Diferenciação Sexual e Malformações Flashcards

1
Q

Quais as etapas de diferenciação gonadal?

A

As células germinativas
primordiais são formadas na
região posterior do saco vitelino.
Elas migram e proliferam, e junto
com as CGPs, forma-se um par
de cristas genitais. Nesse ponto,
a gônada pode ser masculina ou
feminina. O que define essa
diferenciação é, sobretudo, o
cromossomo Y, a partir do
gene SRY. A expressão desse
gene se inicia com as células
somáticas de suporte (CSS),
desse modo, são elas os pontos
cruciais para a diferenciação
gonadal.
Durante a 6ª semana de
desenvolvimento, os ductos
paramesonéfricos ou ductos
mullerianos começam a se
formar. Cranialmente, os ductos
mullerianos formam aberturas em
forma de funil para o celoma e,
caudalmente, as extremidades
dos dois ductos se unem em
direção a uretra em formação. Até
a 7ª semana de desenvolvimento
embrionário, a formação da
estrutura permanece ambígua.
A partir da 7ª semana de desenvolvimento, ocorre a diferenciação de testículo
e ovário. Uma vez que o sexo gonadal se define, o testículo estimula o desenvolvimento
dos ductos de Wolff, e inibe os ductos de Muller. Em contrapartida, o ovário começa
a ser formado diante da ausência da secreção do AMH e, portanto, persistência dos
ductos de Muller e degeneração dos ductos de Wolff. O sexo feminino é definidopela origem dos órgãos internos (trompas, útero e terço superior da vagina) a partir
dos ductos mullerianos. Os órgãos externos – clitóris, pequenos lábios e 2/3
inferiores da vagina – se originam do seio genital. Até a 20ª semana, o
desenvolvimento das características sexuais primárias do sexo feminino se completa.Diante da ausência do gene SRY, as CSS se diferenciam em folículos ovarianos
e permitem o desenvolvimento dos ductos mullerianos. Esses ductos se fusionam
para dar origem ao útero, formando o canal uterovaginal, posteriormente se
desenvolvendo em trompas, útero e vagina. As malformações se dividem em primeira,
segunda e terceira fase, sendo correspondentes respectivamente a distúrbios no
desenvolvimento, na fusão e na canalização dos ductos mullerianos.

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2
Q

Quais hormônios estão envolvidos na diferenciação sexual?

A
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3
Q

Qual a fase indiferenciada dos ductos genitais?

A

7ª semana do desenvolvimento, 2 ductos de Wolff e 2 ductos de Muller.

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4
Q

Quais as células responsáveis pela diferenciação sexual no testículo?

A

Células de Sertoli (hormômnio antimulleriano - regressão dos ductos de Muller), células de Leydig (completar…)

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5
Q

No ovário, como ocorre a diferenciação sexual?

A

Ausência de hormônio anti-mulleriano -
Ausência de testosterona (completar ..)

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6
Q

O que os ductos de Muller originam?

A

Tubas uterinas, útero e 1/3 superior da vagina. Os bulbos sinovaginais (seio urogenital) (completar…)

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7
Q

Os defeitos de diferenciação ocorrem em quais fases?

A
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8
Q

1ª Fase - desenvolvimento (6ª semana)

A

Rokitanky Küster Hauser (amenorreia com caracteres sexuais secundários) - Não desenvolvimento ou desenvolvimento incompleto dos ductos de Muller (também existe o útero em unicórnio devido ao erro de desenvolvimento de somente um lado dos ductos de Muller).

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9
Q

2ª Fase - Fusão (9ª semana)

A

Útero e vagina duplos (bicórnio), bi ou unicolo.

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10
Q

3ª Fase - Canalização (10/11ª semana)

A

Formação dos septos uterinos ou tranversos.

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11
Q

Quais os distúrbios da diferenciação sexual (DDS)?

A

Turner (45X0), Klinefelter (47XXY), pseudo-hermafroditismo feminino (46XX) pseudo-hermafroditismo masculino (46 XY), hermafroditismo verdadeiro (ovoteste).

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12
Q

Quais as características da síndrome de Turner?

A

Resulta da perda de parte ou do total de um cromossomo X, determinando comumente o cariótipo 45X0 (também é encontrado o cariótipo
46XX).

a. Apresentação clínica: pacientes com essa síndrome apresentam baixa estatura, pescoço alado, não desenvolvem características sexuais secundárias, os ovários são atrofiados e desprovidos de folículos e há deficiência de estrógenos.
b. Diagnóstico: pré-natal (amniocentese, transluscência nucal), cariótipo.
c. Tratamento: administração hormonal de GH, estrógenos e
progestágenos.

