segunda e terceira fase, sendo correspondentes respectivamente a distúrbios no
desenvolvimento, na fusão e na canalização dos ductos mullerianos.
Quais hormônios estão envolvidos na diferenciação sexual?
Qual a fase indiferenciada dos ductos genitais?
7ª semana do desenvolvimento, 2 ductos de Wolff e 2 ductos de Muller.
Quais as células responsáveis pela diferenciação sexual no testículo?
Células de Sertoli (hormômnio antimulleriano - regressão dos ductos de Muller), células de Leydig (completar…)
No ovário, como ocorre a diferenciação sexual?
Ausência de hormônio anti-mulleriano -
Ausência de testosterona (completar ..)
O que os ductos de Muller originam?
Tubas uterinas, útero e 1/3 superior da vagina. Os bulbos sinovaginais (seio urogenital) (completar…)
Os defeitos de diferenciação ocorrem em quais fases?
1ª Fase - desenvolvimento (6ª semana)
Rokitanky Küster Hauser (amenorreia com caracteres sexuais secundários) - Não desenvolvimento ou desenvolvimento incompleto dos ductos de Muller (também existe o útero em unicórnio devido ao erro de desenvolvimento de somente um lado dos ductos de Muller).
2ª Fase - Fusão (9ª semana)
Útero e vagina duplos (bicórnio), bi ou unicolo.
3ª Fase - Canalização (10/11ª semana)
Formação dos septos uterinos ou tranversos.
Quais os distúrbios da diferenciação sexual (DDS)?
Turner (45X0), Klinefelter (47XXY), pseudo-hermafroditismo feminino (46XX) pseudo-hermafroditismo masculino (46 XY), hermafroditismo verdadeiro (ovoteste).
Quais as características da síndrome de Turner?
Resulta da perda de parte ou do total de um cromossomo X, determinando comumente o cariótipo 45X0 (também é encontrado o cariótipo
46XX).
a. Apresentação clínica: pacientes com essa síndrome apresentam baixa estatura, pescoço alado, não desenvolvem características sexuais secundárias, os ovários são atrofiados e desprovidos de folículos e há deficiência de estrógenos.
b. Diagnóstico: pré-natal (amniocentese, transluscência nucal), cariótipo.
c. Tratamento: administração hormonal de GH, estrógenos e
progestágenos.
Quais as características da síndrome de Klinefelter?
É a causa mais comum de hipogonadismo primário em
homens. É resultado da não separação dos cromossomos sexuais de qualquer progenitor
durante a meiose ou mitose. O cariótipo mais comum é o 47XXY.
a. Apresentação clínica: depende da quantidade de cromossomos X extras. Gônadas menores e mais firmes, diminuição da produção de esperma, testosterona sérica diminuída (causando menor virilização), níveis de gonadotrofina elevados, braços e
pernas longos e tronco menor.
b. Diagnóstico: cariótipo.
c. Tratamento: administração de
testosterona.
Quais as características da DDS 46XX ou pseudo-hermafroditismo feminino?
Resulta de uma recombinação anormal entre as porções distais dos cromossomos X e Y e
transferência do gene SRY para o X. Cromossomicamente, o sexo é feminino e as gônadas são os ovários, mas, fenotipicamente, há masculinização. Percebe-se a apresentação atípica na genitália ambígua (hipertrofia de clitóris e fusão dos grandes lábios),
desenvolvimento de
ginecomastia, esterilidade,
hipogonadismo e baixa
estatura. A causa mais
comum desse distúrbio é
a hiperplasia adrenal
congênita (deficiência da 21-hidroxilase, deficiência da 11-OH e deficiência da 3B- desidrogenase).
Disgenesia gonadal (La Chapelle)
DDS ovotesticular (com dominância testicular)
Síndrome adrenogenital feminina
Exposição a altos níveis de androgênios durante a vida fetal resulta em graus variados de masculinização da genitália externa feminina:
- Antes de 12 sem.: virilização indistinguível de um fenótipo masculino.
- Entre 12 e 20 sem.: clitoromegalia, hipospadia, fusão lábioescrotal e escrotização dos lábios menores.
-Após semanas: clitoromegalia.