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13
Q

Quais as características da síndrome de Klinefelter?

A

É a causa mais comum de hipogonadismo primário em
homens. É resultado da não separação dos cromossomos sexuais de qualquer progenitor
durante a meiose ou mitose. O cariótipo mais comum é o 47XXY.

a. Apresentação clínica: depende da quantidade de cromossomos X extras. Gônadas menores e mais firmes, diminuição da produção de esperma, testosterona sérica diminuída (causando menor virilização), níveis de gonadotrofina elevados, braços e
pernas longos e tronco menor.
b. Diagnóstico: cariótipo.
c. Tratamento: administração de
testosterona.

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14
Q

Quais as características da DDS 46XX ou pseudo-hermafroditismo feminino?

A

Resulta de uma recombinação anormal entre as porções distais dos cromossomos X e Y e
transferência do gene SRY para o X. Cromossomicamente, o sexo é feminino e as gônadas são os ovários, mas, fenotipicamente, há masculinização. Percebe-se a apresentação atípica na genitália ambígua (hipertrofia de clitóris e fusão dos grandes lábios),
desenvolvimento de
ginecomastia, esterilidade,
hipogonadismo e baixa
estatura. A causa mais
comum desse distúrbio é
a hiperplasia adrenal
congênita (deficiência da 21-hidroxilase, deficiência da 11-OH e deficiência da 3B- desidrogenase).
Disgenesia gonadal (La Chapelle)
DDS ovotesticular (com dominância testicular)

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15
Q

Síndrome adrenogenital feminina

A

Exposição a altos níveis de androgênios durante a vida fetal resulta em graus variados de masculinização da genitália externa feminina:
- Antes de 12 sem.: virilização indistinguível de um fenótipo masculino.
- Entre 12 e 20 sem.: clitoromegalia, hipospadia, fusão lábioescrotal e escrotização dos lábios menores.
-Após semanas: clitoromegalia.

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16
Q

Quais as características do DDS 46XY (pseudo-hermafroditismo masculino)?

A

Ocorre pela existência de
um defeito na função do receptor androgênico, com produção e metabolismo normal desses hormônios. A genitália externa apresenta vulva e vagina, que
termina em fundo cego, enquanto, internamente, há testículos alojados na região inguinal ou nos lábios. Esses pacientes são estéreis e a remoção dos testículos
não é indicada, pois são produtores de estrógenos.
Distúrbios do desenvolvimento testicular:
- Disgenesia gonadal completa (Swyer), disgenesia gonadal parcial ou DDS ovotesticular.
Distúrbios associados à síntese ou ação dos androgênios:
- Hiperplasia adrenal lipoide, distúrbios da ação dos androgênios e distúrbios no receptor de androgênios.

Síndrome de Morris: decorrente
de mutações no gene AR, localizado no cromossomo X, sendo, portanto, uma
herança recessiva ligada ao X. A deficiência no receptor causa insensibilidade a androgênios. Desse modo, o desenvolvimento dos ductos de Wolff não ocorre
normalmente ou simplesmente não ocorre. Os testículos se desenvolvem normalmente e, assim, produzem AMH, suprimindo as estruturas mullerianas – assim, alguns vestígios de útero e trompas podem ser observados, mas,
normalmente, são ausentes.

a. Apresentação clínica: testículos abdominais, nos canais inguinais ou nos lábios; ausência de espermatogênese, genitália externa feminina, vagina
com fundo cego ou ausente, pelos pubianos e axilares ralos ou ausentes, ginecomastia.
b. Diagnóstico: suspeitar em mulheres com hérnias inguinais ou massas labiais e na amenorreia primária. Diagnóstico clínico é simples na adolescência e a localização dos testículos pode ser feita por USG ou RM.
c. Tratamento: terapia hormonal, vaginoplastia, gonadectomia e suporte psicológico.

17
Q

Quais as características da DDS ovoteste?

A

Presença de tecidos ovarianos e testiculares – em um lado, existe o ovoteste (estrutura intermediária entre ovário e testículo) e do outro, pode haver tanto um testículo (mais observado do lado direito) quanto um ovário (mais observado do lado esquerdo). A maioria dos pacientes apresenta um cariótipo 46XX. Tanto as estruturas derivadas dos ductos de Wolff quanto dos ductos mullerianos são observadas. O útero pode ser funcional, normal, hipoplásico, vestigial ou ausente. A apresentação da genitália externa varia muito, dependendo do nível sérico de androgênios, mas 75% dos pacientes menstruam e apresentam ginecomastia (condição muito rara).